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História Love is a Miracle - I Miss You


Escrita por: sparksflys

Notas do Autor


Mais um capitulo, bem triste! Eu espero que gostem! E me contem se vocês choraram com as cartas. Mais para frente teremos uma história de felicidade, e bem mais emocionante.

Capítulo 14 - I Miss You


Pov Bloom.

Era uma linda noite de sexta-feira. Eu não desci para o jantar, com a desculpa que estava com dor de cabeça. Fiquei olhando pela sacada, e vi o Valtor entra pela porta. 

-Desculpa, não quero te incomodar. Só queria te dizer uma coisa, e te entregar duas coisas. Primeiro isso. -Ele disse me entregando uma carta. A carta que eu tinha escrito e não queria que chegasse as mãos dele, mas... -Você esqueceu no escritório e eu li, desculpa não deveria ter feito isso. Mas, foi a única maneira de descobrir como você estava se sentindo. E eu sei que não vou conseguir pedir desculpas pessoalmente, não depois de ler essa carta, e vê o quanto você está se sentindo. Eu estou me sentindo um lixo por ter feito você sofrer assim. -Ele disse deixando uma lágrima cair.

-É assim mesmo que você tem que se sentir. -Respondi num tom de voz sério. Ele já estava se sentindo um lixo, queria confirmar que ele era isso mesmo.

-Eu sei, você tem razão. Vim deixar essa carta com você, e não sei mais o que dizer. Boa noite. -Ele disse saindo do quarto, e assim que ouvi o barulho da porta se trancar, eu deixei as lágrimas caírem. Me sentei na cama, e abri a carta, não sabia se estava preparada ou não, mas... 

 


''  Mais uma manhã vazia, sem você ao meu lado. Eu sinceramente não sei, por quanto tempo eu aguentaria isso. 
    Acho que você sabe que eu tentei, mas eu não sou bom em pedir desculpas. Nunca fui, desde as nossas brigas mais insignificantes, eu nunca soube como pedir desculpas. Mas, você sempre soube me perdoar. E agora, eu não quero exigir que você me perdoe. Isso é a última coisa que eu posso desejar, eu só preciso de mais uma chance. 
    Acho que você sabe que eu cometi erros, uma vez ou duas vezes.  Quando digo duas, quero dizer mais de cem vezes. Então me deixe me redimir, eu só preciso desta chance.
     É tarde demais para pedir desculpas? Eu sinto falta de você, do seu sorriso, do seu beijo, do seu abraço, do seu carinho, da sua voz, do seu amor. 
    Eu assumo cada parte da culpa se você quiser, mas você sabe que não há inocentes. 
   Juro que não estou fazendo você tentar gostar de mim de novo, mas eu sinto sua falta.  Meu orgulho, meu ego e minhas necessidades afastaram você de mim. 
   Mesmo que isso vá doer, serei o primeiro a dizer que estava errado. Sei que estou bem atrasado para pedir desculpas pelos erros. Sinto sua falta, e espero que algum dia você possa me perdoar. 
-Valtor ''

 


Aquela carta me fez chorar, muito. Eu não estava bem depois de ler aquilo. Eu queria responde-lo, mas não sabia como. Não teria coragem de olha-lo nos olhos, então resolvi escrever uma carta como resposta.


'' Pensei que coisas assim melhorassem com o tempo, mas eu ainda preciso de você. Por que isso acontece? Todas as noites eu sonho com você,e não consigo parar de pensar em você. 
   Eu sinto sua falta, quero estar com você, mas me lembro do que aconteceu. E fico calada chorando, por querer me aproximar, mas lembrar que se eu fizer isso posso me magoar. 
    As palavras não saem direito quando quero falar com você. Fere meu orgulho te dizer como eu me sinto, mas eu preciso. Recentemente, eu tenho pensado no que você fez, e pensado em formas de te perdoar, tento me colocar no seu lugar várias vezes. Mesmo me colocando no seu lugar, tenho certeza de que eu não seria capaz de fazer isso com você. Mesmo depois do que você fez, eu não seria capaz de fazer isso com você. Por incrível que pareça eu ainda te amo muito. Só não quero me aproximar agora, tenho medo de sofrer ainda mais. ''



Eu deixei a carta, na mesa do escritório e sai para o jardim. E fiquei pensando, qual seria a reação dele ao ler. Ele choraria? Ele viria até mim? Pensei em diversas coisas, e me lembrei que hoje deveria fazer um pronunciamento no Jornal do Reino. Um dos poucos, já que eles não se importam muito com a opinião da Rainha. Mas, hoje eu faria diferente. O tema do Jornal seria importante, já que quarenta mulheres foram brutamente assassinadas numa cidade de Eraklyon. Foi uma situação trágica e horrível, e esse era o momento certo para um pronciamento. Fui até o escritório para uma reunião com os ministros. E descobri que uma mudança horrível tinha acontecido, todos os ministros tinham sido mudados, as mulheres haviam sido demitidas. E só tinha ministros homens, ou seja, eu seria a única mulher naquela sala de reuniões. Quando o Valtor chegou eu me aproximei e perguntei:
-O que aconteceu? 
-Sobre a carta. -Ele disse, mas eu o cortei.
-Não estou falando de nenhuma carta. Vamos deixar os assuntos pessoais para depois, estou falando dos ministros. Onde estão as mulheres? -Perguntei.
-Depois do ataque dessa semana, acharam melhor tirar as Ministras, para não causar uma rebelião. -Valtor disse.
-Ah, sim! Vão me tirar do cargo de Rainha também? Pode causar uma rebelião. -Eu disse ironizando. 
-Não é disso que eu estou falando. -Ele disse.
-Claro que é, mas vamos ver isso no desenrolar da reunião. -Respondi e me sentei ao lado de Valtor.
-Hoje o Reino está em luto pelo massacre as 40 pessoas na cidade de Avran. Acho que foi um ataque de marginais não satisfeitos com o pós guerra. -Um Ministro disse.
-Acho que foi um ataque machista. A guerra acabou há três anos, vencemos, não tem como alguém do Reino matar 40 mulheres porque vencemos a guerra. Foi um ataque machista. -Respondi.
-Não acho que tenha sido um ataque machista. -Outro Ministro disse.
-Com certeza, é super normal no dia de hoje homens assassinarem brutalmente quarenta mulheres, e escreverem com o sangue delas que a mulher é um ser humano podre, e deve morrer. -Respondi.
-Eles não mataram porque eram mulheres, mataram porque elas estavam num lugar propício. -Um deles disse.
-Para homens machismo nem existe. -Respondi irritada.
-Se acalma. -Valtor sussurrou.
-O povo espera que um discurso da Rainha no jornal de hoje. O que a senhora pretende falar? -O ministro perguntou.
-Revelar que foi um ataque machista, e que nos dias de hoje, infelizmente as mulheres não podem andar tranquilamente nas ruas, pois podem sofrer um ataque como esse. Ou podem acontecer coisas piores. 70% dos assassinatos que ocorrem nesse Reino, são contra mulheres. Estupros acontecem diariamente, mulheres são agredidas dentro de suas próprias casas, pelos seus próprios maridos. Algo tem que ser feito. -Eu disse e eles me olharam chocados, pude ouvir algumas risadas na sala. 
-Vossa Majestade, a senhora não pode revelar isso em rede nacional. -O Ministro disse.
-Por que não? -Perguntei.
-Isso assustaria o Reino, não queremos agora que os súditos fiquem assustados. -Ele respondeu.
-Também não queremos pessoas desconhecendo a verdade. -Respondi.
-Fim da Reunião, preciso tratar de outros assuntos. -Valtor disse e eu me levantei.
-Preciso falar com você no escritório. -Eu disse saindo da sala de reuniões e indo para o escritório, e o Valtor veio atrás de mim.
-Bloom, está tudo bem? -Ele perguntou fechando a porta.
-Tudo ótimo. Eu farei o discurso no Jornal hoje a noite, logo após você, mas eu tenho algumas coisas a exigir. Sei que fiquei um pouco afastada dos assuntos do Reino, mas isso não dá direito de vocês demitirem todas as Mulheres do ministério. E ainda argumentarem, que machismo não existe? -Perguntei.
-Eles estavam errados, foi um ataque machista. Mas não sei como mudar essa situação. -Valtor respondeu.
-Bem, o Reino geralmente é um espelho do Rei e da Rainha. Se você deixasse de ser machista, acho que a situação poderia ir se estabilizando aos poucos. -Eu respondi.
-Eu não sou machista. -Valtor respondeu, e eu tive uma crise de risos.  -Do que está rindo? -Ele perguntou.
-Do seu jeito engraçado. Preciso ir preparar meu discurso. -Respondi.
-Já que eu sou machista, como posso provar que eu não sou o que você pensa? -Perguntei.
-Abolindo leis. Só preciso da sua assinatura. -Respondi.
-Que leis? -Ele perguntou e eu puxei alguns papeis da gaveta. 
-Primeiramente, a lei que não permite que mulheres tenham cargos políticos, não temos mulheres prefeitas ou governadoras. Outra coisa, é essa lei que permite que o homem mate a mulher em caso de traição, e a última, a lei em que a mulher deve ser açoitada em praça pública por traição. Só pra começar. -Respondi.
-A primeira é até possível, mas as outras são leis que existem desde a fundação de Eraklyon, eu não posso simplesmente tira-las das Ordenações. -Valtor respondeu.
-Claro que pode, quando você é o Rei, eu a Rainha, podemos fazer isso.  Eu assino, e depois você assina. -Respondi.
-Você está misturando nossa relação pessoal, com essa situação. Está irritada pelo modo como eu te tratei nos últimos tempos, mas eu já pedi desculpas. -Ele disse irritado.
-Quem está misturando é você, eu nem citei seu nome aqui. Eu já pensei nessas leis há muito tempo para Domino, e a Daphne conseguiu implantar com a minha ajuda. Achei que poderia traze-las para Eraklyon. Sua mãe e sua irmã adoraram a ideia. E todas as outras mulheres com quem eu conversei também. Se você não quer tirar as duas últimas, coloque-as com validade para homens também. -Eu disse e isso o deixou irritado.
-Precisamos conversar sobre outra coisa. -Ele disse.
-Depois do Jornal. Tenho que preparar meu discurso, pois tenho um Reino para assustar. -Respondi ironizando.
-Você não vai dizer aquilo no jornal não é? -Perguntei.
-E você ainda pergunta? Com licença. -Respondi e fui para o quarto preparar o discurso.


 


Notas Finais


Resolvi não focar a história apenas na Bloom e no Valtor, mas também nos assuntos do Reino. O que acham? E um pouco de feminismo porque sim. Espero que tenham gostado, comentem o que acharam!


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