História Love Exhausting - First Date

Na manhã seguinte Lydia acordou com as batidas na porta de sua casa. Desceu ainda sonolenta, mas na hora que abriu a porta todo sono e preguiça foram embora.

-Stiles, o que faz aqui essa hora?-Lydia sussurrava enquanto puxava o homem para casa e fechava a porta com cuidado para não fazer barulho.

-Vim ver como estava, e saber se...-Stiles foi cortado por Lydia. A ruiva havia ouvido barulho de passos vindo para perto.

-Não, a Allison não dormiu aqui, Stiles... -Lydia mentia, porém Stiles não havia entendido o porquê.

-Sua mãe está aqui?-O moreno de pintinhas sussurrou.

-Lydia, está tudo bem?-A voz sonolenta de Liam soava pela casa, ele estava parado, esfregando as mãos nos olhos para enxergar melhor, na frente do casal.

-Sim, esse é o Stiles, se lembra dele? –Lydia apresenta os dois. Liam concordou com a cabeça. –Ele veio saber se a Allison dormiu aqui, acho que ela ficou aqui até tarde que você já estava dormindo... -Lydia inventava.

-É, eu sou lerdo e devo não ter a visto.

-Tudo bem. Voltarei para o sótão, qualquer coisa... É, eu vou voltar. -Ele se atrapalhava com as palavras. Depois de segundos saiu do campo de visão dos dois. Stiles imediatamente lhe lançou um olhar de desentendido.

-Ele não tinha onde dormir... O convidei para ficar aqui por um tempo. –Lydia meio que sussurrava, parecia que nem ela acreditava no que falava.

-Ok, então hoje tem jogo dos Mets, e eu consegui ingressos, para dois, se você quiser, mas se não... –Assim como Liam, Stiles também se atrapalhou com as palavras, o que fez Lydia dar uma risada.

-Você nunca fez isso, fez?-Ele negou com a cabeça. –Olha você me manda o horário do jogo que eu me arrumo, e mando você vir me buscar, ok?

-Está bem, o que irá fazer com o seu... Liam?-Ele se precipitava.

-Eu dou um jeito. Agora vai embora que são nove horas da manhã. –Ela abria a porta para ele e o mesmo ia para fora.

-Você que sabe... Brincadeira, depois te mando o horário. –Ele deu um selinho rápido na ruiva e saiu.

Lydia foi para cozinha e preparou o café. Depois de alguns minutos sentou no sofá e ligou a tv, estava passando algum desenho. Ela nem estava prestando atenção, estava pensando o que faria com o menino que estava morando no sótão de sua casa, foi quando teve uma ideia.

LIGAÇÃO ON

-Jackson, oi. Você vai estar ocupado essa tarde? –Ela perguntava esperançosa.

-Não, o que quer?-Jackson já sabia, conhecia a amiga bem de mais.

-Eu vou sair com você sabe quem, e queria que você ficasse com o Liam...

-Tenho cara de babá?-Ele zombava.

-Não, Jacks. Quero que o leve para ver a cidade, conhecer a escola, shopping, qualquer coisa. -Ela implorava.

-Tudo bem, só dessa vez, Sunshine...

-Você sempre faz coisas por mim, você me ama.

-É, não se ache. –Jackson ria. –Me passa o horário que tenho que ir ai, e eu faço meu trabalho. Beijos, amo você.

-Amo você também, beijos.

LIGAÇÃO OFF

Era 16:30, e Lydia estava se arrumando. Como era um jogo de baseball, não quis exagerar, colocou uma calça jeans, uma blusa azul, e salto simples preto. Passou pouca maquiagem e deixou o cabelo solto.

-Então você não vai com a gente?-Liam perguntava sentado no sofá.

-Não, eu vou ir com uma amiga num lugar, volto tarde provavelmente. –Ela mentia. -Não gostou do Jackson?

-Gostei, só acho que ele não precisa fazer isso sabe?

-Não, relaxa, ele se convidou. Você vai adorar. –Ela sorria sinceramente para o loiro. Ela havia gostado dele, mesmo tentando lutar contra isso dentro de si.

Ouviu as batidas na porta e logo se apressou. Abriu a porta e encontrou seu amigo do lado de fora.

-Oi Jackson. Espera aí, Liam, vem para cá. -Ela gritava. –Tente o manter ocupado até umas oito horas está bem? –Ela sussurrou.

-Sabe, eu deveria começar a cobrar você pelos seus favores...   –Ele sussurrava de volta. Assim que viu Liam, sorriu de leve.  –Oi cara, está pronto para conhecer a maravilhosa cidade Beacon Hills? –Ele zombava.

-Acho que sim, talvez seja melhor do que quando eu conheci Dallas, no Texas, acredite em mim, aquele pessoal não é calmo... –Ele fazia uma careta.

Lydia deu uma risada escondida, mas sorriu para o meio-irmão.

-Estamos indo, tchau Lyds. –Jackson deu um beijo na bochecha da amiga e entrou no seu carro junto com o loiro.

Assim que o carro de Jackson sumiu da vista da menina, Stiles com o seu carro apareceu logo em seguida. A ruiva trancou sua casa e foi em direção a ele.

-Oi Stiles... Uau, você é realmente fã dos Mets. –Lydia se assustava enquanto entrava no carro. O moreno de pintinhas estava com a camisa do time, e o chapéu.

-Claro, eles são o amor da minha vida. –Ele falava sincero.  –E você também gosta...

-O que?

-Sua blusa azul, não tem o símbolo, mas totalmente bom... –Ele falava feliz enquanto dirigia.

-Oun querido, eu gosto de azul, nem sabia que a cor dele era essa... –Ela ria, já ele fazia uma cara triste. -Mas você fica todo fofo quando fala deles! –Ela chegava perto dele e lhe dava um selinho.

O resto da viagem foi de risada e conversas diversas. Ambos estavam gostando daquilo, de terem um tempo para relação deles, seja lá o que era.

-Isso não é bom? –Lydia dizia quando os dois andavam de mãos para dentro do estádio.

-O que?-Stiles perguntava olhando nos olhos da garota que transmitiam felicidade e desejo.

-Nós, podendo andar de mãos dadas sem ninguém para impedir.

-Isso é... Bem, normal sabe... -Ele brincava. Lydia lhe deu um fraco soco no ombro. Ele a puxou pela cintura e lhe deu um beijo, um beijo quente e gostoso, se misturou com o sabor de menta da bala que Stiles chupava no carro. –Acho isso bom, muito bom. –Ele deu um selinho demorado na ruiva, que sorria logo após.

-Eu vou pegar refrigerante, quer alguma coisa? –Stiles falava enquanto caminhava para lanchonete.

-Chocolate, com castanhas! Vou ao banheiro. –Ela se despedia dele.

-Como quiser... –Ele chegou para a mulher do caixa e sorriu delicadamente. –Oi, eu vou querer um refrigerante e dois...

-Stiles! Esqueci totalmente que você gostava dos Mets. –Chris falava indo em direção ao moreno, que começou a suar frio, ficou apavorado em saber que o pai da sua sobrinha estava ali, e vai que ele estava acompanhado.

-Ei Chris, é, eu sou fã dos Mets. O que está fazendo aqui? Quero dizer, veio com alguém? –Ele se precipitava. Olhou de relance para o banheiro e viu Lydia saindo de lá, ela o encarou, mas ele fez uma rápida negação com a cabeça e a ruiva logo entendeu e se escondeu atrás da porta do banheiro.

-Victoria já está nos acentos, você podia sentar com a gente.

-É... Eu já tenho lugares... Quero dizer lugar, UM lugar, só eu. –Ele falava nervoso, mas pelo seu Santo bom, Chris não achou nada estranho, afinal conhecia Stiles por muito tempo, sabia que às vezes tinha um parafuso a menos.

-Então a gente se vê por aí. –Chris se despedia e ia para o seu acento.

Lydia viu que o pai de sua melhor amiga já estava longe, então foi até seu parceiro.

-O QUE ELE ESTÁ FAZENDO AQUI, STILES? –Lydia sussurrava, mas ainda era grossa sua voz.

-Aparentemente ele gosta de baseball...

-Não brinque agora, o que vamos fazer?

-Calma Lyd, é sentarmos longe deles, é um grande estádio. –Stiles a acalmava.

-Tudo bem, vamos logo. –Ela o puxava.

-Stiles! –Uma voz masculina o chamava. Ambos gelaram em suas posições.

-Deaton? Oi, como vai você? –Stiles respondia animado, por um segundo esqueceu que estava ali com Lydia. –Desculpe, essa é Lydia.

-Oi! Prazer.

-Prazer. –Ele sorria e estendia sua mão para a ruiva. – Estou bem, já pensou na minha proposta? Sabe que você quer!

-Que proposta? –Lydia perguntava curiosa.

-Deaton é o dono do Hospital. Ele... Ele me chamou para trabalhar lá, como chefe dos cardiologistas. Desculpe, ainda não pensei amigo.

-Tome o tempo que precisar. Bom, já vou indo, bom jogo para vocês. –Deaton se despedia. Lydia esperou um pouco para dizer algo, mas quando ele sumiu o suficiente ela não esperou mais.

-Chefe dos Cardiologistas? Stiles, isso é demais! –A ruiva dizia calma.

-Eu sei, mas sei lá.

-O que foi? Você deveria começar a trabalhar lá.

-Mas eu não moro aqui.

-Você mora, só tem que trazer o resto das suas coisas. Porque tenho certeza que já se demitiu do trabalho.

-Eu só estou aqui por causa da...

-Da sua irmã? Sério Stiles? –Lydia falava magoada por ele não perceber. –Não quer ficar aqui depois? Não tem motivo então?

-Isso não é verdade... Mas podemos deixar isso para depois? O jogo vai começar. –Ele fazia uma cara fofa.

-Ok, onde são nossos acentos? –Lydia perguntava andando para a direção dos acentos. Depois ela brigava com ele, não hoje, não no primeiro encontro.

-24 e 25 C. Vai para a direita. –Stiles disse.

Lydia andou durante 5 minutos até chegar à fileira do seu acento, onde não aceitou bem.

-O que foi? –Stiles perguntou inocente.

-Stiles, como você pode comprar os acentos atrás dos Argent’s?? –Lydia praticamente choramingava.

Stiles parou de encarar a ruiva e encarou o casal, contou os acentos e Lydia estava certa. O universo conspirava contra eles, ou apenas seu azar de sempre estava presente ali.

-Podemos achar outro lugar... –Ele tentava acalma-la.

-É?

-É. Claro.

Lydia e Stiles começaram a andar na direção oposta do casal, mas infelizmente seu azar estava forte naquele dia.

-Stiles! –Victoria gritou enquanto caminhava até eles. Lydia ficou meio que escondida atrás da entrada.

Stiles não sabia o que fazer, ele congelou, suas pernas travaram.

-O que eu faço? –Ele sussurrou.

-Pare de olhar para mim. Vai até ela, vai agora, se não era virá aqui e me vera. –A frase da ruiva deixou o moreno confuso. –Vá!

-Mas eles vão me chamar para ficar lá...

-Eu sei... –Lydia falava triste por seu encontro não dar certo. –Mas é melhor você ir. Vá!

Stiles ainda não concordava, mas foi, sabia como ela era teimosa e não gostava de brigar com ela.

-Vic, oi. –Stiles dizia.

-Chris me contou que te viu, porque não sentar com a gente? –A irmão do moreno dizia animada. Fazia tempo que não via ela assim.

-Claro. –Ele rendia. Ele deu uma ultima olhada para Lydia, que sorriu fraco.

O jogo havia acabado. Stiles estava se despedindo do casal. Queria procurar Lydia, não via ela nenhuma hora.

-Não precisa de carona então? –Chris confirmava.

-Não, estou com o meu carro.

-Ok. Nos vemos em casa. Tchau. –Ambos diziam.

Stiles sorriu, e viu o carro deles indo para a estrada. Não esperou muito para começar a procurar Lydia, queria se desculpar, dizer que se arrepende profundamente. Ele a encontrou, sentada num banco perto do estacionamento.

-Lydia! Eu sinto muito!

-Oi Stiles, tudo bem... –Ela falava baixo.

-Não está tudo bem, não conseguimos nosso encontro.

-Logico que não está bem Stiles! Eu não posso te beijar te abraçar, segurar sua mão, e olha, eu quero te beijar! Eu pensei que aguentaria, mas não aguento. Eu acho melhor..

-Acha melhor parar? –Ele terminava a frase da ruiva, a mesma olhou triste. –Tudo bem!

Lydia sentou novamente no banco e enfiou seu rosto nas mãos. Stiles a encarou. Teve um flashback de tudo que viveu com ela até agora. Percebeu que achava que não tinha mais chance com mulher alguma após Malia, achava que estava perdido, achava que iria enlouquecer. Que seria um velho solteiro e rabugento, mas apareceu Lydia. Como um sol em sua vida, ele estava feliz como não esteve por anos. Ela havia transformado ele totalmente, num lado bom. E ele estava prestes a perder a mulher que mudou sua vida, que trouxe felicidade e amor de volta para ele, ele estava prestes a perder sua âncora. Lydia era âncora de Stiles.

-Quer saber? Não está tudo bem. Não vou deixar você me deixar! Você... Você quer contaram para todo mundo? Vamos, vamos agora, eu faço tudo isso que quiser Lydia, porque não acho que sobreviveria um dia sequer sem sua voz, sem seu toque, sem seu beijo... Sem você, porque você se tornou essencial para mim.

Lydia ficou boquiaberta. Nunca pensou que ouviria isso do Stiles, não tão cedo. Todo barulho que estava ao redor dos dois sumiu, Lydia olhava para frente, mas só via Stiles, o homem que tirava seu sono, homem que a fazia chorar, o homem que tinha a melhor risada, o homem que ela estaria apaixonada.

-Você quer contar para eles? –Ela sussurrou baixo demais. Estava desacreditada ainda

-O que está dizendo? Quer contar para eles?

-Não, não ainda... Eu posso te abraçar agora, mas não posso deixar alguém ver isso, sabe o que isso faz de você? –Ela ainda dava sermão, mas agora num tom irônico, queria acabar logo com isso e se deitar com o moreno.

-Seu namorado? –Ele arriscava.

-Um fugitivo judeu da Segunda Guerra Mundial. Estou namorando Liesel Meminger!-Ela gritava, mas Stiles só conseguia rir. –Ora, não ri. Não sei o que nós somos, e eu não sei nada sobre você nem você sobre mim. –Por mais que ela quisesse parar de brigar, ela precisava contar o que estava sentindo, não sabia nada sobre ele e isso estava a matando.

Ele achou fofa a preocupação da ruiva, como ela se importava com a relação deles. Stiles chegou perto dela e segurou sua cintura.

-Olha, até agora sei que quer fazer medicina, que não gosta de dormir com porta destrancada, que sua cor favorita é azul, e que ama chocolate com castanhas... –Ele disse, e ela deu uma risada. –Ainda vou ter tempo de te conhecer melhor, mas eu estou bem sabendo apenas isso.

-Está? –Ela repetia segurando a mão do moreno.

-Totalmente, mas só mais uma coisa, por que não dorme com a porta destrancada?-Ele perguntava, e logo viu o rosto da ruiva ficar tenso. –Tudo bem, não precisa contar.

-Não, tudo bem. É que quando eu era criança, deveria ter 10 ou 11 anos, um homem entrou na minha casa...

-Um ladrão?

-Não, um psicopata, um sequestrador. Eu o ouvi quebrando a janela de baixo, e logo peguei o telefone. Disquei para emergência e disse que um cara invadiu minha casa, e desliguei, porque vi que ele estava chegando. Entrei no banheiro e me escondi embaixo da estante, afinal eu era pequena, mas não deu certo. Ele me pegou. Eu fiquei com ele no sótão por uma hora até que a policia conseguiu entrar. Minha mãe estava nas viagens de trabalho, depois do ocorrido ela ficou sem viajar por 5 meses.

-Por isso não me deixou esconder no banheiro aquele dia... Lydia, eu sinto muito eu não sabia. –Ele a abraçava.

-Tudo bem, já passou, e agora eu tenho você. –Ela se aconchegava no peito do moreno. E ele retribuiu beijando sua testa

-Gostou do jogo? –Stiles mudava de assunto. A fazendo levantar.

-É, os Mets são bons, e tem um jogador bem bonito...

-Wow, calma ai bonitinha.

-Está com ciúmes de um jogador? –Ela ria.

-Não, sei que sou melhor.

-Melhor no que?

-Nisso. –Ele a puxou para um beijo, segurou seu pescoço docemente, e ela segurou o rosto dele. Um beijo feroz e quente. Estavam inspirados. No final do beijo, Lydia mordeu o lábio do garoto, o fazendo levitar.

-Eu também sou boa, querido. –Ela sussurrava.

-Deus, amo você, você é incrível... –Ele ainda de olhos fechados, disse sem pensar, mas Lydia ouviu bem, logo arregalou os olhos e encarou.

-O que você disse? –Lydia perguntou desacreditada. Só depois da fala dela, Stiles percebeu o que havia dito.

-Eu disse que você é incrível e depois parei de falar. –Ele se atrapalhava.

-Não, você disse “amo você”...

-Disse?

-Sim, você disse.

-Bem, foi sem pensar sabe? Bobeira.

-Stiles! –Ela gritou. –Você disse “amo você”.

-Talvez...

-“Amo você”... Stiles, esse foi o pior encontro. –Ela dizia animada, o que fez uma curiosidade percorrer o corpo do moreno.

-Ouch, obrigado pela sinceridade.

-E você disse que me ama nele?

-Se você quiser eu nego e esquecemos isso. –Ele propunha.

-Não... Não, eu não quero esquecer. –Ela entrelaçava a mão do moreno na dela. –Só achei que eu seria a primeira a dizer isso.

-Podemos esquecer e você diz. –Ele brincava. –E esquecemos esse encontro e fazemos outro primeiro encontro...

-Stiles, esse foi o melhor pior encontro, eu repetiria isso tudo outra vez. -Ela falava colando a testa dela na dele.

-Por que faria isso? –Ele disse ainda com as testas grudadas.

-Porque eu amo você.