História Love and Hate (Hiatus) - Problemas de Família

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Regina não havia saído do lado de Emma, continuava lá igual a duas horas atrás. Estava perdida em pensamentos quando escutou um resmungo e viu que era de Emma, ela estava acordando.

– Uhn. – Resmungou.
– Bom dia Bela Adormecida. – Disse olhando para a loira.
– O que aconteceu? – Disse abrindo os olhos lentamente por causa da claridade. – Meu pulso.
– Por que não nos contou que havia um corte no seu pulso? Emma você podia ter morrido.
– Achei que não era nada demais. – Ela levantou a manga onde havia o corte que agora não existia mas. – Como... Você tem magia.
– Sim. 
– Obrigada.
– Não tem que agradecer. Só não esconda se Killian fizer um corte em seu braço.
– Pode deixar. – Disse e recebeu um sorriso da morena.
– Toma cuidado com o pulso esses dias e você tem que comer algo.
– Sim.
– Já volto. – Regina se levantou indo em direção à porta para pegar comida, mas quando abriu se deparou com Henry na porta. – Henry.
– Ela já acordou? 
– Sim. 
– Posso vê-la?
– Emma tem que descansar.
– Por favor. – Disse o garoto juntando as mãos.
– Princesa você tem visita.
– Deixa ele vir e por favor não me chame assim.
– Está bem Swan. Henry já volto. – Ele entrou e Regina saiu do quarto indo para a cozinha.

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– Venha sente aqui. – Disse a loira dando duas batidinhas na cama para que Henry se sentasse. Logo fez o que ela pediu.
– Como está?
– Tirando a dor no braço estou bem.
– O que aconteceu?
– Apenas um corte, nada de importante. – Preferiu não dizer o que o tio do menino havia feito.
– Desculpa por não ter ido te fazer companhia esses dias. 
– Não tem problema.
– Hoje meu tio descobriu que eu fui te visitar. Mas não desistirei, vou ir lhe fazer companhia.
– Não se preocupe. Você se parece com sua mãe, são bons. Diferente do capitão.
– Hook não é de demonstrar sentimentos, ele sofreu muito em sua vida.
– Sofreu? Como assim? – Quando ele foi responder Regina entrou no quarto chamando a atenção deles.
– Algum problema? – Perguntou a morena estranhando como eles pararam de falar assim que entrou.
– Muitos. – Disse Emma. – Mas nenhum importante no momento.
– Aqui está, comida. Nada refinado como você está acostumada.
– Sendo comida está ótimo.
– Eu vou ir ver se Smee precisa de ajuda. – Disse o pequeno. – Até mais tarde Emma. – Disse e saiu deixando as duas.
– Ele gosta bastante de você.
– E eu dele. Ele faz eu esquecer os problemas que eu tinha antes de chagar aqui.
– Problemas? – Perguntou se sentando em uma cadeira ao lado da cama. – Você está mantida em cativeiro por piratas. Que só iram te soltar quando pagarem o resgate.
– Fala como se não tivesse nada relacionado com isso. 
– Sei que tenho. Mas como poderia ter problemas antes disso? Problemas em qual vestido usar e com qual sapato combinar para encontrar o amor verdadeiro. – Disse em tom de deboche.
– Foi isso que as outras princesas que sequestraram disseram?
– Elas não eram muito de falar, preferiam gritar e exigir coisas.
– Eu tinha problemas maiores do que qual vestido iria usar. 
– Como problemas maiores?
– Com meus pais.
– Problemas com o rei e a rainha. E quais seriam?
– Se não se incomodar prefiro não comentar sobre isso.
– Não me incomodo. Agora sente-se e coma antes que esfrie. 
– Está bem. – Sentou-se e começou a comer. – Não acredito em amor verdadeiro.
– O que? – Disse Regina que antes não prestava atenção.
– Amor a primeira vista, nenhuma dessas atitudes.
– Seus pais são Snow White e Príncipe Charming, o amor mais puro e verdadeiro do reino. Como pode não acreditar?
– Por que... – A princesa não terminou a frase assim que viu o capitão entrando no quarto.
– Olhe só quem resolveu acordar.
– Killian. – Disse Regina.
– Já pode retornar ao sótão. 
– Se não tivesse tentado me matar não estaria em seus aposentos.
– Olha como fala! E quando terminar veja se não largou comida em minha cama e limpe.
– Sou prisioneira nesta embarcação  não empregada. – Retrucou Emma.
– Está com vontade de perder a língua?!
– Tente. – Desafiou Emma. Ele estava vindo para cima mas Regina se colocou entre os dois.
– Basta! Vocês dois. Hook eu cuido de Emma. 
– Acho bom. – Disse encarando a loira com sangue nos olhos e saiu do quarto. 
– Está ficando louca? Onde estava com a cabeça ao enfrentar Hook?
– Não sei o que deu em mim.
– Cuidado. Dessa vez eu estava aqui, na próxima posso não salvá-la de perder a língua.
– Brigada. Acho melhor eu voltar para o sótão. 
– Eu te levo. – Swan se levantou e foram para o sótão. Regina ficou até ela terminar de comer, não haviam tocado mais no assunto que o capitão havia interrompido a alguns minutos. Logo terminou e entregou a bandeja.
– Regina. – Chamou a outra que estava prestes a sair.
– Sim.
– Poderíamos depois terminar aquele assunto? – Perguntou a loira.
– Claro. Mais tarde eu retorno para nós terminamos.
– Está bem. – Disse recebendo um sorriso da morena antes de fechar a porta.

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Já havia anoitecido quando atracaram o navio em Oz. Killian junto dos outros resolveram ir para uma taverna, a bordo só havia ficado Regina, Henry, o cozinheiro Nick que não estava com pique para taverna e claro Emma. Henry estava com Nick então Regina resolveu ir falar com Emma. Aproveitou que Hook não estava e levou comida para Emma, foi para o sótão e entrou.

– Trouxe comida. – Disse quando entrou.
– Estava morrendo de fome. – Pegou a bandeja e colocou em seu colo começando a comer o pão.
– Voltei para podermos terminar nossa conversa. – Disse se sentando ao lado da loira. – Então por que não acredita em amor verdadeiro? – A loira respirou fundo não estava acostumada a falar daquele assunto com outros além de Johana e Graham, mas como ela mesmo havia pedido não deixaria Regina sem repostas agora.
– Por causa dos meus pais.
– O que seus pais tem haver?
– Desde criança escutei histórias do amor deles, de como sempre se encontraram e como eu era o fruto do amor mais puro que era o deles. Mas eles nunca demostraram.
– Acredito que não seja agradável ver atos amorosos dos pais.
– Regina! – Repreendeu Emma, mas por um segundo pensou no que a morena disse. – Você acabou de me deixar enjoada. – Disse arrancando uma risada de Regina.
– Mas o que quer dizer com demonstração?
– Eles não demonstravam amor entre si e muito menos por mim.
– Eles não cuidaram de você?
– Não. Eles nunca se importaram comigo, mas quando havia bailes ou visitas eu tinha que estar impecável. Ficar ali sentada enquanto os escutava dizendo como a cada dia estavam mais felizes com minha presença em suas vidas e todas as outras mentiras que contavam.
– Pelo visto a família Charming não é tão perfeita quanto parece.
– Não chega nem perto do que alguns acreditam. 
– Você se criou sozinha?
– Não. A babá de minha mãe, Johana, me criou. Ela que me deu esse colar, que fez eu ganhar um arranhão também mas o importante é que estou com ele. – Disse segurando o colar. – Também havia um amigo.
– Amigo? – Disse Regina com um sorriso malicioso.
– Não! Se chama Graham, ele é como um irmão para mim, cavaleiro de meu pai. 
– Sinto muito Emma. Nem todos têm a família dos sonhos.
– Obrigada.
– Pelo o que? – Perguntou a morena.
– Por aguentar eu contando meus problemas familiares. Você não era obrigada, mas ficou aqui.
– Me considere uma amiga enquanto estiver aqui.
– Obrigada novamente. – Disse sorrindo e recebendo outro de Regina. – Mas e sua família?
– Bom, eu nunca tive amigas para conversar sobre isso.
– Se não quiser contar...
– Não, eu quero compartillhar com alguém. Eu e Killian fomos criados por nosso pai, Brannon. Eu não lembro de nossa mãe por ela ter ido embora quando eu tinha três anos. Killian havia cinco, mas nunca gostou de falar dela comigo. Aos meus dez anos, nosso pai morreu, as pessoas que o encontraram nunca quiseram nos dizer o motivo da morte. Fomos mandados para uma casa que cuidavam de crianças órfãs. As senhoras eram boas, mas arrumávamos muitas brigas com outras crianças, até que um dia resolvemos fugir. Killian foi para a marinha real e eu fiquei por aqui me mantendo com um dinheiro que ele me deixou. Mas aconteceram turbulências que fizeram estarmos onde estamos hoje.
– Nossa Regina. Eu fiquei aqui reclamando mas você também não teve a vida fácil.
– Nenhum de nós tivemos.
– Mas se me permite perguntar... – Disse e Regina assentiu para que ela continuasse. – E o pai do Henry?
– Ele... – Iria começar a contar mas no mesmo momento Henry entrou correndo no local.

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Snow estava na sacada de seus aposentos esperando Charming aparecer com notícias. Logo o mesmo entrou chamando atenção da rainha que se virou.

– Então? – Perguntou Snow.
– Nada ainda. – Disse indo até ela lhe dar um beijo, mas ela desvencilhou passando reto.
– Como não acharam um navio pirata? 
– Estão fazendo tudo para achá-los.
– É melhor aprimorarem esse trabalho e trazerem a garota de volta.
– Não se preocupe.
– Como não vou me preocupar podemos perder muito se essa menina inútil não aparecer.
– Ela pode ser inútil, mas sem ela não conseguiremos o que queremos. Mas agora vamos relaxar um pouco. – Chegou por trás pegando na cintura da mulher, que virou com a mão levantada na direção do mesmo que começou a ficar sem ar e caiu de joelhos ao sentir a mulher usando magia. 
– Por isso mesmo que precisamos dela viva e aqui. Meu esforço não será em vão. – Disse soltando o homem que ficou ofegante, virou e apoiou-se na penteadeira se olhando no espelho. – Eu tive que fazer sacrifícios e não irei me arrepender deles.