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História Love Inside Out - Partiu Recife!


Escrita por: jaimencanto

Capítulo 5 - Partiu Recife!


1 MÊS DEPOIS

 

- Sim, Carol. Nossa relação está melhor. – Letícia disse ao celular, enquanto terminava de se arrumar. – Mas digamos que estamos apenas conseguindo nos aturar.

- Sei... Vocês agora estão realmente parecendo um casal. Estão indo até para a lua de mel.

- Nós juramos não usar essas palavras, Carolina. Não estamos indo em lua de mel. Ele só sugeriu e eu aceitei. Estou mesmo precisando de um descanso.

- É, mas não se esqueça que assim que você voltar de viagem precisamos resolver os detalhes da livraria.

- Eu sei, eu sei. Não se preocupe.

               Lety colocou sua mala no chão e suspirou, sorrindo.

- Estou ansiosa.

- Para a viagem?

- Não né, Carolina. Para abrirmos a livraria.

- Ah! Eu também! Mas... Não fique pensando nisso durante a viagem. Aproveite. – Ela riu.

               Letícia sorriu.

- Bom... Vou deixar você terminar de se arrumar. Boa viagem...E  divirta-se.

- Obrigada! Eu te mando uma mensagem assim que puder.

- Se você se lembrar de mim, não é?

- Você é tão dramática...

- Um beijo!

- Outro.

               Letícia desligou o celular, no mesmo instante que Fernando gritou pelo seu nome do lado de fora do quarto. Assim que ela abriu a porta, ele estava escorado ao portal sorrindo e usando seus óculos escuros.

- Está pronta?

- Sim. – Ela o olhou de cima a baixo. – Não preciso nem perguntar o mesmo.

- Estou pronto desde quando acordei.

- Estou vendo. – Ela riu.

- Então... Podemos ir?

- Sim!

- PARTIU RECIFE! – Ele gritou jogando as mãos para o alto.

 

 

 

•••

 

 

 

               Chegaram ao aeroporto com Fernando reclamando sem parar. Se Letícia não estivesse tão empolgada com aquela viagem, teria mandando-o calar a boca na terceira reclamação que ele fez. Mas, por incrível que pareça ela estava com paciência, e apenas ignorava as reclamações.

- Eu acho um absurdo esse negócio de check in. Temos que ficar igual barata tonta andando pelo aeroporto. Se já compramos a passagem já está ótimo! – Disse ele sentando-se pesadamente em um dos bancos. – Agora já acabou? Não tem mais nada para fazer?

- Não. Agora é só esperar anunciarem nosso vôo. – Letícia disse abrindo o seu livro.

- Ótimo. Mais meia hora esperando. – Disse ele, colocando os fones de ouvido.

- Eu vou buscar um refrigerante. – Letícia disse se levantando. – Não demoro.

               Mas ela estava apenas arrumando uma desculpa para não ter de ouvir Fernando reclamar mais uma vez, ou ela não sabia até quando agüentaria tantas reclamações. Caminhando pelo aeroporto, ela avistou ao longe a máquina de refrigerante. Letícia ficou por um tempo encarando a máquina, tentando saber como funcionava. Ao localizar um espaço para colocar o dinheiro, ela tirou uma nota de 2 reais e colocou no local indicado, mas nada aconteceu.

- Mas que... – Ela bateu a mão na máquina. – Devolve o meu dinheiro, sua ladra!

               Irritada, ela deu chutes para que a máquina funcionasse, mas nada aconteceu.

- Ah... Com licença? Eu acho que consigo ajeitar. – Um homem disse se aproximando de Lety.

- Fique a vontade. – Sem olhar para ele, ela se afastou.

               O homem deu dois chutes na máquina, e logo o refrigerante saiu, assim como o dinheiro de Lety. Ele pegou o refrigerante e o dinheiro e virou-se para Lety, entregando-a.

- Obrigada! – Disse animada.

- Não há de que.

               E foi só quando ele se afastou que Letícia percebeu quem havia lhe ajudado. Abismada e assustada, ela não teve reação, e por pouco não deixou o refrigerante cair no chão. Ela sentiu-se uma idiota por não ter percebido antes, mas ele já estava longe o suficiente para ela falar alguma coisa. Eufórica, ela correu para perto de Fernando para contar à ele o que aconteceu. Assim que se aproximou, ele estava deitado à poltrona mexendo em seu celular e com os fones de ouvido.

- FERNANDO! – Ela praticamente gritou, mas ele não a ouviu. Letícia tirou os seus fones de ouvido e ele a olhou irritado.

- Com licença?

- Você não sabe quem eu acabei de ver! – Ela disse quase sem fôlego.

- Quem? Por que esta nervosa desse jeito?

- Eu coloquei o dinheiro na máquina de refrigerante e ela engoliu o meu dinheiro. Eu fiquei com raiva e comecei a chutá-la e xingá-la e então...

- Espera, calma! – Fernando se levantou e colocou as mãos no ombro de Lety. – Respira.

               Ela respirou fundo, se acalmando.

- Agora continue. Você entrou em uma briga com a máquina de refrigerante... E quem nocauteou quem?

- Eu estou falando sério, Fernando! E então um homem se aproximou e pediu para me ajudar e aí ele deu mais dois chutes e a máquina cuspiu o meu dinheiro e ainda me deu o refrigerante.

- Ele é um mágico?

- NÃO! – Respondeu eufórica. – Era o Weasley Safadão!

               Fernando a olhou por um tempo, e logo depois caiu na gargalhada.

- Eu estou falando sério! – Ela respondeu ofendida.

- Está bem... Você é muito engraçada, Lety. Nunca mais digo o contrário.

- Fernando, eu estou falando muito sério!

- Quais as chances do Wesley Safadão ser craque em lutar com máquinas de refrigerante?

- Mas é verdade!

- Está bem. Boa tentativa. Da próxima, vou zombar os seus ídolos também.

               Ainda rindo ele sentou-se novamente, colocando os fones de ouvido. Letícia suspirou irritada e sentou-se emburrada.

- Você não usou drogas no banheiro, não é? – Ele a olhou. – Porque se usou, foi muita sacanagem sua não me chamar.

               Letícia revirou os olhos e deu as costas para Fernando, e assim ficou até chamarem o seu vôo. Os dois seguiram para a fila, e enquanto esperavam, Fernando olhou para Lety.

- Vai ficar emburrada o restante da viagem?

- Você é um idiota. – Ela respondeu sem olhá-lo.

- Só por que não caí na sua brincadeira? Oras, da próxima vez diga algo mais realístico.

               Letícia não teve tempo de responder. Logo ao lado, um aglomerado de pessoas começou a gritar e fazer a maior algazarra. Todos que estavam à fila olharam curiosos, até que aos poucos os seguranças afastaram as pessoas, e Fernando abriu a boca abismado ao ver quem caminhava na direção deles. Letícia cruzou os braços e assistiu a reação de Fernando.

- É... O... – Fernando não conseguiu falar. Enquanto Wesley passava ao lado das pessoas da fila que gritavam pelo seu nome e pediam autógrafos, ele parou na frente de Letícia e sorriu.

- O refrigerante estava bom? – Ele riu.

- Sim. – Letícia respondeu sorridente. – Muito obrigada!

- Não há de que. – Ele virou-se para Fernando. – Olá!

               Fernando não respondeu. Continuou de boca aberta, sem reação. Wesley continuou caminhando e Letícia olhou para Fernando, sentindo-se vitoriosa.

 - Fecha a boca se não entra mosca. – Ela riu.

 

 

 

•••

 

 

 

               Quando chegaram ao hotel, Letícia olhava deslumbrada para tudo em sua volta. Mas, Fernando continuava encarando o seu celular com um sorriso de criança no rosto.

- Quer largar isso? – Letícia disse impaciente.

- Eu não acredito que tirei uma foto com o Wesley Safadão. – Ele disse emocionado. – Vou enviar para o Omar. Ele vai morrer de inveja.

               Letícia suspirou e revirou os olhos.

- Não acredito que em um lugar tão lindo como esse, você vai continuar olhando para essa foto.

- Só porque você não quis tirar uma, não fique reclamando da minha.

- Ele me deu um refrigerante e dois reais. Não preciso de foto.

- Mas você não tem como comprovar isso.

               Fernando finalmente guardou o celular no bolso e tomou um tempo para olhar em volta, tendo a mesma reação que Lety.

- É muito lindo mesmo!

               Os dois adentraram à recepção e Fernando foi fazer o check in. Assim que o fez, um funcionário se ofereceu para levar as malas dos dois até o quarto, e Fernando aceitou. Ele se aproximou de Letícia, que ainda olhava admirada para o hotel e fez o mesmo que ela.

- Quer dar uma volta na praia? – Ele sugeriu e ela abriu um sorriso como resposta.

               Os dois seguem para a praia que é próxima ao hotel e admiram o lugar que ambos estavam conhecendo pela primeira vez.

- Quer saber? Mesmo morando perto da praia, eu vou continuar adorando conhecer lugares assim. – Letícia disse se aproximando do mar.

- Você deveria me agradecer por ter pensado nessa viagem. – Fernando disse acompanhando-a.

- Você é muito convencido. – Ela sorriu jogando água nele. Fernando abriu a boca indignado e Letícia riu, correndo para dentro do mar.

               Ele correu atrás dela, também adentrando ao mar, e Letícia dava gargalhadas enquanto tentava fugir dele. Assim que se aproximou, ele retribuiu também jogando água nela. De repente os dois começaram uma guerra de água, até Letícia parar e olhar para uma placa próxima aos dois.

- Ah não!

- O que foi?

- A placa diz que essa área é sujeita a ataques de tubarões.

               Enquanto Fernando olhava para a placa, Letícia saiu do mar às pressas, parando assim que sentiu a areia em seus pés. Fernando ainda ao mar, apontou para ela e começou a rir.

- Mas que medrosa, Letícia Padilha!

- Não quero virar comida de tubarão hoje.

- Deixa de ser boba!

               A feição de Letícia mudou para uma feição de espanto. Ela apontou para algo atrás de Fernando, e sem olhar para trás, ele soltou um grito afeminado e saiu do mar meio aos tropeços. Letícia gargalhou ainda mais do que ele, e só então ele percebeu que era uma brincadeira.

- Você vai me pagar por isso. – Ele disse divertido, avançando para cima dela e a abraçando pela cintura. Letícia gritou meio à gargalhada e então os dois se desequilibraram, caindo deitados na areia. Os dois continuam rindo até Fernando olhar para ela, com seus rostos próximos demais um do outro. Letícia olhou em seus olhos e então sorriu envergonhada, desviando o olhar logo depois.

- Melhor voltarmos para o hotel. – Ela disse e Fernando concordou, levantando-se e ajudando-a a se levantar.

 

 

•••

 

 

               Depois de um jantar agradável, enfim os dois voltaram para o quarto do hotel, exaustos após a viagem. Tudo o que queriam era cair na cama e descansarem até o dia seguinte. Mas, havia um detalhe: Havia apenas uma cama de casal no quarto.

- Eu disse para você reservar o quarto com duas. – Letícia disse parada de frente à cama.

- Mas eu pedi. – Ele respondeu ao lado dela.

- Mentiroso.

- É verdade! Bom... Mas de qualquer maneira...  – Fernando se jogou sobre a cama e ajeitou-se no travesseiro, colocando os braços atrás da cabeça. – E então? Agora eu ganho um strip? – Sorriu divertido.

- Vai sonhando. – Letícia respondeu cruzando os braços. – Não estamos em lua de mel. E se você se atrever a tocar em mim enquanto eu durmo... Eu vou gritar.

- Mas que absurdo! E quem garante que você não vai fazer isso comigo enquanto eu durmo?

- Ah sim! Vai sonhando! – Ela seguiu em direção ao banheiro. – Não vai trocar de roupa?

- Não. Vou dormir de calça. Assim você não fica com medo que eu tente fazer alguma coisa. Só não reclama se acordar amanhã de mal humor.

               Letícia revirou os olhos e entrou para o banheiro, batendo a porta. Fernando fechou os olhos por alguns minutos, mas estava tão cansado que só quando Letícia apagou as luzes e deitou ao seu lado que ele percebeu que havia cochilado. Ele a olhou e sorriu enquanto ela se ajeitava à cama, cobrindo-se. Quando se ajeita, ela coloca um dos travesseiros entre eles, e sorri vitoriosa.

- Pra que isso? – Ele perguntou.

- Para o caso de você tentar fazer algo.

- Ah, é claro! Porque se eu quiser fazer alguma coisa com você, esse travesseiro horrível vai me proibir de fazer isso.

- Me sinto mais segura assim.

- Eu não vou fazer nada com você, Lety.

- Eu sei. – Ela deitou-se de costas para ele e os dois ficaram em silencio.

- Mas se você quiser...

- Boa noite, Fernando!

               Ele prendeu o riso e deitou-se também de costas. Letícia sorriu e fechou os olhos, assim como ele.

 

 

•••

 

 

               No terceiro dia que estavam em Recife, depois de visitar algumas praias e pontos turísticos, os dois já se sentiam bem com a presença um do outro. Era como se naquela viagem eles tivessem finalmente se acostumado com o tal “casamento”, e a história de divórcio nem passava mais pela cabeça de Letícia.

- MAS EU NÃO VIVO SEM VOCÊ E VOCÊ NÃO VIVE SEM MIM, ELA ME CONHECEU CACHORRO SE APAIXONOU POR MIM ASSIM. ♫

               Letícia revirou-se à cama e abriu os olhos sonolenta. Fernando estava de pé na cama, com a música tocando no celular enquanto ele cantava em voz alta.

- EU APRONTO, ELA PERDOA, EU VOU PEGANDO TODO MUNDO. NESSA HISTÓRIA ELA É A DAMA E EU SOU O VAGABUNDO. ♫

               Enquanto cantava, como se não bastasse, Fernando também dançava o “arrocha”. Letícia revirou os olhos irritada e cobriu todo o corpo com a coberta.

- CALA A BOCA, FERNANDO! DESLIGA ESSA MERDA! – Gritou debaixo da coberta.

- Não tem jeito melhor de acordar para aproveitarmos essa praia belíssima! Nossa viagem já está acabando e não podemos perder um minuto sequer. – Ele disse sentando-se ao lado dela.

- Argh! Eu te odeio! – Ela tirou a coberta do rosto e sentou-se, ainda sonolenta.

- Olha, sinceramente, deveria ter uma lei que todos os homens vissem as esposas quando elas acabam de acordar. Isso evitaria muitos casamentos.

- Vai pro inferno, Fernando! – Respondeu irritada.

- Mas... Esse não é o seu caso. – Ele sorriu.

               Letícia passou a mão no rosto.

- Sabe... Eu pensei em uma coisa quando acordei.

- Em que?

- Com essa viagem, de certa forma nós nos aproximamos mais, conhecemos um pouco mais um do outro, mas ainda não tiramos um tempo para falarmos sobre cada um. Poderíamos aproveitar esse clima para isso, o que você acha?

               Ela o olhou e então sorriu pelo canto dos lábios.

- Enfim você teve uma boa idéia.

               Ele sorriu satisfeito.

- Vou me trocar, antes que você mude seu repertório.

- Você vai colocar biquíni hoje, não é?

- Qual é o seu problema com minhas roupas? – Perguntou irritada.

- Não é com suas roupas, é pelo fato de estarmos indo à praia e você não ter colocado biquíni se quer uma vez.

- Não vai ser dessa vez que você vai me ver de biquíni, Fernando Mendiola.

               Letícia se levantou da cama, e cambaleando ela seguiu para o banheiro. Assim que fechou a porta ouviu Fernando cantar e bateu a mão à porta, fazendo-o parar de cantar.

- Pelo amor de Deus, cala a boca!

               Ele fez silencio e então ela escorou-se à porta rindo.

 

 

•••

 

 

               Os dois caminhavam pela praia, um lugar tranqüilo onde pudessem conversar sobre algo tão pessoal sem que parecesse uma obrigação. Que estavam se dando bem e acostumando um com o outro era fato, mas era notável que ambos tinham curiosidade de saber sobre o outro, e nada melhor do que fazer isso ao som do mar ao fundo.

- Então... – Fernando disse. – Conte sobre a sua vida.

- A minha vida não é muito agitada. – Ela riu. – Exceto pela época da faculdade.

- O que teve de mais nessa época?

- Você nem imagina...

- O que foi? Você se vestiu de galinha pintadinha e dançou no meio da rua?

- É claro que não, que exagero! – Ela gargalhou. – Mas bom... Nessa época eu consegui aproveitar muito.

- Bom... Embora seja um pouco difícil de acreditar, na noite em que você me acompanhou no bar e dançou em cima do balcão, sinceramente... Isso é coisa de gente louca. Então de certa forma eu deveria esperar isso. – Ele riu.

- Pois eu costumava ser assim na faculdade. É claro que não é para tanto, eu não sou a louca por balcões, que assim que avista um já quer subir nele. – Fernando gargalhou. – Mas, bom... Eu fazia muitas loucuras. Mudei o meu jeito depois que me formei.

- Então não deveria. Você pode fazer umas loucuras as vezes.

- Eu estou bem assim. – Ela sorriu. – Mas e você? Posso imaginar o quanto aproveitou na faculdade.

- Na verdade, eu aproveito até hoje.

- Isso é verdade.

               Os dois riram e continuaram caminhando.

- Você nunca se cansa dessa vida?

- Sim. Mas... Eu já estou acostumado.

- Mas ultimamente você não está saindo como antes. Tenho notado isso.

- É... Não estou tendo muita vontade de sair ultimamente.

- Entendo. – Os dois caminharam um tempo em silencio. – E sobre suas antigas namoradas? São muitas?

               Fernando olhou para Letícia e riu.

- Quer mesmo falar disso?

- Claro que sim. Não estamos querendo saber um sobre o outro? Vai que quando você aceitou essa história de casamento você partiu o coração de alguma ex namorada. Preciso saber caso um dia alguém me ameace ou seqüestre.

- Que imaginação fértil. – Ele gargalhou.

- E então? Foram tantas assim?

- É melhor não falarmos disso.

               Ela balançou a cabeça rindo.

- Tudo bem. Como quiser.

- E você? Teve muitos namorados na sua época de Shakira? Loca, loca, loca.

               Letícia gargalhou quando ele balançou a cintura, imitando a dança.

- Não. Na verdade, só tive um namorado desde essa época. O nome dele é Nicolas.

               O sorriso de Fernando diminuiu um pouco, mas ele conseguiu disfarçar bem.

- Terminamos há muito tempo, alguns meses depois que terminei a faculdade. Mas, ele continuou sempre atrás de mim. Dei algumas chances, mas percebi que não gostava dele como ele gostava de mim, então só continuamos bons amigos.

- Pela sua parte, né? – Ele sorriu maroto e Letícia o empurrou rindo.

- Eu gostava dele. Mas, hoje eu vejo que não era tanto como eu pensava e quanto ele merecia.

- E o que aconteceu? Não conversam mais?

- Ele se zangou com a história do casamento.

- Ah... Isso é um bom motivo.

- Não conversamos desde quando contei para ele. Eu não o culpo, sabe? Eu me coloco no lugar dele e entendo porque ele ficou tão bravo. Mas, eu não deveria me sentir tão culpada já que eu e ele não tínhamos nada. – Ela chutou a areia. – Eu tentei pedir desculpas, mas ele não retornava minhas ligações. Carol disse que ele estava viajando, então... Deixei por isso mesmo.

- E você... Não sente mais nada por ele?

               Letícia o olhou divertida.

- Eu achava que sentia, até um tempo atrás. Mas... Não. Não sinto mais nada por ele. Já houve uma época que eu gostei muito dele, mas hoje não é mais assim.

- Ainda bem.

               Fernando respondeu quase sem pensar. Letícia ergueu as sobrancelhas e ele sorriu sem jeito.

- Bom... Por incrível que pareça eu jamais namorei sério com alguém. – Fernando confessou. – Sempre fui... Aberto à várias opções. – Sorriu galanteador e Lety o olhou desaprovando-o. – Já fiquei com várias mulheres, mas nenhuma me despertou a vontade de ter algo sério.

- Ainda bem. – Foi a vez de Letícia se sentir envergonhada. Fernando riu e cruzou o seu caminho, esbarrando o seu ombro no dela.

- Me conte algo que você tem muita vontade de fazer. – Sugeriu ele.

- Hum... Acho que eu tenho vontade de um dia tocar o foda-se.

               Fernando a olhou espantado, mas não resistiu dar uma boa gargalhada.

- Desculpe pelo palavrão, mas é que não imagino outro jeito de expressar isso. – Ela riu. – Tenho vontade de perder a linha e fazer coisas que jamais fiz.

- Eu faço isso todas as noites.

               Os dois riram.

- Está com fome? – Fernando olhou em seu relógio. – Acho que já podemos voltar para almoçar.

- Concordo. Meu estomago está roncando.

- Eu sei, eu ouvi daqui.

               Letícia riu e bateu em seu ombro, e juntos caminharam de volta para o hotel.



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