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História Love is Just a Lie - Rosas Vermelhas


Escrita por: Uma2Historias

Capítulo 2 - Rosas Vermelhas


Estava sentada no jardim com a Senhora Martin, como de costume, nos finais de tarde ia até o asilo ler poesias. Eve adorava cuidar dos jardins, ela sempre colhia um lindo buquê de flores e colocava no vaso que ficava sob a mesa atrás da sala de visitas. Ela nunca gostou de se juntar ao grupo na biblioteca, então fazia uma "pequena reunião" comigo todos os dias no jardim, ela gostava de como eu lia poesias, esperávamos o sol se pôr. Em resposta dizia - me que a poesia fica mais fácil de ler com o coração quando a noite vem chegando, eu adorava esse momento. 

- Separei essas flores para você - Eve

- São lindas senhora Martin, obrigada - 

Voltei para casa com aquelas rosas vermelhas, o perfume deixou minha caminhada mais leve, o cansaço do trabalho as vezes deixa os passos pesados, mas só de saber que levamos esperança para aqueles que chegaram á sabedoria dos cabelos brancos, é gratificante. O amor se doa por amor e recebemos amor por amar sem justificativas. Qual a desculpa que cada família procura pra deixar alguém que os ama tanto em um asilo?

- Boa noite - fui retirada dos meus pensamentos - "Boa noite Diana, posso te ajudar?" - percebi que ela estava parada em frente ao meu jardim. 

- Não, está tudo bem, estava conversando com seu pai. Ele me deu uma carona até aqui. Chegando agora do trabalho? 

- Não, depois do trabalho sou voluntária no asilo, lembra? 

- Ah! É mesmo você comentou. Bom eu vou me recolher, até amanhã - 

- Até - fiquei observando ela entrar em sua casa, ela sorriu para mim antes de abrir a porta e sumir, também me recolhendo entrei rapidamente pela porta e tranquei bruscamente, meu pai estava sentado no sofá da sala pensativo, fazia algum tempo que não encontrava - o em casa nesse horário,  geralmente está por aí com os amigos - "Boa noite pai, o senhor está bem?" - fui ignorada na primeira - "Pai?"

- Ah! Oi querida boa noite, não vi você entrar - novamente ficou pensativo e estranho - "Filha?" - 

- Oi? - respondi com a boca cheia de água, saindo da cozinha caminhando em direção á sala.

- Você lembra da filha mais velha dos Simões? - 

- DIANA? -

- Isso - 

- Jantei outro dia na casa deles, ela voltou da Austrália, porque ? - 

- Por nada, quando ela foi embora tinha a sua idade - 

- Sim, eu lembro de quando ela foi embora, a ma...- resolvi não terminar a frase e subi as escadas em silêncio, apenas vi quando ele abaixou a cabeça e novamente ficou pensativo. Minha mãe nos abandonou, simplesmente ela resolveu fugir, mas o porque nunca realmente entendi. Jamais tiveram briga alguma, meu pai era atencioso, presente em todos os momentos. Ela deixou uma carta se despedindo e cheia de desculpas, ela feriu seu coração. Meus irmãos preferem nem tocar no assunto, aliás todos fizeram questão de esquecer. Mas ainda lembro - me do seu jeito doce materno de ser, não a culpo, casaram - se muito cedo e ela era uma mulher muito inteligente,  mas não precisava ter nos abandonado, já faz tanto tempo...que nem quero ter tempo para pensar muito sobre isso.

Ao decorrer dos dias as visitas de Diana passaram a ser mais frequentes em casa, uma sólida amizade começou acontecer entre ela e Roberto, jantares frequentes em casa, saídas para o cinema. Acho que ele estava apaixonado, ela estava apaixonada e eu também estava...apaixonada.

                            X

(Como Helena e Diana ficaram próximas) - Memórias de fias passados não tão distantes.

Era uma noite fria, o inverno estava começando bater na porta e a caminhada estava mais pesada que o normal, o sinal estava livre para os carros então esperei até que fechasse entregando a passagem ao pedestre. Do outro lado da rua tinha uma pessoa destraída e desastrada que eu teria de correr pra salvar...

- Cuidado - gritei me jogando em sua direção - O que te faz pensar que pode atravessar sem olhar e ainda abaixar pra pegar dois ou três livros que caíram das mãos? - ela estava carregando uma sacola de super mercado lotada de barras de proteina e uma pequena pilha de livros - e quando me dei conta estava por cima dela e ela olhando em meus olhos. 

Alguns minutos depois e estavamos tomando café na padaria da esquina - Esses dias ando um pouco distraída - Diana.

- Esta tudo bem agora, vamos pra casa? - 

- VAMOS - o que eu quis dizer com essa pergunta, foi que eu iria pra minha casa e ela pra dela, mas acabou que ela indo pra minha também. 

- Bom esse aqui é meu quarto, como você pode ver sou apaixonada por livros também - ela caminhou até a janela e disse "a sua vista é a Clara" - é claramente as coisas que a irmã dela fica fazendo com o namorado no quarto, não que eu tenha visto algo, ela sempre fecha a cortina quando estão lá,  ela caminha de manhã até a janela e abre para entrar o ar da manhã, ela chora e as vezes fica horas triste olhando para a rua e nem ao menos sei seus motivos - "Posso te fazer um convite?" - perguntou me afastando dos pensamentos "CLARO" respondi. 

- Quer ir comigo ao parque amanhã? - Sim, eu fui ao parque com ela e nos próximos dias e nos próximos também, nos tornamos grandes amigas. Até que um dia resolvi beijá  - la. Estava apaixonada. 

Era um dia de chuva e estava voltando para casa. Já havíamos trocado olhares e amizade estava criando um ar diferente - "Quer carona?" Perguntou parando o carro ao meu lado, entrei apressadamente e fomos para sua casa. Vazia e silenciosa era como encontramos, para onde tinha ido o restante da família Simões? - "Com certeza já devem ter ido para o jantar na casa da tia Érika" disse Diana,  subimos para seu quarto, tomei um banho quente, ela me emprestou algumas roupas, sentamos em sua cama para conversar. Olhares vem e vão...e eu a beijei. Estávamos apaixonadas. Nunca havia experimentado esse sentimento, esse beijo, um beijo e eu estava completamente desarmada. Um sentimento de dúvida me invadiu naquele momento, que sentimento é esse, que doí tanto? Essa fraqueza de amar e se jogar subitamente nos braços de alguém, ficando segura e insegura ao mesmo tempo.

Toda insegurança tinha um nome, Roberto, meu pai. Diana e Roberto estavam namorando há algumas semanas e logo eu, fui me apaixonar por ela. 

Como esconder o que sinto? Como mentir? Dizer pra meu pai que está tudo bem e ver ela em seus braços, enquanto o que sobra pra mim são beijos às escondidas, pelos cantos...mas como não amá - la? 

 



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