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História Love By Accident HIATOS - Olho da rua


Escrita por: SolitariaGet

Notas do Autor


Boa leitura minhas pão de mel. Sz

Capítulo 3 - Olho da rua


Fanfic / Fanfiction Love By Accident HIATOS - Olho da rua

  – Justin, eu estou grávida! - falei de uma vez e sua reação foi totalmente diferente da qual eu pensei que ele teria. Não ele não me olhou surpreso, pulou de alegria, nem me xingou. Ele não fez nada, apenas continuou mexendo naqueles papéis idiotas e sem me dar atenção.

– Justin! - chamei sua atenção e ele me olhou rápido.

– Sim? - falou e eu revirei os olhos.

– Justin, eu estou grávida. - repito.

– É, eu já ouvi. - ele disse e largou os papéis em cima da mesa dessa vez me olhando e cruzando as mãos em cima da mesa. - e o que eu tenho a ver com isso? Já disse que a sua vida não me interessa, Lauren. - ele disse simples e eu arregalei meus olhos.

– O filho é seu. - falei. E sua reação foi muito diferente. Ele começou a gargalhar, mas assim que parou me olhou sério.

– Olha, Lauren! - falou ríspido. - é um seguinte, quem você pensa que é? Você realmente acha que eu vou cair nessa? Golpe da barriga já passou por aqui e não deu certo, então acho melhor você pegar essa sua esperança de arrancar dinheiro de mim e ir embora. - ele disse e eu arregalei ainda mais os olhos. Ele acha que eu estou mentindo? Que imbecil!

– Eu não estou mentindo Justin. - falei calma.

– Chega, Lauren! - falou alto e eu me afastei para atrás me assustando. – eu me lembro muito bem que usamos preservativo, não venha com essa! Eu não vou assumir nada, se vira. O tanto de dinheiro que você tem você sustenta essa criança e ainda faz sua faculdade, agora vai embora daqui antes que eu chame os seguranças.

– Não, Justin. - implorei e já sentia as lágrimas invadirem meu rosto. - v-você não entende, e-eu… - gaguejei e parei respirando tentando controlar o choro.

– Eu entendo, você é uma prostituta, deve ter dado para algum pobre ai e engravidado, mas quer dizer que é meu por causa de dinheiro.

– Claro que não! - falei indignada.

– Se você não sair agora, chamarei os seguranças.

– Justin, por favor. Você não entende, eu preciso de ajuda eu não vou conseguir sustentar… - ele me interrompeu.

– Isso não é problema meu! - falou ríspido. - AGORA SAIA! - ordenou com a voz alterada e eu soltei um soluço e tapei a boca no mesmo instante sentindo mais lágrimas invadirem meu rosto. Me levantei e corri até a porta abrindo sem pensar duas vezes, mas assim que coloquei um pé para fora dei de cara com uma mulher que se assustou ao me ver.

– Oh, querida. O que houve? - ela perguntou. Ela tinha os cabelos pretos e olhos azuis. Não respondi e sai correndo dali indo em direção ao elevador e apertei o botão para o mesmo subir enquanto tentava controlar o meu choro. O que eu farei agora? Eu estou perdida! Eu não tenho nada e agora tenho um filho? Não, isso não pode acontecer.

– Querida, o que aconteceu? - ouvi a voz feminina e olhei para o lado vendo a mesma mulher que vi a segundos atrás. - eu te vi saindo chorando da sala de meu filho e… - a interrompi.

– Filho? Aquilo não é um filho é um monstro! - digo soltando um soluço e mulher arregala os olhos.

– Diga o que houve eu posso ajudá-la. - falou. Aposto que se eu dizer ela dirá o mesmo. Golpe da barriga.

– Não obrigada, já fui humilhada de mais. - disse fria e o elevador se abriu.

– E se a senhora tiver outro filho, crie como ser humano e não um monstro. - digo e logo me arrependo. Respiro fundo e vejo que a mulher está assustada. - me desculpe, estou nervosa. Tenho que ir. - disse calma e a mulher estava com a expressão confusa sem entender nada. Entrei no elevador e apertei qualquer número, já que não sabia mexer naquilo.

– Diga-me ao menos seu nome. - pediu a mulher, mas não respondi e o elevador fechou.
Soltei todo meu choro entalado ali.

Assim que o elevador abriu dei graças por ter parado na recepção que eu entrei. Passei em passos rápido ali e sai pela porta e sai andando para direção que eu achava certa.

– Lauren, não quer que eu a leve? - o motorista que me trouxe perguntou e eu neguei.

– Não, obrigada. - disse e sai andando. Precisava processar tudo na minha mente antes que eu enlouqueça.

Justin Drew Bieber

– Justin, o que foi isso? - ouvi a voz de minha mãe e olhei para ela que estava na porta de braços cruzados. Dei de ombros não entendendo sua pergunta.

– O que? - perguntei confuso.

– Aquela garota saiu daqui aos prantos, o que você fez? - perguntou ríspida e sentou-se na cadeira a minha frente.

– Ah sim… - disse lembrando me do show daquela louca. – É mais uma querendo dar o golpe da barriga. - falei simples e minha mãe arregalou os olhos.

– Ela não pareceu querer dar um golpe, Justin! - ela disse ríspida. – ela saiu daquilo chorando desesperada e até me ofendeu dizendo que eu não criei um humano e sim um monstro! - ela diz e eu solto uma risada.

– É teatro, mãe. - falo dando de ombros.

– Quero que você vá atrás dela. - manda e eu nego com a cabeça.

– Não, mãe! Você pode pedir de tudo, menos a isso. - falei sem encará-la. Ela bufou.

– Não quero pensar nisso. Tome aqui. - ela disse colocando uns papéis na minha mesa. - verifique e depois leve para mim. - ela disse e se levantou saindo da minha sala.

Comecei a verificar aqueles papéis que minha mãe trouxe e passei o resto do dia assim.

Keisha Lesley Campbell

Cheguei a frente de casa e fiquei aliviada pelas lágrimas já estarem secas e não descerem mais pelo meu rosto. Ajeitei a bolsa nas minhas costas e abri o portãozinho e fui até a porta abrindo-a. Entrei na cozinha e vi que estava vazia. Andei até meu quarto, mas antes que eu chegasse até o mesmo ouvi a voz de Helena, minha mãe me chamando.

– Keisha. - sua voz saiu dura. Virei-me a ela e ela tinha os olhos vermelhos, dever ter fumando como sempre. - Onde estava, porque demorou para chegar? - perguntou.

– Eu fiquei na escola até um pouco mais tarde fazendo um trabalho. - menti.

– Venha aqui. - falou e entrou em seu quarto e eu fui até lá. - sente. - mandou e eu me sentei na sua cama. - vou perguntar só mais uma vez. - falou de olhos fechados como se estivesse controlando sua raiva. - A onde você estava? - perguntou.

– Na escola fazendo trabalho, mãe. - falei baixo.

– MENTIROSA! - gritou. - Cadê o dinheiro? - perguntou e eu arregalei os olhos.

– Que dinheiro? - perguntei confusa e ela começou a rir. Pegou um cigarro em cima da mesinha de madeira que tinha ali e o ascendeu e o tragou.

– Eu vi, Keisha. - ela disse calma. - eu vi você entrando naquele caro preto. - falou e eu senti meu corpo estremecer. - está se prostituindo, filhinha? - perguntou sínica.

– N-não… - gaguejei.

– Eu sempre disse que você daria uma ótima prostituta! - ela disse rindo. Sim é verdade, ela me xingava de prostituta, mini-prostituta desde que tinha dez anos de idade. Falava que me colocaria para dar para conseguir dinheiro a ela e meu pai que na verdade era meu padrasto.

– E-eu não estou me prostituindo… - falei firme.

– Não? E o que foi fazer entrando naquele carro? - perguntou.

– Era Alessandra que pediu para seu pai me buscar para eu ir a sua casa. - menti.

– Você acha que eu acredito, Keisha? - ela disse se aproximando. - Se você não me contar agora a onde você estava, eu vou te queimar com esse cigarro. - falou ríspida e já senti as lágrimas invadirem meu rosto novamente.

– Eu estou falando a verdade. - falei e senti o cigarro queimar a minha pele do meu braço e eu soltei um grito.

– Para, por favor. - pedi e ela riu tirando o cigarro e colocando no meu pescoço e com a outra mão puxou meu cabelo virando meu pescoço deixando ele mais amostra.

– A ONDE VOCÊ ESTAVA, VADIA? - gritou e eu comecei a soltar soluços desesperados. Ela foi até seu guarda-roupa sem portas e tirou de lá uma cinta. Ela deu uma em minha perna coberta por uma calça jeans que ganhei de Alessandra. - tira essa calça e essa blusa agora. - mandou e eu logo obedeci. Não queria piorar as coisas.

– Agora deita de bruços. - mandou e eu obedeci chorando ainda mais.

Mais uma noite, porque não me mata de vez?

Três semanas depois.

Abri a porta da cozinha e corri até o banheiro trancando a porta em seguida e logo me ajoelhei a frente ao vaso sanitário colocando tudo para fora. Ultimamente eu tenho vomitado demais e isso estava me deixando irritada, pois estava morrendo de medo dos meus pais descobrirem. Eu não havia contado a eles ainda, pois era capaz deles me baterem até perder essa criança. Assim que coloquei tudo para fora lavei minha boca e fui para meu quarto, mas me assustei ao ver meus pais sentados em minha cama e todo meu quarto bagunçado, com tudo jogado ao chão.

– Achou que eramos burros? - a voz grossa de Eric, meu pai invadiu meu ouvido e eu pensei em me virar e correr para fora, mas quando tentei fazer sua mão forte me puxou.

– Então quer dizer que menininha está grávida? - a voz de minha mão ecoou e eu já sentia o choro vindo. Droga, eu só sei chorar.

– Por favor, me deixem explicar. - pedi com a respiração descontrolada.

– Claro que vai, começando como esse dinheiro veio parar aqui. - meu pai disse e mostrou uma bolota de dinheiro. Senti minhas pernas vacilarem.

– E-eu… - gaguejei.

– SENTA! - meu pai gritou e eu corri até a cama sentando ao lado da minha mãe. Ele se aproximou de mim e deu um tapa da minha cara com o dinheiro e aquilo ardeu. As lágrimas logo esvaíram dos meus olhos e meu pai deu-me outro para, mas agora com sua mão pesada.

– Falei que você era uma prostituta. - minha mãe falou e eu não disse nada. Acho que eu realmente era, todos diz isso. Mas olha a vida que eles me deram? Eu só tive essa saída.

– VADIA! - gritou meu pai e logo senti um soco em meu rosto me fazendo cair deitada na cama e senti meu nariz e boca sangrarem. Comecei a chorar desesperada quando senti minha mãe segurar meus braços e meu pai tirar minhas calças.

– Você é uma inútil, Keisha. Eu deveria ter te abortado. - minha mãe disse em meu ouvido e eu soltei um soluço.

– PARA! - gritei assim que senti meu pai arrancando minha calcinha.

– Qual foi? Você não dá para qualquer um, prostituta de quinta. - falou ríspido e ouvi a minha mãe gargalhar. Fechei meus olhos assim que vi meu pai arrancando suas calças.

– Por favor, acorda, acorda, acorda… - sussurrava para mim mesma na intenção de saber que tudo não passava de um sonho. Minha mãe me soltou e meu pai segurou meus braços e logo senti ele me penetrando com força e soltei um grito.

– SOCORRO! - gritei, mas logo minha boca foi tapada. Senti vontade de vomitar quando vi aquilo. Minha mãe estava pelada. Ela subiu em cima de mim.

– Me chupa, vadia. - ela mandou e sentou-se em meu rosto colocando sua boceta na minha boca e eu senti uma vontade enorme de vomitar. Meu pai bombardeava dentro de mim e aquilo doía demais. Senti minha bochecha queimar quando minha mãe deu-me um tapa.

– CHUPA.- gritou e eu passei a língua com todo esforço naquilo.

[…]

– Você está no olho da rua. - meu pai disse assim que terminou de colocar suas roupas. Me encolhi na cama, mas assim que meus olhos pararam na maleta de dinheiro dentro do meu guarda-roupa me levantei correndo indo até lá, mas meu pai foi mais rápido me empurrando me fazendo cair no chão.

– O dinheiro fica. - falou e pegou a maleta.

– Você tem um minuto para se vestir e ir embora. - ele disse saindo do quarto com a maleta. Eu já não tinha lágrimas para chorar, não tinha nada. Peguei minhas roupas e coloquei na minha bolsa de escola e me vesti com qualquer coisa e arrumei meu cabelo que estava todo bagunçado. Fui até o banheiro e peguei minha escova de dente e olhei-me no espelho vendo as marcas de cigarro no meu pescoço, os roxos de chupão dos meus pais. Olhei meu braço que estava roxo e minhas pernas também estavam toda marcada, pois me deram uma surra enquanto me fodiam. Eu já não tinha lágrimas para derramar, tudo foi embora. Tudo que eu tinha foi embora.
Sai daquele banheiro e fui em direção a cozinha e meus pais estavam ali sentados na mesa, a única coisa que tinha ali. Eles contavam o meu dinheiro.
Abri a porta, mas antes de sair me virei a eles. Senti o sangue ferver em minhas veias e se eu tivesse um Revólver agora eu os mataria.

– Sejam felizes com essa miséria de dinheiro. - disse chamando atenção deles a mim. - Já estou indo, mas eu volto. Não para pedir abrigo, mas para jogar na cara de vocês as bostas de pais que vocês foram e mostrar todas minhas riquezas a vocês e quando vocês me pedirem um dólar eu vou lembrar vocês de que vocês deveriam ter me abortado. - falo sentindo a raiva me consumir. Eles começam a gargalhar e voltam a atenção para o dinheiro, ao MEU DINHEIRO. Pois eu voltarei aqui para buscá-lo.

Sai daquela casa e respirei fundo, pensando em algum lugar para ir, mas eu não tinha. Não tinha ninguém, Alessandra foi viajar hoje, pois semana que vem pegamos férias, mas ela adiantou uma semana e ela e seus pais foram viajar. Andei sem rumo por aquele lugar sem saber o que fazer.

Há umas semanas eu havia pensado em abortar essa criança dentro de mim, mas depois de tudo que passei eu tenho certeza de que vou tê-la e eu vou lutar para dar o melhor a ela, nem que para isso eu tenho mesmo que me prostituir. Eu serei uma boa mãe, serei tudo aquilo que um dia eu quis para mim.
Sentei-me em um banco em uma praça que havia ali e fiquei ali, sem ter o fazer. A noite foi caindo e eu não tinha nem ao menos uma blusa de frio e minha barriga já estava roncando. Levei minhas mãos até minha barriga acariciando-a.

– Calma bebê. Nós vamos dar um jeito. 


Notas Finais


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