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História Love, Hate or Lust? - Ódio


Escrita por: LVlioness

Notas do Autor


Hellooooou mi amores. Então, essa semana que se passou não tive tempo algum para postar e espero que vocês não tenham desanimado de acompanhar essa fic, hein?! Rum. Nessa semana vou postar mais regularmente. A nossa Mel vai vir com tudo nessa primeira fase da fanfic e vai mostrar para o que veio kkkk Adoooro. Boa leitura e muito obrigada pelos comentários e pelos favoritos!! ♥♥

Capítulo 10 - Ódio


Fanfic / Fanfiction Love, Hate or Lust? - Ódio

               UM ANO DEPOIS 

MANCHETE

A beleza exótica que conquistou a Coréia do Sul foi vista desembarcando no aeroporto de Incheon ontem a noite, em Seul. A neta brasileira da poderosa empresária Yang Sun Hee e do falecido Yang Min Suk, antigo CO-CEO da YG Entertainment, Melissa Yang Furtin passou o último ano morando nos Estados Unidos e posou como modelo para diversas revistas de grandes renomes. De apenas vinte e dois anos, Melissa é uma das herdeiras de um dos maiores patrimônios do país e é vista como inspiração entre as mulheres coreanas, devido a personalidade reservada e a beleza estonteante que possui. Bem vinda de volta à Coréia, Melissa!

Eu joguei a revista sobre a mesa e suspirei pesadamente. Como eles haviam descoberto tão rápido? 

Meu celular tocou, me deixando ainda mais irritada ao ver o nome na tela. Bruxa.

— Fale. — disse ao atender. 

— Espero que você esteja preparada para a festa da YG Family hoje a noite. Não quero discussões. 

— É claro que eu vou, Sun Hee. Algo mais para me dizer?

— Me chame de avó na frente dos outros. E não me envergonhe. — e assim ela desligou.

Eu sentia um misto de sentimentos por ela. Raiva, dor, ressentimento. Quando eu descobri toda a verdade há um ano atrás, primeiro Sun Hee me apresentou como neta perante a Coréia do Sul. Minha beleza surpreendeu a todos, mais ainda por eu ter nascido no Brasil e nunca sequer terem descoberto da minha existência até aquele momento. Mas Sun Hee conseguiu deixar nas sombras todo o meu passado, todo o passado de minha mãe diante da mídia. Pouco tempo após fui apresentada formalmente para a família Yang em um jantar, onde recebi olhares hostis e de pura desaprovação. Estava nítido que eu não fazia parte daquela família, o preconceito por eu ser uma estrangeira e pelo fato de minha mãe os ter abandonado para fugir com o meu pai, deixava um enorme abismo entre mim e eles. Yang Hyun Suk, mais conhecido como Papa Yg e fundador da YG Entertainment, irmão do meu falecido avô, foi o único que conversou comigo animadamente naquela noite fria. Não me tratou como se eu fosse uma qualquer como os outros da família haviam feito, mas ainda assim, eu não duvidava que ele seria igual ou pior que os outros. 

Suspirei ao olhar ao meu redor. Havia comprado esse apartamento meses antes de voltar para Coréia, com o  dinheiro que havia ganhado em meus trabalhos como modelo. O luxo estava presente nos mínimos detalhes, desde o sofá de veludo até às banheiras que todas as quatros suítes possuíam. O negro em contraste com branco predominava todo o apartamento, tão frio como minha própria alma. 

— Mesmo tendo passado um ano, ainda não consigo acreditar no que você se tornou. — Hana me tirou dos meus devaneios, sentando ao meu lado enquanto segurava cuidadosamente o vestido em suas mãos. — Obrigada por ter me ligado ontem. E obrigada por ter me enviado tanto dinheiro durante todo esse tempo, você não sabe o quanto ajudou a minha família e a mim. 

— Você é a única amiga que tenho e é a única pessoa em que eu confio. Nada que eu fizer será o suficiente. — eu sorri ao dizer tais palavras sinceras e Hana inesperadamente me deu um forte abraço. Meu coração se aqueceu por um breve momento ao receber a demonstração de puro carinho e amizade que há tempos não recebia. 

— Eu estou preocupada com você, Mel. Você tem certeza que foi uma boa ideia comprar este apartamento? Logo nesse prédio? Você sabe que ele está morando aqui. 

— Claro que eu tenho certeza. E não precisa se preocupar comigo, tudo bem? — disse firmemente ao me separar dos seus finos braços. 

— Você pretende se vingar? Eu sinto isso. Eu tenho medo de você se machucar ainda mais. — as lágrimas inundaram os doces olhos de Hana e a voz falhou ao prosseguir.  — Kwon Ji Yong já sabe?

— Logo ele saberá. Agora quero que você me ajude a me arrumar, porque eu tenho que ficar ainda mais estonteante para hoje a noite. 

             Narração em terceira pessoa

Mizuhara Kiko estava belíssima ao lado de sua irmã mais nova. Com a calça de couro desenhando suas longas pernas e com a blusa levemente decotada, chamou a atenção de todos os paparazzis ao caminhar lentamente pelo tapete em direção a entrada do club. O sorriso em seus lábios pintados de vermelho como vinho demonstrava nitidamente o quão satisfeita estava em ter toda a atenção voltada para si. 

— Mizuhara Kiko, é verdade que você está em um relacionamento com G-Dragon há anos?! — um jornalista perguntou em meio aos outros, o sorriso de Kiko se abrindo ainda mais. Quando ia responder a pergunta, repentinamente todos os paparazzis e jornalistas voltaram a atenção para um ponto atrás dela. Os gritos de euforia e surpresa percorriam por todo o local, e Kiko ficou boquiaberta ao vê-la. 

Melissa estava usando o vestido de edição única da Chanel, tão caro que a inveja invadiu de imediato Mizuhara. Negro como a mais vasta escuridão, o tecido fino colava graciosamente no corpo magro e com curvas de sua rival, a deixando lindíssima e causando um intenso contraste entre a sensualidade e a pureza.  O enorme corte na lateral do magnífico vestido subia até a coxa torneada de Melissa, deixando a mostra o delicado salto branco que a mesma usava e causando a profunda sensação que aquela mulher era fatal demais para ser alcançável. Os longos cabelos castanhos estavam elegantemente presos, dando maior visibilidade para aqueles olhos; Tão verdes como rubi, brilhavam como luz em meio a noite e tiravam o fôlego de qualquer um ali presente. 

— Agora eu entendo o porque dela ser considerada a beleza exótica que conquistou a Coréia. — a irmã de Kiko disse em meio a respiração pesada. 

— Se você não quiser que eu te mande embora neste exato momento... É melhor nunca mais abrir essa boca para repetir isso! — Kiko respondeu, a fúria crescendo em seu peito. “Então era verdade que ela voltou ontem. Meretriz!

             Fim da narração em terceira pessoa

Eu estava sentada no bar, sorrindo comigo mesma ao me lembrar da cena em que Kiko havia me olhado com pura inveja e raiva na entrada. O gosto de a pisar sem nem ao menos tentar era tão doce que havia me deixado de bom humor. Esse seria apenas o começo.

Beberiquei o líquido alcoólico em minha taça, o som alto da música deixando-me extasiada. As luzes de néon piscavam por todo o lugar luxuoso e os ídolos se cumprimentavam animadamente em suas vestes de grife, todos tão belos como nas revistas. Mas nenhum deles me interessava de fato. O único pelo qual eu procurava desde que havia chegado, parecia ter se escondido em algum canto mais escuro do club. Provavelmente com ela

— Uau… — a voz rouca me tirou de meus pensamentos. Eu olhei para o lado e dei um pequeno sorriso ao vê-lo. 

— Seung Hyun. Tudo bem? — T.O.P estava elegantemente trajado em um terno azul escuro, os cabelos tão platinados que brilhavam assim como seus hipnotizantes olhos. Sem dúvidas deixava muitas mulheres loucas com o seu charme. A lembrança dos beijos que trocamos e a dança sensual que fizemos há um ano atrás no club Eden invadiu a minha mente, mas nenhuma sensação percorreu pelo meu corpo. Como se nada tivesse acontecido. 

— Você mudou. Conseguiu ser mais linda ainda, pode me informar a mágica? — brincou, sentando-se ao meu lado no bar e pedindo um drink para o garçom. 

— Dinheiro. Talvez seja isso, não? — dei mais um lento gole em minha bebida sob o atento olhar dele. O sorriso se abrindo em seu lindo rosto. 

— Sem dúvidas não é só dinheiro. — ele me observava, parecendo querer descobrir o que eu realmente pensava e os segredos que eu escondia. 

— Eu tenho uma pergunta para te fazer. 

T.O.P pegou o drink que havia sido deixado pelo garçom sob o balcão de vidro, me puxando logo em seguida. — Depois você faz. Vou te apresentar mais alguns dos Bangs.

Nós passamos por entre os artistas, modelos e empresários que por ali havia e recebemos cumprimentos de todos eles. Alguns já estavam mais bêbados do que sóbrios e eu soltei uma sonora gargalhada ao ver um escorregando no piso liso. 

— Uma dica? Beba para passar vergonha. Se não for assim, para que beber então? — Seung Hyun riu, me levando para uma parte mais calma perto do palco. Eu pude os reconhecer facilmente de longe. Seungri estava rindo feito como louco de alguma piada que Taeyang fazia, e a jovem que estava entre eles parecia ter a mesma idade que a minha, seus cabelos tão claros e platinados como os de Seung Hyun. Sem dúvidas era CL

— Essa é a famosa neta da senhora Yang Sun Hee?! A beleza exótica da Coréia? — Seungri indagou divertido quando nos aproximamos. Taeyang se curvou em um reservado cumprimento e CL me olhou de baixo a cima. 

— Não sei como acabei sendo conhecida dessa forma. Acreditem, foi uma surpresa até mesmo para mim. — suspirei falsamente, como se não aprovasse nenhum pouco de ser reconhecida assim e todos riram da minha falsa modéstia. 

Bastava esperar um pouco e sem dúvidas ele viria até aqui. 

— Tenho que concordar.  Você é linda! — Chaelin me aprovou, sua voz meio escorregadia devido a bebida alcoólica. CL chegou mais perto como se fosse me contar um segredo. — Você é mesmo brasileira? 

T.O.P me puxou para trás como se estivesse com ciúmes e deixou uma CL muito emburrada. — Por favor, não a devorem!  

— Você não a quer só para si, certo? Quem divide sempre tem. — Seungri levantou a taça para mim, o olhar tão brincalhão quanto seu sorriso. — E claro que ela é brasileira Chaelin, bebeu tanto que sua memória foi afetada? 

— Talvez seja isso mesmo. — ela deu um leve soco nele, a intimidade entre amigos estando cada vez mais nítida. 

— Quem se propõe a virar? — Taeyang perguntou timidamente e sem esperar nenhuma resposta virou de uma vez o líquido em sua taça. Eu sorri ao perceber o quanto ele estava incomodado com a minha presença, como se não gostasse de ter uma desconhecida por perto. Eu já fui ainda mais tímida que isso.  CL virou da mesma forma, me olhando logo em seguida e esperando que eu fizesse o mesmo. Suspirei pesadamente e bebi de uma vez todo o líquido, o álcool desceu queimando por minha garganta, deixando-me um pouco tonta. 

— Vai com calma, Melissa. Daqui a pouco vai estar me pedindo para que eu te ensine a fumar. — Seung Hyun sussurrou no meu ouvido e eu me senti satisfeita ao saber que ele também se lembrava daquela noite no Eden. 

— Não se preocupe, querido. Agora eu já sei fumar. — eu peguei dois cigarros de dentro da minha pequena bolsa negra, os acendendo e entregando um para ele. Ele sorriu abertamente, gostando da minha atitude. 

— Nós temos sorte que os mais velhos ainda não chegaram. — CL murmurou pensativa, fazendo uma careta desgostosa. — Será que Papa Yg vai perceber que eu estou bêbada? 

— Você ainda pergunta? — Taeyang tremeu o corpo, como se tivesse sido atingido por lembrar que o CEO daqui a pouco chegaria. 

T.O.P tomou minha atenção para si ao tragar o cigarro, soltando lentamente a fumaça em meu rosto de forma sedutora. Eu olhei para os outros e os mesmos estavam imersos nas brincadeiras que faziam entre si. Aquele seria o momento certo para perguntar. 

— Quem mais sabia? — indaguei com a voz baixa, para que nenhum dos outros três me escutassem. T.O.P ficou repentinamente surpreso e confuso, para logo tomar uma expressão séria. 

— Do combinado entre sua avó e Ji Yong? 

— Sim.

— Apenas eu e Daesung. E bom… Depois Mizuhara. — respondeu, como se estivesse incomodado com a mudança brusca de assunto.

— Entendo… -— a raiva de ser enganada começou surgir novamente, mas a apaguei de imediato. Ele não era o culpado.

— Não tinha como eu ter te avisado sobre nada. Me desculpe. 

— Eu sei que não tinha. Você não me conhecia direito antes e nem me conhece direito agora. Pode ficar tranquilo. — lhe dei um sorriso e Seung Hyun pareceu ser atingido por aquilo. Respirei fundo e dei um trago em meu cigarro. Muita das vezes eu sorria friamente sem nem ao menos perceber, mas infelizmente nesse um ano que havia se passado eram esses os sorrisos que eu mais distribuía. 

— E se eu quisesse te conhecer agora? Você me daria essa oportunidade? — indagou seriamente, a diversão e o charme que ele usava tão frequentemente havia sumido. 

— Desculpe, mas no momento eu não confiaria em você agora. Nem em ninguém. 

— Por causa do que aconteceu? Não seria melhor você esquecer isso?

Quando eu ia responder a T.O.P, prendi a minha respiração ao ver o homem culpado por todas as minhas insônias aproximando-se. O ódio se alastrou como chamas por cada parte do meu corpo agora rígido, meu coração estrondando furiosamente em meu peito e a cicatriz profunda que ele havia deixado marcado em mim, novamente me rasgou por inteira. Quando o meu olhar se encontrou com o de Ji Yong, o mundo ao nosso redor pareceu parar por um breve momento. Ele iria me pagar por tudo que me causou. 

 

 

 



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