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História Love at second sight - Sorry


Escrita por: lagerfeld

Notas do Autor


Olá meus amores, tudo bem?
Eu sei que vocês provavelmente estão querendo me matar nesse momento e tudo o que eu posso fazer é pedir desculpa, e dizer que esses oito nove dias sem capítulo foi devido a problemas com a minha internet. Espero que esse capítulo fofinho compense a demora. Boa leitura :)

Capítulo 26 - Sorry


Fanfic / Fanfiction Love at second sight - Sorry

Point Of View — Justin

Afasto-me do motor do carro, abaixando o capô e seguindo para dentro do Jipe sem esperança alguma de que ele vá funcionar. É um trabalho simples, sem qualquer complicação, algo que eu teria resolvido sem problema algum aos quinze anos de idade. Mas, exclusivamente esse carro parece impossível de ser concertado.

Não sou idiota, sei que o problema não são as ferramentas ou o modo como elas são usadas. O problema, o único problema, é o mecânico de cabeça cheia que não consegue pensar em nada além da mulher grávida e com risco de vida.

Giro a chave na ignição e ao ouvir o barulho desanimador do motor fraco soco o volante com toda a minha força, sem me importar com a dor latejante que se instala no lugar afetado, ao mesmo tempo em que solto um suspiro pesado muito parecido com um urro de frustração.

–– Está tudo bem cara? –– ergo meu olhar fixando-o a minha frente, onde vejo Ryan parado com as mãos relaxadas contra o capô fechado.

–– Sim, está tudo bem. –– respondo simples.

–– Não é o que parece. –– ele protesta. Saio do carro batendo a porta e tirando as luvas quentes. Mesmo sendo inverno o calor dentro da oficina permanece, não tão intenso quanto os dias de verão, mas ainda sim incômodo.

–– Se sabe a resposta porque está perguntando? –– meu tom de voz sai mais grosso do que gostaria.

–– Porque eu sou seu amigo. –– o tom de voz de Ryan também se altera, mas não grosso ou rude apenas firme o suficiente para que eu abandone meus pensamentos e concentre-me nele. –– Eu sei que está com problemas, percebi isso desde o dia que Charlie foi para o hospital.

Sento-me em um banco livre próximo a mesa de ferramentas e mantenho o olhar baixo, fixado ao chão. 

–– Você e minha irmã já pensaram em ter filhos? –– mesmo não encarando meu amigo sei que sua feição é de alguém surpreso.

–– É isso? Charlie está grávida?

–– Apenas responda a minha pergunta. –– novamente meu tom é elevado. –– Por favor. –– ouço o som de seus passos ao mesmo tempo em que os pés de Ryan chegam ao meu campo de visão. O som do banco se arrastando preenche o breve silêncio e logo ouço o seu suspiro.

–– Jazmyn e eu conversamos sobre isso, mas não estamos prontos ainda. –– ergo meu olhar e o encaro.

–– Não está pronto para ser pai?

–– Eu não sei se esse é o problema. –– ele desvia seu olhar como se pensasse na resposta certa. –– Eu sinceramente acho que ninguém está pronto pra ser pai até que aconteça, mas eu não tenho medo, se é isso o que quer saber. Eu amo a sua irmã Justin e quero ter uma família completa com ela, mas não antes de crescer na vida. Você e os caras são incríveis e eu adoro trabalhar com meus amigos, mas eu quero mais. Não por mim, mas sim pela sua irmã e pela criança que iremos ter um dia.

O silêncio se faz presente e aproveito esse tempo para pensar nas palavras de Ryan. Ele está certo, ninguém está pronto para ser pai até que aconteça e surpreendentemente eu acho que seria um bom pai. Não sou mais o garoto de um ano atrás, eu mudei. Charlie me mudou e me transformou no homem que minha mãe e minha irmã acreditavam que eu poderia ser.

Estranhamente eu não tenho medo de ser pai ou da responsabilidade que uma criança iria exigir de mim, pois na teoria eu teria Charlie ao meu lado e ela seria uma mãe maravilhosa. Mas, tenho medo de ser pai solteiro. Medo de não ter minha mulher ao meu lado me dizendo o que fazer e como fazer.

–– Que bom que você não está ocupado. –– a voz de minha irmã ecoa firme e dura atraindo a atenção de seu marido e a minha também. Ao encará-la vejo-a com a face fechada e logo deduzo que Jazmyn não tem nada bom a me dizer. –– Amor pode me deixar sozinha com o meu irmão, por favor? –– Ryan assente levantando-se e dando um tapinha em minhas costas. Aos passar pela esposa ele beija sua bochecha o que a faz sorrir, mas logo ela volta a encarar-me duramente.

–– O que foi? –– pergunto calmamente.

–– Qual é o seu problema Justin Bieber? –– Jaz quase grita. –– Quero dizer, eu sempre soube que você é meio idiota, mas agora você foi longe demais.

–– Jaz, será que pode ser mais específica? –– peço mesmo já tendo uma breve noção do que essa conversa se trata.

–– Claro! –– ela aproxima-se de mim cruzando os braços. –– Eu não acredito que você está sendo um babaca com a Charlie. Ela é sua esposa Justin, e agora mais do que nunca precisa de você.

–– Vejo que conversou com minha esposa. –– suspiro. –– Espero que ela tenha te contado tudo, inclusive sua decisão maluca de ter essa coisa.

–– Sim, ela me contou tudo e acredite... Nada ou ninguém fará Charlie desistir do bebê. –– Jazmyn acomoda-se no banco onde Ryan estava sentado antes. –– Eu sei que você está com medo, mas a Charlie também está e nesse momento vocês precisam ficar juntos.

–– Ela não pode ter esse bebê. Eu não posso perdê-la. –– minha fala sai em um fio de voz. –– Eu odeio estar brigado com ela, mas ela está maluca.

–– Justin olha pra mim. –– ela levanta minha cabeça com as mãos direcionando meu olhar ao dela. –– A Charlie vai ter esse bebê mesmo a gravidez sendo de risco, isso está decidido. Agora você precisa decidir se quer abandona-la nesse momento difícil, ou se quer passar com a sua esposa o que podem ser os últimos meses da vida dela.

As palavras de minha são quase tão duras quanto o seu olhar. Jazmyn pode não ser a melhor pessoa quando se trata de assunto tão delicados quanto esse, afinal ela é dura como uma pedra. Mas, graças a sua indiferença em ralação ao nosso parentesco, ela me fez perceber o quão estúpido estou sendo com Charlie. Ainda que esse bebê a tire de mim, ainda que eu esteja bravo e não concorde com sua decisão eu não posso simplesmente abandoná-la. Não agora.

–– Obrigada! –– levanto-me e dou um beijo estalado em sua bochecha.

–– Não foi nada, você só precisava abrir os olhos.

 

Point Of View — Charlie

Estaciono o carro na frente de casa, mas não saio imediatamente, não tenho coragem. Ao olhar para frente vejo a luz da cozinha acessa e logo deduzo que Justin chegou em casa mais cedo. Solto um longo e cansado suspiro, temendo entrar em minha própria casa. Não quero brigar com Justin e tenho medo do que nossas recentes discussões podem gerar ao nosso futuro.

Respiro profundamente e após alguns instantes com as mãos apertando o volante eu decido que é a hora de sair e encarar o que estiver por vir. Caminho lentamente e assim que entro em casa sou atacada pelo amor canino dos três cachorros. Sinto as lambidas quentes em minhas pernas, os fracos arranhões de suas unhas, e não consigo conter o sorriso. Em meio a tanta bagunça nessa casa ultimamente, Mike, Molly e Bob tem se tornado o meu refúgio.

Sigo para a cozinha após fazer um carinho em cada um dos cachorros. Deixo a bolsa em cima do balcão e antes que eu possa ir para a geladeira algo chama minha atenção, um envelope branco próximo a cesta de frutas com o meu nome escrito a mão. Imediatamente eu o pego e abro como uma criança desesperada no natal.

‘’ Querida Charlie,

Por favor, não ria de mim. Eu estou me esforçando para escrever essa carta, mas é claro, ela nunca ficará boa se compara-la as dos homens apaixonados dos livros que você lê com tanta paixão ou dos filmes que assiste sem se importar se já decorou as falas dos personagens. E eu espero que a minha sinceridade seja o suficiente, afinal não se esqueça, eu sou apenas um sulista ignorante.

Charlie eu te amo, eu te amo tão intensamente que a simples possibilidade de perdê-la me deixa completamente perdido. Sem rumo. Eu sinto muito por minha atitude nos últimos dias, eu fui infantil e covarde, e lamento não ter estado ao seu lado no momento em que mais precisou do meu apoio. Se eu disser que estou completamente de acordo com sua decisão estarei mentindo, mas saiba que a partir de hoje eu vou estar ao seu lado, sempre. E se você ainda não estiver desistindo de mim, me encontre em nossa casa e eu prometo ser o marido e o companheiro que você merece.

                                                                                                                                                                                    Com todo o meu amor, Justin. ‘’

Deixo a carta sobre o balcão e apoio minhas mãos contra o mármore gelado. Noto um volume dentro do envelope e ao penetra-lo com meus dedos retiro uma chave de dentro. Minha cabeça está confusa, e quase não posso acreditar que foi Justin quem escreveu isso. Ele é incrível, mas ser romântico com a escrita não é uma de suas melhores qualidades. Entretanto ele me surpreendeu completamente e maravilhosamente nessa noite.

Meu olhar se encontra com o de Molly e a forma como suas íris estão fixas as minhas me fazem rir, é como se ela quisesse me dizer algo como: ‘’ O que você ainda está fazendo aqui? ‘’

Imediatamente eu corro para fora de casa, desejando desesperadamente me encontrar com Justin e jogar-me em seus braços.

• • •

Quando Justin e eu nos casamos foi tudo sem planejamento e demoramos exatos três meses para decidir onde iríamos morar, e durante esses três meses de indecisão nós alternávamos nossas manhãs e noites entre minha casa e a casa dele. Minha casa acabou sendo vendida e no final do terceiro mês todas as minhas coisas estavam dividas entre o quarto de hóspedes e o nosso quarto. Demorou um pouco para que tudo finalmente ficasse em seu lugar, Justin não é a pessoa mais organizada que eu conheço, mas agora parando para pensar, eu até sinto falta da nossa confusão pós casamento.

Foram necessários apenas dois meses fixos em sua casa para que nós percebêssemos que precisávamos de um lugar maior. Então nós compramos um terreno não muito distante de onde moramos, Justin não quis abrir mão do sossego de morar afastado da cidade e eu também não. Agora parada ao lado de fora de nossa casa completamente pronta  vejo que tomamos a decisão certa ao construí-la, ela é perfeita. Grande, espaçosa, confortável e de frente para o mar como nós queríamos.

–– Justin? –– chamo por ele ao adentrar a casa. Apesar de estar sem os móveis, ela é absolutamente perfeita, cada detalhe me encanta e a cada passo dado o meu sorriso se alarga.

–– Eu estou aqui. –– sua voz ecoa e logo o vejo sair de uma das portas do corredor. Meu olhar o analisa dos pés a cabeça e rio brevemente ao ver seu estado, suas roupas estão sujas e o boné não esconde completamente o cabelo bagunçado. –– Que bom que você está aqui, fiquei com medo de que você não viesse.

–– Eu não poderia deixar de vir depois de ler aquela carta. –– ele desvia o olhar e ri. Seu olhar volta a encontrar-se com o meu e por alguns instantes eu não sei o que fazer.

–– Charlie, eu sinto muito. –– ando para perto de Justin e abraço sua cintura.

–– Está tudo bem. –– sussurro contra seu peito.

–– Não, não está. –– ele afaga meu cabelo. –– Eu fui um idiota, me deixei levar pelo medo e só Deus sabe o quanto estou arrependido. Por favor, me perdoa.

–– É claro que eu perdoo você. –– afasto-me de seu corpo apenas o suficiente para encarar sua face, mas mantenho minhas mãos ao redor de sua cintura.

Ele abaixa seu olhar e sorri para mim. Nesse momento eu percebo o quanto senti falta do seu sorriso.

–– Eu te amo seu bobo.

Justin gentilmente segura minha face com suas mãos, deslizando os polegares por minhas bochechas. Sua cabeça se inclina para frente e eu copio seu ato, ansiando sentir o contato de seus lábios contra os meus. Seu beijo é doce, um beijo de saudade, e em meio a tanta indulgência eu sinto as lágrimas molharem nossas bocas.

–– Eu te amo. –– ele sussurra contra meus lábios. –– E eu tenho uma surpresa pra você. –– sua mão desce por meu braço até nossos dedos estejam entrelaçados.

Justin me guia pelo corredor até a porta de onde saiu momento atrás. Ao adentrar o cômodo não tenho outra reação além de ficar perplexa. Meu olhar intercala entre o quarto decorado e Justin, e agora entendo porque ele parece tão cansado. Todas as paredes estão pintadas de amarelo, e o quarto se tornou o único lugar mobiliado da casa. Os móveis são todos brancos, o berço está no centro e ao seu lado uma poltrona com uma girafa de pelúcia em cima. Na esquerda uma cômoda com um lindo buquê de lírios e em cima uma prateleiras cheias de brinquedos.

–– Eu pintei de amarelo porque nós não sabemos o sexo do bebê, e a vendedora disse que essa cor é uma ótima opção nessas ocasiões. –– ele começa a dizer ganhando minha total atenção. –– Os brinquedos também são unissex, e se você não tiver gostado dos móveis nós temos até cinco dias para fazer a troca.

–– Justin está tudo perfeito, eu...Eu não sei o que dizer. –– suspiro. –– Esse bebê tem o melhor pai do mundo, e eu tenho certeza de que você irá ama-lo tanto quanto o amo. 


Notas Finais


Socorro, apenas dois capítulos para o fim .-. Caso tenham gostado do capítulo não deixem de comentar, pois isso me incentiva muito. Críticas são sempre bem-vidas, desde que as mesmas sejam construtivas. Beijão e até o próximo capítulo <3

TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=DoQ3VBlhrok


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