História Love and Prejudice - A rival love - Revelações

A MINISTRA DA MAGIA SE RENDE. UMA NOVA ERA NO MUNDO BRUXO. LORD VOLDEMORT E RAINHA ROSA NEGRASE TORNAM OS NOVOS MINISTROS DA MAGIA.

Na noite do dia 04 de novembro de 1979, a marca negra pairou sobre o Ministério da Magia, porém com uma sutil diferença: entrelaçada à caveira uma rosa negra com espinhos, oficializando uma aliança entre Lord Voldemort e a Rainha Rosa Negra.

A rainha, que se revelou ninguém menos que Antonieta Marie Potter, se pronunciou após a rendição da Ministra: “Foi um gesto nobre da ministra se render, ela não podia nos vencer na guerra e a minha aliança com Voldemort trás diversos benefícios aos bruxos, além do fim de uma crueldade desnecessária”...

Continue esta matéria na página 2.

Sirius já tinha lido aquela notícia tantas vezes que saberia dizê-la exatamente com as mesmas palavras caso lhe perguntassem do que se tratava. Assim que a edição chegara em sua casa, ele saíra batendo a porta antes que qualquer pessoa o encontrasse, sabia que James e Remus o procurariam. Será que eles se sentiam tão traídos quanto ele?

Foi para Hogsmeade, Três Vassouras, se surpreendendo pelo bar estar aberto às 10h da manhã. Sua mente o levou para o primeiro encontro que teve com Antonieta, que acontecera exatamente naquele mesmo povoado.

— Bom dia, o que vai querer?

— Um firewhisky. — pediu de mau humor enquanto relia a matéria.

— Está tudo bem, querido? Oh sim, surpreendente, não é mesmo? — a bruxa olhou para o jornal que ele lia. — Não era ela que era contra Você-sabe-quem naqueles pergaminhos que espalhava por aí? — perguntou madame Rosmerta, serviu a bebida e voltou a organizar algumas garrafas.

Ele ingeriu a bebida em apenas um gole sentindo o líquido queimar sua garganta no mesmo momento em que alguém entrava no estabelecimento. Sirius não a notou até ela estar ao seu lado, apoiada no balcão.

— Ei! Está tudo bem? — Marlene perguntou, mas não teve uma resposta, nada além de um olhar vazio para o nada. — Sirius, não é como se não esperássemos, ela era da sonserina, arrogante e pensava que enganava alguém com aqueles sorrisinhos falsos.

— Não fale assim dela, ela era muito mais do que isso — retrucou Sirius, sem saber exatamente porque a estava defendendo.

— Claro que era — disse Lene, omitindo a parte em que diria: ela também era secretamente uma bruxa das trevas, mentirosa. — Six, você quer ir pra minha casa? Vamos esquecer isso um pouco. Tenho certeza que o professor Dumbledore ou Moody vai nos reunir logo para falar sobre isso. Eles podem ter tomado o ministério, mas ainda vão ter que lidar com a Ordem da Fênix.

Sirius não respondeu imediatamente, pegou um cigarro em seu bolso e o acendeu, tragou e soltou a fumaça lentamente.

— Não, eu vou ficar.

— Ok. — A loira impacientou-se. — Chega, eu não vou mais tentar te fazer esquecer a Antonieta, isso é um caso perdido.

A Mckinnon saiu do estabelecimento e olhou para trás, mais preocupada com o amigo do que magoada por ele ainda amar a ex-noiva. Aparatou, decidida a se reunir com Lily e Dorcas e planejarem algo contra essa nova era que surgia.

Antonieta acordou se sentindo mal naquela manhã, enjoada e com dor de estomago. Acreditou que era o nervosismo, àquela hora todos já saberiam que ela era a Black Rose. Na noite passada, ela havia dormido na mansão Malfoy, ficara para comemorar a vitória e se surpreendeu quando ouviu batidas na porta e Tom entrou em seu quarto.

— Narcisa disse que não se sentia bem. — comentou quando entrou no quarto e deixou na cômoda ao lado de sua cama no quarto de hospedes, um copo com chá de camomila. Um gesto atencioso, mas ela era desconfiada demais para provar a bebida, não confiava nele.

— Obrigada. — agradeceu, sentando-se na cama. — Eu sinto muito não poder me juntar a você no ministério hoje.

— Não se preocupe, descanse. Hoje apenas falarei com alguns nomes importantes.

— Você adora ser bajulado. — brincou Antonieta conseguindo tirar um quase sorriso do Lorde.

— Tem uma visão distorcida de mim, Srta. Potter. Enfim, melhoras. Eu a atualizo de tudo amanhã.

— Obrigada e comporte-se, milorde.

Quando Riddle deixou o quarto, Antonieta se levantou, tomou um banho colocando uma blusinha preta, jeans justo e botas cujos canos iam até acima dos joelhos, passou um batom vermelho, colocou a capa bruxa e decidiu que tomar um ar a ajudaria a melhorar.

Aparatou para Hogsmeade, mesmo que ainda fosse muito cedo e nada estivesse aberto, apenas andar por ali já seria o suficiente. Não era fim de semana então não teriam alunos de Hogwarts e estaria bem vazio, porém não estava tão vazio quanto ela gostaria. Tinha andado por uns dez minutos e começava a se sentir melhor quando o viu saindo do Três Vassouras. Paralisou no lugar que estava, talvez tivesse se esquecido de como respirar.

— Sirius. — O nome escapou dos lábios de Nina com insegurança e Black arregalou os olhos ao vê-la apenas por alguns instantes.

— Rainha Rosa Negra! Que prazer vê-la! Eu devo fazer uma reverencia? — perguntou mordaz. Antonieta fechou os olhos tentando não se magoar com o sarcasmo de Black e respirou fundo. Eu sou a Rosa Negra, aliada de Voldemort e Rainha do mundo bruxo, repetia para si mesma, antes de abrir os olhos e encará-lo com toda frieza que conseguia.

— Se você desejar.

— Vai se foder, rainha — ele disse entre dentes e lhe virou as costas.

— Eu tentei — ela quase gritou antes que ele fosse embora e Sirius voltou-se novamente para ela, encontrando-a com os punhos fechados e nariz empinado. — Eu tentei ser como vocês, lutar na Ordem, ser a espiã, mas não é fácil, Sirius. Muitos na Ordem me olhavam torto só por eu ser da sonserina, enquanto Voldemort me treinava como sua melhor combatente. Eu me esforcei para ver os sangues ruins como um de nós, mas eles não são. E então você escolheu a Marlene. Ok, respeito sua decisão. Eu escolhi o lado das trevas, respeite a minha.

— Você não é má, Antonieta e está escolhendo o caminho errado como Régulus. Vai se arrepender disso...

— Todos temos luz e trevas dentro de nós, o mundo não se divide em pessoas boas e comensais da morte. Eu tomei o ministério, tenho as horcruxes, eu controlo Voldemort. Não, eu não vou me arrepender.

— Fox... — Ele tinha um nó na garganta, queria abraçá-la e dizer que aquilo era um erro, queria gritar com ela, dizer que a amava e que ela devia escolhê-lo. Se culpava por não ter percebido antes e feito algo para pará-la.

Antonieta seguiu seu caminho, parando ao lado de Sirius apenas para lhe sussurrar:

— Não se culpe, eu sempre quis ser a Rainha Rosa Negra.

— Minha maldita sonserina. — ele sussurrou de volta encarando-a, por breves segundos viu sua Nina de volta, mas logo a expressão fria, arrogante e decidida voltou para o rosto da morena que passou por ele.

Antonieta apertou o passo até encontrar o primeiro beco sem saída que achou, escondeu-se ali e deixou que todos os sentimentos aflorassem em lágrimas e o enjoo voltou com força, obrigando-a a apoiar as mãos no joelho e colocar para fora tudo o que tinha no estomago. Algo estava muito errado com ela.