História Love by fake - Vão queimar a minha casa?!

-Melissa. – senti alguém me cutucar com o dedo no ombro – Ei, sua chata. Acorda. – A pessoa sussurrava perto do meu ouvido oque fez com que eu me arrepiasse.

Abri os olhos e pisquei varias vezes por causa da luz antes de enxergar Niall sorrindo de braços cruzados.

-Eu sou chata? – perguntei com a voz embargada.

-Muito. Sabe há quanto tempo eu estou te chamando? – perguntou fazendo um bico.

-Sei lá.

- Meia hora.

-Por que não gritou? Eu acordaria mais rápido. – enquanto falava, já havia começado a procurar uma roupa para depois que tomasse banho.

-Sou contra pessoas que gritam para os outros acordarem, sabe?! – gritou em direção á porta para que alguém no andar de baixo ouvisse.

Segundos depois pude ouvir Harry gritar: “Cala a boca Niall, nem um balde de água te acorda!”.

-Que horas são? - perguntei observando que a claridade que iluminava todo o quarto era de uma lanterna e não uma luz matinal.

-São quatro e meia da manhã. – falou fazendo um sorrisinho compreensivo para a minha careta de indignação.

-Acabaram de ligar para agente. O resto da banda e a equipe estão chegando, temos que chegar ao aeroporto em vinte minutos.

-Então me de licença que eu vou me preparar.

Enquanto me vestia e fazia tudo que um ser humano precisa fazer antes de sair ás quatro e meia da manhã, entrei no site da banda. Eu sei que é ridículo ficar procurando noticias de pessoas que estão na sua casa – o que ainda é estranho para mim -, mas eu tinha esse abito e seria algo difícil de deixar.

Encontrei diversas coisas, entre elas engraçadas, ruins e péssimas. Engraçadas: O modo como todas as fãs estão totalmente desesperadas por não saberem onde as ”vidas” delas estão. Ruins: Existem milhões de fofocas sobre “Quem é a esquisita de cabelo colorido?”, ok, algumas – cerca de duas ou três – estão elogiando meu corte de cabelo ou coisas do tipo. Já outras – cerca de centenas – dizem coisas horríveis sobre a “vadia” que seduziu os integrantes da banda e está com eles em um motel em uma grande “suruba”. Fiquei horrorizada ao ver as palavras que elas usavam. Péssimas: Foram as ameaças de morte que cada uma fez questão de deixar como se fosse um cartãozinho fofo. Juro pela alma de qualquer um que as garotas usaram palavrões que eu nem sabia que existia (só não os menciono porque eu sei que apesar de ser recomendado para maiores de dezoito a maioria – incluindo a escritora – são de menor).

Quando chegamos no aeroporto, senti minha vida passar por um triz.

O aeroporto estava lotado cheio de garotas se esgoelando para o portão C. Que era exatamente onde teríamos que ir.

-Eu mandei uma foto de como nos estávamos com o disfarce para Paul, ele disse para ficar longe das meninas mas perto do portão. – Liam informou.

Alguns minutos depois dois seguranças passaram por nos e depois de comentarem algo apontaram para onde estávamos e assentiram um para o outro.

-Meninos? – o segurança mais baixo perguntou passando a mão no cabelo loiro desgrenhado.

-Aham.

Entramos em uma salinha que como num passe de magica – ou não – nos levou ao outro lado do portão C, onde tudo estava calmo e uma musiquinha suave, que mais parecia musica de elevador, tocava em um volume baixo.

Todos estavam lá. Reconheci a Lou, o Paul, o tio Simon, o Josh, o Dany, o Sandy, Jon, Tom e... Meu cristo senhor rei da periferia que mora em paris e anda de jatinho! Aquelas bochechas, aquele cabelo loirinho, aqueles olhos claros, aquela boquinha bem feita... Baby Lux.

Na hora meus olhos se encheram de lagrimas. Estão todos aqui. Meus maridos, meus namorados, meu segurança, minha cabelereira, minha bebezinha... Meu sonho.

Virei de costas para eles enquanto os meninos iam abraça-los e coisas do tipo.

-Puta que pariu! Caralho! Caralho! Caralho! Caralho! Caralho! Caralho! Caralho! Ai caralhooo! – resmunguei em português limpando as porcarias das lagrimas antes que alguém visse.

Funguei e respirei fundo olhando para cima como se quisesse que as lagrimas simplesmente secassem.

-Ei, então você é a Melissa? – Lou perguntou chegando mais perto e me olhando de cima a baixo com um sorriso.

-Sou.

Ela me deu um abraço e Lux se espremeu entre nós. Por fora eu apenas toquei em sua bochecha rosada sorrindo de orelha á orelha, por dentro eu estava dançando Macarena depois de pegar Lux e sair correndo.

A pequena não ligou muito para mim, começou a fazer força com as mãos estendidas como se quisesse pular em Harry.

-Haly! – ela murmurou mandona enquanto abria a mão e fechava chamando.

Harry pegou-a nos braços e começou a andar de um lado para o outro conversando sobre coisas que eu não entendi. Perguntei-me como ela havia reconhecido ele.

-Precisamos conversar garotos. – Simon falou com a voz séria.

-Vocês não vão ficar tão longe. – Tom falou tentando defender o argumento de Simon que disse que os meninos deveriam ir para um hotel e fazer contato com as directioners brasileiras pois se esconder não era justo.

-Nós entendemos isso, o problema é que quando descobrirem sobre a Melissa vão colocar fogo na casa dela! – Louis protestou sem um pingo de paciência.

Se eu estava assustada com a possibilidade de alguém querer me matar na rua, ele tinha acabado de piorar a situação.

-Você não está ajudando. – Josh falou ao ver minha cara de pânico.

Ainda estávamos no aeroporto, decidindo para aonde iriamos. Eu ofereci a minha casa para todos eles ficarem, porém concluímos que minha casa já estava tão apertada que se eles fossem entrar teriam que se dividir em por colchões no banheiro e na cozinha, ou a casinha do cachorro.

-Ela pode ficar com agente. – Zayn sugeriu num bocejo.

-Ficar com agente? – Jon perguntou.

-É! No hotel! – Harry falou abrindo um sorriso escandaloso.

-O que? Eu não posso ficar com vocês. Tenho a minha irmã, e não é certo eu ocupar o espaço de vocês. Além do mais...

-É, elas ficam com agente. – Harry anunciou me cortando.