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História Love is a Battlefield - Acceptance letter


Escrita por: huntressglk

Notas do Autor


Avisos:

-Eu apaguei o ultimo capitulo e to substituindo ele por esse porque eu não gostei dele, então esqueçam o ultimo, bjs (as memorias continuam as mesmas, podem pular quem já leu.)
- Italico: pensamentos; Negrito italico: memorias.
- Olha eu desisto de Counting Stars.
- Não revisei mexxxxxmo (como se fosse surpresa), me avisem de erros PELO AMOR DE DEUS
- Maior capitulo da vida s2

Capítulo 5 - Acceptance letter


Fanfic / Fanfiction Love is a Battlefield - Acceptance letter

Kurt ouviu a porta abrir suavemente enquanto lia seu livro para a aula de ciências sociais deitado em sua cama. Ele estava quase terminando o ultimo capitulo que tinha que ler enquanto ouvia ao longe seu colega de quarto tirando suas roupas e se jogando em sua cama.

- Como foi? – Kurt perguntou assim que terminou de ler e fechou o livro. Ele se deitou de lado na cama vendo o amigo fazer o mesmo.

- Maravilhoso. Ela é perfeita. Simplesmente perfeita, Kurt. Não tem outro jeito de descrever ela. – Josh suspirou e Kurt sorriu para o amigo.

- Não existe nenhum ser humano perfeito, meu caro. – Se deitando reto na cama e observando o teto do quarto deles.

- Então ela deve ser um anjo, porque ela é perfeita. – Josh respondeu com um tom de ‘me contradiga e você vai sofrer’.

- Algo me diz que você está apaixonado.

- Talvez eu esteja. – Ele respondeu com um pequeno sorriso no rosto fazendo Kurt arquear uma sobrancelha para o amigo. – Seria algo tão ruim assim se eu estivesse? – Ele perguntou, franzindo um pouco o cenho.

- Não, só... – Kurt deu de ombros e voltou seu olhar para o amigo, um leve sorriso também tomando conta de rosto. – Se ela estiver te fazendo feliz então eu fico feliz por você.

E para isso Josh deu um sorriso agradecido para o amigo e eles caíram em um silencio confortável por alguns minutos, os dois se virando para olhar o teto.

- E você? – Josh perguntou quebrando o silencio e se voltando para o amigo de novo.

- O que tem eu?

- Quando vai dar uma chance para o Sam?

Kurt se virou para Josh tão rápido que quase caiu da cama.

- Calma, garoto. – Josh disse tentando conter o riso, e falhando miseravelmente. – Não entendo porque você sempre reage assim quando falo nele.

- Porque – Kurt disse, se recolhendo na cama novamente – Nós já tivemos essa conversa varias vezes e eu pensei já ter deixado claro que você é louco.

- Sabe o que eu acho? – Josh respondeu depois de recuperar o folego – Eu acho que você está com medo. Não sei do que ainda, mas você está com medo.

- Eu não estou com medo, eu só...

- Você só o que? – Josh perguntou quando percebeu que Kurt não iria completar a frase.

- Eu não sei...

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- Hey Kurt! Me espera! – Kurt ouviu a voz de sua melhor amiga gritando em algum lugar atrás de si no estacionamento da escola e parou antes de alcançar os degraus da escola, se virando e encontrando Rachel correndo em sua direção com a mochila pendendo em um de seus ombros e seus braços carregados de livros, tampando aquela aberração que ela ousava chamar de blusa.

- Oi Rach. Oi segunda pele da Rach.

- Haha, muito engraçado. – Rachel respondeu, revirando os olhos quando ela estava perto o suficiente para que Kurt pudesse ver. – Não pode segurar sua vadia interior pelo menos por hoje? Não preciso começar o semestre de mau humor.

Kurt sorriu para a morena e inclinou um pouco a cabeça para o lado.

- No can do, babe. Esse é o preço por ser minha amiga, ótimas dicas de moda, mas criticas também.

Rachel suspirou, seus ombros caindo um pouco, claramente não querendo argumentar no primeiro dia de aula e aceitando a derrota. Ela se endireitou e arrumou os livros que estavam escorregando de suas mãos, e começou a olhar ao redor deles.

- Cadê a Cedes? Ela disse que encontraria a gente aqui.

- Serve essa, garota? – Uma voz atrás deles falou, e os dois giraram para encontrar a amiga deles com um sorriso gigante e os braços abertos puxando eles para um abraço. – Quem está pronto para o primeiro dia no ensino médio?

- Eu não. – os dois falaram ao mesmo tempo, se separando do abraço de urso da amiga.

Mercedes bufou para os dois.

- Vocês são chatos. Vamos, animem-se. – Ela voltou a sorrir, esse ainda maior que o outro – Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas. Ou pelo menos, por quatro anos. Vamos, sorriam.

Os dois reviraram os olhos para amiga e sorriram. Eles entrelaçaram seus braços e viraram para a entrada.

- Willian McKinley High School, aqui vamos nós.

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Três dias depois Kurt recebeu um e-mail da fraternidade avisando o horario que os ainda interessados deveriam comparecer.

Kurt tinha lido e relido o contrato umas 3 vezes, mas muita coisa ele ainda não tinha entendido o que muita coisa queria dizer, era como se eles tivessem deixado em aberto de proposito para não ter um significado certo. Tudo que estava explicitamente claro era: se você assinasse o contrato não poderia sair da fraternidade até o fim do ano letivo, ou seja, se quisesse trocar para outra casa teria ou que esperar o ano acabar ou você teria que pagar uma indenização tão grande que Kurt achava que nunca nem chegaria a ter essa quantidade mesmo se trabalhasse até a morte e uma clausula de silencio, ou seja, se algo que acontecesse dentro da republica vazasse eles poderia processar você até a sua falência.

Mas isso não importava muito na visão de Kurt, afinal ele tinha entrado na NYU por causa da fraternidade e Kurt depois de achar que não conseguiria entrar ganhou uma segunda oportunidade do universo e ele não estava considerando jogá-la fora. Depois de tudo que ele passou só para chegar aqui porque ele pensaria em desistir? Em deixar a fraternidade?

Então no horário marcado Kurt apareceu em frente a casa e assim como no outro dia se sentou para esperar eles serem chamados. Kurt observou que a quantidade de garotos tinha reduzido para pelo menos a metade, provavelmente o resto assustados com a ideia de ter que pagar a quantia extremamente alta da indenização. Melhor para mim, Kurt pensou, menos concorrência.

Pouco tempo depois o garoto do outro dia – Jeff era o nome dele? – chegou e se juntou a ele, e todos foram chamados para dentro da casa tendo uma breve explicação que dali eles seriam guiados para a sala de espera que eles seriam chamados de um por um para a entrevista. E de um por um os candidatos foram sendo chamados e liberados, até que os únicos que sobraram foram ele e o loiro, os dois nervosos demais para produzir algum tipo de conversa.

- Jefferson Sterling? Você é o próximo.

Kurt viu o loiro se levantar e seguir para o local indicado, e esses últimos minutos em que ele se viu como o ultimo candidato a ser chamado foram os mais longos de sua vida. Ele realmente não se dava bem com esperar. Porque tinham que coloca-lo por ultimo?

Uns 10 minutos depois Jeff saiu pela porta – Kurt reparou que ele estava levemente mais branco, pálido, mas tento não surtar mais do que ele já estava – e Kurt ouviu eu nome sendo chamado, e se levantou seguindo como indicado, exatamente como os outros candidatos fizeram.

Kurt entrou na sala sentindo suas mãos tremerem e suas pernas bambearem um pouco, mas se compôs o melhor possível para tentar não transparecer seu nervosismo.

Kurt olhou ao seu redor e assimilou o ambiente, ficando sem ar com a beleza do cômodo. Ele já tinha percebido que a casa era maravilhosa, grande e rica, mas ele não tinha pensado que isso se adequava para todos os cômodos da casa – e pelo jeito se adequavam mesmo. Mas o que mais chamou a atenção de Kurt foi o moreno do outro dia no canto da sala e seu amigo asiático que estavam no canto da sala observando ele.

Eles parecem estar sempre presentes, provavelmente um deles deve ser o presidente da casa.

Kurt se encaminhou para a cadeira vazia em frente a grande mesa de mármore preto com uma pilha de papel de um lado – provavelmente os currículos que eles tinham entregado – e em frente a outro moreno – um que ele ainda não tinha visto até agora – que sorriu para ele, levantou e esticou a mão.

- Olá, meu nome é David. Kurt Hummel, certo? – Ele perguntou e Kurt assentiu retribuindo o sorriso contagiante e apertando a mão do outro. Eles soltaram e David acenou para a cadeira atrás de Kurt e sentou em sua própria, e Kurt logo sentou-se também. – Nome interessante.

- Por causa do Chris Hummel?

- Um novato que sabe quem é ele? – O moreno perguntou curioso e Kurt sentiu calor em suas bochechas quando percebeu que não era só ele quem estava o olhando assim.

- E-ele era meu tataravô. – Kurt respondeu, se xingando internamente por gaguejar em uma hora dessas. Péssima hora para ser tímido, Kurt. Mas para o alivio de Kurt ele viu David e os outros dois no canto sorrirem satisfeitos para ele.

Depois dai Kurt conseguiu relaxar mais e se soltar mais, não totalmente, mas o suficiente para ganhar confiança e se deixar ser ele mesmo. David perguntava e ele respondia cada pergunta quase imediatamente e com a maior sinceridade possível e ele não podia deixar de pensar que eles não tinham brincado quando tinham dito que seria uma entrevista; Kurt estava se sentindo em uma entrevista de emprego de verdade.

Uns 15 minutos depois e com todas as perguntas respondidas ele foi liberado e voltou a sala comunal junto dos outros participantes com um sorriso no rosto, e se sentou novamente ao lado de Jeff.

- Nós iremos informar os novos moradores da casa em alguns minutos. Por favor sintam-se a vontade. – O asiático falou se virando, entrando novamente no escritório e fechando a porta atrás de si.

Kurt acabou passando o tempo de espera conhecendo mais sobre o loiro e ele percebeu que, sem a tensão e o nervosismo em cima dele, ele e Jeff iriam se dar muito bem  e que eles tinham muitas coisas em comum além do ‘gay’.

Ele acabou descobrindo a paixão do loiro por moda e por musicais da Broadway, e eles logo começaram a marcar um dia para irem assistir Wicked. Ele também descobriu que o loiro tinha estudo e crescido em Westerville, não mais do que 75 milhas de distancia de Lima, e que, assim como ele, não tinha sido nada fácil para o loiro enfrentar o ensino médio sendo gay.

Kurt estava ouvindo atentamente seu novo amigo contando uma das historias sobre ele e seus amigos do coral – ele não acreditava também que Jeff tinha participado do coral de sua escola. Kurt tinha tido vontade de se juntar ao glee de sua escola com suas amigas, mas nunca teve coragem e, sinceramente, ele não achava que era tão bom assim de qualquer jeito. – quando a porta se abriu novamente e o moreno de cabelos cacheados entrou com uma lista nas mão.

- Olá – O moreno cumprimentou a todos, chamando a atenção para ele. – Novamente nós agradecemos o interesse de todos em nossa republica, mas nem todos poderam entrar, certo? Dito isso, irei chamar alguns nomes agora e peço que estes fiquem aqui. os que não forem chamados podem ir embora. – Ele pausou por alguns segundos, observando se algum dos candidatos não tinha compreendido as ordens. Quando ninguém se manifestou ele assentiu para si mesmo e começou. – Ok. Bryan Murphy, Leon Cameron, Jefferson Sterling – Kurt olhou para o amigo que tinha saído de tenso para radiante assim que ouviu seu nome sendo chamado e para o outros chamados que tinham tido a mesma reação, ele mesmo ainda tenso em seu acento. – Rick Morrins e Kurt Hummel. Ao resto, acompanhem o Nick até a saída e boa tarde. Kurt quase não viu os outros candidatos saindo, tristes ou com raiva, preso em seu próprio alivio. Ele tinha passado, agora só faltava assinar o contrato e se mudar. –Ao resto de vocês, quero ter certeza que leram o contrato dado a vocês e que estão de acordo. –Todos assentiram em silencio – Ótimo. Então todos podem assinar e assim que assinarem vocês podem voltar ao dormitório de vocês para empacotar e trazer as coisas de vocês. Vocês tem 3 horas para estarem aqui. Não mais, não menos, entendido? – Kurt se sentiu tensionar novamente quando o olhar intenso do moreno parou nele, e ele se sentiu como um animal que acabou de ser preso em uma gaiola, e sem desviar os olhos assentiu silenciosamente com os outros novamente. – Assim que vocês chegarem receberam as informações sobre o quarto de vocês e suas funções na casa. – Ele terminou e antes dele se virar e sair do cômodo Kurt percebeu um pequeno sorriso de canto crescendo em seus lábios, e ele não gostou nem um pouco daquele sorriso.

Canetas foram entregues para cada um deles e eles assinaram seus respectivos contratos, logo sendo liberados. Kurt sentiu o braço de Jeff se entrelaçar no seu assim que ele se levantou de seu lugar e ele se virou para o loiro.

- Parece que seremos colegas de agora em diante. – Jeff comentou com um largo sorriso no rosto. Kurt sorriu de volta para ele e o puxou.

- Então vamos, temos três horas para nós aprontarmos.

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A primeira semana de aula foi tudo que eles sonharam. Eles logo começaram a se enturmar, os novatos eram bem vindos pelos veteranos, todos pareciam amigáveis e hospitaleiros, as aulas extras curriculares pareciam um mar de possibilidades, e por alguns momentos Kurt pensou que ele poderia ser realmente feliz ali e que uma vez em sua vida ele e suas amigas não precisariam sobreviver no subsolo de popularidade do colégio até seus dezoito anos.

Mas a essa altura de sua vida Kurt já deveria ter aprendido a não deixar suas esperanças crescerem demais.

Na segunda feria da próxima semana Kurt acordou com um mau pressentimento sobre o dia. Algo em si avisava que a melhor forma de passar o dia seria embrulhado em seu cobertor no conforto de sua cama. Pena que ele não deu ouvido ao seu eu interior.

Na hora do almoço Kurt guardou seus livros em seu armário e se dirigiu para a cafeteria e se juntar aos seus amigos. Ele pegou uma bandeja com uma salada e uma maça e sentou na mesa entre suas velhas amigas e na frente dos seus três novos amigos Artie, Tina e Mike. Eles almoçaram e conversaram sobre planos para o semestre como andavam fazendo desde que começaram a sentar juntos.

Kurt estava ouvindo Rach e Tina discutirem sobre um trabalho em dupla que elas tinham que fazer para a aula de biologia quando um reboliço começou nas portas do refeitório e uma salva de palmas foi dada ao que Kurt assumiu ser o time de football entrando. Kurt conseguiu ver muito pouco do grupo antes de um deles pedir silencio e começar a falar:

- Nós, no espirito de boas vindas dos calouros nós deixaremos vocês escolherem um aluno para participar de nossa mais velha tradição. – Ele era grande e lembrava vagamente uma versão amplificada do Catatau do Zé Colmeia, mas Kurt não estava prestando atenção nisso, nem prestando atenção no estranho brilho em seus olhos ou na tensão que os alunos mais velhos estavam emanando; Kurt estava prestando atenção em suas palavras e ele estava ficando excitado com a ideia. Qual seria essa tradição?

Por alguns segundos, talvez minutos, o refeitório caiu em um silencio até que ao fundo se foi possível ouvir alguém gritar:

- O gay!

Todos os olhares caíram em Kurt e ele congelou.

O primeiro pensamento que veio em sua cabeça foi ‘porque todos estão olhando para mim?’ Ele não ia negar sua sexualidade, mas ele nunca tinha comentado com ninguém isso, e não era considerado desrespeitoso assumir coisas assim sem fundamento algum antes?

Mas o segundo pensamento foi o que lhe deixou alerta. Ele olhou para Tina a sua frente e o olhar em seu rosto era um misto de pena e simpatia e ele não entendia o por que daquele olhar; ele se virou para seus outros dois amigos e viu o mesmo olhar em seus olhos e franziu o cenho. ‘Porque esses olhares?’

E então ele se virou para Rach e seguiu o olhar aterrorizado dela até dois brutamontes que apareceram em sua frente.

E dai tudo foi muito rápido, e muito lento ao mesmo tempo. Kurt foi puxado pelos seus braços e arrastado ate o centro do refeitório, ele tentou se soltar chutando e empurrando, mas ele era muito fraco em comparação aos dois armários que o estavam carregando, e ele simplesmente não entendia o que estava acontecendo.

E então o garoto com cara de Catatau apareceu em sua frente e ele só teve tempo de pensar ‘pra que essa raspadinha?’ antes do frio congelante atingir seu rosto, ferir seus olhos e escorrer pelo seu corpo deixando um rasto doce pelos cantos que caia. Ele foi solto com tamanha força que suas pernas não aguentaram seu peso e ele caiu de joelhos ao som dos risos e murmúrios que estavam abafados pelo liquido que tinha escorrido pelas orelhas.

- Bem vindos ao McKinley High!

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Depois de duas horas todas as suas coisas estavam empacotadas e ele estava pronto para leva-las para a republica. Só faltava uma coisa: se despedir de Josh.

Ele iria sentir falta do amigo, ele admitia. Josh tinha sido muito bom para ele nesse pouco tempo em que eles tinham dividido o quarto, mas a separação era inevitável. Josh iria se mudar para a republica que ele queria em uma semana e ele estava a caminho da sua, e pensar que eles continuariam tão próximos quanto eles eram dividindo o quarto era ilusão.

Elas tinham passado os últimos dois meses em uma rotina de tomar café juntos, ajudar nos trabalhos e ficar vagabundando juntos sempre que desse, mas tudo isso iria acabar assim que ele saísse daquele quarto. Josh ficaria ocupado com seus estudos, com os treinos de basquete e com sua nova crush, e Kurt estaria ocupado tentando se adaptar no seu novo dormitório e com a pilha de livros que ele ainda tinha para ler até as provas. Então é, eles se afastarem seria inevitável, mas saber disso não tornava nada mais fácil.

Ele ouviu a porta abrindo e sorriu quando viu o amigo entrar.

- O que houve? – Josh perguntou, suspeito, olhando o sorriso do castanho e as malas do seu lado.

- Eu entrei. – Kurt falou, e Josh levou uns segundos para entender, e quando entendeu seus olhos se arregalaram de alegria.

- Entrou? – Josh falou quase correndo indo abraçar o amigo e o levantando em seus braços.

- Entrei. – Ele riu no pescoço do amigo o abraçando forte e eles ficaram assim por mais alguns momentos até a imagem das malas reaparecer na mente de Josh.

- Mas... agora?

- Sim. Eu tenho que estar lá em – Kurt se afastou um pouco do amigo e olhou a hora em seu celular. – Em 50 minutos. Eu estava só esperando para me despedir de você.

O sorriso de Josh caiu um pouco, mas ainda estava ali.

- Ok, me espera que eu vou te ajudar a levar as coisas.

- Não, não preci-

- Shiu. Senta ai que eu vou trocar de roupa e nós já saímos. – Josh cortou-o, já tirando a blusa e caminhando para seu armário.

E Kurt fez como dito e sentou na cama, sorrindo agradecido ao amigo.

Eles estavam quase na republica e Kurt já estava morrendo de cansaço. Não importava o quão perto os dormitórios fossem das republicas, com malas dos tamanho das de Kurt o caminho parecia ter mais de 100 milhas. Ele realmente estava agradecido pelo seu amigo ter oferecido ajuda.

Ele já estavam bem próximos da republica quando uma mão parou ele pelo ombro.

- Kurt? – Sam perguntou olhando de um garoto para o outro. – O que está havendo?

- Eu consegui entrar para a ΚΘΙ. – Kurt respondeu com alegria ainda irradiando de seu corpo.

- Sério? – Sam sorriu pelo menor e abraço ele.

- Eu já vou deixando as malas lá – Josh falou quando olhou os dois e percebeu que essa deveria ser sua deixa para deixá-los sozinhos e pegou as malas que o castanho estava carregando e as levando até a varanda da casa e o aguardando lá para se despedir.

- Então você conseguiu mesmo, parabéns! Seu futuro vai ser praticamente garantido só por ter entrado nessa republica. – Sam falou, vendo o tal do Josh se afastar para a grande casa.

- Sim, eu acho que nunca estive mais feliz. Eu consegui completar essa meta. – Kurt falou, sorrindo e tímido.

Sam se virou para ele, seus olhos brilhando.

- Eu sabia que você conseguiria entrar.

Kurt sentiu suas bochechas queimarem com a intensidade do olhar do outro no seu, mas deixou seu sorriso crescer em seu rosto mais ainda.

- Obrigado.

- Sabe – Sam falou, olhando para a casa novamente e se virando para o castanho mais uma vez – Tem uma coisa que eu gostaria de fazer antes que seja tarde demais.

- O q-

Kurt não conseguiu terminar sua frase pois Sam tinha o puxado levemente para mais perto, segurado seu rosto e beijado sua boca delicadamente. Kurt ficou lá, parado sem saber o que fazer de primeiro, tenso, mas depois de alguns segundos ele percebeu que aquilo não estava horrível. Ele relaxou nos braços de Sam e sentiu os lábios do outro se curvarem em um sorriso e então se afastar, terminando o beijo tão casto. Kurt sentiu Sam dando um leve beijo em sua testa e sussurrar um ‘até, Kurt’ e então sair de sua vista.

Kurt ficou lá parado por uns bons 5 minutos sem se lembrar como se movia ou mesmo o que ele estava fazendo até que ele ouviu a voz de Josh chamando-o e o tirando do transe, e então ele se lembrou o que estava fazendo e que ele não podia chegar atrasado e arruinar sua primeira noite na casa.

Ele chacoalhou a cabeça e foi para em direção a sua nova residência.

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Depois de se despedir de Josh todos os candidatos que já tinham chegado foram guiados para a mesma sala de espera de sempre e assim que o ultimo o tal de Nick – ‘Esse menino é um deus, acho que estou apaixonado’ ‘Shiu, Jeff, nós vamos perder a explicação.’ – apareceu.

- Aqui – Ele falou, entregando folhas para cada um de nós. – tem as informações de seus quartos, horários de usos de banheiro, café da manhã, almoço e janta, e seus respectivos donos.

Kurt que estava concentrado olhando a folha que lhe foi entregue franziu o cenho e olhou para cima pensando ter ouvido errado. Dono? Ele olhou para os outros companheiros e percebeu que ele não era o único confuso.

- Isso mesmo, vocês não ouviram errado – Nick esclareceu por causa das caras confusas dos novos moradores da casa e aquele sorriso presunçoso sempre esteve ali? Kurt sentiu um frio na espinha – Cada um de vocês terá um colega de quarto e esse colega de quarto será seu dono. Vocês deveram obedecer todas e quaisquer ordens de seu dono, e caso não obedeçam serão castigados pelo mesmo do jeito que ele decidir ser melhor. E sim, isso significa que seu dono pode usar você da forma que quiser. – Kurt não perdeu o olhar que ele mandou para Jeff, percorrendo-o de cima abaixo, e ele sentou seu amigo estremecer e se apoiar nele para não cair. – Devo alertar que vocês não são obrigados a obedecer ninguém mais do que seus respectivos donos, com exceção do chefe da republica. – Ele sorriu para todos, um sorriso que poderia parecer relaxante se a segundos atrás ele não estivesse falando que todos os cinco deveriam servir de escravos. De repente a indenização e a clausula de silencio fizeram todo o sentido do mundo. Kurt respirou fundo, suando frio, tentando absorver o significado de tudo isso. – Eu acho que é isso. Bem vindos a ΚΘΙ.

Todos os novatos que estavam ali se entreolharam, assustados. Todos pensando a mesma coisa: mas que merda foi essa? Mas ninguém falou nada. Em vez disso todos se dispersaram, levando suas malas e seguindo os caminhos indicados na enorme casa.

Kurt já tinha percebido que a casa era grande, mas não que ela era tão grande. Pelo que Kurt soube, 15 garotos moravam naquela casa – 20 agora – Mas a quantidade de quartos e salas e entradas era assustadora e bela – a casa em si era totalmente bela.

Kurt viu todos os outros entrando em seus quartos indicados o mais cautelosamente possível e ele esperou para olhar seu papel mais uma vez.

Quarto 1A – Segundo andar.

Pelo jeito eu sou o único nesse andar.

E assim que ele subiu a escada no fim do corredor dos quartos ele entendeu o porque: só tinha uma porta lá.

Ele observou a plaquinha ‘Chefe da Republica’ pendurada em baixo do 1A e sentiu sua garganta secar.

Ele abriu lentamente a porta encontrando gigante quarto vazio. Ele colocou suas malas para dentro do quarto e olhou em volta, tomando a magnitude do quarto. O quarto era de tirar o folego, o chão em baixo da maior cama King que ele já tinha visto era coberto com um carpete bege macio parecendo um tapete gigante e aonde o tapete terminada um lindo chão de pedra branca começava. Ao canto esquerdo do quarto, duas mesas de madeira pesada se juntavam fazendo dois cantinhos de estudo quase privados  e ao canto direito um porta fechada para o que Kurt presumia ser o banheiro. Mas Kurt franziu o cenho com uma coisa. Se ele tinha que dividir o quarto, porque só tinha uma única cama?

Kurt olhou mais uma vez o quarto com o cenho franzido e percebeu um pedaço de papel em cima da cama. Ele caminhou até a cama e olhou o pedaço de papel que parecia ser a única coisa fora do lugar naquele quarto e viu seu nome escrito.

Caro Kurt,

Arrume suas coisas no espaço indicado do quarto e armário. Eu estarei de volta as 20hrs e espero que tudo esteja pronto até lá.

As 20hrs me espere de joelhos em frente a cama para conversarmos sobre sua vida daqui para frente.

Kurt engoliu em seco e piscou os olhos, relendo o post-it.

Isso realmente era serio?

Kurt pensou um pouco e respirou bem fundo. Sério ou não ele não queria arrumar problemas na primeira noite, muito menos uma que acabasse em punição como Nick tinha comentado – ele balançou a cabeça, ainda não conseguindo acreditar. Isso deve ser só o trote deles, certo? – E além do mais, arrumar suas coisas não era nada demais. Ele já ia fazer isso de qualquer jeito. Então foi isso que ele se propôs a fazer e pouco antes das 20hrs ele já tinha guardado todos os seus pertences que deveriam ser guardados.

Faltando cinco minutos para as oito ele travou, se debatendo se realmente deveria se ajoelhar. Se ele não se ajoelhasse ele seria realmente punido? E que punição seria essa?

Ele ficou tanto tempo nesse debate interno que não percebeu a hora passar e o relógio em cima da porta do quarto marcar 20hrs em ponto e a porta se abrir. Mas ele sentiu sua respiração travar quando ele ouviu passos no chão de pedra se aproximarem e viu seu novo ‘dono’ entrar no quarto com um sorriso intrigante no rosto.

- Bom, Kurt Hummel, desafiar ordens claras de seu dono não é um bom jeito de começar. – Blaine falou com um brilho nos olhos que prendeu a respiração de Kurt e o prendeu. Blaine Anderson adorava os rebeldes. – Vou te dar mais uma chance.

- Ajoelhe. – Blaine mandou. E no mesmo segundo Kurt caiu de joelhos no carpete, não ousando desobedecer – não que ele conseguisse, a única coisa que ele conseguia no momento era olhar nos olhos do moreno e obedecer. – Bom garoto. – Blaine sorriu para o castanho e Kurt involuntariamente relaxou com o elogio do outro. – Agora vamos discutir seu futuro.


Notas Finais


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