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História Love at second sight - Sexy and sweet


Escrita por: lagerfeld

Notas do Autor


Olá meu amores, tudo bem?
Por favor, não taquem pedras em mim e me desculpem por não ter postado do sábado. Mas, como foi noite de ano novo as coisas ficaram um pouco corridas pra mim e acabei não conseguindo postar. De qualquer forma, antes tarde do que nunca, e eu desejo a todas um ótimo 2017, que nosso ano possa ser cheio de coisas boas e realizações para todas nós. Obrigada por fazerem parte do meu 2016 e que essa nossa parceria continue nesse ano que está apenas começando <3

Capítulo 18 - Sexy and sweet


Fanfic / Fanfiction Love at second sight - Sexy and sweet

Point Of View — Justin

A música country ecoa por todo o carro quebrando o silêncio confortante que havia se acomodado no ambiente. O ar condicionado torna o ar extremamente gélido e arrepia todo o meu corpo, deixando-me completamente relaxado. O verão deste ano veio com força máxima e sem aviso prévio. E apesar de adorar os dias ensolarados em que posso aproveitar a praia, não me incomodaria se a temperatura baixasse alguns graus, assim não seria necessário passar todo o tempo com o ar condicionada ligado, de forma que meu bolso agradeceria, pois só Deus sabe o quão alta veio a conta de luz esse mês, tanto a de minha casa, quanto a da oficina.

Meus dedos deslizam sobre o couro do volante, tamborilando ao ritmo da música, ao mesmo tempo em que minha cabeça move-se lentamente, como se dançasse no ar. Brevemente rio de meus pensamentos, ao notar que citei o nome de Deus.

Pelo visto, o convívio com Charlie está me influenciando mais do que percebi.

Não que a própria seja uma fanática religiosa, longe disto. Até o momento não tentou me impor sua  religião ou algo do tipo. Ela respeita minha crença, pois apesar de não frequentar a igreja ou usar o nome de Deus a cada cinco frases proferidas, acredito que sou um homem de fé, e para mim isso é o bastante. Eu também a respeito e de certa forma gosto disso em Charlie.

Sete dias são pouquíssimo tempo, mas a semana que se passou foi o suficiente para perceber algumas coisas sobre Charlie. Como por exemplo: ela ora baixinho todas as noites antes de adormecer, hábito que eu tive o prazer de observar durante os dias que dormimos juntos; seu jeito estabanado a deixa incrivelmente atraente, sem ela ao menos perceber; e por último, mas não menos importante, é realmente fofo e engraçado vê-la quase dizer um palavrão ao bater o dedo mindinho na quina da cama ou ao derrubar alguma coisa na cozinha. É algo involuntário, seus lábios silabam as primeiras sílabas do palavrão, mas assim que ela se dá conta do que está prestes a proferir, fecha a boca imediatamente e arregala os olhos de forma estranhamente charmosa.

Não sou louco de pensar que Charlie é uma santa ou misteriosamente perfeita. Ninguém é perfeito, todos temos defeitos e um lado negro, e sei que em algum momento ambas as coisas irão vir a tona. Mas, arrisco-me a dizer que até mesmo seus defeitos e seu lado negro irão me encantar.  

Novamente, rio brevemente.

–– O que é tão engraçado? –– pergunta Christian, afastando-me de meus devaneios.

–– Coisa minha. –– o encaro de soslaio e o vejo completamente interessado na tela de seu celular, como se estivesse descobrindo o aparelho pela primeira vez.

É hilário como crianças se distraem facilmente, mas não estou reclamando. Graças ao celular Christian passou todo o caminho de Charsleton até Savannah em silêncio. Cinquenta minutos atrás, quando tomamos o caminho de volta para casa e nossos estômagos imploraram por comida, nós paramos em um restaurante beira de estrada, e surpreendentemente ele se manteve calado, preocupando a mim e Chaz.

–– Até sei no que está pensando.

–– Ou melhor dizendo: em quem está pensando. –– giro o tronco, encarando Chaz. O mesmo desvia seu olhar do celular e ajeita o corpo no banco, cruzando o olhar com o meu. Apesar de ter certeza de que, ou quem ambos estão falando, arqueio minha sobrancelha lhe dando a deixa para continuar. –– Charlie. Ela é a única pessoa em quem pensa nos últimos dias.

–– Isso é uma reclamação? –– pergunto, voltando minha atenção para a estrada.

–– De forma alguma. Gosto dela. É bonita, simpática, e pelo pouco que pude ver, é bem inteligente.

–– Sim, ela é. –– sorrio.

Rapidamente desvio meu olhar para Christian.

–– O que tem de tão interessante nessa bagaça? –– tento tirar o celular de suas mãos, mas ele me impede.

–– Estou tentando achar uma pessoa.

–– Quem?

–– A garota que conheci na festa da Brooke. –– de relance encaro Chaz, e assim como eu, ele ri. –– Festa a qual você não foi, porque estava ocupado demais cozinhando para a namorada. –– completa, e por incrível que pareça não me incomodo por ele dizer que Charlie é minha namorada, apesar dela não ser.

–– De novo com essa história, cara? –– indaga Chaz. –– Brooke me confirmou que você não pegou ninguém na festa.

–– Brooke não sabe de nada. –– rio, ao ver  o mesmo começar a se irritar.

Há dias o mesmo está tentando nos provar que beijou e transou com uma garota linda. Mas, ao perguntarmos o nome da garota, ele disse que não sabia seu nome, tampouco sua idade, ou se era da cidade, tornando difícil acreditar em sua história.

–– Achei! –– imediatamente ele ergue o celular, exibindo o perfil do Facebook de uma menina linda; olhos claros, pele morena, cabelo cacheado e seios médios.

–– Victoria Baker. –– leio em alto e bom som. –– Sem chance. Foi mal cara, mas essa garota é boa demais pra você.

Durante há uma hora restante de viagem,  a vida voltou ao seu curso natural. Christian tagarelou, tentando nos convencer de que realmente transou com a tal Victoria, mas ele só conseguiu tal milagre após mandar uma mensagem para a garota e ela responder amigavelmente, dizendo que estava pensando nele. E claro, isso fez com que o ego de Christian inflasse de forma preocupante e como quaisquer bons amigos, Chaz e eu nos desculpamos por não acreditarmos em seu charme irresistível.

Ao chegarmos  à Charleston, estaciono a caminhonete próxima à oficina, e com a ajuda dos meninos, desocupo a parte traseira da mesma, guardando as novas peças adquiridas no estoque. Uma vez com o carro vazio, tranco-o e ao invés de entrar e trabalhar, decido caminhar até a clínica de minha mãe.

O caminho não é longo, quinze minutos se andar a passos lentos.

Quando estou quase chegando à clínica veterinária, passo em frente à nova floricultura da cidade, e a explosão de cores chama minha atenção. Após pensar alguns instantes, me pergunto: ‘’ por que  não?‘’

Entro no estabelecimento e vejo a vendedora ocupada com uma cliente, assim prefiro me virar sozinho e não incomodá-la. O lugar é muito maior do que pensei, as paredes inteiramente brancas dão destaque a cor viva de cada flor aqui presente. Os formados são exuberantes e os cheiros inebriantes. Distraio-me com tamanha diversidade, mas por fim pego um dos dez buques de rosas vermelhas e me dirijo ao caixa.

–– Vou levar as rosas. –– digo simpático.

A atendente agora livre me encara e sorri. É uma mulher de meia idade, seus cabelos são negros, seus olhos puxados e quase não me permitem enxergar a cor escura de suas íris, e ao analisá-la dos pés a cabeça, deduzo que não passe de um metro e cinquenta centímetros.

–– Oh, é claro. –– seu tom desanimado me deixa confuso.

–– Algum problema?

–– Nenhum, menino bonito. Só estou cansada de ver sempre a mesma coisa. –– ela dá a volta no balcão e me encara. –– Tenho uma grande variedade de flores aqui, mas vocês meninos bonitos sempre compram as mesmas. Nem mesmo tentam ser imprevisíveis. –– seu tom de voz é severo como o de minha mãe ao me dar uma bronca. E apesar de achar engraçado toda essa situação, meu primeiro pensamento é sair de loja e esquecer que um dia esteve aqui. Mas, ao olhar para face da senhora vejo que a mesma parece realmente incomodada com tal coisa.

–– Você tem razão, mas não me culpe. Nós homens nascemos com esse defeito terrível. –– ergo as mãos para o alto e as balanço, como se reclamasse com Deus. –– Pode me ajudar com esse problema?

–– Claro, menino bonito. Mei vai ajudar você. –– com uma velocidade surpreendente ela dá a volta no balcão, segura minha mão e me puxa. –– Conte-me menino bonito, como é sua garota?

Comprimo meus lábios em linha reta. Ela me encara, então começo a dizer:

–– Ela é linda, mas sem a beleza artificial do século vinte e um. É uma menina doce e ao mesmo tempo uma mulher muito forte. Ela é a perfeita mistura de sexy e doce. –– noto o olhar de Mei sobre mim e um sorriso sincero em seus lábios ressecados.

–– Mei tem a flor perfeita pra você.

Ela anda pela loja e some de minha vista. Alguns instantes depois ela volta, já com buquê em mãos.

–– São lírios, menino bonito. –– começa a dizer. –– Os azuis significam permanência, segurança dos sentimentos bons. E os brancos representam a inocência, o matrimonio, e a maternidade.

Eu já havia visto noivas usarem buques de lírios em seus casamentos, mas só agora entendi o porquê de tal coisa. E apesar de achar o significado das flores preocupantemente precipitado, não posso negar que elas são perfeitas para Charlie.

— Vou levá-lo. — digo ao abrir um sorriso largo.

Tiro a carteira do bolso da minha calça, abro a mesma e entrego à senhora o valor em dinheiro pelos lírios. Pego o buquê de flores e saio da floricultura. Dou alguns passos em direção à clínica de minha mãe e algumas garotas passam por mim me encarando de forma estranha. Acredito que não é todo dia que elas veem um cara andando na rua com um buquê de flores em mãos.

Avisto um cachorro franzino atravessar a rua balançando o seu corpo esquelético, ele quase não tem pelos, e o mesmo mescla em dois tons diferentes formando um preto acinzentado. O cão sobe na calçada se deitando sob o concreto, me aproximo do cachorro o vendo lamber a sola da pata. Agacho-me, ele ergue a cabeça e me olha com receio.

— Calma, amigo, não vou machucá-lo. — digo baixo, em um tom manso. Deslizo levemente a minha mão pela sua cabeça e ele fecha os olhinhos apenas permitindo que eu continue o carinho, mas logo ele volta a lamber a sola da pata. — O que você tem? — inclino a cabeça para observá-lo melhor e acabo notando uma ferida exposta na pata e alguns bichinhos ao redor comendo a carne, assim como uma parte traseira de seu corpo, também machucada. — Vou ajudar você.

Aproximo minhas mãos de seu corpo frágil a fim de pegá-lo, mas o cão grunhi de dor, deixando-me devastado com sua expressão dolorosa e os olhos brilhando devido ao acúmulo de lágrimas. Suspiro, e mais uma vez tento pegá-lo. Seu choro se intensifica e isso me deixa debilitado emocionalmente. Tomo o máximo de cuidado quando o tenho em meus braços e assim me ponho a caminhar com mais agilidade para clínica.

— Mãe! — quase grito ao adentrar na clínica, empurrando a porta com as costas.

As duas crianças sentadas na sala de espera com seus bichinhos e os responsáveis me encaram com o semblante entristecido e não conseguem desviar a atenção do cão em meus braços, enquanto os pais das mesmas e a nova recepcionista apenas me encaram como se julgassem meu ato mal educado de entrar gritando.

— Meu filho, o que houve? — minha mãe aparece no pequeno corredor e aproxima-se de mim nitidamente preocupada.

— O encontrei na rua. Está ferido e precisa de ajuda. — digo rápido e um tanto desesperado. Com extremo cuidado ela analisa o cão e aos ver suas feridas solta um suspiro pesado.

— Pattie, eu cuido dele. — a voz suave e aveludada de Charlie se faz presente, causando-me um arrepio na espinha. Ela se aproxima e me encara brevemente, antes de concentrar-se inteiramente no cão. — Pode voltar para a sua consulta.

• • •

Observo tudo com muita atenção, desde os movimentos calculados de suas mãos pequenas e delicadas, que parecem estar em sinal de alerta a todo instante, com medo de ferir o pequeno animal, até a forma como ela se mantém concentrada, com uma ruga preenchendo o espaço entre suas sobrancelhas. O animal não chora mais, graças ao calmante que Charlie teve que injetar em sua pele, caso contrário o bichinho não teria parado quieto.

— Você é boa nisso. — digo quebrando o silêncio que se estalou entre nós.

O fato dela nem ao menos ter me encarado diretamente desde o momento em que entramos na sala e a falta de uma expressão feliz assim que me viu, me incomodou. Incomodou-me muito. Tentei ignorar, afinal, cuidar do cão é a nossa prioridade, mas gostaria que ela tivesse me beijado, ou ao menos demonstrado que gostou de me ver.

— Obrigada. É bom saber que os anos de faculdade não foram em vão. — apesar do breve humor presente em sua fala, isso não faz com que eu me sinta melhor.

— Sabe o que aconteceu com ele?

— Infelizmente isso é mais do que normal, Justin. Nem sempre os abrigos conseguem resgatar todos os animais e sem os cuidados necessários, eles acabam vivendo de forma precária. Machucados são inevitáveis e a falta de cuidados faz com que coisas como estas acontecem. — cuidadosamente ela toca os ferimentos, agora devidamente cuidados e enfaixados. Concordo com a cabeça. — Agora ele vai ficar bem, mas entregá-lo a um abrigo não é uma boa opção, ao menos não agora. Os ferimentos precisam ser cuidados duas vezes ao dia no mínimo e sem o analgésico ele vai continuar sentindo dor por alguns dias. Por mas que eu ache o trabalho dos voluntários do abrigo algo lindo e confie plenamente na capacidade deles, esse cãozinho precisa de atenção extra, e...

— Não precisa continuar. — a interrompo.

— Não? — ela ergue sua cabeça e finalmente estagna seu olhar ao meu.

— Não. Eu vou ficar com ele.   

Seus lábios se abrem, mas nada sai, então ela os fecha. Logo os abre novamente e novamente os fecha. Isso se repete mais uma vez, até por fim ela parece desistir e me surpreende completamente ao se aninhar em meu peito, abraçando minha cintura. A princípio eu fico parado, com as mãos congeladas no ar. Mas, logo a abraço, apertando seu corpo pequeno contra o meu. Seu cabelo cheira a morango e o mesmo é mais inebriante do que à flor mais cheirosa do mundo. Sorrio.

— Pensei que estivesse chateada comigo. — digo manso. Imediatamente ela se afasta, não muito, apenas o suficiente para poder me encarar. — Fiz alguma coisa de errado?

— Oh, Justin, não. Você não fez nada. — ela toca minha face, deslizando seus dedos lentamente por minha bochecha. Fecho meus olhos brevemente e logo os abro. — Me desculpe, estou um pouco nervosa hoje, e quando vi o cãozinho o nervosismo aumentou.

— Aconteceu alguma coisa? — a preocupação se faz presente em meu tom de voz.

— Meus pais estão vindo passar o final de semana e... — ela morde o lábio inferior, deixando-me completamente louco para beijá-la nesse momento. — Eu acabei comentando com eles sobre você e agora eles estão insistindo para te conhecer. Me desculpa, eu sei que é muito cedo, sei que nós nem aos menos somos namorados, e que não é justo eu te pedir uma coisa dessas...

Ela se cala quando capturo seus lábios em um beijo suave e extremamente necessário, como se passar mais um instante sem sentir o gosto doce de sua boca fosse causar minha morte. A princípio o beijo é suave, mas não demora muito para que ele se torne ávido, enquanto nossas línguas se tocam, sondando dentro de nossas bocas.

Aperto sua cintura com delicadeza, puxando-a para o mais perto possível, a fim de sentir sua carne contra a minha. Seu peito sobe e desce rapidamente e ela arfa quando mordo seu lábio inferior. A forma como puxa os cabelos de minha nuca, enquanto a outra mão desliza suavemente por meu abdômen, torna difícil controlar a excitação.

Desço minhas mãos pelas laterais de seu corpo, decorando suas curvas cobertas pelo vestido pastel. Seus passos se embolam quando andamos para trás e ao chocar minhas costas contra a parede, decido que o melhor a se fazer é tê-la em meus braços. De imediato seus pés deixam o solo e suas pernas se enlaçam ao redor do meu quadril. Seguro-a, apalpando suas coxas medianas. Ao mordiscar seu pescoço ela geme, fazendo com um sorriso apodere-se de meus lábios. Ela se ajeita em meu colo, inevitavelmente roçando sua intimidade contra minha calça jeans, que der repente torna-se mais apertada na região das coxas.

Inspire. Pense sobre futebol.

— Justin... — ela sussurra. — Não podemos fazer isso aqui. Estamos em meu local de trabalho e sua mãe pode entrar a qualquer momento.

Tombo a cabeça para trás, mantendo-a firme em meu colo. Sei que Charlie está certa, mas afastar-me requer uma força que não possuo no momento. Seus lábios beijam o meu queixo com ternura e sorrio. Ao libertá-la do meu toque meu peito dói, poderia passar um ano inteiro com ela em meus braços e ainda sim, não me cansaria. Ainda sim, não me saciaria. Ainda sim, não seria o suficiente.

— Mas não seria uma má ideia, certo? — imediatamente suas bochechas ruborizam. Ela morde o lábio inferior e desvia o olhar, nitidamente envergonhada.

Droga! Ela fica fodidamente linda dessa forma.

— Quanto ao jantar com seus pais, não se preocupe. Sim, é cedo, mas entendo o pedido deles e não lhes negarei isso, muito menos negarei isso a você. — ela me encara com um ligeiro sorriso nos lábios. — Você é especial para mim Charlie, e se conhecer seus pais é algo importante para você, ficarei feliz em conhecê-los.


Notas Finais


Meu amores gostaria que recomendar uma fanfic Jelena pra vocês, espero que gostem. Beijos e até sábado <3

https://spiritfanfics.com/historia/last-goodbye-7566815


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