1. Spirit Fanfics >
  2. Love at second sight >
  3. Thinking about love

História Love at second sight - Thinking about love


Escrita por: lagerfeld

Notas do Autor


Olá meus amores, tudo bem?
Gente, por favor, desculpem a falta do banner. Eu não sei o que aconteceu, mas quando fui procurar simplesmente não encontrei, e para piorar percebi que também não tenho banner para o próximo capítulo. Provavelmente eu acabei esquecendo de pedir e só percebi isso agora. Me desculpem mesmo, prometo pedir um banner para esse capítulo e para o próximo assim que algum blog abrir os pedidos kkk Boa leitura!

Capítulo 17 - Thinking about love


Fanfic / Fanfiction Love at second sight - Thinking about love

Point Of View — Charlie

Pessoas desajeitadas são um perigo não apenas para sociedade, como também para si mesmas. Qualquer coisa insignificante, como por exemplo, uma pedra minúscula no meio da calçada pode virar um motivo de catástrofe, caso seja pisoteada pela pessoa errada. Nunca pensei que meu defeito causaria minha morte, e acredito que ninguém imagina ser o culpado pela própria inexistência. Mas, é o que acontece quando tropeço em meus próprios pés, e caio do penhasco cinzento, penhasco qual eu não faço de onde fica, ou porque estou aqui. Agora tudo o que sei é que acabou, chegou à hora, esse é o meu... Fim!

Uma grande lufada escapa pelos meus lábios entreabertos, ao erguer meu corpo do colchão em uma velocidade espantosa. Olho ao redor, completamente atordoada, mas ao perceber estar em um lugar seguro, longe de qualquer perigo, eu procuro me acalmar. Suspiro lentamente, e levo minha mão até o peito, sentindo o quão forte estão às batidas de meu coração, que parece querer saltar para fora. Passo a mão livre em minha testa, e imediatamente meus dedos umedecem-se pelo suor que reveste toda a região.

Foi só um pesadelo. Você está bem, Charlie. Digo a mim mesma.

Apesar de esforçar-me para me sentir tranquila, a horrível sensação ainda está presente em meu corpo, causando-me tremores nada agradáveis nas pernas. Apenas quando um braço forte e tatuado cai sobre minha coxa direita eu relaxo, pois os músculos do mesmo são suficientemente atrativos para desviar minha atenção do pesadelo, para o belíssimo homem adormecido ao meu lado. Não consigo evitar de sorrir ao ver a forma como seu cabelo louro cai sobre sua face, complementando a expressão sonolenta, juntamente a respiração serena, e os lábios entreabertos extremamente convidativos. Flashes da noite passada vagam por minha mente, meu corpo se arrepia, e quase posso sentir todas as sensações e emoções novamente.

Passo um bom tempo imóvel, apenas contemplando sua beleza, observando seu peito desnudo subir e descer, enquanto aperto o lençol contra mim, tapando minha nudez. Não me importo em contemplá-lo, para ser sincera, sinto-me privilegiada por isso. A beleza de Justin é algo surreal, o tipo de coisa que sem dúvida alguma deve ser compartilhada com o mundo, e tenho certeza que ao criá-lo até mesmo Deus ficou impressionado com seu trabalho.

Com esse pensamento em mente eu me levanto usufruindo de toda a minha delicadeza e habilidade, para puxar o lençol da cama, sem que isso faça Justin abrir suas pálpebras. Ele resmunga algo que eu não entendo, e se vira de bruços dando-me a visão de sua bunda redondinha. Mordo o lábio inferior, e me obrigo a sair dali, caso contrário, passaria o restante do meu tempo livre tendo pensamentos impróprios com ele.

Amarro o lençol em meu corpo e saio do quarto, a fim de encontrar meu vestido perdido. Ao descer a escada vejo Molly deitada no sofá, e não posso evitar de rir ao pensar que ela observou tudo o que aconteceu na cozinha ontem a noite.

–– Vem aqui garota. –– a golden retriever imediatamente salta do sofá e vem em minha direção, deitando-se a minha frente de barriga para cima.

Abaixo-me a sua frente, e começo um carinho lento, subindo e descendo meus dedos por sua barriga. Quando meu dedo roça em seu mamilo noto o quão inchados os mesmos estão. Encaro a cadela com os olhos arregalados.

–– Mamilos rosados, e inchados, assim como a barriga. –– troco as leves carícias por um toque mais preciso, como se a examinasse. –– Molly você está grávida. –– digo, completamente entusiasmada, como se esperasse que a cadela pulasse em meu colo, e demonstrasse estar realmente feliz, mas isso não acontece. A cadela mantém seu olhar fixo em mim, e apenas pisca.

–– Se você espera que ela pule em seu colo, desista. –– a voz extremamente rouca me assusta completamente, fazendo com que eu caia de bunda no chão.

Imediatamente a risada de Justin, igualmente rouca, preenche o silêncio da casa. Olho para cima, e o vejo descer o último degrau da escada, com o bom humor estampado em sua face, em forma de sorriso largo, com direito a bochechas marcadas. Mas, além de seu sorriso marcante, o que atraí minha atenção é o fato do loiro estar apenas de cueca. O mesmo parece muito confortável com sua falta de roupa, enquanto eu, tento ao máximo ignorar o fato de estar vestindo um lençol.

Ele estende a mão direita em minha direção, e ao aceitá-la de bom grado sinto uma onda elétrica passar de seu corpo para o meu, deixando-me arrepiada. Justin, ao perceber minha reação corporal sorri, e me puxa para si sem exercer grande esforço.

–– Bom dia. –– ele cola nossos lábios em um beijo calmo e muito carinhoso, que é o suficiente para deixar-me mais do que feliz.

–– Bom dia. –– sorrio tímida, ao nos separarmos.

–– Eu disse que nós iríamos ser avós logo. –– Justin se abaixa diante da cadela, que em momento algum mudou sua posição. Sua mão grande desliza lentamente, para cima e para baixo, e tudo o que consigo pensar é na forma como essas mesmas mãos tocaram-me ontem à noite. –– Charlie está tudo bem?

–– Sim. –– pisco algumas vezes, afastando tais pensamentos de minha mente. –– Eu só estava pensando que sou jovem demais para ser avó. Mas, não podemos culpá-los, a culpa é inteiramente sua. –– suas sobrancelhas grossas se franzem.

–– O que eu tenho haver com isso? –– pergunta, erguendo-se e parando a centímetros de mim.

A proximidade de seu corpo desnudo torna difícil manter-me completamente focada em qualquer coisa, que não seja seu abdômen defino, ou a forma como suas coxas grossas tornam-se extremamente atraentes com a cueca box preta.

Engulo a seco.

–– Você deixa a Molly livre demais. –– ele ri.

–– O que eu posso fazer se ela é um espírito livre? –– ele espera atentamente por minha resposta, mantendo seus olhos brilhantes intensamente estagnados aos meus. Mas, tudo o que faço é dar de ombros. –– Vem, vou fazer o café da manhã e não se preocupe, eu garanto que não irei queimar nada. Um ovo mexido eu garanto que sei fazer. 

Ele segue para a cozinha e Molly volta para o sofá fazendo-o parecer extremamente confortável, o lugar perfeito para tirar um cochilo e renovar as energias. Sigo pelo mesmo caminho de Justin, e ao passar pela parede de quadros imediatamente penso em nossa breve conversa de ontem à noite. Minha língua coça, a vontade de soltar as palavras é imensa e preciso usar todo o meu autocontrole para não tocar no assunto, afinal sei que isso não agrada o louro.

Desvio minha atenção para o que parece ser algo completamente estonteante. Justin move seu corpo lentamente, para esquerda e para direita, destacando os músculos de suas costas desnudas em uma dança atrativa o suficiente para fazer qualquer garota suspirar. Suas coxas marcadas pela cueca box fazem-me arfar, e seus lábios rosados cantarolam o ritmo de alguma música que ecoa apenas em sua mente, mas que agora, apesar de desconhecê-la acaba de se tornar minha melodia favorita.

Justin me pega em flagrante e mesmo me esforçando, não consigo disfarçar. Ele me encara por alguns instantes, um misto de surpresa, admiração, e diversão, como um pai quando pega o filho pequeno fazendo alguma arte e a surpresa o impede de brigar com o próprio. Sua mão direita repousa em seu queixo, o músculo de seu braço realça o tigre em seu bíceps, e um sorriso travesso apodera-se de seus lábios.

Meus ombros caem, e não consigo fazer nada além de suspirar. Desculpe-me Willem de Kooning, Leonardo da Vinci, Vincent Van Gogh, Johannes Vermeer e vários outros, mas isso sim é uma obra de arte. Seu sorriso é perfeito!

–– Eu preciso ir, caso contrário, vou me atrasar para o trabalho. –– meu tom de voz é baixo. Apesar de amar o meu trabalho, eu adoraria receber uma ligação de Pattie dizendo que clínica não irá abrir hoje, assim eu poderia passar mais tempo com Justin.

–– Eu tive uma ideia. –– em passos rápidos ele se aproxima de mim, tocando meus braços com suas mãos, e puxando-me para perto de si, quase colando meu corpo ao seu. –– Porque não passamos o dia juntos? Faltar a um dia de trabalho não nos causará problema algum.

–– É fácil pra você, afinal, você é seu próprio chefe. –– debato desanimadamente.

Sua sugestão é extremamente tentadora, tudo o que quero no momento é passar o dia com Justin, sentindo seu cheiro, apreciando a forma como o seu toque me causa arrepios, e talvez, só talvez, usufruir de sua cama macia. Mas, apesar de todo o meu querer, não posso, e não vou deixar Pattie na mão.

–– Não posso faltar ao trabalho, não é justo com sua mãe. –– completo.

–– Concordo, mas ainda sim, não vejo problema. –– ele insiste. –– Charlie, minha mãe cuidou daquela clínica sozinha por anos. Nada de mal vai acontecer se você ligar, e fingir um mal estar. –– seus dedos sobem e descem por meus braços. –– Além do mais, se minha mãe souber o real motivo pelo qual irá faltar o trabalho, tenho certeza de que ela mesma lhe dará o dia de folga.

–– Ah, e o que te garante isso?

–– O simples fato de minha mãe e Jazmyn estarem desesperadas para que eu encontre uma garota legal, bonita e inteligente. Então, agora que isso finalmente aconteceu, tenho certeza de que ambas soltarão fogos.

–– Você é muito convincente, mas desculpe decepcioná-lo, não me fez mudar de ideia. –– ele ergue sua sobrancelha grossa, nitidamente surpreso por não concordar com suas afirmativas.

Atitudes como estas me fazem pensar se algum dia Justin ouviu a palavra ‘não’ sair da boca de uma mulher. Sinceramente, não as julgo por tal coisa, seu galanteio é impressionante, e resistir ao mesmo é uma prova de fogo. Impossível passar pela mesma sem ao menos se chamuscar.

–– Qual é, Charlie... –– ele umedece os lábios. –– Qual foi à última vez que fez algo inusitado?

–– Posso ter entendido errado, mas juro que acabei de ouvir você me chamando de careta. –– ele ri nasalado.

Apesar de mentalmente estar contando o tempo passar, tentando descobrir se poderei tomar um banho com calma, não nego, no fundo, estou me divertindo. É estranho, mas Justin me desarma, faz com que a versão descontraída de mim mesma se sobressaia, deixando de lado a jovem mulher que até um tempo atrás o queria longe.

–– Careta, pode ser uma palavra radical demais. –– zomba, franzindo nariz. –– Mas, acho que essa é a hora perfeita para você ser a garota selvagem que eu sei que pode ser. –– o encaro por alguns instantes, lembrando-me do dia em que o mesmo me escreveu o bilhete, dizendo tais palavras. Naquela época, eu não imaginava que um dia eu estaria aqui, em sua cozinha, usando apenas um lençol.  –– E não adianta negar Charlie Dawson. –– ele aproxima seus lábios de minha orelha, e imediatamente fecho os olhos ao sentir um arrepio percorrer minha espinha. –– Não depois da noite de ontem. Agora eu sei que você pode ser bem selvagem quando quer.

• • •

A brisa quente de verão bate contra mim arrepiando minha pele, e fazendo com meus fios negros se agitem com o vento. Alguns golpeiam minha face atrapalhando minha visão e se embolando entre meus lábios, e outros apenas voam para trás com avidez, como se quisessem se soltar de meu couro cabeludo. O cheiro forte de maresia faz com que eu franza o nariz e ao mesmo tempo forma em mim uma enorme saudade do mar. O mesmo possui uma coloração alaranjada, resultado do sol que põe no horizonte escondendo-se atrás das grandes montanhas, e dando lugar à lua, que imagino eu, estar especialmente linda esta noite.

A vontade de me jogar-me em meio às ondas é grande, quase absurda, mas ao invés de seguir o meu desejo, encolho o corpo, abraçando minhas pernas como se quisesse impedi-las de andar adiante. Eu quero. Quero muito. Almejo sentir a sensação de a água salgada grudar em minha pele, ao mesmo tempo em que meus braços e pernas me conduzem para dentro de uma onda, mas desde o dia de meu quase casamento, eu nem ao menos chego perto do mar.

Lembrar-me de tal coisa ainda faz com que eu sinta um aperto em meu peito, mas hoje, especialmente hoje, as lágrimas decidem não rolar por minhas bochechas. Não sei ao certo qual é o motivo de tal angústia: meu quase casamento, ou o fato de quase ter morrido na imensidão azul? Não sei. Apenas sei que uma lembrança me lembra da outra, e as duas juntas fazem com que meu espírito entristeça.

Mas, hoje não é um dia comum como os outros. Sei disso, pois a vontade de chorar não existe e a tristeza que se apodera de meu espírito passa tão depressa quanto o primeiro ano de um recém-nascido. Orgulho-me de dizer que estou seguindo em frente. Não que eu tenha superado completamente, para ser sincera acredito que não importa quanto tempo passe, a lembrança do olhar cínico de Lucas jamais irá se esgueirar de minha mente. Mas, também acredito que um dia eu irei acordar disposta a não fazer grande caso deste infeliz acontecimento. Pode não ter sido hoje, pode não ser amanhã, mas esse dia irá chegar, e eu terei encontrado alguém, um homem gentil, amoroso, e quem sabe... O homem de minha vida.

Não posso deixar de acreditar no amor. Não posso. Se eu fizer isso, o que sobrará?! O mundo de hoje em dia é completamente cético e racional, desacreditado em muitas coisas, apenas por não poder vê-las nitidamente. Algumas pessoas podem pensar que o amor não existe, pois não conseguem tocá-lo, mas não sou uma delas. Acredito no amor, posso vê-lo nos detalhes e em pequenos gestos. E apesar de ainda não ter encontrado o meu, sei que ele está esperando por mim em algum lugar.

–– Pensando na vida? –– o corpo musculoso, porém nada exagerado de Justin roça contra o meu no instante em que o mesmo senta-se atrás de mim, puxando-me para perto até que minhas costas relaxem contra seu abdômen. Não demora muito para que o casal de cães, que até então corriam a beira mar, se juntem a nós e relaxem bem próximo aos meus pés com os corpos grudados, assim como Justin e eu.

Sorrio.

–– Pensando no amor. –– respondo simples, fitando os últimos vestígios de sol. –– Sinto pena das pessoas céticas. Não entendo como alguém pode escolher não acreditar na última coisa mágica presente nesse mundo tão cruel.

–– Nem todos conseguem ser românticos como você.

–– Não tem nada haver com romantismo. –– debato, e imediatamente me viro de lado, apenas o suficiente para poder encará-lo. –– Tem haver com acreditar em algo melhor do que simplesmente se satisfazer com a companhia de alguém minimamente interessante, e com gostos semelhantes.

Ele tenta despistar, mas eu noto a forma como ele se sente desconfortável com o assunto, como se eu indiretamente estivesse o descrevendo e ele não gostasse de tal coisa.

–– Charlie...

–– Não se preocupe, não estou falando isso para que de forma indireta eu te converta a uma vida de romance, para qual não está preparado, tampouco interessado. Eu apenas respondi a sua pergunta inicial, e acabei me empolgando. –– ele ri.

–– Eu gostei de ouvir o que tem a dizer. Você fala com muita paixão, e de certa forma isso é inspirador. –– ele umedece os lábios. –– E quero deixar claro que concordo com absolutamente tudo, mas claro, tenho algumas percepções diferentes sobre uma coisa ou outra.

–– Você quer falar sobre isso? Quero dizer... Quer compartilhar comigo suas diferentes percepções?

–– Talvez outro dia. –– ele sorri de lado, e beija minha bochecha. Sorrio.

–– Desculpe se te assustei com o meu romantismo exuberante. –– digo com humor, a fim de não deixar que um silêncio constrangedor estrague o nosso tempo juntos, que admito, tem sido ótimo.  

Ainda não acho certo ter mentido para Pattie, fingindo uma enxaqueca terrível. Mas agora, nos braços de Justin, com seu cheiro amadeirando inebriante, é quase impossível me arrepender.

–– Não assustou, apenas me fez pensar em algumas coisas. –– abro minha boca para fazer-lhe uma pergunta óbvia, mas antes que as palavras possam sair de minha mente ele diz: –– Relaxa, no momento certo você vai saber o que se passa em minha mente. 


Notas Finais


Ahhhh eu vou deixar pra vocês o teaser da minha próxima fanfic, War Zone. Será uma fanfic com o Zayn e eu estou muito animada, espero que vocês se animem com a história :) Beijão e até sábado.

TEASER: https://www.youtube.com/watch?v=wf8U_2nKRz8


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...