História Love Exhausting - Confusion in my mind

POV. Stiles.

Eu estava voltando para casa, meus pensamentos estavam bagunçados pelo acontecimento recente.

-Como você fez isso, Stiles?-Sussurrava para si mesmo enquanto virava a rua a esquerda.-Ela é amiga da sua sobrinha, praticamente da sua família, ai meu Deus! Droga!-Eu soco o volante com a mão direita fechada. Depois paro o carro.-Ai!
Apertei a mão que ficou vermelha no mesmo instante que eu a bati no carro.
Minha casa ficava alguns metros à frente, mas eu não conseguiria ir para lá agora, não, de jeito nenhum. 

-Deve ter alguma pousada por aqui...-Eu disse dando ré no carro e  indo devagar a procurar de uma pousada para dormir apenas hoje. 
Depois de alguns minutos, eu canso de procurar, e estaciono o carro em alguma rua.-Vai ser aqui mesmo. -Desci o banco para ficar confortável, mas quando fecho meus olhos, meus pensamentos não me deixam em paz, ainda mais eu estando aqui. 

Acordo com o barulho da buzina gritando nos meus ouvidos.
Me levando desesperado tentando ver de onde vinha. Quando olho para meu lado esquerdo, era um carro querendo sair da garagem.

-Me desculpe!-Eu ligo o carro, e acelero bem pouco para sair da frente.

Pego meu celular para olhar as horas, mas não encontro só isso, tinha 4 chamadas da Allison. E quando vejo isso, me lembro da noite passada, quando Lydia estava encima de mim, rebolando, me beijando, gemendo meu nome...

Saio desses pensamentos e vou para uma padaria, eu estava faminto, não comia fazia horas. 
Achei uma na esquina de casa, então eu paro lá.
 Compro 3 pães, 5 croissant de frango, pago e saio.

Estaciono na garagem de casa, e abro a porta devagar, tentando não acordar a Allison, era seis da manhã, ainda não tinha acordado para aula. Então vou para cozinha.

-A noite foi boa, não foi tiozinho? -Allison estava na cozinha, fazendo café.

-Já está acordada, então eu vir devagar para cá não adiantou nada.-Disse colocando os pães na mesa e indo até a cozinha para pegar a toalha.

-Não mude de assunto, Stiles. Conte-me como foi...-Ela disse se virando para mim, cruzando os braços e apoiando sua cintura na pia.

-Não aconteceu nada, apenas dormimos.-Disse me virando para ela, Allison me encara por um tempo, e depois. Abre a boca como se tivesse descoberto algo. 

-Se nada aconteceu...-Ela diz chegando perto de mim e aponta seu dedo para meu pescoço.-O que seria isso então? Escorregou e bateu o pescoço?-Ela fala entre risos.

Eu pego meu celular e olho na tela, tinha um chupão, estava roxo. Não tinha visto isso. Merda.

-Vai se arrumar para a escola menina.-Eu respondo saindo de perto daquela situação, e pegando um xícara e colocando café.

-Tenho 15 minutos ainda, mas eu vou me trocar agora, e passar na casa da Lydia...-Ela diz pegando café e subindo as escadas.

-Por que vai passar lá? -Essa pergunta simplesmente sai da minha boca, foi sem pensar.

-Porque ela está sem carro...-Ela responde sem parar de andar, porque escuto ela fechar a porta do quarto.

-Ah...-Foi tudo que consegui dizer.

-O que você está pensando?-Depois de alguns minutos a Allison desce e me questiona. A pergunta dela faz minhas pernas quase cederem.

-E-eu não estou pensando em nada, por que? Parece que eu estou pensando em algo? Eu deveria pensar em algo?-Eu me embosco todo e no final Allison solta uma gargalhada, o que me faz ficar aliviado.

-Calma tiozinho, não vou te julgar por ter feito sexo ontem à noite. -Allison diz confiante de quem me deu esse chupão foi Cora. Mal sabia que havia sido sua melhor amiga.-Mas então, estou falando sobre a festa de aniversário da minha mãe, é sábado. Eu vou falar com a confeitaria e depois vou encomendar os salgadinhos. Você pode trazer as bebidas, porque eu perdi minha identidade, e nunca acreditam que tenho 18. 

-Tá bom...-Respondo sem muita confiança, não estava prestando atenção em praticamente nada, estava me punindo a cada segundo. 

-Vou pra escola, não faça nada que eu faria hein?-Ela fala irônica sobre minha frase de ontem.-Ah, pode trazer a Cora, já estão bem conhecidos...-Ela fala pegando a chave do carro e vindo até mim.

-Você não tem que ir pra escola não? Tchau Allison.-Eu digo fingindo uma cara de bravo, ela me da um beijo na bochecha.

-Tchau Stiles, amo você!-Ela sai de casa e fecha a porta. Me deixando sozinho em casa, com minha cabeça me matando, minha mente me punia. Eu não podia ficar assim, então vou tomar um banho para relaxar.

Tiro minhas roupas e entro no chuveiro, deixo a água cair sobre meu corpo e deslizar pelo meu corpo por minutos. Aquela ação me deixava relaxado, mas não totalmente.
Então quando saio do banho, coloco uma blusa fina, e uma bermuda de esporte, coloco meus tênis pretos e desço as escadas. 
Coloco meu celular no braço e saio de casa, para uma corrida demorada. 

Já estava caminhando fazia 2 horas, eu decido dar uma pausa quando estou perto de uma lanchonete.
Eu entro e sento numa mesa. 
Uma moça vem até mim, acredito que a garçonete.

-Bom dia, vai querer alguma coisa senhor?-Ela pergunta educada, com seus cabelos loiros e olhos verdes que davam mais alegria ao jeito que ela falou. 

-Bom dia, você poderia me trazer um café e uma...-Sou interrompido quando um cara que aparentava ter uma 45 anos caindo no chão. Sem pensar eu corro até ele é me ajoelho.  

-Eu...eu não consigo respirar.-Ele dizia ao meio do pânico.-Me-meu peito dói...está doendo!-Ele agora estava gritando.

-Tente não falar senhor.-Eu digo, e ele concorda com a cabeça-Me viro para a garçonete que a mesma estava nervosa com a situação.-Chame uma ambulância e fale que o paciente está tendo um ataque cardíaco, rápido! 
Volto o meu olhar para o senhor que já estava fraco demais para reclamar. 

-E-eu...-Ele diz ofegante, agarrando minha blusa, me fazendo chegar perto de si. Ele estava com medo, acredito que nunca tinha acontecido isso com ele.-Eu sou...eu sou...

-Calma, respiração lenta e profunda, apenas foque na sua respiração. -Eu acalmava, e ele seguia minhas ordens.

Depois de uns minutos, o senhor já respirava bem, mas ainda fraco para se levantar ou qualquer outra coisa que exija força. 
O barulho da sirena da ambulância ecoava nos meus ouvidos, então percebi que ela chegou.

-Viu, eu disse que ia ficar tudo bem...-Disse enquanto me levanta para que os paramédicos  os levassem de lá para o hospital. 

Quando o colocam na maca, o senhor segura o meu pulso, como se quisesse que eu estivesse lá com ele. Então apenas concordei com a cabeça, e segui os passos até a ambulância.

-Qual é o problema, senhor?-Um paramédico pergunta enquanto íamos para hospital e ajeitava a mascara de oxigênio.

-Não me chame de senhor, tenho 43 anos, sou um fruto novo ainda!-Ele diz tirando a máscara de ar, e dando um sorriso para o paramédico que o mesmo da risada. Agora ele pousa seu olhar sobre mim.-Sou Deaton. E a propósito, obrigado, mas não preciso de tudo isso, estou bem. -Deaton diz tentando tirar a máscara de oxigênio por completo.

-Sinto muito Deaton, mas mesmo já passando seu ataque, você tem que ir para o hospital, pode acontecer algo.-Eu digo enfiando a máscara de volta, e sendo surpreendido pelo motorista que abre a porta da ambulância, que o mesmo é um paramédico. 

Eu desço com ele, e lembro que não havia falado meu nome.

-A propósito, eu sou o Stiles Stilinski. -Eu digo dando um breve movimento com a mão. O Deaton me olha surpreendido.

-Me deixem sair daqui, eu sou dono desse hospital.-Ele nem se importa com as respostas dos paramédicos e sai da maca e caminha até mim.-Você é Stiles Stilinski, como pude não reconhecer?-Não entendi se falava comigo ou com si próprio. Eu o encara, a poucos minutos estava tendo um ataque cardíaca e agora está falando que é dono do hospital.-Não se preocupe, sou médico e irei ver esse meu problema, mas voltando, um dos médicos mais nomeados do país está na minha cidade. Você está morando aqui?

-Bem, é tecnicamente sim...-Eu digo mais calmo.-Então você é dono do Hospital Beacon Hills? Parabéns, é um ótimo hospital.

-Você está desempregado Stiles?-Ele perguntava olhando nos meus olhos, sério. Eu apenas concordo, e vejo um sorriso abrir no seu rosto.-Seria um prazer ter você Stiles, pense no assunto...está bem? 

-Ok...irei pensar Deaton.-Digo levantando minha mão para uma despedida, e ele aperta a mesma.

Volto minha caminhada, e agora eu estava pensando na possibilidade de morar aqui. 
Apesar de estar aqui por 5 meses, isso nunca me veio à cabeça, comprar uma casa, trazer o resto das minhas coisas, arrumar um trabalho. Começar do zero. Deixa a Malia para trás.
Seria um passo totalmente grande para mim. 

Sou tirado dos meus pensamentos quando vejo que estou na frente da escola da Lydia e Allison.
Penso em dar uma passada, afinal era intervalo, estavam todos lá fora.
Vou andando até lá, e o que eu vejo me deixa nervoso, não sabia o que fazer, eu tinha que sair dali, mas eu congelei. 
A Lydia estava de short, com uma blusa regata molhada, acredito que estavam correndo. Ela havia parado para beber água no bebedouro, então ficou de costas para mim. O que me dava uma visão perfeita de sua bunda. Não demora muito para eu ver minha sobrinha, mas ela não estava sozinha, estava com Scott.

Minha vontade foi de ir até lá e separa-los, mas penso nas consequências que isso traria. Então caminho lentamente até Lydia, para que ela chame Allison, apesar de não ser a melhor opção pra isso.

Ela termina de beber água e da alguns passos, então me apressei e a chamo.

-Ei Lydia!-Grito enquanto me aproximava dela. No começo ela me olha surpresa e com um pequeno sorriso no rosto, mas depois se transforma em um olhar triste.

-O-oi Stiles.-Ela gagueja, mas ainda percebi pela sua voz que estava balada.

-Ei tio, o que faz aqui?-Allison pergunta se aproximando da garota  ruiva que se segurava para não correr.

-Estava caminhando, e você, o que estava fazendo com Scott?-Pergunto olhando para o garoto moreno com maxilar torto, que não havia motivo para odiar, mas ainda doia em mim vê-lo.

-Apenas conversando...-Ela diz insatisfeita.-Olha, lembrei hoje só, hoje à noite vamos ter um "baile" aqui na escola, por causa de uma causa que eu não me lembro, mas é para trazermos os pais, e já que a mãe tá no hospital, então...-Ela diz vindo até mim e fazendo uma carinha de cachorrinho.

-Allison...-Eu digo tentando convencê-la de ligar para seu pai, mas ela nega com a cabeça.-Esta bem.-Cedo.

-Perfeito, olha a aula já está acabando e vamos ir embora daqui a pouco, então nos espere para ir para casa...depois conversamos sobre isso. 

Lydia ao ouvir isso, penso que fosse a despedida, então virou e caminhou para dentro da escola, e eu fiz uma cara de desentendido.

-O pai dela não mora aqui, são separados, então não tem com quer ir no baile.-Minha sobrinha comenta triste pela amiga.-Mas enfim, nos espere Stiles.

Fico confuso. Nos? Plural? 

-Nos? 

-Sim, Lydia vai comigo, vai me ajudar a escolher o vestido.

-Está bem, vai logo pra aula, vou estar aqui.

Dou tchau a Allison e sento em um banco próximo ao estacionamento.
Depois de 20 minutos elas voltam.

-Então, que horas vai ser essa festa ai?-Pergunto quando sento no banco do passageiro. 

-Primeiramente é baile, e vai ser as 19:30, coloca um terno, ou uma roupa mais formal por favor.-Allison diz ligando o carro e seguindo para casa. 

-Ei, eu sou uma pessoa formal.-Brinco.

Eu e Allison ficamos conversando durante a volta, e a Lydia ficou quieta, sem dar um pio, nem olhava para mim, olhava apenas para janela.
Ao chegarmos em casa deparamos com um carro preto estacionado na frente da garagem.

-De quem é esse carro?-Pergunto tirando o cinto e tentando enxergar algum dono. E o encontro na porta de casa, mas estava de costas.

-Ai meu deus!-Allison dizia para si mesma acredito. Ela sai do carro e vai em direção a ele, e eu e Lydia a seguimos.-Pai?-Allison pergunta segurando as lágrimas, e o homem se vira.

-Alguém pode me dizer porque ninguém me contou que Victoria está com câncer?-Chris pergunta, seus olhos azuis demonstravam raiva por ser traído.

-Você sabia, você nos deixou!-Allison gritava agora, e não se importava com as lágrimas que escorriam.

-Allison, vamos conversam lá dentro, aqui fora não!-A voz da ruiva se estala no ar, a encaro e ela leva a amiga para dentro da casa, sendo seguidas por mim e por Chris.

-Alguém quer beber alguma coisa?-Eu perguntava tentando acalmar a situação.

-Você alguma vez pensou em ligar?-Allison dizia.

-O que? Eu nem sabia que ela estava doente!-Chris revidava.

-Então me conta, me conta porque deixou sua mulher para trás, me conta porque me deixou!-Allison gritava com anteriormente, só que com mais lágrimas e raiva.

-Um dia antes de eu ir, sua mãe disse que não aguentava mais minhas viagens de trabalho, e disse para eu ir e não voltar mais.-Ele faz um pausa e limpa uma lágrima que cai de seu olho. -Ela disse que ainda me amava, mas não podia conviver com isso. E se desculpou milhões de vezes.

-Está bem, mas enquanto a mim? Era só vocês nessa casa? Não contava meus sentimentos? -Ela sentava no sofá e enfiava sua cabeça em sua mãos.

-Ela disse que você estava de acordo, que era para eu ficar ou sumir da sua vida...Eu nunca deixaria você, se eu soubesse que sua mãe estava ment...

-Ela estava com medo, e ainda tem, porque te tirou daqui para não sofrer, ela não tem culpa...e você também não.-Allison finaliza e  abraça.

-Que familia feliz, mas sério, eu estou com fome.-Eu digo indo até eles.-A propósito Chris, senti saudades desgraçado.-Nós nos abraçamos. 

-Então, porque não vamos em um restaurante? -Allison propõe. 

-Eu não trouxe dinheiro.-Só agora a Lydia se presenciava.

-Para de graça, e vamos.-Allison caminhava até a amiga e envolve seu braço no dela. 

Lydia cede e me lança um olhar curioso, que eu não sei o que significa.

Depois de almoçarmos, que parecia uma eternidade, porque eu e a Lydia estávamos um do lado no outro e ela sequer levanta a cabeça, apenas olhava para o próprio prato.

-Então eu acho que não vai precisar mais de mim hoje à noite.-Digo enquanto saímos do restaurante.

-Na verdade eu pensei, e vou precisar de você sim. -Ela me olha e depois encara Lydia com um sorriso.-Vai ser o acompanhante dela.