Não sentia meu corpo. Via ao meu redor apenas escuridão. Pensava em pedir ajuda, mas não tinha forças para falar. Percebi que estava preso, por isso não me mexia.
A luz se acendeu. Comecei a reparar onde estava: um cômodo grande, sujo, com paredes e teto mofados prestes a desabar, vários objetos quebrados e entulhos em toda parte. Minha visão estava um pouco turva, ao fundo ouvi uma voz.
-Você finalmente acordou, suas amarras estão apertadas? - Perguntou o homem que se dirigia até minha frente.
Fiz que sim com a cabeça.
-Se acalme um pouco, está um pouco ofegante. Quer que eu tire a mordaça? - Perguntou enquanto ia para meu lado afroxar as amarras.
Fiz que sim novamente.
Enquanto estava soltando minha mordaça "apenas" disse:
-Se voce gritar, eu te mato. Entendeu?
-En-Entendi. - Respondi com medo.
- Então, voce deve estar se perguntando " o que está acontecendo?" Bem, não é nada, é que no meio dessa guerra precisamos de algo mais poderoso que as armas. Para isso, precisamos de uma cobaia; também vou aproveitar para me divertir um pouco.
- O quê ...? O quê você vai fazer? -Perguntei nervoso.
- Só vou obedecer minhas ordens. Testar algumas substâncias em você e fazer meus relatórios e é bem possível que você morra por ser fraco, mas se não morrer só vai doer bastante. - Disse com um sorriso satírico.
Em seguida me virou para uma mesa cheia de seringas e frasco, pegou a seringa e encheu-a com um líquido, segurou, limpou meu braço e disse:
-Vamos torcer para você não ter uma parada. - Injetando todo o conteúdo da mesma em mim e dando um passo para trás para me olhar. - Daqui algum tempo vai reagir... - Disse pegando um bloquinho de notas e uma caneta.
Senti o líquido espesso entrando na minha veia. Pereceu que meu braço estava sendo esmagado. Meu corpo começou a tremer. Estava com caimbra. Estava ficando sem ar.
Comecei a sentir meu corpo quente, minha cabeça girava, pela janela via a lua cheia a brilhar como naquele dia, tudo começou a escurecer, não conseguia manter meus olhos abertos e assim eu apaguei.
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