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História Love by fake - A vida perfeita vs Agora você entende?


Escrita por: LarissaLonixa

Capítulo 34 - A vida perfeita vs Agora você entende?


Niall’s P.O.V

-Eles estão demorando. – resmungou Luiza prendendo o seu cabelo no alto da cabeça.

-Deve ter muita gente lá dentro. – disse Zayn espiando pela janela do carro.

-Está parecendo um show isso aqui. – falei e logo Zayn me olha com uma cara de: “Cumé qui é?!”

-Por que esta parecendo um show? – perguntou Luiza.

-Primeiro por que estamos derretendo. – fiz o número um com a mão e aproveitei para ligar o ar condicionado. – Por que tem um monte de garotas chorando. – fiz o número 2 – E por que também tem um monte de garotas morrendo de felicidade. – e assim fiz o número 3.

Depois de alguns segundos encarando as pessoas que passavam avistei Melissa descendo a escadaria da academia seguida por Harry a alguns passos de distancia. Luh também os viu, mas estreitou os olhos após examinar-los. Estranhei o seu ato e voltei a olhar para Missy para saber o que havia de errado. Então eu vi... Ela estava chorando. Algo estava MUITO errado.

-Impressão minha... – começou Zayn.

-... ou ela está chorando? – continuou Luiza fechando os olhos e dando um suspiro pesado.

Foi então que caiu a minha ficha. Aquele choro não se parecia nada com um de felicidade.

-Ela não conseguiu. – sussurrei perplexo ao mesmo tempo em que Harry e Melissa entravam no carro.

Quando Luh fez menção de falar alguma coisa, Harry fez um gesto negativo pelo retrovisor e ela se calou. Só aquilo já confirmava, e ninguém falou mais nada.

O caminho de volta foi completamente depressivo, Harry dividia as atenção entre a estrada e a garota chorosa ao seu lado. Eu não conseguia acreditar que aquela menina que parecia flutuar quando dançava havia sido rejeitada.

E agora? O que Harry e Missy iam fazer? Daqui a alguns dias quando fossemos embora ela ficaria aqui? O pior era quando eu olhava para o lado e via os cabelos castanhos de Luiza voando contra o vento. E ela? E nós?

Fechei os olhos com raiva,mas o que eu queria mesmo era quebrar o vidro da janela e me jogar para ver se a vida fica menos complicada. Ah claro, Niall. Com você paraplégico vai ser muito mais fácil.

Bem que Luiza poderia ser minha vizinha ao em vez daquele garoto estranho que passa batom preto nos lábios. Eu poderia ver aqueles olhos todos os dias... Poderia acariciar a sua pele clara e dizer que a amo na hora do café da manhã, do almoço e do jantar! Ou até comendo qualquer coisa nesse meio tempo. Seria concerteza uma vida dos sonhos.

Quando chegamos Melissa foi a primeira a pular do carro, saiu como se ele estivesse pegando fogo. E Harry saiu com a mesma pressa batendo a porta em um som bem alto. É... eles vão ter um longo dia.

Zayn saiu em silêncio e desapareceu pelo estacionamento.

Quando Luh se dirigiu á entrada do hotel segurei seu pulso.

-Vem comigo? – perguntei sorrindo.

-Para onde? – ela perguntou sorrindo, mas ao mesmo tempo franzindo o cenho.

-Realmente se importa? – perguntei mordendo os lábios.

Puxei lentamente o seu pulso e ela olhou para trás de mim, para onde eu a estava levando. Não sei o que ela viu. Mas foi algo muito bom, pois o tamanho daquele sorriso lindo se duplicou...

E nós corremos.

Importa realmente para onde?

 

Harry’s P.O.V

 

Melissa entrou no quarto batendo a porta em um estrondo tão alto que me assustei. Quando forcei a maçaneta percebi que estava trancada. Droga.

-Melissa... – reclamei encostando as costas na porta branca. Escorreguei lentamente até atingir o chão.

-Estou bem. – Missy disse com uma voz abafada. Visualizei em minha mente sua silhueta forçando um sorriso. – Pode ir...

-Você está bem. Ok. Me deixe entrar.

-Você não tinha que perguntar para a Lou se a Lux está melhor? – ela logo mudou de assunto me fazendo bufar.

-Não, eu posso fazer isso mais tarde. Abre, por favor?

Senti a respiração de Melissa contra a porta, ela devia ter se sentado também.

-Você não pode me deixar aqui fora. – falei passando o dedo nas dobraduras da porta, como se eu fosse conseguir fazer um buraco e passar por ele.

-Você não precisa ficar aqui. – sua voz ficou mais alta e mais rouca. Eu não queria incomoda-la, mas eu não ficaria bem sabendo que ela estava sozinha em uma hora como essa.

Uma senhora que passava ergueu as sobrancelhas a me ver falando com um objeto de madeira, mas eu não tive tempo de ficar com vergonha.

-Você sabe que pode contar comigo. Acho que deixei isso bem claro desde a primeira vez em que nos falamos.

Alguns segundo depois – que  mais pareceram uma eternidade – Missy voltou a falar.

-Perdi pontos porque cai.

-Não deveria. Você foi perfeita até caindo. Sério, eu nunca vi ninguém cair...

-Na verdade, eu acho que já sabia... – ela disse me cortando.

-Como assim?

-Apresentação individual. Não em dupla. Eu devo ter sido desclassificada dessa categoria por causa das regras. – Após uma pausa ela continuou – Não quero que pense que a culpa é sua. Na verdade sem você eu não teria sequer levantado.

Pelo meu lado da porta eu a ouvia chorar como uma criança.

-Eu me esforcei tanto. – ela bateu o punho na porta – Sabe há quanto tempo...?

A frase ficou inacabada, pois Missy chorou mais ainda, e eu não pude dizer ou fazer nada. Me senti um completo inútil.

Derrepente eu a ouço sussurrar: “Desculpa...”.

Continuei encostado na porta até processar as suas ultimas palavras.

“Desculpa”? Desculpar o que?

-Melissa? – chamei me desencostando da porta e a encarando. – Melissa?! – chamei de novo, mas  não veio resposta alguma.

Levantei-me com rapidez chamando mais uma vez, porém quando não fui atendido comecei a chutar e socar a porta. Quando as dobradiças enfim cederam, ela caiu no chão fazendo um grande barulho.

Se eu não estivesse em uma situação complicada, eu processaria o hotel pela falta de segurança. Que porta mais frágil! Mas no momento eu agradeci pelas dobradiças vagabundas.

Quando encontrei Missy, preferia que não o tivesse feito.

 

Niall’s P.O.V

 

Por conta do dia nublado, começou a escurecer cedo, mas eu e Luiza não nos importamos, estávamos correndo e brincando pelas ruas frias enquanto algumas pessoas paravam para olhar. Se nos importamos? Nem um pouco.

 

Oh
We close our eyes
The perfect life, life
Is all we need

(Oh
Nós fechamos nossos olhos
A vida perfeita, vida
É tudo que precisamos)

 

Naquele momento eu não era Niall Horan, o cantor da famosa banda One Direction. Eu era simplesmente um garoto feliz correndo ao lado da garota que ama.

Luiza segura os saltos nas mãos e ria todas as vezes que tinha um obstáculo em nosso caminho e tínhamos que pula-lo.

 

You open up when you had me in your hands
Slipping far away with the world at your command
You sing me to sleep, and then you hit me awake
It's a perfect life, a perfect life

(Você se abre quando você me teve em suas mãos
Escorregando para longe com o mundo ao seu comando
Você canta para eu dormir e depois me bate acordando
É uma vida perfeita, uma vida perfeita)

 

Não digo que é fácil correr a toda velocidade segurando a mão de outra pessoa e tendo o cuidado de não ser o culpado de cair em cima de alguém, mas é a melhor coisa do mundo.

Derrepente não estávamos mais em uma rua, estávamos em uma floresta encantada, com fadas e gnomos... E o mais importante, estávamos sozinhos e livres.

 

Oh
We close our eyes
The perfect life, life
Is all we need

 (Oh
Nós fechamos nossos olhos
A vida perfeita, vida
É tudo que precisamos
)

 

Dando asas á imaginação, como eu sei que Luh também estava fazendo, peguei um jornal que achei em um banco de uma praça que passamos rapidamente e fingi que era uma “arminha”. Luiza riu e se soltou de mim tentando correr para longe da minha mira. Ela pegou um graveto do chão e apontou-o para mim dizendo: “Avada kedavra”. Mas eu abaixei a tempo de fugir de seu feitiço e apontei novamente a minha arma para ela fazendo-a desviar dos meus tiros.

 

Little Mike, he steps everywhere
Knives in his pockets and bullets in his hair
He has nothing to live for, nothing left to say
He's locking all the doors to keep the older wolves at bay

Oh
We close our eyes
The perfect life, life
Is all we need

(Pequeno Mike, ele pisa por todos os lugares
Facas nos bolsos e balas no cabelo
Ele não tem nada para viver, nada mais a dizer
Ele está trancando todas as portas para manter os lobos mais velhos na baía

Oh
Nós fechamos nossos olhos
A vida perfeita, vida
É tudo que precisamos)

 

Larguei o jornal e avancei para ela que tentou correr, mas fui mais rápido abraçando-a e a envolvendo com os meus braços. Tirei Luh do chão, rodando-a a um ponto que ficamos tão tontos que caímos no chão e não conseguíamos mais nos levantar.

 

Oh
It goes all night
The perfect life, life
Is all we need

Oh
We close our mind
The perfect life, life
Is all we need

The perfect life, the perfect life, the perfect life, the perfect life, the perfect life
All we need

(Oh
Vai toda a noite
A vida perfeita, vida
É tudo que precisamos

Oh
Nós fechamos nossas mentes
A vida perfeita, vida
É tudo que precisamos


A vida perfeita, a vida perfeita, a vida perfeita, a vida perfeita, a vida perfeita
Tudo o que precisamos)

 

Acho que nunca ri tanto em toda a minha vida, minha barriga começou a doer em meio as gargalhadas que eu não conseguia conter. Nós acabamos por nos deitar ali mesmo no meio de uma calçada larga onde de vez em quando alguém passava e ria da nossa situação. Mas eu não me importei.

Não foi preciso de palavra alguma, ficamos ali... Ela deitada em meu ombro enquanto nos  encarávamos.

Inspirei seu cheiro... Era aquilo que eu queria. Aquela vida. Aquela vida perfeita. A nossa vida perfeita.

 

Harry’s P.O.V

 

Lá estava ela. Deitada no chão do banheiro com uma pequena navalha na mão direita, coberta de sangue e se tremendo por completo.

-Melissa! – murmurei horrorizado – Porra Melissa! – gritei.

Fui até a cama e peguei os lençóis brancos que estavam lá em cima. Passei-os pelos pulsos de Melissa enquanto ela me dava empurrões tão leves que era difícil saber se ela queria mesmo me empurrar.

-Sai! – gritou chorando alto.

Sem dar ouvidos a ela, embolei seus pulsos fazendo pressão para que os cortes parassem de sangrar. Chorei furiosamente enquanto a levava – como uma bonequinha – até a cama.

-Que porra Melissa! – gritei tão alto que ela se assustou.

Andei de um lado para o outro respirando fundo tentando me controlar. Fui até o banheiro e chutei a porta, fazendo-a bater e estremecer as paredes.

-Você é uma egoísta! É isso que você é! – berrei chegando novamente perto dela.

-Des...

-NÃO! Eu não desculpo! – meu tom de voz era tão alto que ela começou a chorar e soluçar mais ainda. – Você acha que não é difícil para mim?! Como você acha que eu estou me sentindo em saber que você não vai poder ir comigo?! É muito triste? É! Eu também estou fodido por dentro! Eu TAMBÉM estou triste! Eu TAMBÉM estou com raiva! Eu TAMBÉM ainda sinto falta da Camille!

Eu deveria estar muito descontrolado. Pois nunca havia falado assim com ela.

-Você acha que essa merda é a solução de todos os problemas? – peguei a navalha do chão – Então vamos ver se ela resolve os meus também!

Só notei que havia feito um longo corte em meu pulso quando Melissa soltou um grito agudo.

-É assim? – perguntei fazendo de novo. E de novo. E mais muitas vezes enquanto Melissa gritava sem parar

-Para! Por favor! – ela implorava.

-Não estou vendo os meus problemas se resolverem Melissa! –falei levantando os braços que estavam na mesma situação que os dela, cheios de cortes e de sangue.

Ela se levantou e se agarrou em mim com força.

-Não  –  ela ainda pedia, mesmo eu tendo parado.

Sequei as lágrimas em minhas bochechas e a fiz olhar para mim.

-Agora você entende? Não faça isso de novo, por favor... - pedi em um sussurro.


Notas Finais


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