1. Spirit Fanfics >
  2. Love Claims >
  3. From the first day, your perfume intoxicates me

História Love Claims - From the first day, your perfume intoxicates me


Escrita por: Maggies

Notas do Autor


''Desde o primeiro dia, me apaixonei pelo seu perfume''
música: Nearly Witches (Ever Since We Met...) -Patd

Ooooi gente, eu sei que demorei rs, como vcs sabem, sou uma pessoa cheia de crises e faltas de vontade (desculpe)
mas para quem ainda está vivo e lê minha história, está ai!
BEIJOS DE LUZ

Capítulo 2 - From the first day, your perfume intoxicates me


Fanfic / Fanfiction Love Claims - From the first day, your perfume intoxicates me

Tyler Boyd

 

            Cheguei em frente ao galpão e desci do meu carro, batendo a porta com força ao sair. James estava lá na frente fumando um cigarro. Fez uma careta quando ouviu o barulho da batida.

— Quer terminar de quebrar meu carro? — Me olhou irritado.

— Não enche!

— Tyler, sério, será que toda vez que você usar meu carro ele vai voltar assim?

— Nem tá tão amassado

— Amassado? Cara, você bateu meu carro? — James colocou as mãos na cabeça. Fiz uma careta e joguei as chaves para ele.

Entrei no galpão com James atrás de mim. De cara, avistamos Cristopher em pé de braços cruzados, nos esperando com cara de poucos amigos. Ele era um gordo safado com estilo de cafetão que "comandava" o tráfico em Nova Jersey, bom, pelo menos era o que ele queria. Liderar o ranking dos caras mais perigosos dos EUA era seu sonho.

Ao seu lado havia uma porrada de caixas bem fechadas, provavelmente com uma quantidade absurda de droga. Christopher fazia entregas aos outros mafiosos da laia dele. Na verdade, não era ele que fazia as entregas. Ele não fazia porra nenhuma para falar a verdade, apenas nós do Sindicato éramos encarregados de fazer as loucas entregas e roubar.

Não é muito difícil de entender, você rouba dinheiro da cidade, compra droga de outros mafiosos, rouba droga dos mesmos, vende droga para outros e troca por dinheiro, ou por mais droga. Assim você fica com dinheiro e droga. O problema é se os tiras vão nos pegar ou não, ia dar um problema danado, já que Louis, um dos integrantes do Sindicato, não ia aguentar a pressão e iria entregar o nome de todos os outros mafiosos do país, e nós estaríamos oficialmente ferrados.

A pergunta é: como foi que eu me meti nessa bagunça toda?

É uma bela história. Com dezesseis anos eu já roubava, mas eram coisas simples como beijos, telefones celulares, computadores, namorada dos outros, dinheiro e comida. Mas certo dia eu fui testemunha de um assalto em um bar — eu sei que menores não podem entrar em bares, mas eu tinha meus privilégios morais — e os ladrões não foram com a minha cara porque eu "sem querer" vi o rosto de um deles, daí me levaram junto para Nova Jersey, numa cidadezinha no meio do nada. Fiquei preso lá por um dia, até que Christopher me achou, matou os ladrões, foi com a minha cara e me sequestrou.

E não, nem minha mãe nem meu pai sabem onde eu estou há dois anos, eu desapareci. Para ter ideia, eu morava em Las Vegas! 

Não sinto rancor de ninguém, Christopher praticamente salvou minha vida, mas eu não sou grato por isso, pois eu fui sequestrado e hoje trabalho para ele, e se não obedecer, levo uma bala na cabeça.

Com o tempo, acabei me acostumando com a ideia de conseguir dinheiro, drogas, mulheres e liberdade com apenas dezoito anos. Logicamente, eu podia ter tomado outro rumo na vida, mas não acredito em arrependimentos.

— Tyler, você demorou muito. — Christopher ergueu um pedaço de papel com o endereço da entrega na minha cara e eu peguei. — Nós já falamos sobre isso...

— Houve um imprevisto...

— Que imprevisto? — Ele fechou a cara.

— Foi tipo um acidente, mas eu vim o mais rápido que pude e...

— Chefe, ele tem demorado demais ultimamente. — Olhei para James afim de matá-lo.

— Ok, pelo menos EU não me droguei com as mercadorias!

— Hein? Mas você disse que elas eram nossas!

— E você acreditou, otário.

— Filho da puta... — falou baixo.

— Não comecem agora, sabem que o atraso desestimula os compradores.

— Não vai acontecer de...

— Não vai mesmo. — Christopher falou para mim, com os olhos semicerrados. — Levem essas caixas até o caminhão. — Eu e James íamos começar quando "O Poderoso Chefão" me empurrou com uma mão só e impediu minha passagem. — Demora assim de novo e verá a mágica, moleque! — eu nem respondi e comecei a pegar as caixas mais pesadas e levá-las para fora do galpão. A entrega era em um bairro longe da cidade, não era muito conhecido.

— Meu Deus, o que você andou mesmo fazendo com o meu carro? — ouvi os resmungos de James. Saí do caminhão e fui em sua direção.

— Uma louca entrou na frente do carro, eu não tinha visto ela!

— Você não olha mais para onde está dirigindo? — Ele se aproximou. — Sabe quanto isso custou?

— Eu não tenho culpa, James.

— Merda, você vai consertar!

— Não vou mesmo, o problema é seu.

— Você quem insistiu ‘pra sair com esse carro, e eu te avisei! — ele resmungou mais um pouco enquanto olhava o carro, me deixando carregar as encomendas sozinho. Por um lado era bom, eu gostava de ficar sozinho.

As caixas acabaram e eu fui chamá-lo para nós seguirmos viagem. James me deu um soco no braço quando passei ao seu lado, dei uma risadinha e começamos outra discussão sobre quem iria dirigir o caminhão. No fim, ele seria o motorista, já que eu tinha amassado seu carro.

Na estrada foi tranquilo, evitamos passar nos pedágios e vias muito movimentadas, pois corria o risco das caixas caírem no meio da rua ou que James ultrapassasse o limite de velocidade e nós tivéssemos que passar por uma revista policial. Não é preciso esclarecer que todo o cuidado é pouco.

Ao chegar no local, senti um frio na barriga. Olhei para James e esperei o mesmo dar o primeiro passo.

 

Monalisa Lucchese

 

Abri a porta do meu apartamento e a fechei com força atrás de mim. Coloquei minhas mãos no rosto e andei até a sala. Theodore estava deitado no sofá assistindo uma novela dinamarquesa na qual ele estava viciado fazia um mês. O mesmo olhou para mim e me analisou, dos pés à cabeça, com uma expressão que alguém só entendia se o conhecesse há muito tempo.

— Não fala nada, por favor... — Ergui a mão. Eu não queria ouvir um discurso detalhado sobre como eu estava deselegante para uma entrevista de emprego e não estava usando o look que ele comprou especialmente e planejadamente para eu usar em tal ocasião.

Como sempre, eu tinha estragado meu dia com uma derrota.

Depois que entrei na sala para fazer a minha tão esperada entrevista, um homem bem vestido fez várias perguntas para mim, mas eu estava muito nervosa e ansiosa porque talvez eu não agradaria e nem me encaixaria nos padrões da empresa. À medida que eu respondia as perguntas, ele parecia cada vez mais entediado e eu mais tensa. Eu não conseguiria aquele emprego, além disso, eu estava horrível. Meu cabelo continuava desgrenhado e minha carteira vazia, já que meu dia dinheiro fora usado na compra dessas roupas de brechó. Peguei a primeira coisa que vi na loja, já que estava atrasada. Fui atropelada por um homem que sequer perguntou se eu estava bem e fugi do casamento da minha irmã Maggie.

Virei-me para Theo, que falava alguma coisa sobre como ficava preocupado comigo quando eu voltava muito tarde. Na mesma hora, ele parou de falar e franziu o cenho. Meus olhos estavam cheios de água.

Eu sempre arrumava um jeito de parecer idiota na frente das pessoas, mas justo numa entrevista de emprego importante?

— Preciso da Maggie!

— Mona, ela deve estar em um avião indo para a lua de mel agora... O que aconteceu? — Senti mais lágrimas caindo e ele levantou do sofá para me envolver em um abraço acolhedor.

Não sabia o porquê, mas o abraço de Theo era o melhor.

 

(...)

 

— Fiz panquecas suíças — ouvi Theo gritar da cozinha.

— Chega de comida, Theo. Meu Deus, eu não quero engordar.

— Você chora muito quando tá com fome, tem certeza de que não quer?

— Tenho... — respondi chateada, mudando o canal da TV. Theo se sentou do meu lado no sofá.

— Vai me contar o que aconteceu?

Eu continuei mudando os canais, ignorando ele ao meu lado. Não queria tocar no assunto. Theo pegou o controle da minha mão à força e desligou a TV. Continuei olhando pra frente.

— Você chegou toda machucada em casa, chorando, não atendeu minhas ligações e aparece com uma roupa horrível que não foi a que eu comprei — ele falou sério.

— Eu estava atrasada para minha entrevista de emprego, não deu tempo de trocar de roupa, saí correndo pelos becos da cidade e quando atravessei uma rua, um carro me atropelou. — Theo arregalou os olhos. — Mas ele não me ajudou nem nada, só viu se tinha amassado o carro e gritou comigo.

— Você se machucou muito. — Ele pegou meu braço e me analisou. — Quer ir na delegacia?

— Eu só quero esquecer o que aconteceu...

— Para com isso, você sempre quer ignorar as coisas mais importantes, isso é preguiça ou medo?

— Eu nem lembro como o cara é, Theo! Esquece, foram só uns arranhões — Ele fez cara feia.

Na verdade, eu sabia bem como o cara era, a única coisa realmente ruim eram os óculos que me impediram de ver seus olhos.

— As testemunhas!

— Theo, para! Ele sumiu, vai ver nem é de Washington.

Ele me olhou cético.

— Isso é covardia...

— Que seja.

O telefone fixo começou a tocar e Theodore levantou para atender, ainda me olhando com cara feia. Ele colocou uma mão na cintura e a outra segurou o aparelho.

— Alô? É o Theodore... sim, nós moramos no mesmo apartamento... não, somos apenas amigos, por que você ligou? Quem tá falando? — Ele me olhou por uns milésimos de segundos. — Mona, é para você.

Me levantei desconfiada e ele me entregou o telefone, saindo em seguida.

— O-Oi?

— Lisa? Sou eu, Jay. — Dei um pequeno sorriso.

Jay e eu saíamos juntos fazia quatro meses, ele era praticamente meu namorado. Era muito sexy e bem forte, um verdadeiro gentleman que faz o tipo cavalheiro charmoso. Não chegava a ser um bad boy e muito menos um cara fofo, era um namorador muito sofisticado. Ele já tentou ter uma noite comigo, mas eu não estava tão afim.

Minhas pernas tremiam toda vez que ele falava comigo.

— Como você está? Conseguiu comprar o carro que queria? — brinquei.

— Na verdade, sim. E ele vai passar hoje à noite na sua casa te levar para jantar. — fiquei surpresa na hora.

— Oh, nossa Jay... eu não...

Às oito da noite, pode ser? — Eu fiquei calada por um tempo, olhei para trás para ver se Theo estava lá para me ajudar. Não estava. — Lisa, você está aí?

Eu precisava mesmo sair de casa um pouco.

— Estou... eu vou sim!

Perfeito! Até mais tarde, meu bem!

Ele desligou.

— Theo, vou num jantar hoje... — Não demorou muito e ele apareceu todo sorridente na sala segurando um vestido cor vinho.

 

(...)

 

— Estou indo! — Sorri para Theo, ele me ajudou a tarde inteira para o jantar, cuidamos dos machucados e ele melhorou minha cara de choro. Desci as poucas escadas do meu prédio e encontrei Jay na entrada segurando um buquê de rosas vermelhas em frente a um carro preto, uma BMW.

Eu sorri sem graça, quando cheguei perto dele, Jay segurou firmemente na minha cintura e colou seus lábios nos meus, como se não nos víssemos há meses. Confesso, seu beijo era de tirar o fôlego. Literalmente. Eu estava quase desmaiando quando ele me soltou.

— Senti sua falta — ele falou baixo.

— Amei seu carro! — Jay sorriu de canto e abriu a porta do carona.

No caminho, ele ligou o som e colocou uma música de ópera, era bem o estilo dele. Perguntou sobre minha entrevista e eu decidi ocultar o ocorrido, falei apenas que o pessoal do escritório me ligaria caso gostassem do meu currículo. Ele pareceu feliz mesmo assim. Fiquei confusa. Ele era muito otimista...

Chegamos ao tal restaurante. Para minha surpresa, era um dos melhores da cidade, tinha várias recomendações de críticos e artistas famosos, as comidas dificilmente eram repetidas e o chef dedicava tudo ao restaurante. Jay estava animado, nunca o tinha visto assim. Ele me levou para dentro e falou com o recepcionista para que ele nos acompanhasse até a mesa.

Ele puxou a cadeira para que eu me sentasse e depois se sentou, nós pegamos os respectivos cardápios. Ficamos algum tempo olhando até que Jay fez um sinal para eu pedir ao garçom que estava em pé do lado da mesa.

— Eu quero esse Spaghettiall...

All'Amatriciana... — ele completou e eu assenti.

— Vamos querer também um vinho, Chinon. — Jay falou, como se já conhecesse o cardápio todo, o qual nem demorou para escolher o prato.

— Por favor — pedi.

O garçom assentiu e saiu rapidamente. Eu analisei o local com cuidado, vagando os olhos nas pessoas e em toda a estrutura. Fiquei até com vergonha da minha roupa não estar totalmente nos padrões do lugar. Passei tanto tempo com um misto de admiração e vergonha que quando virei para frente me deparei com Jay me encarando, tomei um leve susto.

— O que está olhando? — Ri.

— Você é muito linda...

— Ah, Jay. Deixa disso.

— Por quê você sempre muda de assunto? Tem algo errado? — ele fez uma expressão preocupada.

— Não é nada, eu só estou um pouco surpresa por... — olhei ao redor. —tudo isso!

— Amor, se não estiver se sentindo confortável com meu planejamento, nós cancelamos e comemos em outro lugar.

— Não, não, não, não! Está perfeito, o que você planejou é maravilhoso. — sorri, me sentindo um pouco culpada. —

O garçom chegou com o vinho e colocou em nossas taças.

— Esperei tanto por esse momento. — Eu provei do vinho e sorri. — É francês. — Ele apontou para a taça.

— Que momento, Jay? — ignorei sua observação.

— Sabe para quê te trouxe aqui? — O cara do vinho foi embora.

— O que foi?

— Nós já somos namorados faz algum tempo, mas eu não sei se estamos tão ligados assim pela sua parte.

— Como assim?

— Você mal me liga, sempre te dou presentes, conheço seus amigos, eu te ajudo, faço surpresas e tudo mais. Você não quer ter algo sério comigo, Lisa?

Parecia que eu tinha levado um soco no estômago. Por um momento me senti muito culpada por tudo que ele tinha feito por mim, sendo um namorado perfeito, e o que eu estava sendo?

— Eu quero muito, Jay. Desculpe-me por tudo. — Ele sorriu.

— Monalisa, eu amo você, adoro passar meu tempo com você, sinto que quando a gente se viu naquela noite, foi amor à primeira vista... Esse jantar é muito especial ‘pra mim, ou melhor, ‘pra nós dois.

Tirei uma mecha de cabelo que estava no meu rosto.

— Não consigo viver sem você... — Sua mão grande e quente pegou a minha e a segurou sobre a mesa. — Eu amo você.

Eu comecei a tremer e arregalar levemente os olhos.

Jay pegou do bolso da calça uma caixinha de veludo preta e a abriu, revelando um anel com um diamante singelo e magnífico, uma originalidade super luxuosa. Eu olhei para o teto do restaurante e senti meus olhos se enchendo de água. Enfim, tornei a olhar ora para a aliança fina, ora para Jay, que estava radiante à minha frente. Então ele falou baixo, olhando profundamente em meus olhos.

Lisa, casa comigo?

 


Notas Finais


<3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...