História Love Insane - Vamos Não Nos Apaixonar

 

 

Confusão. Era a palavra que eu usava para descrever meus sentimentos sobre a (S/N). É claro que eu gosto de ter a Kiko por perto, mas, sinto uma coisa diferente quando a (S/N) está a centímetros de mim.

 

É como se eu ficasse enfeitiçado a cada vez que vislumbro aquele lindo par de pérolas negras. O sorriso dela é tão lindo, as vezes me sinto um bobo de sorrir junto com ela enquanto a observo brincar com meus filhotes. É até engraçado que Gaho e Jolie tenham gostado tanto da (S/N), sendo que conhecem a Kiko à mais tempo e, sempre tiveram implicância com ela.

 

Percebi que a Mizuhara não gostou nem um pouco dela, pra falar a verdade, ela nunca gostou de ninguém que pudesse "roubar o lugar dela". (S/N) por outro lado, parece aturar todas as manias e birras de Mizuhara. Mas, eu acho que essa notícia da Kiko ser minha noiva não agradou muito ela, está agindo estranho desde de que soube, exceto em poucos momentos em que eu conseguia me reaproximar da mesma.

 

(S/N) atendeu mais um capricho da Kiko e foi até um mercado. Segui até meu quarto pensando na cena de momentos atrás, em que acidentalmente caímos. O corpo dela sobre o meu, nossos olhares se cruzando, um leve arrepio percorrendo pelo meu corpo, ela estremecendo em meus braços, minhas mãos em sua cintura, meu coração totalmente acelerado, o perfume dela inundando meus pulmões, e aqueles lindos lábios entreabertos, tive uma enorme vontade de beijá-la.

 

— Ji Yong-Oppa! — Fiz uma careta, devido o tom de voz fino demais. Kiko sorriu, me arrancando dos belos pensamentos alheios. 

 

— Oi? — Suspirei candado, deitando na cama.

 

— Estou tão feliz de revê-lo! — Selou nossos lábios em um beijo rápido. — Oppa! Vamos brincar, quero me divertir com você. — Começou a pular na cama.

 

— Agora não querida, talvez mais tarde. — Recuei um pouco pro lado, pra ela não acabar me machucando cada vez que pulava mais alto e com mais força.

 

As vezes eu me perguntava, se eu havia me apaixonado pela Kiko por causa do jeito infantil que ela tem e poucas pessoas sabem ou, se seria por causa do modo carinhoso como ela me trata e eu não costumo demonstrar da mesma forma, apesar de gostar. Mas, ela sempre me conquistou com os seus charmes, e por mais que ela tenha muitos defeitos, não consigo deixá-la. O que era pra ser apenas uma foda, acabou se tornando algo mais sério, como um noivado.

 

— Por favoor, Oppa! — Gemeu fazendo carinha pidona, se sentando ao meu lado.

 

— Desculpe meu bem, estou cansado. —  A mesma começou a me balançar, fazendo birra.

 

— AAaahr, eu quero brincar com você Ji Yong-Oppa! — Me empurrou com muita força.

 

Eu estava na beira da cama e escorreguei, ela tentou me segurar mas eu a puxei muito forte, ela acabou caindo, acertando sua cabeça no chão. Quando eu caí da cama, bati meu cotovelo no chão, dando um choque em todo o meu braço. Por causa da brincadeira besta dela, nós dois nos machucamos. 

 

— Aahr, está doendo Oppa. — Ela se sentou gemendo de dor, com uma das mãos na cabeça. 

 

— Ah, eu sei, eu sei. Também me machuquei. — Gemi massageando meu braço.

 

Depois de alguns minutos gemendo de dor, me levantei em seguida a ajudei a levantar. Ela deitou na cama murmurando sobre a queda. Deitei ao lado dela, e comecei a acalmá-la, a mesma começou a reclamar dizendo que estava com fome. E começou a julgar (s/n) pela demora, então disse que iria ver se a mesma havia chegado.

 

— (S/N)? — Procurei ela pelos cômodos. Nem um sinal da mesma.

 

Notei  a sacola cheia de compras em cima da mesa da cozinha. Será que ela já foi? Segui até o quartinho onde  vejo o uniforme. Volto pra cozinha ainda pensando onde ela estaria. Pego um Iogurte Diet e uma Bolacha Diet dentro da sacola e levo até Kiko. 

 

— Parece que ela já foi. — Entrego o lanche a Mizuhara, e pego meu celular.

 

— Não sei por que ela trabalha aqui. Ela é tão insolente! — Disse Kiko, se sentando e abrindo o pacote de bolacha diet.

 

— Eu não concordo com você. (S/N) está sempre me ajudando muito. — Ditei e fui fuzilado pela mesma.

 

— Está defendendo ela agora? — Fez um bico muito fofo.

 

— Sim estou, ao contrário dela, você não faz muitas tarefas por aqui. Deveria agradece-la. — Procuro o número da (s/n) em meus contatos no Kakao. 

 

— Ah, ao contrário dela, eu não preciso disso, tenho pessoas pra fazerem isso por mim. — Revirou os olhos, bebendo um pouco de seu iogurte diet.

 

— Exatamente Mizuhara, ela é uma dessas pessoas pra mim. Sem ela, eu estaria perdido. — Não era exatamente o que eu queria dizer, mas, se eu o fizesse diferente, Kiko não largaria do meu pé por causa dela.

 

— Deviam ter enviado uma Ajumma pra você, não ela. — Bufou.

 

— E fazer a pobre senhora trabalhar até morrer? Não obrigado, nunca estive tão satisfeito. — Admiti, levando um soco no braço.

 

Encontrei o contato dela no Kakao. Ela estava online. Resolvi mandar uma mensagem. Só pra me certificar de que ela está bem. Claro.

 

Eu: "(S/N)? Você não está morta numa vala né? °-° " — Enviei.

 

(s/n): "Já terminei meu expediente, além disso... Não quis atrapalhar." — Respondeu uns minutos depois.

 

Eu: "An? Isso é ridículo, sabe que nunca vai me atrapalhar." — Confessei.

 

(s/n): "... O casal." — Visualizei, mas não sabia o que responder.

 

Eu: "Da próxima vez me avise, por favor. Eu fiquei preocupado por não te ter aqui comigo." — Mudei o assunto.

 

(s/n): "Com o senhor... E a srt.Mizuhara." — Cortou.

 

Eu: "(S/N), não me chame de senhor. Já falamos sobre isso antes." — Escapada de mestre.

 

(s/n): "Tenho que ir. Tchau, Ji Yong." — Enviou.

 

 

 

 

xXx

 

 

 

~ Ligação On.

 

— Claro que eu vou seu idiota. — Confimei.

 

— Espero mesmo. Pare de agir como um Ajusshi, e venha se divertir. — Falou o Maknae.

 

— Vou levar alguém comigo. — Avisei, fitando a morena dormindo na cama.

 

— Estava demorando né hyung, mas tudo bem. Eu acharia estranho se não levasse. Já virou até tradição o hyung levar mulheres para as festas. — Riu alto do outro lado da linha.

 

— E já virou tradição não faltar mulheres em suas festas, ainda mais na sua cama, não é mesmo Seungri? Mas não se preocupe, sua namorada não ficará sabendo. — Ele permaneceu calado, e eu dei um riso soprado. 

 

— Ela não precisa ficar sabendo disso hyung.. Por favor, nã-

 

— Já disse pra não se preocupar. Bom, tenho que ir, Mizuhara acordou. — Interrompi o mesmo.

 

~ Ligação Off.

 

— Mizuhara? — Chamei-a.

 

— Oppa...? — Respondeu ainda sonolenta.

 

— Você quer ir em uma festa comigo? — Fiz cafuné em seus cabelos.

 

— Claro querido. — Envolveu minha cintura deitando em meu peito.

 

— Que bom. — Disse, me arrependendo de ter feito o convite.

 

 

 

 

 xXx

 

 

 

— Então como eu estou?

 

Mizuhara perguntou, dando uma volta em seguida. Ela estava com vestido rodado de cor branca, com rendas nas bordas. Um cinto preto mostrava exatamente a silhueta de sua cintura, combinando com o par de sapatos altos pretos. Ela segurava uma bolsa preta com detalhes pratas. Seus cabelos na altura dos ombros, estavam mais lisos e de alguma forma volumosos também e, sua franja quase escondia seu olhar atrevido e cheio de sombra escura, seus lábios estavam vermelhos como uma rosa. Ela estava muito bonita e sorridente.

 

— Linda, como sempre. — Elogiei e ela agradeceu. — Mas e eu? O que achou do meu novo terno? — Perguntei querendo saber qual seria a "frase puxa saco" da vez.

 

— Bom, como foi eu que comprei, lógico que está maravilhoso, e fico muito orgulhosa de você finalmente usar as coisas que eu te dou. — Se aproximou começando a ajeitar gola do terno.

 

— Eu sempre usei as coisas que você me deu. Mas, também tenho que usar as coisa eu compro. Se não, não teria graça em ser rico e não comprar o que eu quero. — Resmunguei.

 

Fala sério, só por que comprou pra mim, não significa que eu seja obrigado a usar. Eu não mandei comprar essa porra. É claro que com as VIP's é outra coisa, eu amo ganhar presentes delas, são uns mais legais que os outros. Mas, os da Kiko, chegam a ser muito exagerados.

 

Como da vez em que, ela me deu um tapete persa com as inicias GD bordada no meio. Eu gostei muito, mas pra que um tapete desses se você não pode nem pisar em cima? Afinal de contas, não é pra isso que tapetes servem? Então porque ela tinha frescura quando eu ia comer pipoca deitado em cima dele? Chega a ser estressante. Resolvi doar aquela coisa.

 

Acho que não são nem os presentes que são, e sim a própria Misuhara que é exagerada em como devo usar ou não. Isso é um defeito dela, que eu não suporto, muita das vezes nós acabamos brigando por causa disso. O que resulta em quase duas semanas sem se falar, ela postando fotos com alguns caras que não conheço e, eu escrevendo músicas ou bebendo com os hyungs nas festas. 

 

Nosso relacionamento é bem complicado.

 

— Ji Yong! — Ela me despertou.

 

— Estou aqui. — Disse a ela.

 

— Sério? Não parece! Sabe o que parece? Que você anda no mundo da lua! Vamos logo! Não quero me atrasar. 

 

— Quem disse que você foi convidada? Se eu não tivesse te chamado pra ir junto comigo, você ficara feito uma idiota aí. Esperando eu voltar. — Bufei, discutindo com a mesma. 

 

— Esperando mesmo, sabe porque? Por que você nunca vai me deixar! Mesmo que diga que terminou, sempre acaba voltando, porque realmente gosta da idiota aqui! — Disse ela com os olhos marejados. 

 

Por mais que eu quisesse contrariar isso, ela estava certa. Sempre que acaba, eu vou atrás dela. Não sei o que me dá na cabeça de ainda nutrir sentimentos por uma mulher como ela. Eu podia ter me livrado dela a muito tempo atrás, mas nenhuma foda se compara com a que eu tenho com ela. Muito menos os sentimentos que ainda tenho por ela. 

 

— Ah, Mizuhara. Me desculpa. Eu não queri- — Fui interrompido.

 

— É melhor você ir. Vai se atrasar. — Ela sentou na beira da cama. 

 

— Mas e você? — Quis saber preocupado, me sentia culpado.

 

— Não fui convidada, esqueceu? — Perguntou irônica. — Eu vou pra casa Ji Yong. Preciso de um tempo sozinha.

 

— Quanto tempo? — Hesitei em perguntar mas, era necessário.

 

— Isso importa? Eu não sei, tá bom? Vai logo. Eu já tô de saída. — Levantou arrumando suas coisas. Droga, de novo não. 

 

— Mizuhara, não precisa fazer isso. Não precisa ser assim. — Tentei convence-la do contrário.

 

— Tem certeza? Tchau G-Dragon. — Terminou de arrumar as coisas e saiu. 

 

 

 

 

xXx

 

 

 

 

No carro, à caminho da festa do Maknae, não conseguia parar de pensar em qual seria a conversa ridícula que estaria tendo com Kiko ao meu lado. De qualquer forma, acho que posso me divertir sem ela. Sem sombra de dúvidas.

 

A poucos metros de distância eu já podia ver o enorme muro com cerâmicas bejes e o enorme portão de cor preta. Ao chegar em frente ao portão, apertei o interfone.

 

 

 

— Pois não? 

 

— Oi Lilly! 

 

 

— Olá sr. Ji Yong! Seja bem-vindo. 

 

— Obrigado noona.

 

 

Pude ouvir uma breve risadinha antes de o enorme portão se abrir permitindo meu carro entrar. Ao chegar em frente ao prédio luxuoso do mais novo, estacionei meu Bentley, e caminhei pouco até a entrada. 

 

Assim que adentrei o local, fui muito bem recebido por alguns recepcionistas ao entrar no salão principal, ouvi alguns elogios escaparem dos lábios cheios de batons de algumas mulheres presentes lá.

 

Segui em direção ao elevador. Peguei meu celular e resolvi mandar uma mensagem avisando a Kiko de que havia chegado e de que ela fazia falta. É claro que, ela não respondeu. 

 

Ao chegar no andar desejado, ouvi o som ficar cada vez mas alto. Logo reconheci o refrão de Don't Let Me Down, e ao abrir a porta dei de cara com várias criaturas familiares. Fui bobo de ter acreditado seria apenas eu e os hyungs com algumas garotas, mas metade da YG estava lá. 

 

Vislumbrei Seungri se aproximar com duas taça de vinho em mãos.

 

 — Pensei que não viria mais Hyung. — Se pronunciou me oferecendo uma das taças. 

 

— Eu não perderia isso por nada. — Movimentei meu pulso, girando o líquido antes de beber um gole.

 

— Mas cadê a tal pessoa que iria trazer? — Perguntou o mais novo me direcionando pra perto dos hyungs.

 

— Ah, infelizmente tive uma briga com a Mizuhara, o que resultou na minha chegada sozinho. — Expliquei bebendo mais um gole.

 

— Sinto muito Ji Yong. Mas, veja pelo lado bom, tem muitas gatinhas por aqui. — Sorriu sacana olhando pro bumbum de uma mulher que havia acabado de passar por nós. — O suficiente para todos. — Completou.

 

Logo ele me abandonou e seguiu a moça, ele não tem jeito mesmo. Seungri sendo Seungri.

 

— Ji Yong-Oppa! — Chaerin se aproximou com um copo na mão, pondo um dos braços em meu ombro. — Como está o meu Oppa preferido? — Seu tom de voz era enrolado, e o cheiro forte de vodca estava a impregnar meus pulmões.

 

— Ei, achei que eu fosse o seu Oppa preferido. — T.O.P sorriu se aproximando.

 

— Shhiiu! Ninguém precisa saber disso. — Balbuciou as palavras. — Mas então Ji Yong, como você está? — Insistiu.

 

— Estou bem, mas você tem que pegar leve com a bebida. — Avisei, observando o vestido curto subir cada vez que ela se movia com o ritmo da música. 

 

— Seung Hyun, Ji Yong está querendo por limites aqui! — Disse a mesma, querendo apoio do hyung.

 

— Ele tem razão Noona, você está bêbada, devia pegar leve. — T.O.P me defendeu.

 

Começou a tocar Hello Bicthes. A CL gritou bem alto e começou a cantar, ela dançou em direção a Dara e a Parris que estavam dançando como se não houvesse amanhã.

 

— Sinto falta da Minzy. — Daesung se fez presente, olhando o champanhe em sua taça. 

 

— Não vamos falar disso agora por favor. — T.O.P falou sério. 

 

— Qual o problema? — Perguntei.

 

— Bommie me avisou que vai sair. Sendo assim não tem mais 2NE1. — O mais velho comentou, bebendo um grande gole de vinho.

 

— E elas já sabem disso? — Direcionei meu olhar as meninas que sorriam de forma inocente.

 

— Não. Só quem sabe é o Papa YG. Então por favor, que isso não saía daqui! E quando for anunciado, façam cara de surpresos. — Continuou sério esperando uma resposta. Daesung e eu assentimos. 

 

— Sinto muito por elas, eram incríveis. — Seungri surgiu com uma loira em seus braços.

 

— Preciso me distrair. — Daesung seguiu em direção ao bar.

 

— Cadê o Taeyang? — Perguntei olhando por todo o local o procurando.

 

— Você ainda pergunta? O que alguém como o Taeyang estaria fazendo em festa cheia de mulheres lindas com roupas que mostram mais do que devem? — T.O.P quis saber sarcástico. — Vamos lá, essa fácil.

 

— Transando em algum quarto. — O maknae respondeu sorrindo. 

 

— Esperar o que, não é mesmo? — Disse rindo com os outros dois.

 

Cumprimentei algumas pessoas na festa antes de me perder nas boas batidas e ritmos envolventes que as músicas tinham. Uma garçonete com uma roupa muito sexy - que provavelmente tinha sido escolhida por Seungri - ofereceu uma bebida e aceitei bebendo um pouco do champanhe. 

 

Uma tontura tomou da minha cabeça então me afastei da parte agitada da festa e andei em direção a cobertura do apartamento de Seungri.

 

A vista era de tirar o fôlego, mais o que me fez prender a respiração foi cena que acabei presenciando. Eu não podia acreditar no que estava vendo.

 

(S/N) havia acabado de chegar, acompanhada. O que ela fazia aqui? E quem era aquele cara ao lado dela? Por que eles estão tão juntos? Observei o Maknae cumprimentar eles, provavelmente o cara é algum amigo do mais novo. Seungri depositou um beijo no dorso da mão de (S/N), que parecia ter gostado do ato de safadeza do Maknae. 

 

Ela estava encantadora, com um lindo vestido tomara que caía preto de camurça, ele era colado o bastante para  detalhar  a  perfeita silhueta do corpo dela. Havia um cinto dourado marcando sua cintura, elas tem curvas na qual estou louco para derrapar. Seus par de saltos altos davam um último toque em suas coxas deliciosamente definidas. Seus cabelos negros e grandes, estavam soltos protegendo seus ombros nus, seu olhar era sedutor até mesmo com toda inocência que transmitia. Ela realmente estava muito linda. 

 

Nossos olhares se cruzaram. Um leve vento frio percorreu por todo meu corpo, me arrepiando. Ela pareceu um pouco surpresa ao me ver. Arqueei uma sobrancelha entortando meus lábios em um meio sorriso, aprovando a expressão curiosa dela.

 

O cara que a acompanhava falou alguma coisa em seu ouvido e a deixou indo em direção ao bar. É muito idiota mesmo um imbecil desse. Ela andou até um local mais afastado da pista de dança. Caminhei na direção dela e ao me aproximar o suficiente, o perfume gostoso dela tomou conta dos meus pulmões.

 

— O que está fazendo aqui? — Perguntei.

 

— Com certeza não estou de serviço. — Se virou pretendendo ir à algum lugar, mas eu segurei firme seu braço. — O q-que está f-fazendo? — Vacilou ao gaguejar. 

 

— Se pensa que essas suas atitudes me agradam está muito enganada. — Reprovei a atitude grosseira dela. — A proposito... Você está muito linda. — Deslizei minha mão até cintura dela, nos aproximando ainda mais e, logo  depositei um beijo no dorso da mão livre da mesma, enquanto observava aqueles lábios entreabertos.

 

— E-eu preciso ir. — Comentou me empurrando levemente e se retirando.

 

Ela continuava a me tratar mal, e sem motivo. O que foi que eu fiz? Ela só ficou assim depois que eu, ah, depois que eu a apresentei para Mizuhara! Seria bom se ela demonstrasse o ciúme, não que descontasse em mim.

 

E pra piorar, estava acompanhada  de um cara que eu nunca tinha visto na minha vida. Será que era o namorado dela, ou um amigo? Do jeito que ele a olha, devem ser mais que amigos. Senti um aperto no meu peito, o que deu em mim? Ahr preciso beber.

 

 

 

 

xXx

 

 

 

 

— Tudo bem, tudo bem. Nós aceitamos! — Anunciei e todos vibraram.

 

Depois de praticamente todo mundo da festa insistir, eu e os hyungs aceitamos cantar algumas músicas nossas. Essa ideia foi do dono da festa, ele já tinha previsto essa. Se não, pra quem mais seria o palco montado e os microfones ligados lá embaixo?

 

A festa toda foi pro espaço de eventos no primeiro andar, onde tinha um bar, luzes néon, piscina e etc. Todos a espera de BigBang.

 

Seungri foi atrás de Taeyang em um dos quartos. Enquanto isso dei uma passadinha no bar pra pegar uma bebida enquanto a bar-girl ainda estava lá. Ao me aproximar, pude reconhecer a moça atrás do balcão de bebidas.

 

— Boa noite gatinha, vou querer uma dose de vodca, por favor.— Fiz meu pedido, dando uma piscadela.

 

— Pode deixar. — Disse Nick sorridente.

 

— Então, quer dizer que o Seungri te contratou? — Puxei assunto. 

 

— Na verdade não, ele apenas alugou o serviço de bebidas, garçonetes e bar-girls da minha agência... Então cá estou eu.

 

— Esse Maknae não tem jeito mesmo. E tudo isso só pra uma noite. — Comentei risonho.

 

— Aqui sua bebida Ji Yong. — Me entregou a dose, limpando suas mãos no guardanapo.

 

— Nick? Se precisar de alguma coisa, não hesite em me pedir, Okay? Estou a sua disposição sempre que precisar. — Avisei.

 

— Acho que pra você, já está bom de bebidas por hoje. — Ela sorriu.

 

— Hey, me diga uma coisa... Você sabe quem é o cara que está acompanhando a (S/N)?? — Perguntei.

 

— Quem o Jong Suk? Ah, ele é apenas o- — O celular dela interrompeu. — Um minuto. — Disse enquanto voltava a falar no celular.

 

Droga, faltava tão pouco. Quem foi o infeliz que fez ela não me dar uma informação tão importante quanto essa? Que merda. Então, era esse o nome dele, Jong Suk. Que nome horrível.

 

Terminava minha bebida enquanto observava o resto do pessoal sair, e seguirem em direção ao espaço de eventos, no primeiro andar. 

 

— Okay Okay. — Finalizou a ligação, finalmente.

 

— E então? 

 

— Ah, desculpe Ji Yong. Tenho que descer. — Ela saiu do bar e sem mais explicações, foi embora.

 

Ahr! Só pode ser brincadeira. 

 

 

 

 

 

xXx 

 

 

 

 

 

 

No palco, prestes a cantar a primeira música da noite, pude ver (S/N) no meio da mediana multidão que se formava, ela estava sorrindo enquanto me fitava. Sorri de volta.

 

Quando uma das luzes refletiram em sua direção, só então, pude perceber que ela estava rindo enquanto conversava com alguém. Ela não estava sorrindo para mim, ou comigo. E sim das coisas que o tal de Jong Suk dizia em seu ouvido enquanto segurava em sua cintura. Que aproveitador. Que idiota. 

 

Passei a mão no rosto limpando o leve suor que formava em minha testa. Por que eu estava tão nervoso? 

 

— Yeah! Tonight, such a beautiful night, sing with me now!  — Anunciei. — Big bang, big bang, we're back again one more time say. No way, no way, neomu swipge tto nami dwae!

 

— Big bang, big bang, don't stop, let's play! Ok, ok, go, go, go! — T.O.P completou sua parte e não demorou muito para eu ouvir os gritos, outra sentia a vibração que todos transmitiam.

 

A música iniciou, fazendo todos ali na pista tirarem o pé do chão. Os gritos, as pessoas dançando, os corpos se envolvendo na batida, era tudo maravilhoso. Logo me libertei ao som. Cantei com todo o meu ser. Interagindo com os hyungs no palco, agitando à todos. 

 

T.O.P finalizou a música com sua frase marcante:

 

— Tonight, such a beautiful night. Goodnight! 

 

Os aplausos e assovios tomaram conta do local. Logo a outra música iniciou fazendo mais uma vez, todos vibrarem.

 

 — Everybody put your hands up! Put your hands up! Let's go crazy! — Ordenei e todos obedeceram.

 

Ao ritmo de Bang Bang Bang, todos enlouqueceram. Um coral se formou, estava incrível. Olhei para todos os lugares na pista à procura de (S/N).

 

Encontrei a mesma bebendo enquanto movimentava seu corpo de forma sensual. Porém, o idiota do Jong sei lá oque, se atreveu a puxa-la para perto si. Como ele ousa tocar no que é meu?

 

Me concentrei na batida e fechei meus olhos, respirei fundo e os abri novamente, mordendo meus lábios com muita força. Abri o blazer do terno e, desabotoei alguns botões da camiseta interna. Pude ouvir algumas mulheres reagirem ao meu ato, o que me fez flertar com as que estavam mais próximas do palco.

 

Quando a música chegou ao fim, meu corpo estava queimando, nas minhas veias corriam adrenalina pura, meus batimentos cardíacos estavam acelerados. Eu podia sentir o meu corpo ter várias sensações ao mesmo tempo.

 

— Vamos nessa. — Seungri falou dando um sinal ao DJ, que assentiu preparando a próxima música.

 

— Qual? — Perguntei ao mais novo, segurando o microfone a uma distância considerável para só ele pudesse ouvir.

 

— Let's Not Fall In Love. — T.O.P respondeu me entregando uma garrafinha de água.

 

— Okay, mas e depois?. — Taeyang confirmou secando o suor de seu rosto com uma toalhinha.

 

— Fantastic Baby. O que acham? — Daesung sugeriu.

 

— Clássica. — Afirmei, bebendo um gole da água.

 

— Perfeita. — Taeyang comentou.

 

— Tô nessa. — T.O.P assentiu.

 

— E então, o que estamos esperando? — Seungri sorriu concordando.

 

Logo depois o maknae seguiu até o DJ, explicando algumas coisas. Enquanto isso, meu olhar se direcionou até (S/N), que novamente estava bebendo alguma coisa. Dessa vez, sem a praga do Jong sei lá o que, por perto.

 

Seungri voltou me despertando dos pensamentos alheios. —  Tudo certo. — Disse nos avisando.

 

—  Hyung? Posso pedir um favor seu? —  Me direcionei a T.O.P, que logo assentiu e concordou com minha ideia.

 

Instantes depois ele deu inicio à canção. A vibe dessa vez era um pouco mais tranquila. Enquanto os hyungs cantavam suas partes na música, pude vislumbrar (S/N) de olhos fechados enquanto dançava. 

 

Quando chegou na minha parte, a mesma abriu os olhos me fitando profundamente, dando um pequeno sorriso. O que fez eu devolver o sorriso à ela. Jong Suk se aproximou dela, a puxando para dançarem juntos, de novo. Suspirei fundo antes de voltar a cantar. Ele virou ficando de lado, e ela deitou a cabeça no ombro do mesmo. Taeyang estava finalizando sua parte na canção, logo eu teria que pronunciar a fala de T.O.P, como havíamos combinado.

 

— "Você é sempre assim." — Ela mexeu os lábios conforme as palavras da moça que ditava no playback da música.

 

— "Não confie em mim."  — Comentei quase num sussurro, olhando diretamente pra ela.

 

— "Seu bastardo egoísta."  — (S/N) movimentou os lábios, novamente dublando. 

 

Depois de completar a frase, ela levantou a cabeça segurando na nuca do Jong Suk. Eles estavam próximos demais um do outro, e ele ainda segurava a cintura dela. Então, eu tive o desgosto de presenciar o beijo que ela deu nele.

 

Qual é o problema dela? Ela ficou louca? Só pode estar muito bêbada pra ter feito algo assim. Com certeza. Que droga (S/N)! Senti uma adrenalina tomar conta do meu corpo, eu poderia quebrar a cara daquele imbecil. Por que ela teve que fazer isso na minha frente? Só pode ter sido de propósito. Eles ainda estão se beijando? Porra! Puta que pariu, que desgraçado. Ahr (S/N) você não devia ter feito isso. Meu peito doía.

 

—   Are you ready?!  — Taeyang falou pra algumas pessoas próximas ao palco.

 

— MAKE SOME NOISE!  — T.O.P gritou animado.

 

— Say what?!  — Seungri comentou fazendo alguns gestos.

 

— Ayo let's go, let's go!  — Daesung disse pulando.

 

— LET'S GO CRAZY!  — Gritei bem alto, logo dando início à Fantastic Baby.

 

Desci do palco e puxei uma morena pra dançar comigo. Os hyungs aprovaram a ideia e logo arranjaram algumas gostosas pra dançar junto. No meio da multidão eu cantava, dançava, pulava e me divertia. Agitando à todos ao meu redor. 

 

— SAY WHAT?!  — Taeyang perguntou.

 

Logo um coral junto de T.O.P iniciou:

 

— BOOM SHAKALAKA! ~ — Todos cantavam.

 

A morena rebolava de uma forma deliciosa, aproximei nossos corpos, aproveitando mais daquela sensação gostosa que percorria meu corpo.

 

 

 

 

 

 

xXx 

 

 

 

 

 

No final da festa, havia poucas pessoas comparado ao começo da festa que, metade da YG estava aqui. Minha cabeça latejava e minha garganta ardia. Meu corpo estava quase sem forças. Depois de presenciar quase uns mil beijos que (S/N) trocava com Jong sei lá o que, pude perceber que eles são mais que amigos. Mais que bons e  inocentes amigos.

 

— Ji Yong-Oppa? Você está bem? — Jennie se aproximou sentando ao meu lado.

 

— Um pouco. Preciso descansar, só isso. — Respondi.

 

— Sabe que sempre pode contar comigo, certo? — Ela quis saber, pousando a destra em minha coxa, subindo lentamente até perto do meu membro.

 

— O que faz aqui tão tarde pequena? Vá para casa, huh? — Olhei o relógio em meu pulso, bagunçando os cabelos dela ao me levantar.

 

— Apenas tentando me divertir com você. — Sorriu vindo até mim, pondo suas mãos até meu pescoço.

 

— Não é hora de criança estar na cama? — Retirei as mãos da mesma, me afastando.

 

— Por que você me trata desse jeito? Como se eu fosse uma criança... Eu não sou tão inocente como acha! — Resmungou ela.

 

— Você é apenas uma criança. E o que faz ou deixa de fazer, é problema seu. Eu já lhe disse antes, não tem como eu ter algo com você se, quando te olho, vejo apenas uma menininha. — Falei de forma rude.

 

— Você está errado sobre mim. E eu vou te provar o contrário. — Soluçou, se retirando.

 

Caminhei na direção de alguns hyungs e algumas pessoas que ainda estavam por lá, me despedindo de todos. Depois fui até o bar, à procura de Nick. 

 

— Hey, sabe onde a (S/N) se meteu? — Perguntei.

 

— Vodca, Champanhe ou Vinho? — Ela quis saber pegando um copo.

 

— Me diz você. — Falei sorrindo. — Mas, e a (S/N)? — Insisti.

 

— Sugiro champanhe. — Preparou a bebida. — E falando nela. — Nick me indicou para olhar pra trás.

 

Pude ver (S/N) se aproximando enquanto amarrava seus cabelos em um redemoinho no alto de sua cabeça. Novamente nossos olhares se encontraram, e ela pareceu surpresa de me ver.

 

— Uma dose de vodca Nick, por favor. — Pediu ela se sentando ao lado no bar.

 

— Ei, tenho que falar com você. — Fui direto, recebendo um olhar questionador.

 

— Aqui Ji Yong. — Me deu uma taça com Champanhe batizado. — Aqui (S/N). — Entregou a dose. — Bom, vou deixar vocês conversando. — Avisou e foi para parte daquele enorme bar.

 

— Estou ouvindo. — (S/N) começou bebendo de uma só vez, fazendo uma careta em seguida.

 

— Quem aquele idiota... Tal de Jong Suk? — Quis saber.

 

— Do que isso te importa? Quer que trabalhe pra você também, senhor Ji Yong? — Respondeu debochando. Ela estava muito bêbada. 

 

— Não dá pra falar sério com você desse jeito. — Comentei e ela me olhou estranho. — Talvez podemos conversar quando você estiver mais sóbria. 

 

— Ah Ji Yong, me poupe de suas desculpas. Se está com ciúmes do Jong Suk, não precisa fazer novela pra admitir. — Se levantou andando pra longe.

 

Ela continuou a caminhar por um local mas afastado, talvez não soubesse pra onde iria mas, estávamos nos afastando cada vez mais do espaço de eventos. De todos e, de tudo. Estava muito escuro e havia muitas árvores por lá.

 

— Ei, e-eu não estou com ciúmes. Apenas me preocupo com você. — Segui atrás dela, mas ela fingia que nem me ouvia.

 

— Não preciso de sua preocupação. Além disso, cadê sua noiva? Era com ela que devia se preocupar! — Resmungou, ela já estava me tirando do sério.

 

— Isso não vem ao caso, apenas me responda quem é aquele cara? O que ele é pra você? Huh? — Puxei a mesma pelo braço, aproximando nossos corpos, fazendo ela prender a respiração. Meu corpo se arrepiou completamente.

 

— O que você quer de mim Ji Yong? — Perguntou com um tom de voz fraco, quase como um sussurro.

 

Olhei profundamente nos olhos brilhantes dela, minha destra iniciou um carinho em seu rosto. Ela fechou os olhos aproveitando aquele contato, sua mão ficou à minha enquanto eu ainda fazia carinho na mesma. Ela abriu os olhos lentamente, meu coração acelerou quando ela chegou mais perto.

 

Minhas mãos desceram até sua cintura, ela sorriu.

 

— Por que você faz isso comigo? Não aguento ser regeitado por você dessa forma. — Confessei.

 

— E-eu.. E-eu n-não.. J-Ji Yon-ng.. — Sua voz falhou. 

 

Ela me empurrou com muita força, se curvou rapidamente, começando a vomitar. Segurei os cabelos dela, ajudando ela a se recompor.

 

— D-desculpe... Que f-frio. — Comentou. 

 

Peguei meu blazer e a ajudei a vesti-lo. Ela agradeceu sorrindo. — Você e-está rodando. Por que está tudo rodando? Acho q-que eu vou desmaiar. — Ela disse quase caindo pra trás.

 

— Agora? — Perguntei preocupado mais antes que ela me respondesse acabou desabando. Segurei ela à tempo. Me ajeitei e carreguei ela no colo.

 

Andei em direção ao bar, onde Nick estava. 

 

— Nick, uma ajudinha aqui, seria ótimo. — Comentei. 

 

— Aí meu Deus! (S/N), o que houve com ela? — Veio até mim em questão de segundos.

 

— Estávamos conversando, ela acabou vomitando e logo depois desmaiou. — Expliquei.

 

— Ain, ela não é de beber. Tenho que levá-la pra casa. — Disse a Nick preocupada.

 

— O que está fazendo? — Quis saber, ao ver ela ligando pra alguém. 

 

— A-ah, eu ia ligar pro taxist-...

 

— Não, não, deixa comigo. Eu levo vocês. — Afirmei e a mesma agradeceu.

 

— Mas e o... Seungri-ssi? — Ela quis saber.

 

— Eu resolvo isso depois. Agora vamos, ela está pesando aqui. — Comentei rindo, e a mesma sorriu.

 

— Vamos. — Disse a Nick pegando seu uniforme, logo me seguindo em direção à saída. 

 

— Hey! O que está fazendo com a (S/N)? — Jong Suk surgiu com algumas bebidas em mãos. 

 

— Não enche, fedelho. — Disse o ignorando.

 

— Jong Suk, vai pra sua casa. Amanhã eu te aviso como a (S/N) está. Okay? Vai pra casa. — Nick deu uma quantia em dinheiro para o idiota com cara de imbecil. 

 

— Pra quê isso Nick? — Ele a olhou incrédulo. — Pro táxi. — Respondeu ela.

 

 

 

 

 

xXx

 

 

 

 

— Muito obrigada mesmo Ji Yong! Fico te devendo essa. — Agradeceu Nick, sorrindo para mim.

 

— Disponha... Mas então, onde eu coloco ela? — Perguntei e ela me dirigiu até o quarto de (S/N).

 

— Aqui. — Nick abriu a porta do quarto. 

 

Senti o cheiro do gostoso perfume da (S/N) invadir minha narinas. Não consegui evitar o sorriso bobo. Caminhei um pouco até a cama da mesma, onde a deitei com muito cuidado. Nick saiu do quarto, me deixando sozinho com uma (S/N) dormindo.

 

— Não adianta dizer que não, eu sempre vou me importar e me preocupar com você. Sabe o porque? Simples... Você acabou se tornando mais importante do que eu esperava, (S/N). Então... Boa noite minha princesa teimosa. — Depositei um beijo na testa da mesma, embrulhando ela em seguida. 

 

 

Após esse ato de fraqueza, saí do quarto e depois de me despedir da Nick, segui rumo ao meu apartamento. Com o coração pesado e indeciso, minha cabeça permanecia atolada em pensamentos. Eu me sentia transtornado e completamente confuso. O pior de tudo é que, mesmo achando melhor, está muito difícil de dizer, vamos não nos apaixonar.