Cap.32
Narradora Pov’s
Passado o ocorrido as meninas ficaram durante quase uma semana sem ir a escola. Estavam esgotadas com toda a história, viagem e bruxas. Andrew e Oliver acharam melhor que elas tirassem alguns dias para recuperar as energias totalmente.
Kurenai Pov’s
Oliver prepara chocolate quente e nos entrega em duas canecas. A minha é branca com o desenho de um gatinho preto na frente, a da Tsuki é preta com o desenho de um tigre branco na frente.
- Como está? – Pergunta animado.
- Delicioso. – Respondemos ao mesmo tempo.
- E as dores de cabeça e no corpo? Já passaram? – Andrew pergunta enquanto desce as escadas segurando um tablet.
- Felizmente sim. Já estava de saco cheio! – Tsuki faz cara de emburrada.
Olho para dos dois que estão colocando seus casacos. Arqueio uma sobrancelha, curiosa com tudo.
- Vão sair?
- Sim. Temos algumas coisas pra resolver, mas como não podemos correr o risco de deixar vocês duas sozinhas, pedimos a Otoya e Tokiya para virem olharem vocês enquanto estamos fora. – Andrew ajeita os óculos e deixa o tablet em cima da mesa.
- Se alguma coisa acontecer é só ligar garotas. – Oliver dá um beijo na minha bochecha e em seguida na de Tsuki.
Enquanto o ruivo e o moreno não chegam, eu e Tsuki resolvemos colocar algum filme na TV.
- Só não coloca de Terror, onegai. – Peço.
- Tudo bem. – Dá de ombros.
Ela levanta e coloca algum filme que pela distância não dá pra eu saber qual é. Volta e senta do meu lado, voltando a se cobrir com um cobertor felpudo preto. Tsuki dá play e nós nos ajeitamos.
Assim que o filme começa, já percebo que ela não fez nada do que eu pedi. Encaro a outra albina, irritada e com uma veia saltada na testa.
- EU TE PEDI PRA NÃO COLOCAR DE TERROR! – Faço birra.
- Como fui eu que tive que levantar, você não pode brigar. Aquieta o facho e continua assistindo o filme. – Ri da minha cara.
- Malvada.
Tsuki Pov’s
Estamos assistindo tranquilamente o filme de terror, quando alguém bate na porta no mesmo momento em que o monstro pega um dos personagens.
- NÃO QUERO MORRER! – Kurenai grita, levantando as mãos.
- Deixa de ser exagerada, alguém que bateu na porta, só isso. – Rio do susto dela.
Levanto sem muito ânimo e vou até a porta, abro-a dando de cara com Tokiya e Otoya. Os dois sorriem e passam por mim, o ruivo se joga no sofá ao lado da Shiro-chan, enquanto o moreno espera eu sentar e em seguida senta do meu lado.
- Escutei alguém gritando. Aconteceu alguma coisa? – Otoya pergunta. Dou pause no filme.
- A Shiro-chan que assustou com o barulho. Estávamos assistindo filme de terror e vocês apareceram bem na parte do monstro atacando. – Rio de novo.
Voltamos a assistir o filme. Eu e Tokiya despencamos a rir, já que em todas as cenas assustadoras Kurenai dá um pulo e se agarra em Otoya.
- Acho que ele não sabe se fica com medo do filme ou se fica constrangido por estar nessa situação com Kurenai-san. – Tokiya cochicha pra mim, enquanto tenta fingir que não acha graça.
- Eles formariam um belo casal juntos. – Tiro sarro também.
Narradora Pov’s
Após o filme, os tutores/responsáveis pelas duas meninas, voltam para casa permitindo que Otoya e Tokiya voltem a fazer suas atividades como Idol’s. O resto da manhã e da tarde passa de forma lenta para as garotas, que preferiam estar fazendo algo ao invés de ficar “trancadas” em casa.
- ‘Nananinanão’! Vocês só voltam pra escola amanhã, enquanto isso vão ter que ficar aqui e não poderão sair. – Oliver reclama, parecendo a mãe das duas.
- Mas Oli! – Kurenai tenta argumentar, mas é impedida por uma almofada voadora, que acerta bem seu rosto – Ai!
- Isso é pra aprender a não contrariar sua Oka-san. – Os três olham na direção de Andrew abismados – O que foi?
- Ha ha ha! Esperava isso vindo do Oliver, não de você Andy. – Tsuki começa a rir descontroladamente.
- O que deu nela? – Oliver pergunta um pouco preocupado.
- Ultimamente ela anda meio impossível. Tudo vira motivo pra ela brincar com a cara dos outros ou começar a rir. – Kurenai.
- Deve ser só uma fase. – Oliver sorri.
No outro dia, de manhã...
Kurenai Pov’s
Acordo incrivelmente disposta a ir a escola. Coloco meu uniforme o mais rápido que consigo, faço minhas higienes matinais, pego minha bolsa-carteiro e desço, jogando-a em cima do sofá.
- Bom dia flor do dia. – Tsuki diz animada.
- Bom dia! – Praticamente pulo em cima dela, dando um abraço.
- Está animada também? – Ri fraco.
- Ficar só dentro de casa sem poder sair é muito entediante. Nunca pensei que fosse dizer isso, mas estou feliz em estar indo pra escola.
- Eu também. – Responde dando uma mordida em sua torrada.
Depois do café da manhã, eu e Tsu corremos direto pro colégio. Por termos aulas diferentes no primeiro turno, nos despedimos e cada uma segue pra um corredor diferente.
- Hime?
- Claude-sensei, a quanto tempo. – Sorri amigável.
- Você e sua amiga faltaram essa semana, deduzi que ocorreu algo grave. – Ajeita seu óculos.
- Ah, não foi nada não. – Começo a me sentir meio desconfortável, já que agora lembro que ele era realmente um demônio, mas do anime Kuroshitsuji.
- Tem certeza? Se precisar de algo...
- Arigato. – Sorrio novamente.
A sala começa a ficar cheia com os alunos e logo começa a aula.
Tsuki Pov’s
Entro na sala de aula e percebo que não há ninguém, a não ser por Sebastian que está arrumando alguma coisa em sua pasta.
- Sebastian-sensei?
- Oh, Lady. – Ele ajeita a postura e me olha, abrindo um sorriso – Estava tão concentrado em encontrar alguns papeis que nem notei que estava ai.
- Tudo bem. – Rio nasalado – Onde está todo mundo?
- Eles me disseram que não conseguiram terminar um trabalho que havia pedido, então para não terem outras desculpas, deixei a minha aula livre para que eles pudessem ir pra casa adiantar os trabalhos.
- Não vai ter aula?
- Pelo menos a minha não.
- Que pena. – Coço a nuca, sentindo uma sensação estranha – Então até semana que vem Sebastian-sensei. Ja’nee!
Saio apressada da sala de aula, tentando normalizar os batimentos cardíacos.
Kurenai Pov’s
O sinal para o intervalo toca, fazendo todos nós arrumar os materiais e descer para o refeitório. Ao me levantar, vejo Ruki parado com a cara num misto de preocupação, raiva e algo que não consigo identificar.
- Aconteceu alguma coisa, Ruki-kun? – Sobremos apenas eu e ele na sala.
- Você ainda me pergunta se aconteceu alguma coisa?! CLARO QUE ACONTECEU! – Fico assustada com o grito dele.
- Está começando a me assustar... – Dou um passo pra traz.
Ele parece voltar ao normal e em seguida me abraça. Por nossas diferenças de altura, acabo por ficar com o rosto em seu peitoral, enquanto o mesmo me abraça pela cabeça.
- Me desculpe, eu... Eu apenas fiquei com medo. Soube das coisas que estavam acontecendo com você, em seguida você não apareceu na escola... Fiquei preocupado. – Espera ai. Ele realmente disse que ficou preocupado?!
- Eu estou bem, Ruki-kun. Já está tudo resolvido. – Me separo dele um pouco – Viu? Nenhum arranhão. – Brinco, fazendo ele soltar um sorriso de canto bem mínimo.
- Você não toma jeito mesmo, hein?
- Ie. – Rio.
Tsuki Pov’s
Estou andando pelos corredores do colégio quando dou de cara com Azusa.
- Gomen, Tsu-chan. Não vi que estava ai.
- Sem problemas. – Rio – Onde vai com tanta pressa?
- Meu irmão desmiolado, mais conhecido como Tsubaki, resolveu que vai participar de uma audição pra ser o dublador de um dos personagens de um jogo que vai ser lançado esse ano e quer que eu participe das audições com ele.
- Isso ia ser legal, não entendo porque está com tanta pressa.
- Acontece que ele me avisou só agora, sendo que os testes vão começar daqui a pouco. Preciso estar no local em 10 minutos caso contrário não poderei participar.
- Wow, agora sim entendi.
- Até mais Tsu-chan. – Acena enquanto sai correndo pelos corredores.
Nunca vi um colégio mais agitado como esse, sempre estamos correndo, nunca é algo calmo.
Kurenai Pov’s
Eu e Tsuki estamos voltando da escola quando encontramos com Haru Yoshida e Yamato, que vem nos cumprimentar animados.
- A onde vocês se meteram? Fazia o maior tempo que não te via. – Haru responde, me encarando.
- Aconteceram alguns imprevistos, mas já foi tudo resolvido. – Tsuki consegue encerrar o assunto.
- Menos mal. – Haru volta a sorrir.
- Vão fazer alguma coisa agora? – Yamato.
- Não, por que? – Respondemos ao mesmo tempo.
- A gente estava pensando em ir jogar baseboll no fliperama. Vocês aceitam?
- Claro, vai ser divertido.
- Legal! – Somos puxadas pelos dois até o local indicado.
No final acabamos por passar a tarde toda no fliperama, brincando de baseboll e jogando conversa fora. Quando começa a escurecer os dois nos levam até em casa.
- Até amanhã! – Nós quatro falamos ao mesmo tempo.
Depois de nos despedir dos garotos, entramos em casa e vamos direto pra cama dormir.
Continua...
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