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História Love is living - Único


Escrita por: loveilnus

Notas do Autor


Olá! Eu sou o Enzo - também conhecido como peixe - e essa é a primeira fanfic que eu posto em anos. Bom, poucas pessoas leem fanfics do lovelyz, então já imagino que poucas pessoas estarão lendo estas notas. Se você está aturando minha apresentação, muito obrigado desde já. Eu espero que vocês gostem desta história que apesar de curta eu fiz com muito carinho. Boa leitura, pessoinhas ^~^

Capítulo 1 - Único


- Yein, você gosta da minha boneca com vestido rosa ou bege? - perguntou Jiae, levantando os dois vestidos na altura de seus olhos.

- Hm... o rosa. - disse sorrindo para a amiga. - Na verdade, eu já estou cansada de brincar de bonecas. Vamos achar outra coisa para brincar.

- Ah, ainda bem que você disse isso. Não aguentava mais, minhas costas doem. - disse ela se levantando e alongando as costas.

- Doem? Quer que eu chame a mamãe? Ela pode te dar um remedinho. 

- Não! Não quero parar de brincar, já está escurecendo, temos que aproveitar nossos ultimos momentos. - disse ela pegando a mão da amiga, a puxando para o jardim.

As duas saíram dando risadas, até se sentarem no chão, para ver as nuvens passando no céu rosado acima delas. Yein pegou o dedo mindinho de Jiae e disse:

- Prometa para mim, que quando crescermos, não vamos precisar nunca dizer adeus. - disse ela séria.

Jiae sorriu como costumava fazer:

- Boba, eu nunca digo adeus, você sempre está no meu coração e pensamentos.

Yein se lembrava da promessa. Sempre, todos os dias, desde que as duas disseram tchau... Algo aconteceu, com ambas, não podiam sustentar a antiga amizade que antes era tão forte. O que houve? 

 Quando tinha dezesseis anos, Yein foi a uma festa, a primeira que ia sem seus pais - e sem Jiae também - na casa de uma colega de escola. Jiae não pode ir porque estava doente e Yein só foi porque Jiae insistiu muito que ela ficaria bem sem os cuidados da amiga. E foi num porão, quando uma garrafa vazia de soju girou, e Yein deu seu primeiro beijo... numa garota. Depois disso, ela nunca mais olhou para Jiae da mesma forma.

Nos corredores, ela olhava para a amiga pelo cantos dos olhos, temendo descobrirem o seu desejo secreto. Era isso o nome: desejo. E demorou para ela aceitar. 

Já com Jiae, um menino ultimamente fazia questão de mantê-la o mais perto possível, conversavam na escola, por mensagens, no caminho da escola e na volta. Yein morria de ciúmes, claro.

- Mas você não acha que ele está... não sei... próximo demais - perguntou Yein.

- Não. Só está sendo amigável. E mesmo que seja algo à mais, de que importa? Estamos maduras pra começar a namorar, não? - respondeu Jiae, casualmente.

- Depende, eu me acho nova ainda e você? Acha realmente que está na hora de namorar? Somos adolescentes, não temos certeza de absolutamente nada. Não temos certeza nem de que e nem de o quê gostamos.

- O quê gostamos? Como assim, o quê gostamos? Você fala como se tivesse insinuando que posso me sentir atraída à animais. - Jiae riu da própria piada. - De qualquer forma, eu não vejo dessa forma, na verdade, estou ansiosa a dar o meu primeiro beijo... já você... - Jiae revirou os olhos.

- Mas, eu tenho medo... 

- Medo de que, Yein? Está parecendo minha mãe. - resmungou.

- De te perder, de você se afastar. - murmurou Yein.

Jiae virou-se para amiga e sorriu, estendeu o dedo mindinho e disse:

- "Sempre no meu coração e pensamentos " lembra?

Yein sorriu e apertou o dedinho também.

Pouco tempo depois, enquanto voltava da aula com Junghyun, ele se confessou e ela, como uma menina que ansiava conhecer o amor, aceitou-o. Isso rendeu a discussão e lágrimas com sua amiga, Yein.

- Você pelo menos o ama? - perguntou Yein de dentes tricados, e com lágrimas de raiva.

- Jesus! Quem está falando de amor, Yein? - respondeu irritada.

- Se não o ama, porque você o aceitou? - gritou Yein enciumada

- A quem eu amaria, se não fosse a ele? - perguntou.

Yein apenas a encarou, com desejo, e foi para casa. Deitar em sua cama e chorar em seu travesseiro. 

Encontrou Jiae muitas vezes no corredor depois, de mãos dadas com Jonghyun e de cabeça erguida, o que machucou-a profundamente. Mas não podia negar, ela sempre estava em seu coração e pensamentos, como prometeram uma para a outra. Estaria Yein no coração de Jiae também? Yein preenchia a mente de Jiae como esta preenchia a de Yein? Quatro meses depois, um gatinho miava na janela de Yein, que fazia carinho no gato, olhando para a janela da frente presa em devaneios. 

A janela da frente abriu subitamente:

- Supai! - gritou Jiae. 

O olhar das duas se encontraram, e falaram quase ao mesmo tempo, um quase inaudível:

- Oi.

- Oi.

- Agora você tem um gato? - perguntou Yein, casualmente. 

- Sim, ganhei de aniversário... - respondeu Jiae se debruçando na janela. - Primeiro aniversário que papai veio celebrar.

- Que legal, você recebeu meu presente? - perguntou Yein.

- Ah, era seu! - exclamou Jiae. -Eu estava tentando adivinhar, Jonghyun quase queimou a caixa, pensando que era de um admirador secreto... Obrigada, eu adorei as cores dessa nova paleta.

- Assim que vi na loja soube que você gostaria. 

- E porque não veio na festa? Eu... achei que pelo menos na festa você viria.

- Estava doente. - mentiu Yein. 

- Ah... bem, espero que o Supai não tenha incomodado. 

- Não, ele é bem fofo. - sorriu Yein. - mas acho que já está na hora de ir, não é, Supai?

O gatinho pulou para dentro da casa e saiu correndo. 

- Ai meu deus, ele resolveu ir dar um tour pela casa. - informou Yein.

Quando foi olhar para a janela novamente, Jiae já tinha saído, provavelmente a caminho da porta de entrada. Mesmo já passando pouco mais da meia-noite. Yein desceu as escadas, ouviu uma batida suave e baixinha na porta. Abriu e lá estava ela, como se nada tivesse acontecido e o tempo nunca tivesse passado. Jiae tremia, vestindo apenas uma camisola, congelando na porta.

- Oi. - sorriu, Jiae.

- Você saiu de pijama nesse frio? Você achou que eu fosse um monstro e fosse comer seu gato? - disse Yein, puxando Jiae para dentro. - Eu vou pegar um cobertor.

Jiae sentou no sofá, tremendo e Yein subiu as escadas de duas em duas. Desceu com um cobertor e cobriu Jiae. 

- Obrigada. - disse Jiae.

- Obrigada nada, tá pensando o quê? Vai dividir a coberta. - disse, sentando do lado da amiga, pegando parte do cobertor.

- Senti saudade. -admitiu, Jiae, deitando no ombro da amiga. - Muita saudade. Principalmente no meu aniversário, eu chorei muito nesse dia. 

- Você não devia chorar. Eu que fui uma amiga ciumenta demais, querendo te proibir de namorar e argumentando suas escolhas.

- Não, você estava certa, eu não devia namorar com ele se não o amava, isso só o magoou mais ainda quando terminamos.

- Vocês terminaram? - perguntou Yein, afastando-se minímamente para a olhar. 

- Sim, faz dois meses já. Você não sabia? - perguntou, a encarando.

- Não... Eu não te via fazia muito tempo.

- É, quando você quer desaparecer... você consegue.

- E agora? - perguntou, Yein, sentindo o corpo ferver.

- E agora o quê? Podemos ficar juntas. Pra sempre, no coração e no pensamento, aonde você sempre esteve.

- Ah, ótimo, odiava a ideia de ter de dividir meu lugar com mais alguém. - sorriu, Yein.

E Jiae sabia que ela estava sorrindo, percebia em sua voz.

- Você nunca dividiu e nem dividirá. Nem por um instante Junghyun esteve perto disso, ainda mais quando nos beijamos.

- Porquê?

- Ah, foi estranho, na verdade... estou com uma sensação estranha até hoje, mesmo depois de tê-lo beijado alguma vezes... Você sentiu isso no seu primeiro beijo?

- Não... Quero dizer, sim. Mas pra mim pareceu mais certo, mesmo que tivesse tudo para achar errado por ser com uma garota.

- Hm... eu senti o contrário, senti que era errado, por mais que tivesse tudo para achar certo. Na verdade... Ah, não. Esquece.

- Diga!

Neste ponto, ambas estavam agora, encarando uma a outra, sentadas lado a lado, com um coração imparável no peito, um coração com medo, mas que ainda pertecia a uma a outra.

- Eu... queria que fosse você.

Yein sorriu, aproximou-se e disse, pouco antes de seus lábios se encostarem:

- Sempre foi você.

Beijaram-se. Lentamente, respirando e deixando o gosto peculiar e doce de suas línguas se fundirem. Deixando que naquele beijo, se permitirem e se aceitarem. Tocaram-se, inexperientes e puras, com apenas a intenção de amar, com apenas a intenção de suprirem em seu coração a curiosidade que era o amor. O mundo girava depressa, e a mente delas amadurecia naquele momento, cresciam.

O gatinho pulou no colo de Jiae e ronronou, elas interromperam com uma pequena resistência e riram. Riram de suas próprias caras por notarem agora o que realmente significava aquela promessa:

Ela não precisam dizer adeus, pois quem tem o amor como acompanhante, nunca passa um minuto se quer sem estar nesse mundo que girava depressa em torno delas.


Notas Finais


É isso aí gente, se tiver algum erro ortográfico me perdoem e enviem se puderem uma mention no @gongmatsjun que eu corrijo. Fiquem a vontade para dar comentários e críticas, vou adorar conversar com vocês. Obrigado pela atenção e um cheiro no cangote ^~^


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