História Love By Accident HIATOS - Nosso filho

Love By Accident

Capítulo 14 – Nosso filho

“– Não é pra deixá-la sozinha!” - a ordem de Jeremy rodeou minha cabeça e respirei fundo. Eu não queria, mas o medo de acontecer algo com essa garota era nítido em mim. Me deitei ao seu lado, porém sem me cobrir, deixando que a coberta separasse no corpo. Senti o cheiro do seu cabelo e aquilo me fez se sentir bem e um sorriso brotou nos meus lábios. Talvez não seja tão ruim assim ter um filho…

Acordei sentindo um cheiro doce. Abri meus olhos lentamente até que se acostumasse com a claridade. Meus braços estavam preenchido e naquele momento eu me senti bem, como se nada ali me faltasse.

Abri meus olhos e olhei ao redor percebendo não estar em meu quarto. Olhei para minha frente e arregalei meus olhos dando um impulso para trás. Eu estava abraço com Lesley? Levantei as pressas sem acordá-la. Seu rosto estava com uma expressão tranquila e não posso negar o quanto ela está fofa dormindo. Balancei minha cabeça em negação afastando tais pensamentos e peguei meus sapatos no chão e fui para meu mais novo quarto. Eu queria dormir mais, porém já havia perdido o sono então resolvi tomar um banho. Hoje o céu estava limpo e parecia que começaria a esquentar e isso era bom, queria relaxar na piscina hoje.

Ainda era 08:15 da manhã isso queria dizer que eu tinha muito tempo hoje, ainda tinha que organizar minhas roupas no closet, mas só me faltava a coragem para isso.

Após tomar meu banho deitei na cama pegando meu celular vendo as novas notícias. O que não tinha nada de mais. Depois daquele reencontro com Cármen as coisas ficaram melhores entre a gente. Tivemos um jantar agradável, mas no fim tudo acabou em cima de uma cama. Aquela mulher me matava e confesso que ela consegue ser melhor do que Lesley na cama, até porque ela já tem mais experiência, já Lesley era uma virgem pobre. Mas porque estou comparando Cármen com Lesley? É obvio que Cármen sempre será melhor que Lesley! Bufei ignorando meus pensamentos. Voltei minha atenção ao meu celular e não tinha nada de bom. Cármen estava numa viagem a negócios a favor da empresa. E eu bom, estava sendo obrigado a estar nesta casa. Jeremy me proibiu de trabalhar o restante desta semana, voltaria apenas terça-feira que vem. Uma parte disso era bom, já por outro lado não. Eu não tinha nada para fazer! Eu tinha que ficar nessa casa enorme trancafiado com uma garota de dezesseis anos, grávida! E além de já ser chata por natureza ainda tem as complicações da gravidez. Bufei. Mas acho que tive uma ideia! Disquei o número de Ryan e logo já estava chamando.

– Estou trabalhando, fala logo! - falou e eu ri.

– Final de semana vem pra casa do lago do meu pai. - falei rápido.

– Porque? - perguntou confuso.

– Essa é minha nova casa agora, mais tarde eu explico. Apenas venha! Tchau. - falei e desliguei sem esperar uma resposta.

Escutei alguns barulhos vindo do andar de baixo então resolvi levantar e ir lá ver o que estava acontecendo. Desci as escadas sem pressa e assim que cheguei na sala ouvi barulhos vindo da cozinha. Fui até a mesma sem fazer barulho e assim que cheguei encontrei aquela garota na ponta do pé tentando alcançar algumas panelas que estava no alto do armário. Cruzei meus braços e encostei no batente da entrada da cozinha apenas observando a merda que aquilo ia dar. Seus cabelos estavam soltos batendo abaixo dos seus ombros, ela vestia uma blusa cor-de-rosa e um shorts jeans que estava tão curto ao ponto de mostrar a poupa da sua bunda. Mordi meus lábios com aquilo e senti um desejo subir-me a cabeça. Vê-la na ponta do pé me deixou com tesão? Sério? SIM!

Keisha puxou uma panela pela sua ponta fazendo com que mais três panelas caísse junto. Ela correu para trás antes que pudesse se machucar, mas ao me ver ela deu um passo para trás, levando a mão até o peito e respirando fundo.

– Era só pedir ajuda. - falei dando de ombros e fui até as panelas e colocando de volta no lugar e deixando apenas a qual ela usaria.

– Desculpe… - murmurou. – eu não queria te atrapalhar… - explicou-se e eu dei ombros a ignorando. Não poderia cair as tentações de levá-la para cama ou ao sei jeito meigo, tímida e ao seu corpo extremamente gostoso! Eu me seguraria. Eu tenho tantas outras, não preciso dela.

– O que está tentando fazer? - perguntei sentando-me a uma cadeira na mesa.

– Um café da manhã… - falou baixo. Eu gostava do que eu causada em Lesley. Suas palavras sempre eram falhas, múrmuros, era sempre assustada e não conseguia esconder o medo que sentia sempre que me via ou me tinha por perto. Sempre ficava encolhida como se não tivesse para onde fugir. Eu me sentia superior, ela não foi como todas que eram atacadas e eu nem precisava estralar os dedos, apenas um olhar e elas já estavam nuas na minha cama. Já Lesley não, ela teve um motivo para estar comigo pela primeira vez e agora estando na mesma casa ela não se preocupa em dar para mim, apenas com o bem-estar desse bebê dela, quer dizer… Nosso bebê. Talvez demore para eu me acostumar com isso, mas eu terei que me acostumar querendo ou não!

Olhei para Lesley e ela estava de frente ao fogão. Ela mexia alguma coisa enquanto cantarolava uma música, me esforcei um pouco mais e consegui ouvir.

I'd fall anywhere with you I'm by your side (Eu cairia em qualquer lugar com você eu estou do seu lado)

Swinging in the rain (Balançando na chuva)

Humming melodies (Sussurrando melodias)

We're not going anywhere until we freeze (Nós não vamos a lugar nenhum até congelarmos)

I Wouldn't Mind – He Is We

Sorri ao ouvi-la. Sua voz era suave. Ela se virou vendo-me sorrir, mas parou de cantar ao mesmo tempo que me viu sumir com o sorriso. Ela não podia nem pensar que eu um dia vou lhe tratar como alguém normal. Ela nunca vai passar de uma “criança” que quis se tornar uma prostituta mirim.

– Está pronto. - ela falou e colocou leite com achocolatado em cima da mesa. Logo depois se virou e pegou pão, bolo de forma, margarina, maionese, suco de laranja e tudo que tinha direito. Eu não negaria, estava com fome. Comecei a comer um pouco de cada sem exceção a nada. Lesley apenas encheu seu copo com leite quente e começou a tomar enquanto comia um pedaço de bolo de forma.

– Vai comer só isso? - perguntei arqueando minhas sobrancelhas. Ela assentiu.

– Não estou com tanta fome. - respondeu de cabeça baixa. Dei de ombros sem me importar e terminei de comer. – Justin… - chamou-me. Encarei-a esperando sua continuidade. – Eu queria poder conhecer o restante da fazenda… - falou com inferioridade.

– Pode ir. - falei dando de ombros.

– Mas é que eu… eu estou com medo… - deu uma pausa assim que eu a encarei arqueando minhas sobrancelhas. – quer dizer… Esquece. - mudou de ideia desviando o olhar. Ri nasalo ao entender o que ela queria. Continuei a encarando até que ela também voltasse a me olhar, mas isso não aconteceu.

– Você estava querendo propor que, eu te levasse para conhecer? - perguntei e ela me encarou assustada negando com a cabeça

– N-não, não… - gaguejou. Ri nasalo do seu desespero.

– Calma… - pedi e ela parou, me encarando. – eu te levo. - falei e ela ficou me encarando surpresa, mas não disse nada. Apenas assentiu. Não seria tão ruim assim levá-la apenas para conhecer o lugar onde moraremos durando nove meses. Me levantei finalizando minha refeição e subi para meu quarto me trocando. Colocando uma roupa mais confortável para andar pela fazendo. Acho que a levaria ao lago, acho que talvez ela vá gostar. E poderemos nadar e… não! Vê-la de biquíni apenas vai piorar e posso perder o controle de tudo.

Bufei irritado. Mas que merda Justin! O que está acontecendo com você? Porque diabos estou a pensar em Lesley com tanta frequência? Comecei a desfazer toda minha mala jogando tudo de qualquer maneira em cima da cama. Ouvi algumas batidas na porta e logo ela foi aberta.

– Justin… - chamou-me colocando sua cabeça para dentro do quarto.

– Fala. - digo frio desviando meu olhar daqueles olhos verdes.

– Que horas vamos passear pela fazenda? - pergunta e se permite entrar no quarto abrindo a boca com a bagunça que eu acabo de fazer com minhas roupas.

– Pode ser depois do almoço! Que horas são? - Digo, já com uma pergunta logo atrás o que não é necessário ela responder, já que pego meu celular vendo que no mesmo marca 09:06 da manhã. - depois eu ligo para uma mulher daqui do bairro pedir almoço, ela faz comida caseira para ven… - digo, mas Lesley me interrompe.

– Não! - falou e exaltada, mas no mesmo instante se recompôs e coçou a garganta corrigindo-se. - não precisa, eu já estou preparando algo para o almoço… - falou e eu arqueei uma de minhas sobrancelhas surpreso.

– Você cozinha? - perguntei ainda não acreditando. Ela assentiu reprimida. Suas mãos se encontravam entrelaçadas em frente só seu corpo, seus ombros encolhidos, mas seu olhar era fixo em mim. – Me responda Keisha! - a repreendi. Esse modo de não me responder direito chegava me irritar as vezes.

– Co-cozinho sim. - respondeu e sem querer acabou gaguejando.

– E o que você vai cozinhar para nós hoje? - perguntei começando a dobrar uma camisa de qualquer maneira e logo depois colocando em um canto separado na cama.

– Canelone recheado. - respondeu mais convicta e logo após lambeu seus lábios.

– Porque canelone? - perguntei dobrando outra camisa.

– Me deu vontade de comer, então eu vi que tinha as coisas para fazer… Espero que não se importe. - respondeu e sorriu fraco. Seu sorriso contornou seus olhos dando um destaque as suas iris verdes. Desfiz o meio sorriso que surgiu nos meus lábios antes que Lesley pensasse que poderia ser para ela.

– Er… - ela chamou-me atenção e eu a encarei. - você quer ajuda? Am… Com a roupa? - perguntou insegura. Olhei para aquela montanha de roupas e depois para ela de volta. Não poderia negar isso!

– Claro! - falei e ela entrou fechando a porta atrás de si e se aproximando cautelosamente. Ri mentalmente por isso. Será que ela sempre foi assim? Insegura?

Ela começou a dobrar as roupas, quieta. O clima ficou tenso, Lesley era tão tímida e inferior que não dava nem para conversar com ela! Peguei meu celular ligando a playlist e deixando tocar as músicas. Oras outras Lesley cantarolava, então por implicância comecei a cantar junto, porém sempre errava e a cortava vendo ela soltar risos bobos e tímidos, bom até começar a tocar Roar de Katy Perry.

Eu comecei a imitar um leão e ela caiu na gargalhada.

– Você está parecendo mais uma cabra do que um leão! - comentou enquanto ria. Vê-la gargalhar foi um máximo! Sua risada era tão gostosa quanto eu sou gostoso!

– Olha como fala do meu rugido! - a repreendi sério e ela ficou séria também, mas não se segurou e começou a imitar meu rugido falho. Me aproximei e comecei a fazer cocegas em sua barriga que estava um pouco dura pela gravidez.

– P-p-para… - pedia com dificuldade. - e-eu… aaah – ela gritou rindo. Comecei a rir junto. – J-justin! Não sei… - ela tentava falar, mas a risada tomava conta de cada frase sua. – isso pode fazer mal ao bebÊ! - ela pegou folego e falou de uma vez, então parei me recompondo de suas risadas e ela também.

– Você escapou, graças ao noss…. - engoli a minha frase e desviei o olhar. - ao bebê. - corrigi-me. Vi que Lesley ficou séria e sua expressão passou a ficar triste.

Não me perguntem, eu não sei o que deu em mim...