História Love and Prejudice - A rival love - Novos ministros

Outubro 1979, 22h30

Antonieta e Tom entraram no Ministério da Magia pela entrada de visitantes. Naquela forma, ninguém reconheceria o maior bruxo das trevas de todos os tempos, a aparência de um homem charmoso por volta de seus 30 anos. A garota por outro lado, não usava a mascara e ali era conhecida por ser estagiaria do Profeta Diário e membro da Ordem da Fênix. Nenhuma ameaça, portanto, os dois podiam andar livremente no prédio.

— Isso é loucura — sussurrou o Lorde. — E se for uma embosca, eu mato você, Potter.

— Tão gentil — suspirou irônica e parou para olhar nos olhos dele. — Confia em mim.

Eles pegaram o elevador até o andar onde ficava a sala da Ministra e encontrou o subsecretário, Joel Oliver.

— Joel, a ministra ainda está? Tenho um assunto urgente para tratar com ela, veja se ela pode nos atender. É sobre a Ordem da Fênix — mentiu Antonieta de forma convincente. Tom se manteve atrás dela. — Não se preocupe, este é Thomas, é de confiança.

— Assim tão tarde? Eu vou verificar com ela, aguarde um momento. — O secretário entrou na sala da ministra, guardada por dois aurores altos e mal encarados.

Por ser tarde, poucos funcionários ainda estavam trabalhando, nenhum naquele andar e Antonieta teve a liberdade de pegar a varinha e estuporar os dois aurores sem dificuldade com a ajuda de Tom.

— A ministra não pode atendê-la no momento, eu sinto... — O secretário arregalou os olhos ao encontrar os dois aurores no chão.

— Entre — ordenou Rosa Negra e os três entraram na sala da ministra.

A Ministra, uma mulher forte, mas muito afetada por aquela guerra, estava sentada em sua cadeira, a mesa repleta de pergaminhos, dos quais ela não desviou os olhos quando disse:

— Eles estão insistindo? Normalmente Dumbledore manda a Sra. Potter. Quem você disse que é mesmo, a Srta. Angelina Potter, certo? — perguntou, pensando que falava apenas com seu secretário.

— Antonieta, mas prefiro Rosa Negra, ministra. — Antonieta conseguiu chamar a atenção da ministra que ergueu os olhos para ela, surpresos. A Potter sorriu meiga e desarmou a ministra antes que ela pensasse no feitiço que lançaria. — Eu só quero conversar, então você não vai chamar ninguém, não que pudesse, nós demos um jeitinho nos seus aurores.

— O que você pensa que está fazendo, Potter?

— Você ainda não entendeu, não é? — disse Antonieta aborrecida. — Estagiária do Profeta Diário, membro da Ordem da Fênix, irmã e cunhada dos competentes aurores James e Lily Potter, quem desconfiaria, não é? É ótimo contar com o elemento surpresa. Primeiro as apresentações devem ser feitas: ministra esse é Lord Voldemort, meu novo aliado. Pode dizer que ele fica muito melhor com essa aparência? Não acha? Descontrações a parte, ele estava planejando matá-la, muito em breve, mas sabe como isso pode ser evitado? Entregue o ministério para nós.

— Não vai acontecer. Ele vai ter que me matar — retrucou a ministra feroz e entre dentes.

— Viu? Ela mesma quer isso — disse Tom com as sobrancelhas arqueadas e a varinha apontada para o secretário.

— Vamos falar sobre consequências. Se não me entregar o ministério, a aliança entre Voldemort e eu não vai ser selada, logo ele irá continuar matando e a primeira vítima dele vai ser você, agora mesmo, e ele vai tomar o ministério de qualquer forma. Então o que vai ser?

— Não faz diferença, você é como ele.

— Claro que não, eu sou muito mais paciente, não sou? — Ela inquiriu a Tom que deu de ombros. — E só quero banir os sangues ruins, não matá-los. Eles não merecem estar no nosso mundo.

— Preciso de tempo para pensar.

— Tem um minuto. — Antonieta tirou um relógio do bolso da capa e andava pela sala cantarolando enquanto esperava. Tom observava a nova aliada com as mãos nos bolsos e um sorriso de canto quase imperceptível. Quando os sessenta segundos acabaram, Antonieta olhou para a ministra esperando uma resposta, se apiedando da angustia que a mulher devia passar naquele momento.

— Está bem. — A ministra suspirou aborrecida. — Entrego a você, mas preciso de sua palavra Rosa Negra de que mais nenhum nascido trouxa morrerá, mais nenhum inocente por causa dele.

— Tem a minha palavra — disse Antonieta com sinceridade e as duas apertaram as mãos.

— Entrego amanhã pela manhã.

— Não. Hoje à noite. Você não sai daqui para outra coisa que não para anunciar a nossa posse. Mande memorandos a todos os departamentos mandando que estejam no Átrio em meia hora — Rosa Negra disse à mulher a sua frente e se virou para Voldemort. — Estou vestida bem o suficiente para me tornar ministra?

Antonieta não teve uma resposta, mas não se importou. Ordenou ao secretário que preparasse tudo para o anuncio. Estava empolgada, finalmente seria a Rainha Rosa Negra, ministra da magia, sem mais o terror de Voldemort e ela ainda podia usá-lo como uma arma. Somente os funcionários que ainda estavam no prédio assistiram chocados à posse de Rainha Rosa Negra e Lord Voldemort como os novos ministros.

No final da cerimônia de última hora, Rosa Negra e Voldemort voltaram para sua nova sala, agora sem a presença da antiga ministra.

— Eu te disse, não disse? Que não iria se arrepender de se aliar a mim? Temos o ministério, sem nenhuma morte ou fantoche. E você viu a cara de Rita Skeeter? A estagiaria, quem desconfiaria da estagiaria?

— Você devia tentar ser atriz se a carreira como ministra não der certo.

— Tá tristinho porque consegui enganar todo mundo e você também? — Rosa Negra disse com a cabeça apoiada no ombro de Tom e fez bico antes de rir e ir se sentar em sua nova escrivaninha, onde esticou as pernas em cima da mesa.

— Esperta, mas não vai ser assim tão fácil. — Riddle a fuzilou com os olhos.

— Mal agradecido. Vamos trabalhar juntos agora, pelo bem da pureza do sangue bruxo, será que podemos dar uma trégua?

Tom deu de ombros andando pela sala. Estava perplexo e admirado, a garota tinha conseguido descobrir seu segredo e tomar o ministério em um mês. Obviamente que ela não tinha total controle sobre ele, afinal outras quatro horcruxes estavam muito bem escondidas dela, mas ele estava curioso, o que ambos conseguiriam juntos?

— Quais são os seus planos a partir de agora?

— Criar leis, nenhum sangue ruim deve manter um emprego na comunidade bruxa, seja no ministério, nos jornais, hospitais, em nenhum lugar. Manter o ministro trouxa sob a maldição Imperius, onde ele fará com que toda família trouxa da Inglaterra só possa ter um filho, população bruxa aumenta, população trouxa diminui. Eu sou um gênio — disse Antonieta com suavidade e orgulho, provocando diversão em Tom.

— Chato, entediante — reclamou Tom sentando-se na mesa em frente à nova parceira.

— Só porque você não pode matar ninguém. — Antonieta rolou os olhos. — Você já reparou que Godric Gryffindor tem uma vila em sua homenagem? E Salazar Slytherin não tem nada? Eu não quero uma vila, Tom, eu quero...

— Uma fortaleza — ele completou. — Slytherin Fortress.

— Um novo centro bruxo na Inglaterra, com lugares para se divertir, emprego, arquitetura rebuscada, museu sobre a história dos bruxos, um caminho de pedra e carruagens sendo puxadas por testrálios. — Os olhos de Antonieta saíram de foco e a garota podia imaginar a Slytherin Fortress enquanto a descrevia para Tom. Os olhos brilharam quando olhou para o Lorde. — Um lugar só para sangues puros, mestiços no máximo. Um lugar onde as tradições bruxas são enaltecidas. O que você acha?

— Está começando a ficar interessante.

— Você pode cuidar disso?

— Cuidar de criar a minha fortaleza enquanto você fica com a parte chata. Não tenho problema com isso.

— Nossa fortaleza — ela o corrugiu.

— E o que pretende fazer com a Ordem da Fênix, vossa alteza? — perguntou Voldemort com deboche.

— Nada, vamos ignorar a Ordem. O que posso fazer é criar um exército, treinar meus seguidores para combatê-los, caso eles criem problemas.

— E você por acaso tem seguidores? — perguntou Tom com desdém.

— Narcisa e todas as esposas de Comensais da Morte que você ignorou. Mulciber, Evan, Greengrass, Dolohov, eu sinto muito, Tom, mas eles te traíram. E você não vai tocar em um fio de cabelo deles ou... Ops, um segredo revelado — disse Rosa e bocejou. Tom cerrou o punho, anotando mentalmente que tinha que ficar de olho nela.

Rosa se levantou, consultou o relógio de bolso que marcava quase uma da manhã. Aproximou-se de seu sócio e estendeu a mão. Ela podia sentir a raiva emanando dele, o que o tornava perigoso, mas não se importou. Ao invés disso, sorriu doce e tranquila.

— Não vou abaixar a cabeça para você, Tom. Eu sou a Rosa Negra, não a tola Nina, mas espero que possamos nos dar bem. — Voldemort grunhiu, mas apertou a mão da parceira. Ambos mantiveram as mãos unidas por mais tempo que um casal de apenas sócios manteriam.

— Boa noite, Lord Voldemort.

— Boa noite, Rosa Negra.

O Lorde viu Rosa cruzar a porta. A garota era mais eficiente do que qualquer um de seus comensais, talvez e somente talvez merecesse a posição de sua aliada e não serva. Pensava em sua “nova aliada” quando a porta foi aberta pela ex-ministra da magia.

— Perdão, ministro. Achei que a sala estivesse vazia, vim apenas pegar as minhas coisas.

Voldemort observou a mulher entrar na sala e pegar suas coisas. Ela poderia se unir à Ordem da Fênix, matá-la seria prevenção, mas Antonieta era tola e boa demais para isso.

— Minha aliada é muito idealista, ingênua, ela realmente pretende cumprir tudo o que lhe prometeu. Eu, por outro lado, gosto de matar meus inimigos e garantir que eles não me trarão problemas no futuro. — Tom sorriu frio e cruel sob o olhar confuso da bruxa. — Avada Kedavra.

A porta foi aberta e Lucius Malfoy que estava trabalhando até mais tarde, entrou na sala e reverenciou o mestre.

— Milorde... — Ele olhou para o corpo da ex-ministra no chão. — Então é verdade? Aliou-se a Rosa Negra? N-não sabíamos que Antonieta era ela.

— O que mostra muita incompetência, Malfoy. Mas sim, é verdade. Dê um jeito no corpo dela. — o Lorde passou pelo corpo da ex-ministra. — E caso alguém, especialmente Rosa, pergunte, ela decidiu viajar depois de largar o cargo.