História Love and Prejudice - A rival love - Doces ou Travessuras

Com o fim do ano letivo Antonieta se viu de volta à casa dos pais em Godric’s Hollow. Sirius estava passando um tempo lá e ficava no quarto de hospedes. A casa era toda aconchegante e em tons pastéis, o quarto da mais nova era exceção, este era uma mistura de gótico e romântico, com acolchoados negros na cama de solteiro, uma penteadeira branca com detalhes em cor de rosa e uma escrivaninha com uma pilha de livros em cima, uma ampulheta cuja areai dentro dela tinham as cores de sua casa, um presente de sua mãe Dorea que também tinha sido da sonserina e algumas de suas penas favoritas.

Aquele tinha sido o último ano de James, Sirius e de Bellatrix, o que era bom, assim ela poderia se dedicar mais à Rosa Negra e não precisar mais ter tanta cautela. Antonieta andava pensando quem era a Rainha Rosa Negra. Óbvio, era ela, mas o que queria com aquilo? Qual o objetivo? Ela não era como Lord Voldemort, nem seria tão cruel quanto ele. Bem, ela amava o poder, tinha potencial e achava que os bruxos eram melhores que os trouxas, que não precisavam se esconder e também achava que os de puro sangue estavam acima dos mestiços e nascidos trouxas.

James e seus pais tinham saído às seis horas da tarde para um jantar com os Evans. Ela não queria jantar com eles, então tinha inventado uma dor de cabeça e ficou em casa. Agora estava sentada em sua escrivaninha, com um pergaminho em sua frente desenhando uma rosa, o desenho estava quase pronto e ela ficou o encarando enquanto batia a ponta da pena na mesa. Sabia que James jamais aprovaria seus planos e tinha a pedra no sapato que era a Evans, aquilo seria um problema.

Ouviu duas batidas na porta e ergueu os olhos para ver Sirius Black, estava tão entretida em seus pensamentos que não ouviu o ronco da moto do noivo quando ele chegou. Dobrou o pergaminho duas vezes, o escondeu embaixo de um livro e olhou para o relógio de bolso em cima da mesa que marcava oito horas da noite.

— O que está fazendo? — perguntou Sirius se apoiando no batente da porta.

— Algumas anotações sobre um livro que eu li. — mentiu se levantando e apoiando as mãos na mesa antes de sorrir com doçura, enquanto os olhos mostravam malícia. — Entra, eu não mordo.

— Mas eu sim. — provocou Black se aproximando.

— Onde esteve? — Questionou ela enquanto dava a volta na escrivaninha.

— Procurando um apartamento em Londres, não posso ficar aqui para sempre — disse encolhendo os ombros. Antonieta entortou a boca e apoiou as mãos na escrivaninha, Black riu.

— Ótimo, vai me deixar em paz. — Falou ela com falso alívio na voz.

— Eu sei que não vive sem mim, Antonieta Potter. — Assegurou ele.

— Menos, Maroto, bem menos. — Ela revirou os olhos e Black abriu um de seus grandes sorrisos.

Ela não se importava muito com Sirius, mas não podia negar que ele ficava muito bem naquela jaqueta de couro, então se sentou na escrivaninha e o puxou para mais perto até que se encaixasse entre suas pernas.

— Você não tem jeito — ele sussurrou contra os lábios da Potter, enquanto suas mãos deslizavam da cintura da morena para suas pernas.

— Ora, já vamos mesmo nos casar — ela disse com ar inocente.

Sirius a beijou soltando o coque que ela usava no topo da cabeça, os fartos cabelos castanhos caíram pelos ombros dela, enquanto ele explorava sua boca e sentindo as mãos pequenas dela lhe corresponder, passeando por seu pescoço e abdômen.

— Você está bem? — ele perguntou se afastando e pigarreou, não estava acostumado a demonstrar carinho, entre eles era sempre brincadeiras ou trocas de farpas. — James disse que você não estava se sentindo bem.

A morena franziu a testa e riu.

— Eu provavelmente menti.

— Ah! Maldita sonserina. — E voltou a beijá-la, enquanto ela tirava sua jaqueta e a deixava caída no chão do quarto.

Antonieta gostava de seus músculos do jogador de quadribol por isso precisava se livrar logo daquela jaqueta. Ela o afastou colocando a palma aberta em seu peitoral e virou a ampulheta em cima da escrivaninha.

— Eles devem chegar logo, não temos muito tempo. Seja rápido. — Ela ordenou.

O Black deu um sorriso torto antes de beijar a sua noiva com fervor. Não havia como ir com calma nem se pudesse. Ele puxou o cabelo da bruxa para trás expondo seu pescoço e passou os lábios na região suavemente enquanto apertava a coxa dela com força. Antonieta entreabriu os lábios e puxou ar sem emitir nenhum som. Sentiu as mãos fortes de Black em sua coxa e ele e a levou até a cama. Ali ele se ocupou em tirar desabotoar as pressas os botões da camisa xadrez que ela vestia, tirar os suspensórios e o short jeans cintura alta, deixando-a apenas com a camisa aberta e a lingerie branca por baixo. Depois se levantou para se livrar da calça jeans surrada e da camiseta preta. Deitou sobre ela, seu corpo grande a cobrindo e a pressionando, sem machucá-la, ele sempre se preocupava com isto.

Mas a Potter nunca deixaria que apenas ele dominasse, ela era competitiva e gostava de estar no controle, virou e sentou-se em seu colo, uma perna de cada lado do corpo do moreno e rebolou provocando-o, sentindo o quanto ele estava excitado, passando a língua nos lábios enquanto olhava para os olhos escuros, mas aquilo não era o suficiente, ele queria mais dela, então tirou a camisa que ela ainda vestia e o sutiã e tocou um dos mamilos com a língua enquanto massageava o outro seio com a mão, dessa vez ela não se segurou e gemeu arqueando as costas, o Black realmente sabia o que fazer e como fazer direito pensava Antonieta que segurou o queixo do noivo com dois dedos fazendo ele olhar para ela antes de beijá-lo. Ela se levantou e tirou a última peça que faltava e ele fez o mesmo, antes de voltarem para a mesma posição que estavam, o Black gemeu rouco quando se sentiu todo dentro dela e segurou as nádegas da morena ajudando-a subir e descer. Ela arqueava as costas e gemia enquanto apoiava em seus ombros para ter força. Com facilidade ele a deitou na cama, com uma mão apoiada na cama ao lado da cabeça dela e a outra em sua cintura.

— Nina. — Gemeu escondendo o rosto no pescoço.

Ambos gemiam alto e sofregamente e suavam até que não aguentaram mais e explodiram quase que juntos.

— Six, isso foi… — Antonieta sussurrou extasiada, mas a frase morreu. Sirius caiu ao seu lado e beijou os fartos cabelos castanhos da Potter antes que os dois caíssem na risada, precisavam se recompor logo.

Dez minutos depois Sirius foi para o quarto de visitas, que se tornara seu quarto desde que ele saiu da casa de seus pais, deram-lhe o maior quarto disponível e não aceitaram seus argumentos de que não precisava ser um dormitório tão grande, mas o senhor e a senhora Potter rebateram seus   argumentos dizendo que ele já era da família, uma vez que ele era o melhor amigo de James, além de noivo de Antonieta.

Grandes e pesadas cortinas vermelhas emolduravam as amplas janelas com vista para o jardim da propriedade, sobre a cama de solteiro feita de madeira jazia um cobertor com o brasão da Casa do leão e travesseiros com fronhas douradas, do lado esquerdo da cama havia um criado-mudo, sobre o qual era possível ver fotos dos Marotos, aparentemente não existia ali nenhuma foto dele com sua noiva, aparentemente, pois sob os travesseiros uma foto deles juntos fica escondida.

Enquanto Antonieta e Sirius tomavam banho de tina, cada um em seu banheiro, elfos domésticos se encarregavam de eliminar os vestígios de sexo presentes no dormitório da caçula da casa.

Meia hora depois ambos estavam na sala, deitados sobre o tapete de pele cinza e enrolados em uma coberta preta, ele vestindo jeans surrados e uma camisa de quadribol e ela vestindo uma calça bailarina cinza e uma blusa branca soltinha, eles ouviam músicas no rádio e se aqueciam junto à lareira, nem pareciam o casal que vivia entre tapas - que James aprovava -, e beijos - os quais James não aprovava de jeito nenhum, pois era estranho ver seus melhor amigo beijando sua irmãzinha, além dele ser irmão mais velho e não se sentia confortável com nenhum homem perto dela.

Não demorou mundo para os outros moradores aparatarem ali na sala de estar e se depararem com a seguinte cena: Sirius sentado no tapete com as costas encostadas no sofá e Antonieta deitada entre as pernas do maroto, o qual lhe acariciava as madeixas, tal visão fez os senhor e a senhora Potter sorrir abertamente, ao mesmo tempo em que James fez uma careta e revirava os olhos.

— Ela está melhor? — Dorea perguntou ao genro.

— Estou, mamãe, o Totó cuidou de mim. — A garota respondeu com voz de sono e sua resposta fez todos rirem.

— Hora de dormir, Fox — disse o Black se levantando com a noiva nos braços levando-a para o quarto dela, fingiu que a deixaria cair para deixá-la brava e a soltou na cama já sem sono.

— Você me paga Black — gritou Antonieta se levantando e correndo atrás dele que já corria no corredor em direção ao quarto, ele deixou que ela o alcançasse e levantou as mãos em forma de rendimento.

— Parolar. — Ele gritou o código dos piratas, desenvolvido entre eles para dar trégua em uma briga ou marotagem.

— Vai ter volta Maroto. — Ela respondeu com os olhos semicerrados, como odiava e ao mesmo tempo amava aquele sorriso sacana nos lábios dele e ele a puxou para um selinho.

— Boa noite noivinha.

Assim que entrou em seu próprio quarto Sirius deu de cara com James sentado em sua cama.

— Parece que está apaixonado, Padfoot — James caçoou do amigo.  

— Para com isto, Prongs — respondeu Sirius dando de ombros, como se não se importasse.

— Ora, como irmão mais velho, eu tenho que saber quais são suas intenções com ela — disse James com ar divertido.

— Não nos deram muitas opções, não é? Eu gosto dela, não é como se eu fosse deixar ela no altar. — O Black riu, ela o mataria se ele fizesse isso.

— Ótimo, ela acabaria com você. – James riu, mas sabia que Sirius não só gostava de Antonieta, o que era bem surpreendente, já que ela tinha tudo o que o amigo mais odiava, era sonserina, preconceituosa e mimada, James amava a irmã, mas sabia que ela era uma coisinha complicada e queria ter certeza que Sirius não desistiria dela quando descobrisse esse lado de Nina, no fundo, bem no fundo gostava muito dos dois juntos. – Certo, então cuida dela. Boa noite Pad.