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História Love Is Blind - Capitulo um


Escrita por: FabiNyah

Notas do Autor


Hey gente.
Eu já havia postando essa história aqui antes, mas eu reescrevi ela e mudei alguns detalhes.

Espero que gostem tanto quanto eu estou curtindo ela agora <3

Capítulo 1 - Capitulo um


Era tarde da noite e Nakata estava resmungando para si próprio sua desgraça. As férias de verão haviam sido perfeitas até então, mas ele estava tentando ignorar oque estava por vir. Seus pais nunca foram com a cara dos amigos do garoto e adoravam se intrometer em sua vida, julgando oque era melhor para ele. “Desta vez eles passaram dos limites” pensava Nakata, enquanto enfiava mudas de roupas em uma pequena mala de viajem. Duas semanas fora da cidade em uma excursão para jovens, onde visitariam duas praias do litoral do estado, para ele isso era pior que ficar grudado em uma cadeira sendo obrigado a escutar musica pop por horas. Tudo nessa ideia o parecia horrível, a praia, a possibilidade de socialização com estranhos que ele tinha certeza que não tinham nada haver com ele. Seria o inferno na terra. Sem ter outra opção, ele termina a mala e se joga na cama emburrado, tentando pegar no sono e imaginar que nada disso iria acontecer.

O dia não poderia ter começado pior: Acabou acordando tarde e quase perdeu a saída do ônibus, teve de aturar sua mãe no carro às pressas resmungando de sua demora. Quando chegou à estação pegou seu lugar no ônibus com um dos caras que parecia ser quem coordenaria a viajem, entrou na condução e sentou-se. Seu lugar era na janela em poltronas que ficavam mais no inicio do ônibus. Ele analisava cada um que subia e pensava que estava literalmente ferrado, era como se simplesmente não pertencesse a aquele lugar. Até que um garoto sentou-se ao seu lado. Ele aparentava ser mais alto e mais velho, seu cabelo cacheado era de um ruivo super vivo e raspado por toda a lateral, os olhos eram verde escuro e ele estampava um sorriso gigantesco. “ele é bonitinho pelo menos, definitivamente meu tipo...” Pensou Nakata enquanto observava o maior se arrumar no lugar.

- Hey! Prazer meu nome é Tiago – ele largou a mochila em seus pés e virou-se para Nakata.

- O meu é Nakata, prazer.

- É japonês? Digo, o seu nome. Posso ver que você tem traços asiáticos. – o ruivo o olhava curioso.

- Sim.

- Você já morou no Japão?

- Porque tantas perguntas? – ele já estava começando a se irritar.

- Ah, desculpe – Tiago riu envergonhado – eu só queria conhecer melhor o meu novo colega de quarto.

- colega de quarto? Como assim?

- Você não sabia? Como estamos sentados juntos, significa que vamos dividir os quartos do hotel.

- Não sabia disso, na verdade eu não sei nem para onde estamos indo. Meio que estou aqui forçado – ele recobrou-se na poltrona e olhou pela janela, vendo a rodoviária ficar cada vez mais distante.

Tiago começou a contar sobre a viajem, as praias e as atividades que eles iriam ter durante as duas semanas. O ruivo esperava por essa viajem há meses, ele sempre adorou a praia e a ideia de fazer novos amigos. Mas ele começou a notar, assim que trocara a primeira palavra com o moreno, que seria difícil se aproximar do mesmo. Nakata era baixinho, magrelo e extremamente branco, sem falar que ele não tinha nada em comum com o resto das pessoas que se encontravam no ônibus. O garoto tinha um cabelo preto, comprido e repicado que tocava os ombros, com uma grande mecha branca na franja. Seu rosto era delicado, quase que feminino, com dois piercings na boca (um no lábio superior e outro no inferior) e um na sobrancelha direita. Nakata já havia dado o papo como acabado e estava pegando um livro na mochila, pronto para ignorar completamente a existência de Tiago. Ele realmente não queria estar ali.

- Você não esta de muito bom humor, não é?

- Não mesmo. – ele abaixou o livro e encarou o outro – Não sei se deu para perceber, mas eu meio que não combino com a galera daqui.

- Ah, mas isso não é desculpa – Tiago abriu a mochila e tirou um saco de salgadinho – Às vezes as coisas tomam um rumo bem diferente do que a gente achava que tomaria. Quer um pouco?

-... Quero sim, é o meu preferido – relutante ele fechou o livro e Tiago sentiu que talvez isso não fosse ser tão difícil assim.

- Então, quantos anos você tem Nakata?

- 17 anos – ele colocou alguns salgadinhos na boca e mastigou lentamente – e você?

- Tenho 20.

Tiago continuou assim, puxando assunto atrás de assunto, e deste modo os dois acabaram descobrindo que tinham mais coisas em comum do que imaginavam. Eles gostavam de quase as mesmas bandas e compartilham do mesmo gosto para livros e filmes. A conversa acabou se alongando praticamente toda a viajem. Quando chegaram à primeira cidade, ficaram um tempo no hotel, onde receberam as chaves e se dirigiram para seus determinados quartos. O quarto dos dois era bem amplo, com duas camas de solteiro e um ar condicionado. Eles largaram as mochilas em cima das camas e caminharam pelo local. Tiago abriu as janelas da varanda e se deu de cara com uma vista linda do mar. “ah eu adoro a praia”.

- Hey! Temos uma super banheira aqui! – Nakata apareceu na janela sorrindo, logo seu sorriso sumiu e ele encarou o maior. – Oque foi?

- Nada, é que você sorriu pela primeira vez – ele apoiou-se na grade da varanda – Sinceramente? Fica melhor assim.

O rosto do menor corou e ele virou de costas indo em direção à cama e ignorando completamente o comentário do outro. Tiago riu, ele achou aquela reação muito fofa e ingênua. Ele voltou para dentro do quarto e começou a mecher em sua mala a procura de uma roupa de banho, o grupo tinha marcado de se encontrar em alguns minutos no saguão para ir até a praia. Foi difícil convencer Nakata a sair do quarto e ir junto, mas depois de muito insistir, Tiago conseguiu que ele fosse.

A praia era de perder o folego. A areia era branca e fofa e o mar estava calmo e translucido, ondulando preguiçosamente pela margem. Estava relativamente cheia para aquele fim de janeiro, mas eles conseguiram achar um local com mesas e guarda-sol vagos. Nakata logo se sentou na sombra, apenas observando os outros no sol e no mar. Ele não tirava os olhos de Tiago, que tinha decidido jogar vôlei de praia com o pessoal. Tiago tinha uma pele levemente bronzeada e não era muito definido, mas era de tirar o ar de qualquer um. O menor logo se forçou a não encarar de mais, afinal, estava na cara que o ruivo era hétero, ou pelo menos, era oque parecia. “não preciso de mais um rolo pra me dar problemas” pensou Nakata enquanto apreciava uma água de coco. Por outro lado, Tiago não conseguia tirar os olhos dele. Havia alguma coisa naquele baixinho que despertou sua atenção de modo curioso. Ele forçou-se a se concentrar no jogo. Quando a partida terminou ele caminhou até as mesas e sentou-se na areia, ao lado da cadeira de Nakata.

- Tem certeza que não quer, sei lá, entrar no mar?

- Tenho – ele largou o coco vazio na mesa – estou bem aqui.

Antes que Tiago pudesse protestar, o celular do outro tocou. Nakata pegou o aparelho dentro de uma mochila e olhou a tela. Se Tiago tivesse que descrever a expressão do menor ao olhar a tela do celular, seria surpresa e então nervosismo.

Quem ligava era Matheus, desde que ele e Nakata terminaram, pela milionésima vez, o menor jurara que nunca mais voltaria atrás em sua decisão. Mas Matheus não era um cara que desistia facilmente e vinha ligando para o mesmo havia semanas. Eles nunca brigaram ou nada do tipo, o único problema era que Matheus era um canalha. Nakata sabia muito bem disso, já estivera em uma situação bem pior: Quando era apaixonado por ele. Os dois se conheceram por meio de amigos quando Nakata tinha 14 anos, e as coisas acabaram se desenvolvendo para esse lado. Matheus foi o primeiro amor de Nakata, mas também sua primeira decepção. Ele não conseguia evitar o rumo das situações cada vez que se encontravam, Matheus era muito persuasivo quando queria, e meu deus, era tão bom de cama.

- Oque você quer? – ele atendeu ao telefone sério.

- Poxa, ignora minhas ligações por dias e quando me atende é grosso desse jeito? – uma pausa – ah, mas isso não importa, vou perdoar porque estou com saudades de você.

- Saudades? Você é capaz de sentir isso?

- Muito engraçado baixinho – Ele escutou vozes ao fundo da ligação – Olha só, um passarinho me contou que você está na mesma praia que eu no momento, queria saber se não quer dar uma volta.

- Não, eu não quero – Olhou em direção a Tiago que o encarava e logo voltou a fitar o mar.

- Tem certeza?

- Tenho sim Matheus, por favor, não me liga mais. – e sem esperar uma resposta ele desligou a ligação.

O menor largou o celular em cima da mesa e respirou fundo. Tiago não estava entendendo nada, mas seja oque for que tivesse acontecido, esse tal de Matheus tinha feito alguma merda. Ele levantou-se e se espreguiçou, logo depois puxando Nakata pelo pulso e forçando-o a se levantar.

- Ei! – O menor estava sendo puxado em direção ao mar e tentava soltar a mão do outro de seu pulso – oque pensa que tá fazendo??

- Vamos esfriar um pouco essa sua cabeça ué.

Tiago puxou o outro até margem e jogou Nakata no mar. O mesmo o xingou e gritou, mas não demorou muito para os dois estarem fazendo uma pequena guerra de água. O ruivo até conseguiu fazer o menor rir. Quando saíram do mar e foram em direção a suas coisas, Nakata estava tremendo com o vento gelado que começava a soprar com o fim da tarde.

- A minha vontade é de matar você por causa disso – ele deu um soco no braço do maior – seu merda.

Tiago riu. Ele pegou sua toalha e colocou entre os ombros do outro para ele se esquentar. Nakata corou, e não conseguiu disfarçar um pequeno sorriso que assim que Tiago percebeu, teve de resistir fortemente à vontade de afagar a cabeça do menor. “ele é muito fofo, e acho que não tem a mínima noção disso”. Tiago estava tendo pensamentos estranhos, mas isso não o incomodou. 


Notas Finais


BOOOOOM ai está o primeiro capitulo <3
até o próximo galera


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