TATE P.O.V
Estou sumido algumas semanas, não tenho notícia de nada e ninguém, eu precisava me desligar do mundo durante alguns dias eu não estava aguentando essa necessidade que meu corpo tinha desenvolvido, eu queria matar, queria sangue escorrendo sobre minhas mãos, precisava sentir o gosto metálico dele e acima disso tudo eu preciso dela. O ar frio da cabana no meio da floresta era confortável, o frio aqui era de congelar. Olhava para o fogo em minha frente, tudo me lembrava dela até mesmo uma chama do fogo ardente. Fechei meus olhos e tentei relaxar, mas toda vez que fazia tal ato os gritos de misericórdia das pessoas que assassinei eu podia ouvir, não me dava medo ou algo do tipo, mas um prazer certo alívio saber que essas pessoas tinham medo de mim e que era temido. Abri meus olhos e levantei para beber um copo de água fiquei em frente a pia e senti um dor suportável na mão, não tinha conseguido por o copo de água a tempo na minha boca, minha mão estava cortada e o sangue escorria no canto dos meus dedos, eu queria gritar ou chorar, mas nada eu sentia apenas a dor de ter a perdido.
CLARY P.O. V
Eu não conseguia pregar meus olhos sequer um segundo eu estava cansada, mas o diário de Derick conseguiu me deixar acorda e com medo. Não tinha lido nada demais, apenas pulava parte dos assassinatos, mas fico me imaginando quantas e quantas páginas contia sobre isso. Ouvi os cantos dos pássaros, levantei e abri a janela tomei o ar fresco da brisa de manhã, senti meus pulmões se acalmarem. Troquei-me e desci para cozinha preparando um café.
- Parece que você não dormiu nada hoje – falou Derick com voz rouca.
- Não tive uma boa noite de sono – bebo um gole do meu café.
- Ainda pensando em como vai resolver os assassinatos? – perguntou encostando-se à bancada.
- Sim, eu vou descobri quem está por trás disso – sorri de lado.
- Falando assim até parece que vai virar detetive – ri.
- Quem sabe eu vire – dou de ombros – e posso me torna uma das melhores – dou de ombros.
- Você tem razão – sorri sem jeito – Mas até lá vamos estar casados – diz.
Fico sem graça, não sabia como agir diante daquela pequena e delicada frase, então eu apenas sorri pra ele e balancei a cabeça.
- Nós precisamos mesmo ir para aula hoje? – digo desanimada.
- Sim, você já falto demais, como eu já faltei demais – rouba minha xícara de café.
- Tudo bem – reviro os olhos.
- Clary? – me chama Derick.
- Sim?
- Você poderia ir sozinha para escola? Eu tenho uma coisa para resolver antes de ir! – diz.
- Claro – concordo.
~ 20 MINUTOS DEPOIS
Tranquei a casa como Derick pediu, fazia frio e por algum motivo estava sentindo falta do sol que raramente via. Respirei fundo e comecei a andar, a cada passo que dava parecia que tinha alguém me perseguindo, a cada batida do meu coração poderia ser ouvida a 10 km, não tinha quase ninguém na rua, pois ainda era muito cedo, a cidade estava acordando. Vire-me para trás e apenas vi um homem com seu cachorro e um menino no telefone. A cada passo que dava sentia que não saía do lugar. Comecei andar de pressa poderia ser apenas um pressentimento, mas ainda sim me incomodava de uma maneira que eu não podia descrever, as pessoas poderiam achar que sou louca de andar com pressa quando não tem quase ninguém na rua, mas elas poderiam pensa que estou com pressa. Senti alguém segura meu braço com e me joga no fundo do beco com força. Fechei meus olhos, minhas mãos ficaram tremular, meu coração sai e voltou para dentro, abri meus olhos encontrando Tate em minha frente sua aparência não era das melhores, mas seus olhos brilhavam.
- Você está bem? – perguntou ele.
- Você quase me mata de susto Tate, mas sim estou bem!
- Eu vi você parecia apressada e assustada, estava indo a até a casa de Derick para falar com ele, mas vi você – sorriu sem graça – Está acontecendo alguma coisa?
- Eu estava com a sensação que alguém estava me seguindo e isso já aconteceu pela segunda vez – falo colocando para fora.
- Como assim perseguida? – pergunta preocupada.
- Eu não se estava sendo seguida, apenas tinha essa sensação – digo dando de ombros.
- Você não teve essa sensação, por qualquer bobagem – diz.
Escutamos passos rápidos se aproximando do beco, pareciam apressados demais, os olhos de Tate se arregalaram no mesmo instante, ele fitou minha boca, e antes que pudesse impedir ou dizer algo, o loiro juntou nossos lábios, eu não conseguia tirar ele nem se quisesses, retribui o beijo, era leve, parecia de saudade, a boca de estava doce como morango, nós separamos por falta de ar, estávamos ofegantes, nós encaramos novamente e dessa vez meu corpo tomou conta de mim, selei nossos lábios e coloquei a mãos em seus cabelos e os puxei, Tate colocou suas mãos em minha cintura o puxando para si, o beijo agora era intenso, carregava muito mais que saudade, o loiro pegou uma de minhas pernas a segurando e se encaixando em minhas pernas, senti seu volume. Senti um pingo de chuva cair em meu braço e parecia que tinha sido acordada para realidade, lembrei-me do que Tate tinha feito e do que era, parei de retribuir seu beijo ou fazer qualquer coisa, ele largou minha perna, e respirou, estava ofegante igual a mim. O que eu estava fazendo? Por que tinha me entregado tão fácil? Não era para ser assim, era para eu está resistindo aos seus encantos e Derick, porra Derick!
- Eu não sei como isso aconteceu – respirei fundo – Mas não pode acontecer nunca mais!
- Por quê? – perguntou o loiro.
- Pois, eu to com Derick, quero dizer eu e ele, estamos caminhando para algo, e não quero estragar isso! – falo olhando para o chão.
- Você o ama? – disse olhando para a parede atrás de mim.
Eu amava Derick? A resposta com certeza seria não, e realmente não o amava, sentia algo por ele, mas não era amor ainda.
- Não, eu não o amo, mas sinto algo por ele – tento olhar em seus olhos, mas parecia que não conseguia.
- Você me ama? – perguntou.
Essa pergunta tinha me pegado de surpresa, o amor ele realmente não pode ser esquecido da noite por dia, mas pode ser esquecido, eu o amava ainda? Eu estava mentindo para mim todos os dias falando que tinha superado ele.
- Não Tate, eu não te amo mais, amava, e quero que você fique longe de mim, apenas venha falar comigo se for necessário e que tenha haver com os assassinatos!
O loiro olhou para mim e arregalou os olhos parece que um choque de realidade o tinha invadido que essas palavras que saíram sem vontade nenhuma da minha boca, tinha sido o suficiente para ele.
- Então você nunca me amou de verdade, pois o amor nunca acaba Clarissa, você apenas sentia uma paixão por mim e que pude ver acabou, tudo bem eu ficarei longe de você, apenas vou falar com você quando for necessário e que envolva os assassinatos – respirou – não vou mais cruzar seu caminho, por sua vontade!
- Obrigada – agradeci.
Eu estava falando se falar, ele apenas concordou com a cabeça e saiu do beco, pude ver em seus olhos o quanto aquilo tinha o afetado, mas que o uma facada, pois eu sabia o poder das palavras que poderia doer mais que um tiro, e eu usei esse poder nele, coisa que poderia me arrepender mais tarde, mas por enquanto não.
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