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História Love at second sight - Keep you alive


Escrita por: lagerfeld

Notas do Autor


Olá meus amores, tudo bem?
Confesso que estou com uma vontade mínima de continuar postando a história, simplesmente porque a cada capítulo postado o fim fica mais próximo. Meu Deus, apenas quatro capítulos para o fim .-. Ahh, muitas de vocês me perguntaram se eu vou continuar escrevendo depois que LASS acabar e a resposta é sim. Eu não penso em parar de escrever no momento, e na verdade a minha próxima história já está sendo escrita. Se vocês quiserem eu posso postar a sinopse aqui para aguçar a curiosidade de vocês. Enfim, boa leitura :)

Capítulo 24 - Keep you alive


Fanfic / Fanfiction Love at second sight - Keep you alive

Point Of View — Justin

Mantenho as minhas mãos no volante enquanto escuto algumas musicas na rádio. Resolvi sair mais cedo da oficina para passar mais tempo com Charlie, estou animado para que ela me conte como foi o parto do potro. Sei o quanto isso foi importante para ela e estou ansioso para ouvir cada detalhe.

Estaciono a minha caminhonete próxima a nossa casa e saio do veiculo batendo a porta, quase imediatamente vejo minha irmã sentada nos degraus da varanda.

— Justin, graças a Deus! — ela se levanta as pressas e com uma expressão apavorada.

— Jaz, o que houve? — pergunto preocupado.

— Nós temos que ir para o hospital agora, Charlie está lá.

— Por quê? O que aconteceu com ela? — pergunto quase aos gritos.

Uma sensação ruim percorre meu corpo, me sinto incomodado e preocupado. Alguma coisa aconteceu com Charlie e ninguém me avisou de imediato. Levo as minhas mãos aos cabelos bagunçando os fios e olho para o mar, imediatamente me lembro da vez que Charlie quase se afogou e eu a salvei, mas desta vez eu não estava por perto.

Nem espero minha irmã me responder, abro a porta do carro e tomo o meu lugar como motorista. Ela grita alguma coisa, mas estou focado demais em Charlie para tentar entender o que Jaz me diz. Ela dá a volta no carro e ocupa o lugar do passageiro. Ligo o meu carro novamente e saio dali às pressas em direção ao hospital. Eu quero saber agora o que aconteceu com a minha esposa, nem que eu tenha que invadir o hospital com minha caminhonete.

— Justin se acalma. — diz Jaz, e sinto a sua mão no meu ombro. — Charlie não esta morrendo.

— Eu quero vê-la agora. — respondo grosso.

Não é a minha intenção ser grosso com minha irmã, mas eu preciso ver a minha mulher agora. Ela saiu de casa tão radiante para fazer o seu primeiro grande parto. O que deu errado?

— Você vai poder vê-la, mas precisa se acalmar se não é você quem vai passar a noite no hospital.

— Ela vai passar a noite no hospital? — pergunto preocupado.

Sinto todos os nervos do meu corpo se exaltarem, minha respiração está acelerada e a minha mente parece que vai entrar em pânico a qualquer momento. É uma sensação horrível e eu não desejo isso a ninguém.

— Não, eu não sei, só vamos entender tudo melhor quando chegarmos lá.

Dito isso, Jazmyn se cala e o caminho até o hospital é preenchido pelo completo silêncio, e as mil e umas preocupações que se passam em minha mente. Aperto o volante tão fortemente que vejo os nós de meus dedos embranquecerem, ao mesmo tempo em que o aperto em meu peito se torna maior. Tento convencer a mim mesmo de que ela está bem, e assim que chegar até o hospital poderei tomá-la em meus braços para voltarmos juntos para nossa casa. Mas, uma vozinha infelizmente e duramente realista em minha cabeça insiste em dizer que algo ruim está acontecendo nesse exato momento com minha esposa.

Chegando ao hospital, pouco me importo se a caminhonete está devidamente acertada dentro das duas listras amarelas da vaga ou se o carro ao lado pode ter dificuldade para sair, apenas saio correndo de dentro do veículo deixando minha irmã pra trás e tropeçando em meus próprios pés.

Ao passar pela porta automática meu corpo se choca contra o de outra pessoa e devido à força do atrito quase vou ao chão.

— Calma, senhor... — ergo meu olhar no instante em que reconheço o timbre. — Ah, é você. — Lucas profere nitidamente incomodado com minha presença

— Não vou perder meu tempo brigando com você. — digo, juntando toda a boa educação que minha mãe me dera. — Se me der licença eu preciso ir, minha esposa precisa de mim.

— Charlie está bem? — sua pergunta faz com que eu gire os calcanhares e volte a encará-lo.

— Eu não sei, estou tentando saber. — respondo simples.

Apesar dos meses que se passaram, exatos um ano e meio, eu ainda não gosto de Lucas. Charlie o perdoou, não guarda nenhum ressentimento pelo ex-noivo e isso não me surpreende, ela é a pessoa mais maravilhosa desse mundo e sua incrível nobreza é uma de suas maiores qualidades. Mas, mesmo após tanto tempo, quando o vejo só consigo pensar no quanto ele a fez sofrer e instintivamente sinto sangue ferver em minhas veias.

— Justin, esse não é momento para reviver rixas do passado, além do mais não há motivos para isso. Você está casado, muito bem casado por sinal, e eu construí uma família com Amber e nosso filho. — parte de mim está focado nas palavras de Lucas, e não posso deixar de lhe dá dar razão. Nós somos homens agora, temos família e minha atitude é no mínimo infantil. Mas a outra parte de mim só consegue pensar na minha esposa em algum lugar deste hospital. — Então, o que me diz... Trégua?

— Me leve até minha esposa, então eu poderei pensar a respeito. — ele assente.

Jazmyn aparece ao meu lado no instante em que Lucas começa a me conduzir pelos corredores do hospital. O lugar é imenso e cheio de curvas, um perfeito labirinto. Ele para e conversa com uma enfermeira, perguntando sobre Charlie e por sorte a mesma nos informa a onde ela se encontra.

— Esse é o consultório do doutor Akira. — ele indica a porta a nossa esquerda. — Eu tenho uma consulta agora então não poderei esperar, mas, por favor, me procure depois. Você pode não acreditar, mas eu me preocupo com a Charlie e quero saber se ela está bem.

Ele se afasta sem que eu possa responder e isso não me incomoda, pois sinceramente não sei o que diria. Quando me dou conta, Jazmyn está me encarando atentamente com uma das sobrancelhas erguidas.

— Você precisa admitir que ele foi bem legal. — seu olhar torna-se mais intenso, como se ela estivesse tentando me colocar sobre pressão.

— Fique aqui. — peço educadamente enquanto bato na porta.

Uma voz masculina que deduzo ser do doutor Akira soa prontamente educada do outro lado da porta, permitindo minha entrada.

— Com licença doutor, sou Justin Bieber, marido da Charlie. — estendo minha mão para um cumprimento. O homem de aparentemente quarenta anos e olhos puxados sorri minimamente para mim.

— Oh sim, venha comigo ela está na maca.  

— Ela está bem? — tenho certeza de que meu tom de voz soou completamente desesperado.

— É bom que tenha chegado, assim posso conversar com os dois de uma vez. — sem dizer mais alguma palavra ele se afasta e anda em direção à porta branca a nossa direita.

Sem hesitar eu o sigo, e ao ver minha esposa deitada sobre a maca vestindo uma camisola verde típica de hospitais, eu corro em sua direção abraçando e apertando-a contra mim. Suas mãos macias envolvem meu tronco e o cheiro adocicado de sua pele impregna minhas narinas. Involuntariamente uma lágrima escorre por meu rosto e não me importo em limpá-la.

— Você está bem? — pergunto, sussurrando em seu ouvido sem ser capaz de soltá-la.

— Eu estou bem, eu...

Antes que ela possa continuar, é interrompida por um som desconhecido, algo como pequenos tambores ecoando por toda a sala. Tal coisa inusitada faz com que eu a solte e percorra meu olhar por todo o ambiente a fim de achar a fonte do som desconhecido. Ao lado do médico eu vejo um aparelho semelhante a um computador, mas duplamente complicado e nele eu observo uma imagem confusa, quase uma pintura abstrata.

— O que é isso? — pergunto curioso e confuso.

— É o nosso bebê. — ela diz com a voz embargada, atraindo minha atenção de volta para si mesma. Seus olhos encontram-se marejados e um sorriso largo apodera-se de seus lábios. — Justin, eu estou grávida de oito semanas.

— Eu vou ser pai? — o entusiasmo se faz presente, e antes que eu me dê conta estou sorrindo tão largamente quanto Charlie ou ainda mais. Ela e o médico me encaram e ambos assentem ao mesmo tempo. — Eu vou ser pai!

Um filho não fazia parte dos meus planos, ao menos não antes dos trinta anos, mas casar-me com vinte e quatro anos também não era algo que se passava em minha mente no ano passado. Olhe para mim agora, estou alguns meses mais velho, tenho meu próprio negócio, e uma esposa maravilhosa que logo trará nosso filho ou filha ao mundo. Seria soberba dizer que sou um homem realizado?

— Doutor minha esposa está bem, posso levá-la pra casa? — pergunto sem desviar meu olhar de Charlie, nesse momento eu só consigo pensar em jogá-la em nossa cama e fazer amor a noite inteira.

— Sim, Charlie está bem, mas... — ele levanta-se da cadeira ao lado do aparelho e posso ver seu olhar tornar-se apreensivo, fazendo com que eu engula a seco. — Senhor e senhora Bieber, eu preciso que me ouçam com muita atenção, o que vou dizer a vocês é algo sério. Uma decisão precisa ser tomada.

• • •

Giro a chave na fechadura, empurrando a porta para que Charlie possa passar. Em meio ao completo breu de nossa casa eu apenas vejo sua silhueta andar lentamente pela sala de estar tateando a parede a fim de encontrar o interruptor. A luz se faz presente, seu olhar se encontra com o meu e um longo suspiro é solto, tanto por mim quando por ela.

Não sei o que dizer. Não o que fazer. Estou confuso, nervoso... Estou com medo. Estou com medo por mim. Estou com medo por nós. Mas, principalmente... Estou com medo por ela, e pelo o que pode lhe acontecer.

— Mike? Molly? Bob? — ela chama pelos três cães e quase imediatamente é rodeada por todos eles saltitando ao seu redor, praticamente implorando por atenção.

— É melhor não deixá-los muito próximo, eles...

— Eles não vão me machucar, Justin. — ela me interrompe com a voz mansa, porém firme.

— Você precisa pegar leve. — tento soar doce e cauteloso, mas não tenho certeza se consegui.

Em seus olhos posso ver que ela está tão incomodada quanto eu. Ambos queremos dizer alguma coisa, mas imagino que as palavras pareçam faltar para ela assim como faltam para mim. Nada parece certo o bastante, e assim optamos pelo silêncio.

Ela se agacha em meio aos três cães e acaricia cada um deles com certa urgência, como se precisasse daquele amor canino mais do que qualquer outra coisa naquele momento. As lágrimas se fazem presente em sua bochecha, e vê-la desta forma parte o meu coração. Vê-la sofrer e não poder fazer nada para amenizar sua dor é a pior coisa do mundo.

Faço menção de me aproximar, mas assim que nota meus passos em sua direção ela se levanta e lentamente começa a subir os degraus da escada.

— Charlie...

— Eu preciso de um minuto. — ela nem ao menos me encara nos olhos. E assim que a vejo sumir de meu campo de vista eu soco a parede, na esperança de que isso leve embora um pouco de minha frustração.

Subo as escadas rapidamente, cauteloso e angustiado. Abro a porta de nosso quarto e vejo sentada na cama de costas para mim, mesmo que ela não tenha me visto ela sabe que estou aqui, sei que sabe. Seu choro abafado preenche o silêncio e chega até meus tímpanos aumentando a tristeza que sinto.

— Quando o médico me disse sobre a gravidez eu logo comecei a pensar nos nomes. Eu gosto de Emily para menina e talvez se for menino, nós podemos chamá-lo de Jeremy em homenagem ao seu pai.

— Não pense nisso. — dou alguns passos em sua direção. — Nós precisamos de alguns dias para processar isso, entendeu?

— E quando você entrou naquela sala e ele começou a falar... — ela continua, ignorando completamente o que eu acabei de dizer. — Tudo o que eu consegui pensar foi o que eu fiz de errado.

— Charlie, isso não é sua culpa. — ajoelho a sua frente, tocando seu queixo com meu dedo indicador e erguendo sua cabeça para que seu olhar se fixe em mim. Seus olhos estão vermelhos, assim como suas bochechas. As lágrimas escorrem descontroladamente, e preciso juntar toda a minha força para não desabar diante dela. — Você não fez nada de errado, isso poderia ter acontecido com qualquer outra pessoa.

— Eu sei. — ela assente. — Mas eu não consigo. — ela se levanta subitamente, mas eu a paro antes que ela se afaste. Seu olhar fixa-se ao nada, como se não conseguisse me encarar.

— Charlie, o médico disse que se você tiver esse bebê, você... — suspiro pesadamente. — Você pode morrer.

— Não importa. — ela sussurra. Abaixo minha cabeça, escondendo as lágrimas que se acumulam em meus olhos. Sinto seu toque suave em minhas bochechas, erguendo meu rosto. Suas íris fixam-se as minhas. — Eu vou ter esse bebê, Justin.

— O médico não disse que algo poderia acontecer, ele disse que tem uma grande chance de acontecer. Charlie, nós poderíamos perder esse bebê de qualquer jeito. Não precisamos tomar essa decisão agora, podemos pensar por alguns dias. — imediatamente ela se afasta de mim e me encara desacredita. Ela nunca me encarou assim, assustada, como se eu fosse algum tipo de monstro.

— Que decisão Justin, do aborto?

— Não foi assim que o médico chamou. — digo manso.

— Mas é isso o que é. — seu tom de voz de torna ríspido.

— Ninguém disse...

— É o que é. — ela grita de forma estridente. Noto suas mãos tremendo, entregando o seu nervosismo. — Se quer conversar sobre isso, então o chame como é. Não tente mudar o nome, isso não vai deixá-lo de ser o que é.

— Você está sendo muito egoísta, sabia? — lhe dou as costas e caminho a passos firmes até a cômoda.

— Como é?

— Ok Charlie, quer que eu seja o vilão da história tudo bem. — grito, grosso e desesperado. — Chame isso do que quiser, mas se continuar com isso significa que eu vou perder você... Então isso não vai acontecer. — por alguns instantes ela fica sem piscar, provavelmente surpresa com a minha gritaria. Até então eu nunca havia levantado o tom de voz com minha esposa, e nunca pensei que um dia faria isso.

— Não é ‘’isso‘’ Justin, é o nosso bebê. — ela protesta se aproximando de mim. — Você ouviu o coraçãozinho dele batendo, e você estava feliz.

— Pare! Pare! — grito novamente.

— Não, eu não vou parar. — ela grita de volta. — Eu quero que você pense sobre o que está me dizendo, e perceba que é uma coisa horrível.

— Nós vamos tentar de novo, ok? Ou quem sabe nós podemos adotar. — puxo-a para perto de mim, enterrando sua face em meu peitoral e beijando o topo de sua cabeça.

— Sim, nós podemos adotar. — ela se afasta apenas o suficiente para poder me encarar. — Mas essa pequena vida dentro de mim, é você e eu. E eu quero que ela tenha o seu narizinho e as minhas bochechas redondas.

— Eu não me importo se essa criança vai se parecer comigo. Eu não me importo, Charlie! A única coisa que me importa é ela crescer sem uma mãe.

— Eu não posso acreditar que você está realmente tentando me convencer a fazer isso.

— Sim, eu estou. E isso é exatamente o que eu vou fazer: te manter viva.

 


Notas Finais


Gennnte socorro, Justin e Charlie estão tendo problemas no paraíso '-' Caso tenham gostado do capítulo não deixem de comentar, pois isso me incentiva muito. Críticas são sempre bem-vidas, desde que as mesmas sejam construtivas. Beijão e até o próximo capítulo <3

TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=DoQ3VBlhrok


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