História Love Exhausting - Extraordinary Together

Ao final da leitura as lagrimas inundavam o rosto pálido da jovem, não sabia o que fazer, queria apenas alguém para abraça-la, e por algum motivo essa pessoa sabia disso também.

-Ei, está tudo bem... –Allison aparece na porta, ela senta ao lado da garota e a encara. –Não vou perguntar o que está escrito e nem se foi isso que causou essas lagrimas...

-Allison... –Lydia diz fraca.                           

- Eu só vou... –A morena nem termina sua fraca e logo abraça a melhor amiga, aperta forte, como se proibisse Lydia de sair ou recuar, não demorou a que Lydia a apertasse de volta, se encaixando no ombro da Allison, da sua melhor amiga, da sua irmã de laços criados na infância. Allison era sem duvidas a pessoa mais importante para Lydia, e isso a deixa a beira do precipício. Fazendo a se culpar eternamente pelo seu relacionamento com o tio da amiga.

                                                                  [...]

No dia seguinte, Lydia acordou com Liam levando um copo d’agua e dois remédios.

-O que é isso? –Ela pergunta sentando na cama e dando espaço para o loiro sentar também.

-Seus remédios para dor. Mesmo já recebendo alta, os médicos disseram que ainda sentiria cansaço, dor da cirurgia. –Ele responde entregando para ela.

-Obrigada. –Ela diz. Depois de engolir os remédios com a ajuda da água, fala novamente com o irmão. –Liam, você pode me levar ao hospital? Para tirar o gesso?

-Já quer ir? –Liam pergunta curioso.- São onze da manhã ainda.

-Quanto antes melhor! –Ela diz sincera, aquele gesso estava incomodando não só sua locomoção, mas como uma coceira insuportável. –Por favorzinho.

-Vamos Martin. –Ele diz se levantando da cama e só depois percebendo a ironia em sua voz. –Eu tenho que te ajudar a vestir sua roupa não é?                                                                                      

-Abra meu armário, e pegue o vestido verde-água. –Lydia comanda rindo pelo medo do irmão mais novo.

Depois de muito esforço, Lydia e Liam chegam ao hospital. A ruiva estava dentro de uma sala de atendimento já fazia meia-hora, enquanto o loiro aguardava na sala de espera. No entanto, Lydia já havia retirado seu gesso e tido uma boa conversa com a doutora, ela estava sozinha naquela sala com cheiro de remédios, ou pelo menos estava.

-Lydia? O que está fazendo aqui? Machucou-se de novo?-Stiles pergunta entrando na sala em que a jovem se encontrava. -Me biparam nessa sala, o que houve? –Ele diz ofegante, pelo jeito estava correndo há pouco tempo.

-Estou bem, não aconteceu nada. Eu vim aqui hoje para tirar o gesso. –A ruiva explica calmamente, esperando o moreno recuperar o folego. –Mas eu que te bipei, eu queria falar com você.

-Oh, tudo bem, o que quer falar? –Ele diz se apoiando numa parede perto da porta.

-Eu recebi seus cartões ontem apenas... E eu já os li... –Lydia sabia que seria impossível segurar as lagrimas ao dizer tudo aquilo. –Stiles, você me machucou tanto, e eu nunca gostei de alguém como gosto de você, e por isso fiquei destruída. Mas não foi você que me destruiu, eu sei que você estava com aquela mulher um dia após nós terminarmos, mas você estava vulneral, e eu certamente não posso julgar alguém nesse estado. Mas o que estou dizendo é que, Stiles você não me destruiu, nem um pouco, nem sequer uma unha do dedo mínimo, foi você que me reconstruiu de volta, você que me colocou no lugar. E eu sei que valerá a pena ficar com você, confiar em você, esperar por você, por eu acho que nós podemos ser extraordinários juntos. –Ela limpa as lagrimas e continua. –Stiles, eu acredito que quando eu fiquei ‘morta’ depois do acidente, eu me senti completamente incompleta por não dizer o que sinto a você, e que eu não poderia ir embora sem dizer que eu amo você, e que acredito que nós teríamos uma maravilhosa vida juntos, sendo dois incríveis cirurgiões, porque...Porque nós somos destinados, se lembra?

Stiles, sem dizer um pio até agora, não aguentou ao ver a mulher que amava declarar seu amor por ele e chorar por o mesmo ter sido um completo idiota. Não pensou duas vezes, e ao final da frase da ruiva, foi correndo até ela, onde selou um beijo de saudade, carinho, amor, e perdão. Lydia, pega de surpresa, mas não por muito tempo, envolveu suas mãos no rosto do homem, enquanto as deles pousaram no pescoço e cabelo da jovem, tornando aqui mais perfeito do já estava exposto. Após a falta de oxigênio se fazer presente, separaram seus lábios e mantêm suas testas coladas.

-Desculpe por fazer você esperar tanto... –Stiles diz num sussurro.

-Valeu a pena esperar... –Lydia devolve no mesmo tom. Sua resposta acaba gerando um sorriso no lábio de ambos. –Eu tenho que ir, Liam está me esperando.

-Tudo bem. –Ele cede e depois deposita um beijo na testa da amada. Lydia sorri e caminha até a porta. –Espera. –Lydia se vira para ver o que lhe aguardava. –Eu amo você, e eu não vou parar de amar você nunca. E eu não quero viver sem você.  Eu não consigo viver sem você.

-Eu consigo. Mas não quero. Eu nunca vou querer. –A ruiva diz sincera. –Olha, não vai ser fácil pra mim voltar exatamente com era antes, então se nós...

-Fossemos devagar. –Stiles termina a frase. –Eu gosto de devagar. –Stiles da um beijo na testa da ruiva e a mesma some da sala.

Lydia aparece sorrindo bobo na sala de espera, ainda com dificuldade andar, a ruiva mancava, o que fez Liam levantar rapidamente para ajuda-la.

-Você parece uma babá. –Lydia brinca.

-E você quase uma aleijada. –O loiro retruca. –Tem certeza que já estava na hora de tirar o gesso?

-Eu estou bem, Liam. Vamos para casa agora, que estou com fome.

O meio-irmão assente, ainda achando errada aquela decisão. Ao chegaram à casa, a mãe de Lydia já havia feito o almoço, almoçaram como uma família. O dia acaba e ambos têm uma boa noite de sono, depois de tanto tempo.

No fim da tarde de segunda feira  Lydia estava deitada, mexendo na tv e copiando a matéria que havia perdido durante a semana no hospital e estudando sobre a matéria que havia aprendido naquele mesmo dia. Estava focada, quando um barulho na janela chama sua atenção. Ela levanta com desdém e vai até a mesma. Quando a cara de Stiles aparece atrás do vidro, ela se assusta, dando um pequeno grito.

-Stiles, que porra está fazendo aqui? –Ela gritava baixo enquanto abria a janela da varanda.

-Fale baixo. –Ele responde entrando no quarto da menina. Depois de se acomodar no cômodo branco com detalhes azuis, ele fica vidrado, nunca havia visto o quarto da menina com atenção. Olhava o guardava roupa transparente grande, contendo centenas de roupa. Olhava também seu cantinho de estudos, contendo vários livros e enormes marca textos pregados na parede. Não pode deixar de notar um quadro de fotos, de longe viu milhares de fotos da ruiva com a sua sobrinha.

-Stiles? –Lydia o chama, tirando de seus pensamentos. O moreno lhe encara. –O que está fazendo aqui?

-Ah, eu vim te ver. Eu sei que concordamos em ir devagar, mas porra, Lydia eu estou morrendo de saudades de você, do seu cheiro, dos seus olhos me olhando de manhã, do seu toque, do seu beijo, de simplesmente de ter sua presença. –Stiles disse segurando as mãos da menina.

-Stiles, minha mãe está em casa. –Ela disse sentando na cama.

-Não vamos fazer barulho, só quero ficar deitado com você, me conte como foi seu primeiro dia de volta na escola, como você se sentiu, como está se sentindo. Caralho, eu quero saber o que está pensando agora, quando acordou, tudo. –Stiles respondeu sentando ao seu lado.

-O que estou pensando agora é que você é maluco pra caralho e que se eu não gostasse tanto de você, eu te mandaria embora. –Lydia disse se envolvendo no corpo do homem, com sua cabeça no meio do pescoço do mesmo.

-Então não vai pedir para eu ir embora?

-Nunca faria isso. Estou com saudades. –Lydia disse antes de se encostar-se à cabeceira da cama e fazer um sinal para que o moreno viesse também.

-Espera, vou trancar a porta. –Ele se levanta rápido e gira a chave da porta, os trancando ali. Stiles vai devagar e deita ao lado da menina. Ela se encaixa perfeitamente no peito dele. –O que vai me contar?

-Nada, vamos só... Ficar juntos. –Lydia dizia entrelaçando seus dedos nos deles.

-Hoje chegou ao trauma, uma menina da sua idade, tinha cabelos louros, quase chegados ao ruivo, ela estava tão em choque que começou a contar a vida dela para mim. O sonho dela era ser medica, disse que até agora único apoio que recebeu foi de sua avó, que incentiva todo dia a não desistir por má influencia de seus pais e amigos...

-Por que está me contando isso? –A menina pergunta num sussurro.

-Porque eu falei para essa garota que ela deveria seguir o que ela quer, mesmo tendo nenhum suporte, o que ela quer é o que importa. –Ele responde beijando de leve as mãos da menina. –Lydia, você vai para Boston...

-Eu vou para Boston, já conversamos sobre isso. –Lydia hesitava, tentando sair do assunto que causou o termino.

-Lydia, por favor, cala a boca e deixe-me terminar. –Ele pede sinceramente, a ruiva sorri fraco e assente. –Você vai para Boston e será uma incrível estudante de medicina. E eu irei te apoiar, e se quiser eu irei com você.

-Stiles, eu quero que vá comigo, que fique comigo no apartamento e tudo que possa imaginar. –Lydia senta ficando na frente dele. –Mas quando eu me formar, será um novo capitulo da minha vida. Não quero um romance escondido, ou ter que mentir mais para Allison, ela é minha melhor amiga, e eu sei que vai magoa-la isso, porém vai machucar mais se demorar. Então ou você vai comigo com todos sabendo ou cada um segue seu caminho, você aqui com alguma outra mulher, porque eu não vou mais viver na casa da Allison ou será só você dirigir 20 minutos para chegar à minha janela.

-Eu vou com você, eu vou contar, só preciso de tempo, para planejar. –Stiles da um beijo na testa da menina e eles voltam a deitar na cama.

Ficaram ali, apenas com a presença um do outro por minutos. Até que a menina caísse no sono e ele a deixasse, partindo pela janela.