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História Louvor, Honra e Glória - Guerra: Dias de Sacrifício.


Escrita por: requintte

Notas do Autor


Ai, eu juro que estou postando isso chorando!!
Muito tempo dedicado a essa nova fanfiction, realmente espero que gostem, do fundo do meu coração! <3
Boa Leitura!!

Capítulo 1 - Guerra: Dias de Sacrifício.


“E quem foi que disse...

Que Guerra é apenas um combate armado?

Pois bem, eu posso te matar e flagelar...

Contigo sendo meu aliado!

Uso de dinheiro para vencer...

E para te colocar ao meu lado;

Sendo tu, orgulhoso,

Acha que é teu dever, e seguirá ao meu lado.”

 

Capitulo Um ─ Guerra: Dias de Sacrifício.

 

 

Reza a lenda, que devemos passar o Natal fazendo o que gostamos, junto com as pessoas que amamos. Para Minhyuk, isso soava quase irônico.

Estava sentado há mais de uma hora no banco duro de uma Igreja quase patética, esperando por pessoas que nem considerava tanto assim ─ sua família.

O Natal também é ridículo. Se levantou de onde estava e caminhou para junto do Grande Pinheiro enfeitado para encarar Jesus na manjedoura rodeado de todos aqueles animais.

─ É ridículo. ─ escuta uma voz ao seu lado.

─ O que? ─ responde.

─ O cara que morreu por nós ter nascido em um estábulo. ─ ele ri e encara o desconhecido.

─ Parece meio indigno ─ os dois riem ─, mas tem que existir algo para que todos se compadeçam, que todos sintam dó. ─ faz uma pausa ─ Deixa a história mais interessante.

─ Vou ser obrigado a concordar. ─ o cara estranho responde e sai correndo escada acima.

Sabia que o Padre estaria a sua espera, por isso não bate. Entra e encontra o homem sentado em um dos cantos da sala com a bíblia na mão. Se sentou e não o interrompeu, esperou que o outro tomasse a iniciativa.

─ Pensei que nunca mais retornaria aqui. ─ fala o sacerdote retirando os óculos e encarando o rapaz ─ Quanto tempo? Dois anos?

─ Três. ─ o menino corrige e um silêncio se instaura pela sala.

Por conta do vento, a janela aberta batia freneticamente no mesmo ritmo que o cristão batia com os pés no chão. Cansado, ele se levanta e vai até o peitoril da janela e fica ali apoiado, sentindo o vento o alcançar.

─ Filho. ─ ouve a voz do senhor lhe invadir os pensamentos.

─ Sim?

─ Você se arrepende? ─ o padre pergunta, encarando o garoto em pé, na frente da abertura.

─ Não.

─ Então eu não vejo motivos para vir aqui novamente depois de todos aqueles anos.

─ Em um dos seus sermões, o Senhor disse que o maior pecado é o roubo. ─ ele vira o rosto para a paisagem ─ Se matar alguém, está lhe roubando o direito da vida.

─ E daí? ─ o padre pergunta.

─ Isso é vergonhoso.

─ Mas se é vergonhoso, por que o faz? ─ questiona ─ Você vai parar?

─ Se eu não mover essa Ideologia, quem vai? ─ ele pergunta ainda encarando os próprios sapatos ─ É o meu dever, só vou parar no dia de minha morte.

O padre torna a balançar a cabeça e começa a caminhar calmamente pela saleta. Por um momento pareceu que o jovem estaria prestes a chorar. O sacerdote podia sentir com clareza toda a agonia que o guerreiro tinha em seu coração.

─ Deve ser a consciência pesando ─ ele levanta o olhar ─, matei um homem.

─ Você matou vários ─ fez uma pausa ─, ficou preso por causa disso, saiu faz um mês e já matou novamente. ─ o padre se vira para um de seus inúmeros quadros ─ Deve lidar com as consequências. ─ o tom do padre era frio ─ Cada vez que você tira uma vida, uma parte da sua alma vai junto, vai se degradando cada vez mais, até que você mesmo não saiba o que é.

─ É pecado, por isso confessei. ─ ele estava frustrado consigo mesmo, e como não tinha ninguém para lhe aconselhar, via o padre como um exemplo.

─ Mas se você não se arrepende ─ faz uma pausa, e segura a mão do guerreiro ─, então, o nosso Senhor que está no Céu, não o perdoará.

─ Entendo... ─ ele suspira.

Mais um momento de silêncio se instaurou novamente e um vento frio entrou pelo local. O rapaz se apressou em fechar as janelas. Era inverno, mas o frio não estava tão intenso quanto nos outros anos.

A Festa de Abertura, que aconteceria na próxima semana, teria uma temperatura amena.

─ Posso perguntar uma coisa? ─ fala o sacerdote novamente ─ Quem é o seu padrinho? ─ vê o sorriso desaparecer do rosto do mais novo ─ Você sempre fala dele, mas nunca me disse quem é.

─ Yang Sejong.

─ Me falaram que ele tem muito dinheiro ─ o padre coça a barbicha incomodado ─, te criou depois que o seu pai foi assassinado. Ironicamente, você foi preso por assassinato.

─ Eu jurei ele de morte.

─ Quem?

Jaemin. ─ faz uma pausa ─ O homem que matou o meu pai. Ele deve morrer.

─ Posso perguntar outra coisa? ─ o rapaz assente com a cabeça ─ Por que continua frequentando a Igreja, sendo que os seus atos não condizem com o que pregamos aqui dentro?

─ É bom ter algo para se agarrar quando tudo está dando errado, como uma bússola que me indica o caminho certo.

Desceu do presbitério e se deparou com o Grande Pinheiro de Natal disposto na entrada da Igreja, pelos vitrais, viu a neve caindo grosseiramente e só então percebeu que o Natal havia chegado.

Vivia a vida tão despreocupadamente que nem via mais o tempo passar ─ exatamente como um robô. Parou defronte ao presépio e deixou que as boas memórias lhe invadissem.

A decoração da Matriz de Santa Inês permanecia a mesma desde a sua infância. O grande pinheiro, o presépio e os pisca-piscas, aqueles malditos pisca-piscas. Eram boas memórias, sobretudo as de sua família. Antes de Jaemin estragar tudo.

─ Uma pessoa morreu. ─ fala simplesmente.

─ Pessoas morrem todos os dias ─ escuta uma risada baixa vinda do mesmo rapaz de antes ─, deveria ser normal, não é mesmo.

─ Eu que matei. ─ fala, ainda debruçado, com a cabeça entre os joelhos ─ Como se sentiria caso cometesse um erro, fosse punido por ele ─ engole em seco ─ e, depois de anos, mesmo sabendo das consequências, cometesse o mesmo erro?

─ Acho que eu simplesmente iria aprender a lidar com ele.

Nenhum dos dois diz uma palavra. Ecos de pessoas entrando e saindo da Igreja ainda podiam ser ouvidos, além dos cochichos e sussurros audíveis da costumeira baderna pós-missa que os nobres realizavam.

─ Se você matou não deveria se sentir tão culpado assim. ─ uma pausa, e o jovem levanta os olhos encontrando os fios platinados do outro ─ Digo, deve ter tido um motivo.

─ Você deve estar certo. ─ ri debochado ─ Quem é você?

Por um breve momento ele balança a cabeça. Os fios platinados parecem encontrar o sol que entrava pelos vitrais. O cabelo brilhou e refletiu uma tonalidade laranja para todo o ambiente. Foi agradável.

Minnie! ─ uma voz infantil foi ouvida.

─ Já vou princesa. ─ o menino falou para a criança ─ Nós nos veremos novamente.

E ele saiu sem se despedir e, sem muito menos, responder o seu nome.

 

Capitulo Um ─ Guerra: Dias de Sacrifício.

 

“Que Deus tenha misericórdia...

E o faça saber diferenciar...

O necessário do tolo,

Que não te sacrifiques em vão...

Que lute pelo que achar justo,

Afinal foi para isso que fomos feitos,

Para lutar por uma ideologia e morrer pelo que acredita,

Pois é isso que realmente importa,

Nada vai dar certo no final mesmo.”


Notas Finais


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
um pouco misterioso certo?
Até breve!
OBS: Meus sinceros agradecimentos a Jessi (@JessTommo) por ter betado tudinho pra mim e dado os melhores concelhos do mundo >< te amo unnie 💕


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