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História Love and Vengeance - When all things will end


Escrita por: samillaway

Notas do Autor


Esse é o capítulo mais triste da fanfic...
Estou quase chorando.
Boa leitura.

Capítulo 54 - When all things will end


Fanfic / Fanfiction Love and Vengeance - When all things will end

Huntington Beach, Califórnia: Quatro dias depois

 

               Brian e eu estávamos bebendo uísque há quatro dias sem parar, desligamos nossos celulares e trancamos a porta. Não queríamos condolências, ninguém sabia o que estávamos passando, nosso bebê de quatro meses havia morrido e ainda não sabíamos o porquê.

               Então, Brian me ofereceu mais uma garrafa de uísque escocês, eu aceitei, agradeci, chorei um pouco, mas a ficha ainda não tinha caído, eu teria que ver o meu filho dentro de um caixão para poder acreditar que Lucas havia partido.

               Queria esquecer aquela dor, faze-la sumir, mas parecia impossível. Eu dei um longe de uísque, parecia agua, não ardia mais, não doía mais. Brian tomou a garrafa das minhas mãos e sentou-se na escada, deu um gole e voltou a chorar. Não poderia consola-lo, pois estava tão ruim quanto ele.

               O telefone fixo tocou, como eu estava mais perto do telefone, eu o peguei, atendi rapidamente.

 

- Poderia falar com os pais de Lucas Haner? – Eu cocei a minha cabeça.

- Sou Emma Cullen, mãe do Lucas.

- Sinto muito. – O homem disse, ele não sentia, apenas estava tentando ser gentil. – A autopsia foi feita e o corpo já foi liberado.

-Qual foi a causa da morte? – Eu perguntei.

- Morte súbita, isso é comum em bebês na faixa etária de seu filho. – O legista esclareceu.

 - A funerária vai busca-lo, obrigada de qualquer forma. – Desliguei.

- Já liberaram o corpo do Lucas? – Brian perguntou, confirmei com a cabeça e voltei a chorar. – Do que ele morreu?

- Morte súbita, parece que é comum em bebês na faixa etária do Lucas. – Brian me abraçou forte.

 – Vou ligar para funerária, toma um banho e se arrume.

- Ok.

 

               Apenas subi as escadas, passei pelo quarto de Lucas, abri a porta, ver o bercinho vazio, apertou o meu coração. As lagrimas desceram do meu rosto, era uma tortura que teria de passar por muito tempo.

               Fui ao quarto, abri o armário, peguei um vestido preto, joguei em cima da cama, peguei lingerie igualmente pretas. Tomei um banho rápido, me vesti rapidamente, coloquei sapatilhas, olhei para o porta-retrato em cima do criado mudo. Era uma foto minha com Lucas no natal, estávamos tão felizes, Brian havia tirado a foto. Eu voltei a chorar, me deitei na cama, a dor somente aumentava.

               Brian entrou no quarto, foi tomar banho, depois vestiu roupas pretas, colocou óculos escuros, deitou na cama ao meu lado. Eu queria ficar sozinha, mas ele estava sofrendo na mesma intensidade do que eu, era filho dele também.

 

- Não quero nunca mais levantar dessa cama. – Brian disse.

- Eu também, não quero viver no mundo, onde Lucas não está. – Respondi. – Que horas vão enterrar o Luke?

- Ao meio dia, quanto mais cedo passarmos por isso, mais cedo termina. – Brian colocou as mãos no rosto.

- Por que? Eu não entendo, cuidei dele a noite toda, eu saio e...

- Não se culpe, não foi nossa culpa, nós cuidávamos e amávamos nosso filho. – Brian me interrompeu. – Infelizmente, era a hora dele partir.

- Não sei como você pode estar tão calmo, Lucas não vai voltar para casa, nunca mais! – Gritei e Brian me abraçou. – Eu não quero ser abraçada, me solta.

- Tudo bem. – Brian me soltou. – Você tomou o remédio que o médico te passou para secar o leite?

- Sim, tem calmante dentro da geladeira, caso queira se dopar. – Brian levantou da cama.

- Quer um comprimido? – Balancei a cabeça positivamente. – Vou trazer dois, você é mais resistente do que eu. Talvez eu vá me drogar, seja mais eficaz.

- Volte para casa depois que o efeito passar.

 

               Mais tarde, Brian me levou até a funerária, decidimos de última hora, pela cremação do nosso pequeno. Não tinha coragem de encarar o caixão, sempre fui forte e determinada, mas naquela hora, eu me acovardei. As pessoas queriam me abraçar e consolar, apenas queria ficar sozinha, aquele excesso de carinho, me deixava angustiada e incomodada.

               Eu andei completamente dopada até o mini caixão preto, nossos amigos e parentes do Brian, ficaram me olhando com pena. Meus olhos estavam vermelhos e inchados de tanto chorar, tinha roído todas as minhas unhas e estar pálida por não ter comido há dias.

               Zacky e Jimmy apareceram na minha frente, querendo me impedir de olhar para aquilo, mas eu os afastei de perto. As lagrimas desceram assim que eu tentei abrir o caixão minúsculo, assim que eu abri, o cheiro forte de formol infestou as minhas narinas, quase vomitei naquele momento, também pelo excesso de uísque no meu estomago.

               Olhei para o meu bebê de olhinhos fechados, com sua roupinha do batizado, ele estava tão pálido, mas parecia que estava dormindo e sorrindo, talvez fosse alucinação da minha cabeça.

               Eu segurei sua mãozinha pequena, estava gélida, chorei um pouco, depois, coloquei a mão dele no lugar, Lucas não respondia os meus estímulos, me aproximei da sua cabecinha e lhe dei um beijo de boa noite, como fazia todas as noites desde que Lucas havia nascido.

 

- Durma bem, meu anjo... – Então perdi os sentidos e caí no chão desmaiada.

 

               Acordei numa outra sala, sendo abanada por Emily, eu me sentei no sofá, ela ficou me olhando com pena, respirei fundo.

 

- Quanto tempo fiquei desacordada? – Perguntei.

- Alguns minutos, apenas perdeu o sermão do padre, mas o velório ainda está acontecendo. Quer agua? – Neguei com a cabeça. – Você precisa comer ou beber alguma coisa.

- Não estou com fome. – Coloquei as mãos na cabeça, me levantei do sofá. – Preciso ficar com meu filho.

- Emma, não precisa fazer isso de novo.

 

               Saí da sala, a outra sala dava para onde estava ocorrendo o velório, todo mundo ficou me olhando, eu me sentei numa cadeira, avistei Brian perto do caixão, de braços cruzados e de óculos escuros.

               Um funcionário da funerária me chamou e a Brian, para antessala. Nós fomos rapidamente, sentamos na cadeira, cruzei as pernas, ele nos olhou como se sofresse com a nossa perda, mas não passamos de clientes, em seu negócio mórbido.

 

- Já fizemos a cerimonia, esse é o pior momento, mas ele tem que acontecer, vamos cremar o seu bebê. Vamos dispensar as pessoas, depois vamos fazer a cremação, não é necessário vocês assistirem. – Ele colocou as mãos na mesa e as entrelaçou.

- Eu não acho apropriado você ir, Emma. Eu vou por nós dois. – Brian respondeu, eu comecei a chorar novamente. – Você não precisa fazer isso, eu aguento. – Brian segurou a minha cabeça e deu um beijo no alto da minha cabeça.

- Tudo bem, eu fico lá fora, esperando perto do carro. – Demos um selinho longo e sofrido.

 

               Eu saí da sala, abri a porta, todos os carros haviam sumido, estava completamente sozinha, tinha um outro carro mais a frente, mas não sabia de quem era, era uma BMW preta, então não era de algum funcionário da funerária.

               Sentei-me no capô do Cadillac preto de Brian, estiquei as minhas pernas, a porta da BMW se abriu. Zacky saiu de lá, coloquei o dedo na boca, para voltar a roer o resto de unha que ainda tinha. Ele jogou o filtro do cigarro fora, mexi numa mecha do meu cabelo, coloquei atrás da orelha.

               Zacky me viu, acenou para mim, eu acenei de volta, ele se aproximou de mim, desci do capô, rapidamente. Ficamos próximos um do outro, eu olhei em seus olhos azuis, eu o abracei fortemente.

 

- Eu realmente sinto muito. – Ele sussurrou em meu ouvido, voltei a chorar, eu o apertei junto ao meu corpo. – Não falei com você, para não ter problemas, afinal não é momento para isso.

- Preciso tanto do seu abraço. – Acariciei suas costas.

- Ah, Emma. – Nós nos afastamos, Zacky secou as minhas lagrimas. – Se eu puder te ajudar em algo.

- Não, a culpa foi minha, eu não o vigiei, ele era minha responsabilidade. Eu estou pagando pelos meus pecados, meus erros, minhas mentiras, Lucas era um anjinho, não merecia morrer.  – Cruzei os braços, as lagrimas caíram novamente. – Ele era minha luz, mas estou nas trevas novamente, ninguém pode me salvar.

- Eu te amo, Emma Cullen! – Olhei nos olhos dele, uni nossas testas. – Eu quero te salvar!

- Eu te amo, Zacky Baker! – Eu o abracei novamente. – Isso nunca vai mudar, nunca vou deixar de amar você. Queria tanto que o Lucas fosse seu filho. – Sussurrei, dei um beijo na sua bochecha.

- Ai, Emma. Não foi sua culpa a morte do Luke, mas ainda há tempo para você reverter o mal que você mesma criou, conversa com o Brian, não precisa falar sobre o plano de vingança, só que ele tem que saber da verdade. Sem pressão, Emma. Promete que vai pensar? – Nos afastamos novamente, mas entrelaçamos nossas mãos.

- Prometo, pensar a respeito. – Balancei nossas mãos. – Pensa que nós nos encontramos em momentos assim.

- Verdade, há alguns meses era eu sendo consolado, velórios são uma merda. – Eu o abracei novamente. – Se acalme, Lucas está no céu com a Vee.

- Vamos, Emma! – Brian gritou, eu me soltei dos braços de Zacky, me afastei, Brian desligou o alarme do Cadillac, entrei e me sentei no banco do carona.

 

               Coloquei o cinto de segurança, eles se abraçaram e conversaram um pouco, Zacky colocou sua mão sobre ombro e sacodiu, eles se abraçaram novamente.

               Depois se despediram, Brian entrou com um vaso em suas mãos, eu não tinha reparado, mas deveria ser Lucas ali dentro, eu coloquei em meu colo, era um placebo para minha dor.

               Durante o trajeto, Brian e eu permanecemos em silencio, era melhor assim, não tínhamos nada a falar. Chegando em casa, entreguei o vaso para Brian, para ele colocar onde achasse melhor.

               Eu subi as escadas lentamente, passei pelo quarto de Lucas, tranquei a porta por dentro, observei todas as coisas que eram dele, abri sua gaveta de roupas, senti o cheirinho de seu perfume, peguei a primeira roupinha que eu havia comprado para ele, nunca sequer havia usado.

               Queria quebrar tudo, mas não passaria a raiva, dor, frustação, culpa e amargura que eu estava sentindo. Olhei para seu berço vazio, ele estava exatamente como eu havia deixado Lucas pela última vez.

               Eu peguei meu urso imenso que há quase 13 anos me acompanhava, respirei fundo, me sentei no chão, encostei as minhas costas no berço. Eu o abracei fortemente como havia feito com Zacky mais cedo, queria que ele estivesse ao meu lado, mas os nossos caminhos haviam se separados há muito tempo. Teria muito o que pensar.

               Queria apenas ficar ali, sentada sofrendo a minha dor, chorando, sentindo pena de mim mesma, me lamentando por estar longe do Zacky, me culpando pela morte do Lucas. Apertei meu urso e fiquei ali sentada, por tempo indeterminado...

 

XXXXX

 

Huntington Beach, Califórnia: Três semanas depois

               Eu estava sentada no chão do quarto de Lucas, desde que voltei do enterro. Abracei meu urso com força, comecei a chorar, a porta estava trancada, Brian tentou bater na porta, mas desistiu alguns dias depois.

               Sentia tanta falta do meu bebê, Brian empurrou um envelope debaixo da porta, avistei rapidamente, peguei, abri e era fotos do batizado de Lucas, chorei muito, ele estava tão lindo, arrumado, a dor ficou ainda mais intensa.

               Só me senti assim quando a Vee tinha morrido, mas a dor era mais intensa, pois Lucas era uma parte de mim, a minha melhor parte havia morrido. Peguei a barra do meu vestido, sequei as minhas lagrimas.

               O tempo passou, eu não fazia ideia quanto tempo estava lá. No quarto, chorando, queria meu bebê de volta, nina-lo em meus braços, amamenta-lo, sentir o cheiro dele, olhar em seus pequenos olhos azuis e dizer o quanto eu o amava e ainda amaria apesar de sua partida.

               De repente, a porta foi aberta pelo lado de fora, mas não foi Brian que abriu a porta, sim, Zacky. Ele correu, fechou a porta, eu me aproximei dele e o abracei fortemente, continuei chorando, eu o apertei contra meu corpo.

 

- Por que você veio? – Não queria me afastar dele, mas não queria que Brian aparecesse e desse um chilique.

- Brian está desesperado, me chamou na minha casa, totalmente chapado. – Eu soltei o urso. – Espero que esse não seja o urso que eu te dei.

- É ele sim, não consegui me separar dele, nem mesmo quando a Sophia me trancou em Villete. – Zacky não entendeu o que eu disse, me olhou confuso.

- O que é Villete? – Ele pegou o urso nas mãos.

- Um hospício na Eslovênia onde fui trancada por seis meses, não quero falar sobre isso. – Eu me sentei na cadeira de balanço.

- Você está há três semanas trancada nesse quarto, você precisa reagir. – Eu levei um susto. – Não come, não toma banho, você está com a mesma roupa do funeral do Lucas.

- Estou bem, só preciso de tempo para pensar e ter meu luto. – Zacky me olhou e colocou o urso dentro do berço.

- Você vai conviver com a morte do seu filho, o resto da sua vida. O Brian também está sofrendo muito, vocês deveriam se ajudar. – Zacky me deu um choque de realidade.

- Entendi, o Brian tem família, mas eu só tinha meu filho. Todo mundo só pensa no Brian, mas eu era a mãe, porra! – Gritei.

- Ele está voltando para as drogas, estou com medo. – Dei de ombros. – Sei que você não se importa.

- Não mesmo, eu pensei e vou dar um fim nisso. – Zacky se espantou.

- O que você pensa em fazer?

- Eu vou me casar com Brian...

 

 


Notas Finais


Agora é contagem regressiva para esse casamento que com certeza vai bombar.
Será que o Zacky vai impedir a Emma de se casar com Brian?
Emma amoleceu seu coração?
Brian vai descobrir a verdade?
Veja nos últimos capítulos de Love and Vengeance.
Pois gente falta muito pouco para acabar.
Beijos.
Até a próxima.


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