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História Love Denied - Mais motivos.


Escrita por: Lyacaak

Capítulo 4 - Mais motivos.



Eu acordei assustada com Noah me cutucando. Me sentei, rápido, pegando o celular e olhando a hora. 
— Meu deus! Meu pai chega em 20 minutos! — Eu gritei, me levantando e empurrando Noah para a saída de meu quarto. 
—  Mas acabamos de acordar. Achei que você fosse me trazer café da manhã. — Ele disse, rindo. 
Desci as escadas, puxando-o para fora de casa. 
— Falo com você na segunda. Certo? Eu nunca vejo meu pai. — Falei, nervosa. — Preciso que seja perfeito. 
Fechei a porta na cara de Noah e subi, tomando um banho e colocando uma roupa mais confortável que o vestido que havia usado na noite anterior. Terminei de arrumar algumas coisas que Erick tinha me pedido para fazer e fui até a cozinha, pegando um suco na geladeira e me sentando na cadeira, tomando-o. Assim que me sentei, ouvi a porta abrir e sorri. Era ele. Papai estava em casa de novo. Me levantei, correndo até a porta da frente e vendo meu pai parado, sorrindo. Pulei em seu colo e o abracei com força. 
— Eu senti tanto sua falta. — Eu disse, tentando segurar uma coisa parecida com lágrima que tentava sair de meus olhos.
— Eu também, pequena. Eu também. — Ele disse, abrindo um sorriso. 
                                      ...
Aquele dia tinha sido ótimo. Meu pai me fez contar tudo o que estava acontecendo comigo desde que eu havia ido morar em Denver. Contei sobre meus novos amigos, sobre o teatro, sobre Noah. Quando lhe contei sobre ter saído com Noah na noite anterior, meu pai parou e me olhou sério. Eu o olhei confusa, então perguntei:
— O que foi?
— Não acha que está indo rápido demais? — Ele me perguntou suavemente. 
Eu não sabia o que falar. Ele estava certo. Eu tinha saído com o cara duas vezes, e em uma delas ele simplesmente foi embora e nem se importou em se desculpar por isso. E depois, ele me levou para tomar café da manhã na janta! Era para eu achar fofo? Ou porque ele simplesmente não se importava em onde comeria comigo? Eu odiava me importar com isso. Mas parecia que tudo que estava relacionado a ele era um completo mistério. Eu só o "conhecia" mesmo por uma semana e já estava fazendo planos em minha cabeça, e até falando para meu pai sobre ele.
— Ele era tão...
— Eles sempre são tão... — Erick disse, tentando imitar o meu tom de voz e riu. — Por que não vamos ao park? Assim Anna esquece esse amorzinho novo dela. 
Revirei os olhos. Eu amava meu irmão, mas ele conseguia ser bem chato quando queria! Eu não tinha nenhum amorzinho novo. Ele só era... Legal(?)
Depois de irmos ao park e meu pai te feito eu comer dois hotdogs, fomos para casa e ficamos vendo tv até tarde. Me lembro de ter dormido no colo de meu pai, e ele, encostado ao ombro de Erick. No dia seguinte, ele precisava ir embora, e eu já sentia a dor em ter que vê-lo partir novamente. Concordei em não ir até o aeroporto na outra cidade porque eu sempre chorava muito e isso partia o coração dois dois - tanto de Erick, quanto o de papai. 
Naquele domingo, só fiquei em casa, pensando em como tudo era. Eu queria que meu pai estivesse sempre presente, mas ao invés disso, ele era o menos presente em minha vida. Eu o amava tanto, não ter ele perto de mim me machucava. Quando eu havia começado a rever mais um episódio de How I Met Your Mother, Noah me ligou. Hesitei em atender, afinal, eu não queria falar com ele, certo?
— O que você quer? —Perguntei, séria.
— Conversar. Por que está grossa, Anna Banana? — Ele disse e eu pude ouvir seu riso baixo do outro lado da linha.
— Não quero conversar. — Eu disse, desligando o telefone. 
Ele me ligou novamente. 
— Engraçadinha. Seu pai já foi embora? Vou aí. 
— Não, Noah, eu não quero que você venh... — Antes que eu terminasse de falar ele já havia desligado o telefone. 
Não demorou nem vinte minutos e Noah já estava batendo em minha porta. Eu abri, revirando os olhos e vendo ele entrar sem ser convidado. Ele andou até a sala, se tacando no sofá. 
— Meu deus, você vê essa série horrível. — Ele disse, pegando o controle para mudar de canal. 
— Qual é a droga do seu problema? — Perguntei, tirando o controle da mão dele. Noah sorriu. 
— Você vai se apaixonar por mim. — Ele disse, olhando e meus olhos e sorrindo. 
Eu nunca disse isso, mas... Seu sorriso sempre foi meu favorito, Noah. A cada sorriso que você me dava, era uma borboleta diferente que aparecia em meu estômago. Eu odiava isso. Ainda odeio. Esse efeito que você sempre teve sobre mim. Eu realmente odiava isso. 
— Eu? Me apaixonar por você? Você tá louco? O que você fumou antes de vir para cá? — Perguntei, soltando um riso um tanto nervoso, com uma voz sarcástica. 
— Você vai. E tem medo disso, porque sabe que combinamos. Sabe que isso poderia dar certo. — Ele disse, se levantando e se aproximando de mim. 
Senti meu coração acelerar e então fechei os olhos. Pensei que talvez se não olhasse para ele eu não me sentiria daquele jeito. Eu estava errada. Quando fechei os olhos, senti Noah me puxar e colar meu corpo no dele. Foi como se eu estivesse levando um choque - mas um choque bom, muito bom. Respirei fundo e então ele sussurrou:
— Abra seus olhos, Anna. 
Quando abri meu olhos, ele me beijou. Não foi tão calmo como da última vez, era algo intenso, mas cuidadoso - Era como se ele quisesse me beijar realmente mas estivesse com medo de estar me forçando a fazer o mesmo. Mas é claro que eu retribuiria o beijo. -, algo que mostrava a necessidade que ele tinha de colar nossos lábios. Parecia que todas as borboletas que estavam em meu estômago, naquele momento, estivessem saltando pela minha boca, e então voltando a cada vez que Noah voltava a me beijar. Quando ouvi um barulho na porta, me afastei, sentando no sofá, puxando Noah junto. Nos viramos para a tv enquanto Erick entrava na sala. 
— Annie, eu... Wow, quem é esse? 
— Noah. Amigo do colégio. — Ele levantou, apertando a mão de Erick e sorrindo. 
— E teatro. — Eu disse. 
— E teatro. — Ele repetiu. 
Erick assentiu, depois de olhar Noah da cabeça aos pés. 
— Certo. Preciso terminar uma coisa do trabalho. — Ele disse, se virando para mim. — Estou no meu quarto. Com a porta aberta. — Ele disse, olhando Noah. — Eu consigo ouvir tudo. 
— Tá, Rick. — Eu disse, revirando os olhos. 
Erick subiu e foi para o quarto. E eu continuei sentada, olhando para o chão, pensando no que tinha acabado de acontecer. Ele estava certo. Eu iria me apaixonar por ele. Mas eu não queria me apaixonar por ele. 
— Você precisa ir embora. — Falei. 
— Nem pensar! Acabei de chegar. Vamos ver a série ruim. — Ele disse, se sentando e despausando How I Met Your Mother, vendo o episódio como se nada tivesse acontecido. 
Respirei fundo e continuei sentada. Me virei e olhei para a tv, vendo junto com Noah. Não me lembro bem como tudo aconteceu nesse dia, mas me lembro de acordar deitada no ombro de Noah, ainda sentada no sofá. Ele estava vendo a série, ainda. 
— Como pode dormir com essa série? — Ele perguntou, sem tirar os olhos da tela. — Não sabia que era tão boa. 
Ótimo. Não eram só as uvas. Mais uma coisa em comum. Droga. 

Hoje, eu digo:

Eu nunca entendi bem o por que  de eu gostar tanto de você, ou de ter começado a gostar tanto de você. Você não era bom com piadas, mas eu sempre ria sinceramente delas. Você não tinha o melhor gosto musical, mas mesmo assim eu gostava de suas músicas favoritas. Seu perfume era totalmente enjoativo e forte, e mesmo assim, eu amava sentir ele quando você se aproximava. Eu realmente nunca entendi, Noah, como você conseguia transformar coisas ruins em coisas maravilhosamente boas. Até para escrever sobre você, hoje em dia, é difícil. Eu simplesmente não sei o que dizer. Você tinha milhares de defeitos, mas eu só conseguia ver suas milhões de qualidades. Eu só conseguia enxergar o quão bem a nossa quase relação nos fazia, mesmo que na maior parte do tempo ela só nos fizesse mal. Eu acordava todos os dias pensando em como seria meu dia ao seu lado. Eu só queria  estar ao seu lado. Eu só  queria poder te ligar dizendo que não estava aguentando, porque eu sabia que você viria para cuidar de mim. Seu abraço era o melhor, seu beijo era o melhor. Sua voz rouca acordar, seu sorriso ao me dizer bom dia ou até mesmo a tristeza em seu olhar ao ter que me dizer tchau... Tudo isso. Tudo isso sempre foi o melhor para mim. Sabe por quê? Porque você era o meu melhor. Porque escrever para você, cantar para você, pintar para você, atuar com você, tudo isso me deixava completamente bem. Qualquer coisa que envolvesse você sempre me deixou bem. E agora... Por que tem que ser tão difícil? Por que eu não posso simplesmente apagar tudo sem ter que sofrer por algo que não foi, que não era para ser? E se fosse para ser? Como raios eu sei se é para ser ou não? 



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