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História Love and Prejudice - A rival love - Cafés e cigarros


Escrita por: NatMonroe e Typewriter

Notas do Autor


Oiii amores!! Como estão?

Trago mais um capítulo, dessa vez voltamos a 1979 onde a história se passa, 7º Ano da Nina. E ah! Amei os comentários de vocês no capítulo passado ♥

Espero que gostem *--*

Capítulo 9 - Cafés e cigarros


1979

Antonieta entrou apressada no quarto e encontrou Narcisa pronta. Uma noiva perfeita. O vestido branco, longo e com plumas, o véu, a maquiagem. Ela estava maravilhosa. A futura Sra. Malfoy, porém já estava pronta há alguns minutos e agora olhava fixamente para um narciso em uma redoma de vidro que decorava a penteadeira.

— Cissa? — chamou Nina. — Tudo bem? Ainda dá tempo de desistir.

— Ficou louca, Nina? — Narcisa riu, balançou a cabeça e se levantou. — Eu vou me casar com um Malfoy, viver nessa mansão magnífica e você viu a decoração lá fora? Está tudo perfeito. A última coisa que quero é desistir.

— É lindo, não é? — As duas se debruçaram sob a janela que dava para o jardim da mansão Malfoy, onde seria realizada a cerimônia. As cadeiras e mesas estavam decoradas com seda verde e branca e flores; pétalas de rosas vermelhas decoravam o caminho da noiva até o mestre de cerimônias, artefatos de prata e os pavões albinos dos Malfoy davam um ar elegante. Era tão tradicional e bruxo que encantava a Potter.

— Lucius já está lá. Estou ansiosa.

— Essa é a flor que Michael te deu? — perguntou Antonieta andando pelo cômodo. Agora eram somente elas duas, mas antes enquanto arrumavam Narcisa, a Sra. Malfoy, mãe de Lucius; Druella Black, mãe de Narcisa e vários elfos domésticos corriam para lá e para cá naquele quarto. A loira estava feliz de ter um momento de tranquilidade com a melhor amiga.

— Sim, coloquei na redoma e fiz um pequeno feitiço para deixá-la sempre bela, um feitiço para congelá-la. Tem falado com ele?

— Não, infelizmente. — Nina parou de frente para a amiga e segurou as mãos dela. — Está pronta, Sra. Malfoy?

— Prontíssima. — Narcisa sorriu e avaliou o vestido de Nina, um longo vestido verde de veludo com um corte na lateral. — Tenho um ótimo gosto, também ajudei na decoração da cerimônia, mas não me permitiram colocar cadeiras douradas, ficaria magnífico, mas ao que parece queriam impressionar com bastante verde e prata já que o Lorde das Trevas estará presente.

Batidas na porta impediu Antonieta de dar uma resposta chocada ao saber da notícia. Cygnus Black, pai de Narcisa entrou.

— Podemos ir?

Antonieta cumprimentou o Sr. Black com um aceno, beijou o rosto da amiga e saiu do quarto, desceu a escadaria para o grande salão e chegou ao jardim onde encontrou os outros padrinhos.

— Nina...? — Regulus começou indeciso, não se falavam desde antes das férias e ele seria o padrinho de Narcisa ao lado da Potter. — Ainda não estamos nos falando?

— Psiu, a cerimônia já vai começar. — A garota o cortou, aborrecida, embora sentisse falta da amizade. — Humpf, eu não vou deixar passar uma amizade de anos só porque você me entregou para uma serpente venenosa, devia, mas não vou — disse irritada. Regulus sorriu, a música já havia começado, uma harpa mágica que tocava sozinha.

— Pediu a Sirius que viesse com você?

— Pedi. E seria uma ótima ocasião para vocês fazerem as pazes. — Antonieta olhou para a última cadeira, da última fileira. Meio emburrado, mas com trajes a rigor que lhe caíam muito bem, estava Sirius. Ela sorriu para ele. E então seu olhar foi para as fileiras do outro lado, na primeira fila estava Voldemort, em sua aparência mais agradável, os olhos negros presos nela, curiosos e misteriosos a atraindo como um ímã, mas ela não pode sustentar seu olhar por muito tempo, pois a noiva chegara.

Após a cerimônia, a festa era tanto no jardim, quanto no grande salão da mansão, com elfos domésticos servindo vinho branco, hidromel e outras bebidas e aperitivos. Antonieta decidiu pegar uma bebida antes de ir até Sirius, mas não viu nenhum elfo doméstico por perto, olhava para os lados quando ouviu uma voz fria atrás de si.

— Uma bebida? — Antonieta se virou e encontrou Tom Riddle, ao lado dele um elfo domestico com uma bandeja. O bruxo estava elegante em uma longa capa bruxa por cima dos trajes formais, a sobrancelha erguida em uma expressão superior, os olhos inexpressivos e os fios alinhadamente desarrumados, ela tinha que confessar que ele era charmoso.

— De grande bruxo das trevas a servente? — ela comentou atrevidamente e após um olhar rígido que deixaria até a mais descarada das pessoas envergonhada ou com medo, acrescentou: — Milorde.

— Apenas preso pelos bons modos, o que não parece ser o seu caso, Srta. Potter.

— Aut. — Antonieta corou levemente e se dirigiu ao elfo: — Um vinho branco e um hidromel, por favor.

— Saia! — ordenou Tom com desprezo para o criado depois que a serviu e se dirigiu à garota. — Belo vestido, combinou com o medalhão. A hora está chegando, Srta. Potter.

— E estou ansiosa para servi-lo, milorde. — atuou a Potter. — Se me dá licença.

Fez uma breve reverencia e se afastou o mais rápido possível, sentindo estranhamente as bochechas queimarem, em uma mistura de aborrecimento e vergonha. Se aproximou de Sirius que olhava para o jardim pela janela.

— Não está sendo tão ruim, está? — ela lhe entregou o hidromel e sorriu meiga.

— Oh não! Eles apenas ignoram a minha presença, ao invés de me aborrecerem. E Régulus fica me encarando com aquele ar de peixe morto, tem alguma coisa na minha cara? — comentou Sirius dando de ombros e fazendo Antonieta rir.

— Talvez ele queira conversar, fazer as pazes. Vocês são irmãos.

— Walburga sequer veio, só porque eu queria dar um alô para a mamãe.

— Não perderia a oportunidade de provoca-la, não é? — Antonieta terminou a bebida em um gole. E quando uma musica lenta começou, chamou o noivo para dançar.

Durante a dança, notou que Narcisa ria em conversas com as esposas de grandes bruxos como as Greengrass, Avery, Lestrange e outras. Lucius conversava com amigos do ministério. Poucos casais dançavam.

— Uau você dança bem, não vai precisar fazer aulas para o nosso casamento. — surpreendeu-se Nina, uma mão no ombro do noivo e a outra unida com a dele.

— Fiz aulas nas férias quando tinha 12 anos, fui obrigado pela minha mãe, fugia sempre que podia.

— Meus pés agradecem por não ter fugido de todas. — brincou, Sirius abriu a boca para responder, mas Nina nunca chegou a saber a resposta, pois o som de um talher batendo em uma taça chamou a atenção de todos. Voldemort, agora em sua aparência ofidia e pálida, estava nos degraus superiores da mansão, um degrau abaixo estava Lucius e abaixo dele Narcisa.

— Meu desejo é de prosperidade e pureza para sua família, Lucius, e para as futuras gerações. — Começou erguendo a taça num brinde aos noivos. — Gerações estas que graças à Lord Voldemort, não terão que coexistir com a escória que habita o nosso mundo atualmente...

O Lorde começou um discurso a respeito da soberania e superioridade dos bruxos do qual Sirius não se esforçou para prestar atenção, encostado em uma sombra tomava uma taça de vinho branco, mas o olhar de Antonieta para o bruxo das trevas não passou despercebido por ele. Nina olhava Voldemort com admiração, como todos os outros sonserinos babacas.

Promessas de um mundo onde os bruxos não precisariam se esconder, onde somente aqueles de sangue puro seriam aceitos na sociedade bruxa, Antonieta sentiu seu desgosto por Voldemort diminuir um pouco, ela pensava como ele, embora rejeitasse a opressão e violência abordada pelo bruxo.

— À Lucius e Narcisa — Todos os bruxos na sala ergueram suas taças e disseram em uníssono. — E ao Lorde das Trevas.

— Vamos embora. — anunciou Sirius tomando a mão de Antonieta e saindo da sala principal da mansão. Quase ninguém se deu conta de que eles estavam saindo e Antonieta não se opôs para não fazer cena, mas assim que saíram dos jardins, ela tentou soltar sua mão, embora sem sucesso.

— Hey espera, o que deu em você? — reclamou, mas Black não lhe deu ouvidos e aparatou para longe da mansão Malfoy.

Nina olhou em volta, tinham aparatado para o que parecia um jardim com algumas árvores. Atrás deles havia uma casa muito bonita. A Potter ficou alguns segundos olhando se perguntando que lugar era aquele e depois se voltou para o noivo apoiado em uma árvore, fumando e com um péssimo humor.

— O que você quer? Voltar lá e adorar seu mestre idiota, vai Antonieta — explodiu Sirius. — Mas da próxima vez não me chame para isto.

— Eu não faço ideia do que você está falando.

— Me responde uma coisa, você concorda com o que ele falou? — ele perguntou e soltou devagar a fumaça pela boca. Nina não soube o que responder, abriu a boca e tornou a fechá-la. Sirius arqueou as sobrancelhas, apagou o cigarro e rumou para dentro da casa bonita.

Antonieta o seguiu para dentro da casa, mas não por muito tempo, pois ele entrou em um dos quartos e bateu a porta.

— Babaca! — ela gritou do lado de fora e grunhiu irritada.

Antonieta percebeu que ele não falaria nada, então ela teria que descobrir sozinha que lugar era aquele. Passou a conhecer a casa, cômodo por cômodo, dois quartos no andar de cima, um sótão, um porão, uma bela sala de estar no andar debaixo e uma cozinha, tudo mobiliado. Parou na cozinha onde se sentou de braço cruzado em uma das cadeiras e mordeu o lábio inferior.

Como se lidar com um Sirius irritadinho não fosse o bastante, o medalhão em seu pescoço começou a esquentar até queimar sua pele. Voldemort a estava convocando.

— Ah vai pro inferno você também! — disse para o medalhão, tirou-o do pescoço e largou-o na mesa.

Ficou feliz que tivesse pó de café naquela casa desconhecida, somente uma bebida quente lhe acalmaria os ânimos. Fez o café e tomou-o sentindo o líquido quente lhe trazer uma sensação de alívio e quando já tinha bebido o suficiente para começar a se sentir mal por ter brigado com seu Totó, ela foi até o quarto.

— Sirius — chamou fraco, bateu algumas vezes na porta e entrou. Encontrou-o deitado e emburrado na cama, fazendo cruzadinhas do Profeta Diário. Ele olhou para ela com as sobrancelhas erguidas. — É, eu acho que nós que nascemos bruxos somos melhores, mas não acho que temos que matar por isto. Isso é horrível! E sei que não concorda comigo, só que está amarrado a mim, não pode fazer nada, ainda vou te encher por um bom tempo... Não essa noite, é claro. Eu estou indo pra casa. Obrigada por ir ao casamento por mim.

— Fica — ele pediu.

— Mesmo? — perguntou Nina esperançosa.

— É, fazer o que. Parolar?

Antonieta sorriu, fechou a porta atrás de si e foi até o Black, deitou-se ao seu lado e o abraçou. Sentiu os braços fortes ao seu redor e uma mão acariciar seu cabelo, fechou os olhos. Café até podia ser incrível, mas não era nada comparado a sensação do abraço do maroto.

— Parolar — ela sussurrou e perguntou sem olhar para ele: — Six que lugar é esse?

— Nossa casa, bem, precisamos morar em algum lugar depois do casamento. — ele explicou e Nina sorriu. — Agora, acho que pode me recompensar como disse que faria. — Ele se afastou dela para olhá-la com um sorriso travesso.

— Achei que não ia lembrar nunca. — Antonieta se levantou indo para frente da cama.

— Ei, aonde você vai? — Sirius perguntou se apoiando nos cotovelos.

— Ora vou cumprir minha promessa. — ela respondeu com ar inocente e parou na frente da cama de casal. Abaixou uma alça do vestido enquanto fazia uma dança lenta e sensual. Sirius não conseguiu conter uma risada e voltou a se deitar com os braços atrás da cabeça.

Antonieta abriu o zíper do vestido e deixou que ele deslizasse por seu corpo, revelando uma lingerie preta, a varinha presa a uma faixa na coxa. Ela usou a varinha para ligar o rádio e colocar uma música e estendeu a mão para Sirius que pulou para a beirada da cama, roçou os lábios pela barriga lisa de Antonieta e sorriu de canto.

— Minha maldita sonserina.

Nina afastou os cachos negros que caíam nos olhos do noivo e desenhou os lábios dele com o polegar antes de beijá-lo, uma mistura perfeita de cafés e cigarros. E eles se esqueceram de tudo, seus ideais diferentes, o casamento, a guerra e não precisaram dizer nada, mas sabiam que não estavam mais juntos por causa de um voto perpetuo.


Notas Finais


Então gostaram? O casamento da Nina e do Sirius já ia ser no próximo capítulo, mas por motivos da guerra precisou ser adiado para o capítulo 11 huehue

Deixem um comentário, vou adorar saber o que estão achando da história. *----*
Até o próximo capítulo
Bjs ♥


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