História Love in Darkness - A missão

Voldemort olhava satisfeito para o corpo do homem. Admitia que havia substimado a jovem Lestrange, mas ela provara ser realmente filha de Bellatrix.
      Ele se virou para Hermione. Ela sorria satisfeita consigo mesma. Não havia nenhum sinal de remorso pelo que acabara de fazer.
   - Mê de seu braço Lestrange. - Hermione estendeu o braço para ele, que o tocou com sua varinha, e no local onde a ponta da varinha tocava ia aparecendo a marca negra. Hermione fez uma careta de dor, mas parecia estar muito satisfeita - Seja bem vida MyLady ele disse dando um beijo onde agora se via claramenta a marca.
      Hermione sentiu um leve formigamento no local , porém ignorou. Em sua cabeça ecoava a voz do agora seu Lorde a chamando de MyLady.
      Bella sorria orgulhosa, ela sabia que no fundo tivera medo de sua filha falhar, mas agora ela sabia que não. Hermione com toda certeza seria uma ótima comensal. Bella e Rodolphus não poderiam estar mais orgulhosos.
      Ouve-se uma batida na porta e Narcisa a abre. Seus olhos passam do corpo morto ao chão ao braço de Hermione. Ela arregala os olhos e encara Hermione com uma expressão triste.
   - Com licença, Milord. O jantar será servido. O senhor nos dará a honra de se juntar a nós ?
   - O que me diz Lestrange ? - Voldemort diz, pegando Hermione de surpresa. - Acha que devo juntar-me a vocês ?
   - Se não estiver muito ocupado e for de sua vontade, Milord. - Ela disse, olhando dentro dos olhos de Voldemort.
   - Irei lhes dar esta honra Narcisa. Mas antes será que podem me dar um minuto com a Srta. Lestrange ? - Narcisa olhou para Bella que assentiu, ja estavam saindo da sala quando Voldemort chamou Narcisa de volta. - Diga a Draco para vir aqui, quero falar com ele e Lestrange sobre a missão que lhe dei.
   - Claro, Milord - Narcisa saiu, indo á procura de Draco.
   - Posso saber do que se trata essa missão ? - Hermione diz curiosa.
   - Curiosa Lestrange ? Vamos esperar Draco.
      Hermione bufou, esquecendo dos modos com seu Lorde, odiava ficar curiosa.
      - Algum problema Hermione ? - Voldemort sussurou em seu ouvido. Hermione que estava de costa para ele não o viu se aproximando e acabou estremecendo.
   - Admito que sim, Tom. Odeio ficar curiosa.- Ela sabia que não deveria ter o chamado por esse nome. Ela fechou os olhos e esperou pela dor, mas ao invés disso ouviu Voldemort rir. - Eu disse algo engraçado ? - Ela perguntou virando-se para encara-lo.
   - Não Srta, mais é incrível como este nome que tanto nego soe tão bem na sua voz. - Ela corou e virou em direção a porta para que ele não visse.
      Tom iria dizer algo, mas então Draco entra pela porta com uma expressão um pouco confusa quando vê a marca no braço de Hermione.
   - Mandou me chamar, Milord ?
   - Sim, Draco. - Tom diz, sentando-se em uma das poltronas e conjurando mais uma fez sinal para ambos se sentarem.
   - Ótimo, agora que Draco chegou podemos falar sobre a tal missão ? - Hermione diz impaciente e Draco lhe da um olhar de censura.
   - No começo das férias dei ao jovem Malfoy uma missão altamente importante Srta. Lestrange, e eu gostaria de que o ajudasse. Se os senhores tiverem sucesso serão muito bem recompensandos.
   - E qual seria a missão ?
   - Acredito que a senhorita irá gostar, Lestrange. - Hermione franziu a testa não fazendo idéia do que se trataria a tal missão - Eu quero que vocês matem Albus Dumbledore.
      Hermione sorriu satisfeita, Draco a olhava achando que ela estava louca. Era uma missão suicida. Dumbledore era tão poderoso quanto Voldemort, e eles dois adolescentes que nem haviam terminado a escola.
   - Draco quero que você e Hermione trabalhem juntos nisso. Se esforcem e não deixem que ninguém perceba que estão tramando algo. Severus os ajudará caso precisem de algo.
   - Severus ? Severus Snape ? - disse Hermione ?
   - Sim Lestrange, algum problema ? - perguntou Tom.
   - Tenho motivos para acreditar que ele seja fiel a Dumbledore.
   - E quais são eles ? Gostaria de os dividir conosco ?
   - Ele tem passado informações para Dumbledore e para a Ordem desde seu retorno, Milord.
      Hermione viu um deslumbre vermelho nos olhos de Voldemort, sabia que ele estava furioso com Snape.
   - Snape. Ele irá morrer pela traição. Já está sendo muito utíl Hermione, Bella vai ficar orgulhosa da filha que tem.
   - Milord, posso dar uma idéia ? - Perguntou Draco, que até então apenas observava o diálogo dos dois.
   - Diga Malfoy.
   - E se ao invés de matar Snape nós os usassemos para passar informações erradas para a Ordem ? Poderia ser utíl por algum tempo, não ?
   - Ora, ora Malfoy, está começando a mostrar que não é um inutíl.
      Draco apenas assentiu.
   - E o que faço em relação a Potter senhor ? - Perguntou Hermione.
   - Acho que deve continuar falando com ele Herms, pode ser utíl para sabermos o que Potter, Dumbledore e a Ordem sabem sobre o Lord, claro que se o senhor concordar, Milord. - disse Draco.
   - Draco tem razão. Você será nossa  informante na Ordem. Continue assim Malfoy e será mais utíl do que seu pai tem sido em todos esses anos Podem ir.
      Hermione assentiu satisfeita. Draco se levantou e olhou para a prima que continuava sentada. Ela fez um sinal para que ele fosse na frente e Draco saiu.
   - Quer alguma coisa Lestrange ?
   - Sim, Milord. Potter não mentiu quando disse que a profecia se quebrou sem que ninguém a ouvisse. Mas Dumbledore sabia o contéudo pois ela foi feita para ele e Potter compartilhou comigo e com Weasley. - Tom mal podia acreditar no que Hermione dizia. Ele sabia que a garota seria de grande importancia, mas estava se surpreendo. - "Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... Nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... E o Lorde das Trevas o marcará como o seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece... E um dos dois deverá morrer na mão do outro, pois nenhum não deverá viver enquanto o outro sobreviver... Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar".
      Tom encarava o nada fixamente, imerso em seus pensamentos.
   - " Um poder que o Lorde das Trevas desconhece" ?
   - Dumbledore disse a Potter que é o amor, Milord.
      Tom fixou seus olhos em Hermione. Havia algo no olhar da castanha que o acalmava e lhe passava a sensação de segurança.
   - Tão pouco tempo e já tem sido mais utíl do que muitos que estão aqui a anos. - Vá com sua família Lestrange. Diga a Narcisa que não poderei comparecer,a Srta me deu muito no que pensar.
      Hermione assentiu e saiu da sala deixando-o sozinho. Ao fechar a porta deu de cara com Draco que parecia preocupado.
   - Que merda você fez Hermione ?
   - Do que você está falando Malfoy ?
   - Dessa marca em seu braço, ta maluca garota ?
   - Você não reclamou quando deu a idéia de me colocar como informante não foi ?
   - Você é maluca sabia ? E o que diabos estava fazendo com ele la dentro ?
   - Estava transando com o Lorde das Trevas, Draco - Draco arregalou os olhos para ela - Por Merlim, é brincadeira Draco. Não da pra te falar no meio de um corredor.
   - Então você vai me falar ?
   - Talvez. Mas você não pode dizer nenhuma palavra a ninguém.
    - O que os dois estão fazendo neste corredor. Estamos esperando vocês. - Narcisa vinha andando em direção a eles. - E o Lord ?
   - Ele pediu para avisar que não poderá comparecer tia - Hermione respondeu.
   - Então vamos, ja está ficando tarde.

      Hermione se divertiu naquele jantar como há tempo não se divertia . Conheceu seu tio Rabastan, que era a pessoa mais engraçada que ela ja havia conhecido. Ele e Rodolphus pareciam duas crianças implicando um com o outro.
      Já sua tia Narcisa, havia se mostrado muito carinhosa e preocupada. Olhava para Hermione com carinho, do mesmo jeito que olhava para Draco.
      Mas para a surpresa de Hermione, a pessoa na qual ela mais gostara e se dera bem foi Draco. Ele se mostrava ser uma pessoa bem diferente do Draco que ela conheceu em Hogwarts.
      Já ele via em Hermione a chance de ter a irmã que ele nunca teve. Ela era muito mais que a sabe tudo irritante que ele achou que ela era. Teve a certeza disso desde que chegaram na Mansão Malfoy.
   - Estou amando ficar aqui com vocês, porém está tarde, tenho que ir - Hermione disse se levantando.
   - Nem pense nisto moçinha - Bella disse - Como você mesma disse esta tarde. Durma aqui está noite e amanhã de manhã eu lhe levarei em casa e conversarei com os trouxas para que passe a ultima semana de férias aqui conosco.
   - Bella... Você é uma foragida de Azkaban, não deve ser vista, principalmente perto de Hermione ou da casa dela.
   - Certo, certo - Resmungou ela - Narcisa irá com você.
   - Draco leve sua prima para o quarto dela.
   - Meu quarto ? - Hermione disse confusa.
   - Sim querida, você o tem desdê que nasceu. Ao lado do quarto de Draco. É claro que trocamos os movéis, mas ele sempre foi e será seu.
      Hermione sorriu, deu boa noite para todos e saiu acompanhada de Draco. O quarto era no corredor do primeiro andar. Ao abrir a porta Hermione ficou impressionada. Era lindo e aconchegante. As paredes eram de um azul tão claro quanto o céu e havia uma enorme cama de casal com lençois pretos no meio do quarto. Aos lados da cama havia duas mesinhas de cabeceira, e no canto uma mesa para estudos. Havia também duas portas.
   - Mamãe disse que aqui é o closet, e aqui o banheiro. - Disse Draco, apontando para as portas enquanto falava. Ele se sentou na cama e virou-se para Hermione - Vai me dizer o que estava conversando com o Lorde das Trevas ?
   - Já lhe disseram que você é muito curioso ? - Draco sorriu. Antes que Hermione pudesse dizer algo uma coruja bateu na janela. Ela a abriu para a coruja entrar e quando a mesma passou por ela, Hermione a reconheceu. - Edwiges. - Draco a olhou confuso. - É a coruja do Potter.
   - Calma Herms, abra a carta.
      Hermione pegou a carta de Edwiges e se sentou na cadeira de sua mesinha de estudos abrindo a carta :

" Mione.
Sei que nos vimos hoje, mais depois que você foi embora, quando estavamos na loja dos gêmeos vimos o Malfoy.Ele estava sozinho. Provavelmente deve ter se esforçado para sair do alcançe da mãe dele. Eu e Rony decidimos segui-lo com a capa de invisibilidade. O seguimos até a Travessa do Tranco, onde ele entrou na Borgin e Burkes, Rony tinha algumas orelhas extensíveis então conseguimos ouvir o que eles conversaram. Malfoy comprou alguma coisa e pediu a Borgin para guardar para ele, e queria que Borgin o ensinasse a consertar uma outra coisa. Ele mostrou algo para Borgin que o deixou assustado. É a marca Hermione. Eu sei que é. Rony acha que é loucura, mais eu tenho certeza que Malfoy é um comensal. Me diga o que você acha.
Harry".

      Hermione levantou os olhos para Draco, que esperava ela dizer alguma coisa.
   - O que foi Herms ? Fala alguma coisa. - Draco ja estava ficando assustado. Hermione não conseguia achar sua voz, então estendeu a carta para Draco ler. Quando terminou ele olhou assustado para Hermione. - E agora ? Acha que ele contará para alguém ?
      Hermione não respondeu, começou a revirar tudo a procura de um pergaminho e uma pena. Quando achou sentou-se novamente e pensou em algo para escrever a Potter.

"Harry,
Malfoy, um comensal ? Não seja idiota Harry. O que Voldemort iria querer com um adolescente que mal terminou a escola ? Dumbledore não iria gostar de saber que você se arriscou seguindo Malfoy por nada. Rony tem razão, é maluquice, esqueça isso.
Hermione."

      Ela mostrou a carta a Draco e deu a Edwiges para que a entregasse a Potter. Assim que a coruja saiu ela se sentou na cama com seu primo.
   - Agora me diga o que foi fazer na Borgin e Burkes.
   Draco suspirou, mais sabia que podia confiar em Hermione. E de qualquer maneira ela teria que saber agora que essa missão também era dela.
   - O que eu pedi para Borgin guardar é um colar, é amaldiçoado. Tenho que dar um jeito do colar chegar a Dumbledore. Ele morrerá assim que o tocar. E o que pedi para ele me ensinar a concertar foi um Armário Sumidouro.
   - Um Armário Sumidouro ?
   - Sim, lembra quando Montague sumiu ano passado ? Então ele ficou preso em um que tem na sala precisa, e o par dele está na Borgin e Burkes.
   - E se conseguissemos consertar, poderiamos colocar quantos comensais quissessemos dentro de Hogwarts - Ela sorriu - Você é um gênio Draco. Agora me deixe dormir certo ? Potter não vai esquecer essa historia de você ser um comensal tão facíl. Preciso pensar em algo.
   - Tudo bem, tudo bem - disse ele se levantando e indo até a porta. - Mas não esqueci a nossa conversa sobre o Lorde das Trevas. Boa noite Herms.
   - Boa noite Draco - ela disse revirando os olhos.
      Hermione foi até a porta que Draco lhe disse que era o closet e pegou uma camisola de renda preta para dormir. Caminhou até o banheiro decindindo tomar uma banho para relaxar.
      Hermione apagou assim que deitou na cama enorme e confortavél.
     
      Ao acordar no meio da madrugada, Hermione pegou em sua bolsa um livro trouxa que estava lendo " O morro dos ventos uivantes" e desceu até a sala imaginando que todos estariam dormindo.
      Distraída em seus pensamentos não o viu sentado em uma das poltronas.
   - Caiu da cama Hermione ? - Ela se virou, dando de cara com o Lorde das Trevas, que encarava suas pernas. Foi então que ela se deu conta de que havia descido de camisola.
   - Não tinha o visto aí, Milord - Ela disse corando levemente.
   - Pode me chamar de Tom, pelo menos enquanto estivermos sozinhos. - Ele não sabia o por que havia dito aquilo, só podia estar ficando maluco. - Que livro é esse que está lendo ?
      Tom levantou, indo em direção a ela, que lhe estendeu o livro.
   - O morro dos ventos uivantes. É um romance trouxa.
   - Eu já li. - Tom devolveu o livro a ela que o olhou surpresa.
   - O que foi ? - Ele sorriu - Gosto de ler.
   - Tom Riddle, o temido Lorde das Trevas, lendo romances trouxas ? - Ela gargalhou, e Tom não pode deixar de rir com ela.
      Os dois se olharam nos olhos. Tom tinha certeza que nunca havia visto uma bruxa tão linda e poderosa como ela era. Ele podia sentir a energia que vinha dela.
      Os dois estavam muito proxímos e Hermione estava tão perdida na beleza dele quanto ele na dela.
      Tom queria beija-la, mas se conteve. Hermione sabia o que queria, e sabia o preço que poderia pagar por tal atrevimento. Mas sem pensar muito sobre as consequências, ela quebrou a distância entre eles, e fez o que queria ter feito desde o momento em que o viu naquela sala, o beijou.