1. Spirit Fanfics >
  2. Love in Darkness >
  3. O Voto Perpétuo

História Love in Darkness - O Voto Perpétuo


Escrita por: pqplaris

Capítulo 12 - O Voto Perpétuo


Hermione encarava Snape sem temor algum. Para falar a verdade ela estava confusa. Será que Dumbledore sabia que ele estava vivo ?
   - O que quer Snape ? - Ela perguntou de forma ríspida.
   - Quero falar com o Lord.
   - Pode dizer a mim.
   - Prefiro falar com ele, não me leve a mal MyLady.
      Hermione riu. Então ele sabia. Para alguém que passou messes se escondendo até que ele estava bem atualizado.
   - Se prefere falar com ele por que está me seguindo ?
   - Curiosidade.
   - O que você quer Snape ?
   - Já lhe disse, falar com o Lord.
   - Eu estou falando sério Severus, o que você realmente quer ?
   - A cabeça de Dumbledore.
   - Não me faça rir, nos traiu por uma pessoa que você quer morta ? Acha que eu sou alguma idiota ?
   - Eu descobri algumas coisas recentemente.
   - Que coisas ?
   - Só direi ao Lord.
   - Então não dirá.
      Hermione deu as costas para ele, voltando a frente da Floreios e Borrões. Ela viu pelo reflexo da vitrine Snape indo de encontro a ela.
   - Se eu lhe contar, quais são as chances de eu estar na missão, na morte de Dumbledore ?
   - Não sei - Ela respondeu sinceramente - Não posso confiar em você Snape.
      Hermione viu por uma fração de segundos cabelos ruivos no ar, atrás de Snape. Droga. Weasley e Potter.
   - Não diga mais nada. Aqui não é seguro. Quando tiver certeza a quem é leal, me procure. Somente se estiver disposto a entregar sua horcrux e fazer o voto perpétuo.
      Ela viu a cor sumir do rosto do mais velho quando a ouvir citar o voto perpétuo. O Mestre de Poções assentiu para ela e se afastou, sumindo de vista alguns segundos depois.
      Ainda com a sensação de estar sendo observada e sabendo que por Potter e Weasley, Hermione irritada desistiu de comprar o livro e se transfigurou na fumaça preta, voltando para casa.

      Ao passar pelos portõs da Mansão, viu Ginny e Draco nos jardins. Ficou parada os observando por alguns minutos. Os três mudaram tanto no último ano. Não pode deixar de sorrir com esse pensamento.
      Há um ano atrás ela estava pronta para lutar contra o Lord das Trevas. Bem, pronta não. Mais estava disposta a tentar.
      Ginny teria morrido por Harry se fosse necessario, o amava mais que tudo. Mas isso já parecia um passado muito distante.
      Draco estava feliz. Como Hermione nunca havia visto desde que o conheceu no primeiro ano. É claro que toda arrogância não sumiu, mas agora havia um certo brilho no olhar dele. Mesmo com toda a responsabilidade e risco, ele realmente estava feliz.
      Poderiam lhe dizer milhares de vezes que ela estava escolhendo o lado errado, mais enquanto ela visse a felicidade nos olhos de Draco e do resto de sua família ela só teria ainda mais certeza que escolheu o lado certo.
      Saindo de seus pensamentos ela foi em direção ao casal. Ginny foi a primeira a ve-la, e sorrindo para ela. Hermione retribuiu o sorriso, sentando-se na grama ao lado deles.
   - Vi Snape. - Ela disse calmamente - Ele me seguiu até o Beco Diagonal. Pediu a cabeça de Dumbledore em troca de lealdade.
   - Não me diga que caiu nessa Herms - Draco disse preocupado.
      Hermione sorriu tristemente para o primo, ao ver todo o medo nos olhos dele, não por ele, mas por ela, por Ginny, e pelo resto da família.
   - Disse a ele que me procurasse caso esteja disposto a fazer o voto perpétuo e entregar a horcrux. Não se preocupe Draco, só estou lhe contando para que não fique paranóico sobre Snape.
   - Mas Herms...
   - Não Draco, chega ... Me deixa cuidar de vocês agora ok ? - Ela suspirou - É uma ordem Malfoy. Não quero você envolvido com nada que tenha haver com Snape.
      E com isso ela se levantou, entrando dentro da casa sem nem ao menos olhar para trás.

Hermione estava na biblioteca. Decidiu ler um pouco pra poder clarear sua mente. Em determinado momento ela fechou o livro e se permitiu mergulhar em sua mente.
   - Um beijo por seus pensamentos Srta. Lestrange.
   - Deixe-me ver... Só um beijo Sr. Riddle ? Poderia melhorar está oferta não ?
   - Draco me procurou. Por que não me contou sobre Snape.
   - Aquela doninha fofoqueira ... Eu não acho que ele vá voltar Tom, por isso não te contei.
   - O que ele disse ?
   - Ofereceu lealdade pela cabeça de Dumbledore. Eu disse para que ele me procurasse caso estivesse disposto a entregar a horcrux e fazer o voto perpétuo.
   - E por que o fez prometer ir embora daqui com os pais de vocês e lhe deixasse aqui para acabar em Azkaban ou até mesmo morta, caso perdermos ? Achei que tivesse fé em nós Hermione.
   - Você não entende Tom, eles são minha família. Não vou entrar em uma guerra sem garantias de que eles ficarão bem. Meus pais passaram 14 anos em Azkaban, por nada nesse mundo eu irei deixa-los parar naquele lugar novamente. Não me importo se estarei em Azkaban ou morta desde que esteja com você.
      Tom suspirou a abraçando. Bella entrou na biblioteca atrás de Hermione e deu uma leve tossida, a anunciando sua presença.
   - Hermione, Snape está aqui. - Ela disse.
      Tom e Hermione se encararam. Ele confiava nela, afinal era sua Lady. Ela suplicava com os olhos para que ele a deixasse resolver a situação.
   - Vá. Faça o que achar que deve ser feito. Resolva do seu jeito.
   - Obrigada por confiar em mim.
      Dito isso ela saiu, com Bella junto dela. Ela sabia que a mãe estava incomodada. Nunca confiou em Snape. E no final ela tinha razão.
      Quando chegaram na sala ela viu Snape sentado, segurando um embrulho. Draco e Lucius estavam lá e encaravam o homem o deixando claramente desconfortável.
   - No escritório Snape. - Ela o deixou ir na frente, o seguindo, mas parou quando chegou no corredor. - Você também Malfoy.
      Draco a olhou, e sem dizer nenhuma palavra a seguiu, mas a parando antes que entrasse no escritório.
   - Espera. - Ele disse tirando um frasco de dentro do bolso. - Veritasserum.
   - Eu mandei não se envolver Malfoy. - Ela disse séria. - Mas fico feliz que não tenha me escutado. E que seja a ultima vez que você conte a Tom o que lhe falo.
      Ele assentiu envergonhado, entrando no escritório, mas Hermione o puxou para um abraço.
   - Eu te amo sua doninha fofoqueira. Sei que quer me proteger, mas preciso que confie em mim Draco.
   - Desculpa Herms.
   - Não tenho o que desculpar. Agora vamos. Estamos juntos nessa, e vamos resolver isso e o que mais vier pela frente assim, juntos.
      Snape os esperava sentado, ele estava nervoso, nunca imaginou que um dia estaria naquela situação.
   - Sente-se Draco. - Hermione disse, se sentando na cadeira de Tom.
   - O que decidiu Severus ?
   - Está aqui, minha horcrux. É um colar, tirei de Lily na noite em que ... tudo aconteceu.
      Hermione assentiu, pegando o embrulho que Snape havia lhe estendido. Ela suspirou, tirando do bolso da capa o frasco que Draco havia lhe dado.
   - Sabe o que é isso, suponho, ja que é Mestre de Poções. Quero que entenda que eu preciso ter certeza, não vou colocar o Lord, minha família e a mim em perigo confiando em você.
      Severus nada disse, apenas pegou o frasco da mão de Hermione e o virou em um só gole.
   - O que você me disse no Beco Diagonal, era verdade ? Quer a cabeça de Dumbledore ? Por que ?
   - Sim. Ele matou Lily. Matou ela no momento em que a colocou naquela casa. Foi ele que escolheu Rabicho, que ele sempre soube ser um comensal, para o fiel do segredo da maldita casa. Potter escolheria Black, mas confiou em Dumbledore quando ele pediu que escolhesse Pettigrew. - Tanto Draco quanto Hermione olhavam para ele com um ar de pena. Severus ignorou, continuando seu monólogo. - Naquela noite, eu implorei ao Lord que a deixasse viver. Ele prometeu ser misericordioso caso ela entregasse o garoto, mas eu sabia que Lily nunca entregaria o filho para a morte. Então eu aparatei até la. Estava disposto a salvar Potter também, desde que Lily continuasse a salvo. Mas Dumbledore apareceu e me impediu, quando o Lord ja havia a matado ele me obliviou me fazendo pensar que cheguei tarde demais. Ainda na mesma noite ele prometeu cuidar do garoto, em troca da minha lealdade. Quando eu o vi, não pude negar...
   - Ele tinha os olhos dela - Hermione completou , e Severus assentiu - Eu sinto muito.
   - Ele vai pagar Snape. - Disse Draco.
   - Rodolphus havia assim como Lucius alegado a maldição Imperius, então Dumbledore mandou Frank e Alice Longbottom para matar todos os Lestrange. Rabastan, Rodolphus, Bellatrix e você - Hermione estacou com as palavras de Snape. Ele não mentia. Estava sobre o efeito da poção. - Sua mãe havia acabado de deixar você com os trouxas. Nunca havia visto Bella tão abalada. Estava destruída. Nunca se perguntou o motivo de sua mãe não confiar em mim ? Eu estava lá quando os Longbottom foram torturados. Mas eu fugi quando os aurores chegaram. Me escondi atrás de Dumbledore.
   - Por que Dumbledore queria me matar ?
   - Ele passou anos te procurando. A reconheceu no instante que entrou pelo salão. Pode não ver isso mas tem muito de Bellatrix em você. Não sei o motivo ao certo, mas sei que Dumbledore quer derrotar o Lord a todo o custo, e também que há uma profecia sobre você e o Lord.
   - Profecia ?
   - Sim.
   - Quando descobriu sobre  o que aconteceu na noite em que Lily morreu ?
   - Tem duas semanas.
   - Então decidiu nos procurar ?
   - Sim.
   - Dumbledore sabe que está vivo ?
   - Sabe.
   - Está disposto em fazer o voto perpétuo ?
   - Sim, eu o farei.
   - Mesmo sabendo que Potter irá morrer caso ganharmos ?
   - Não tenho mais nada a perder.
   - Draco, prepare sua varinha. Precisamos de um avalista.
      Severus e Hermione se ajoelharam, frente a frente, um segurando a mão direita do outro com Draco segurando sua varinha proximo a elas.
   - Você, Severus Snape, será fiel ao Lord até o fim ?
   - Serei.
      Uma fina língua de fogo-vivo saiu da varinha e envolveu as mãos como um arame em brasa.
      Hermione e Snape soltaram as mãos. A garota parecia perdida em pensamentos. Draco pigarreou, a trazendo de volta a realidade.
   - Pode ir Severus, estã liberado. Quando a hora chegar eu lhe chamarei.
      Draco e Hermione observaram Snape sair do escritório. Quando ficaram a sós ele virou-se para ela.
   - E agora ? - Draco perguntou. -Como descobriremos a tal profecia ?
   - Daremos um jeito.

Ao retornar ao castelo no dia seguinte o humor de Hermione piorou. Ela não conseguia manter-se calma perto de Dumbledore depois da conversa com Snape. Por culpa de Dumbledore, ela, Potter e Longbottom cresceram sem os pais.
      Três messes se passaram sem grandes novidades. Ja estavam em meio a março e estava na hora de colocarem a primeira parte do plano em ação.
      Eles precisariam saber quando Dumbledore deixaria a escola quando soubesse sobre a falsa horcrux. Tom já estava ciente do plano e havia concordado com tudo. Ginny se ofereceu para se infiltrar, já que nos ultimos messes Potter havia demostrado um grande interesse nela.
      Draco não havia gostado muito disso, e Hermione apesar de sentir muito sabia que era necessário. Uma noite antes de colocarem o plano em prática ela havia ido passar a noite na Mansão Malfoy, para dar mais privacidade a eles. Não que tivesse sido um grande sacrifício, pois ela pode ficar com Tom.
      Na hora combinada, Draco e Hermione desceram juntos para tomar café. Minutos depois Ginny entra furiosa no salão. Os olhos dela estam vermelhos marcados pelo choro, coisa que a castanha sabia que havia sido verdadeiro.
   - ESTUPEFAÇA - Ela gritou, apontando a varinha para Draco errando por centímetros.
      Todos olhavam assustados. Havia messes que ela e Malfoy estavam juntos e ninguém nunca havia visto eles brigarem.
   - Ginny, pare..  - Hermione disse.
   - Cala essa boca. Eu sei sobre vocês. Eu os vi juntos hoje de manhã.
   - Ginny, meu amor eu posso explicar ... - Draco tentou se aproximar dela, mas ela começou a o estapear.
   - SE AFASTA DELA MALFOY - Hermione sorriu, ao ver que quem gritava era Harry Potter. Ele estava atrás de Ginny e apontava a varinha para Draco.
   - JÁ CHEGA - A Professora McGonagall aparareceu para ver o por que da confusão. - Sempre vocês. Se cada um não for pra sua mesa agora, estarão todos de detenção até o final do ano letivo.
      Após trocarem algumas encaradas cada um foi para sua mesa. Draco e Ginny evitavam se olhar. Hermione e Pansy tentavam anima-lo mas ele mal as ouvia e nem tocava na comida a sua frente.
      Mais tarde naquele mesmo dia Ginny enviou uma coruja para Hermione dizendo que Potter ja estava começando a contar as coisas e que a pedira em namoro dizendo que a faria esquecer Draco, e que ela pedira um tempo para pensar, mais que aceitaria para não arruinar o plano.
      Ela achou melhor que Draco não visse a carta então a queimou na lareira antes que ele saísse do banho. Sabia que não deveria ter feito isso, mais ele ja estava sofrendo tanto...
      Assim que entraram no salão principal Hermione viu Ginny em um canto com Potter, quando viu Draco seus olhos se encheram de lágrimas. E ela provavelmente não ouvia o que Potter dizia pois ele se virou para ver para onde ela olhava.
      Draco havia parado para ver o que Hermione tanto olhava e quando viu Ginny se arrependeu. Potter o olhava com um sorriso no rosto, então soube exatamente o que ele faria. Do seu lado ouviu a prima praguejar baixinho, sinal que ela também sabia o que viria a seguir.
      Ali na frente de todos, na frente de Draco e Hermione, Potter beijou Ginny.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...