- Mel. – uma voz rouca e conhecida me chamou. Abri os olhos procurando pela voz, mas só oque achei foi escuridão.
-Quem está ai? – perguntei fixando os olhos em um feixe de luz no meio do nada. Eu não sabia onde estava e também não conseguia ver, só o que sabia era que aquele na era o meu quarto.
-Sou eu Mel. – a luz ficou mais forte e por um momento me cegou, logo após minha visão se acostumou com a mudança. Agora eu podia ver o local, me encontrava cercada por um jardim.
Sorri ao ver as cores claras e profundas do local, havia um canteiro com flores de vários tipos, um balanço pendurado em uma árvore grande e velha e a visão de uma cachoeira ao lado era realmente de dar inveja. Mesmo encantada com o lugar ainda queria saber de onde vinha a voz. Segundos depois ela voltou a falar:
- Ei, Mel. Você me desculpa? – então a figura perfeita de Harry saiu de trás da árvore.
Eu ri, ótimo, era mais um sonho...
-E cá estamos nós novamente. – falei rindo e me sentando no balanço. - Dessa vez minha criatividade exagerou no lugar. - Comentei - É muito clichê.
Ao contrario do esperado ele não riu comigo.
-O que foi? – perguntei passando a mão no balanço em um espaço ao meu lado espaçoso o suficiente para ele sentar.
-Você me desculpa? – ele não se movel sequer um centímetro, parecia estar falando sério.
-Pelo que? O que você aprontou? – meu tom era de zombaria, podia fazer o que quisesse certo? Era um sonho.
-Não te contei a verdade. – seus olhos foram ao encontro do chão.
Me levantei indo para o lado dele. Os seus olhos se encontravam lacrimejados. Ela ia chorar? Ok, agora comoveu.
-Harry, espera, não chora...
-Você sabe que não sou quem você pensa. – ele me acusou me deixando mais confusa ainda – No fundo você sabe... Só precisa prestar atenção o suficiente.
-Harry...? – falei balançando a cabeça – Você tá com algum problema? Vamos pular pra parte do sonho que a esquisitice acaba ok?
Ele bufou e rolou os olhos pelo local.
-Quando souber, espero que esteja ciente de que não fiz por mal.
Harry... ou sei lá quem, desapareceu em uma nuvem de fumaça junto com todo o local me fazendo voltar para a escuridão. Depois senti algo se agarrar a minha boca fazendo com que eu sentisse uma dor insuportável.
Abri os olhos novamente, dessa vez estava no meu quarto invadido pela claridade matinal. A coisa agarrada a minha boca era um fio do travesseiro. E não era agarrado especificamente a minha boca, e sim ao meu piercing. Então você se pergunta: “Ela tinha um piercing?!” Não, não tinha ontem. Aconteceu o seguinte: Depois da escola o lugar onde o Mauro resolveu me levar era a Galeria do rock, perto do metro republica. Eu não fiquei muito interessada em saber como funcionava o local, só sabia que lá eles colocavam piercing e faziam tatuagens. Eu obviamente não aceitei colocar um no lábio, mas depois de Mauro colocar o dele, começou a falar e falar... Quando vi o homem gordo todo tatuado já estava me furando.
Olhei-me no espelho para ver se o travesseiro fez algum grande estrago, mas estava tudo no lugar. Olhei de relance para a parede ao meu lado e vi o pôster de Harry sorrindo para mim (não necessariamente pra mim... ) e mostrei língua para ele.
- Cala a boca cabeça de papel! – quando percebi que estava falando com o pôster, soltei uma gargalhada – Eu estou ficando doidona mesmo. Primeiro o sonho... agora isso.
Parei com o meu momento de idiotice e me arrumei para ir para a escola. Ao descer as escadas encontrei Camille sentada vendo alguma coisa na televisão.
- Aonde você vai? – ela perguntou com a voz rouca, o que foi seguido por um série de tossidos fortes.
- Para a escola. – respondi pegando a minha bolsa.
- Quando eu vou voltar para a minha?
-Não vai demorar... – e isso vai para a lista: "Coisas-que-a-Melissa-disse-mas-não-vão-acontecer"
Dei um beijo em sua testa e sai encontrando com Mauro no mesmo lugar de sempre.
- Como está sua boca? – ele perguntou animado.
- Doendo. E a sua.
- A minha tá bem.
-Ah.
Não sei porque, mas não falamos nada após isso. Quando cheguei na escola ainda faltavam uns 10 minutos para bater o sinal.
Me sentei em um dos corredores apenas observando as pessoas passarem quando Brenda, Beatriz e dois garotos se aproximaram.
- Melissa, minha linda.- Brenda falou se aproximando com o sorriso cínico de sempre.
- Temos uma surpresinha para você – Beatriz continuou mordendo os lábios – garanto que vai gostar...
Harry’s P.O.V
Minha vontade hoje era de ficar no meu quarto e morrer por lá. Estava frio e minha cabeça doía. “Como está frio se ainda é verão?!” Simples, parece que Londres não sabe fazer um dia de calor que não acabe em frio e chuva.
Pus a cabeça na janela olhando Lux, Niall, Zayn, Liam e Louis brincando na praça. Mesmo na chuva aquele bando de retardados estava brincando com a menina nos brinquedos encharcados.
Meu celular vibrou alertando uma mensagem da Lou.
“Harry, vocês não estão na chuva com a Lux não né? Podem trazê-la para casa, por favor?”
Ok, ela é vidente. Mandei uma mensagem em grupo para os garotos.
“Niall, Zayn, Louis e Liam! Tragam a Lux para se secar agora! A Lou pediu para levar ela para casa e ela não pode ir assim! Harry.”
Sem querer incluí todos os contatos da minha lista de amigos. Desesperado, fui olhando os nomes das pessoas a quem eu mandei a mensagem. Os meninos da Mcfly, o Ed, o Justin, os retardados lá fora, a Lou, a Els, a Danni, a Perrie e... Merda! Melissa!
Como que eu explico isso meu deus?!
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