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História Love is not a fight - Campeã


Escrita por: CortezComZ

Notas do Autor


Hello meus amores, como estão?
Cá estou aqui outra vez com uma nova fic, que não é tão nova assim. Explico melhor nas notas finais, por enquanto...

Para esse capitulo recomendo a musica Hall Of Fame - The Script

Sem mais enrolação... LEIAM.

Capítulo 1 - Campeã


Fanfic / Fanfiction Love is not a fight - Campeã

Minha visão embaçada pelo sangue que escorria pelos cortes em minha pele dificultava minhas tentativas de defesa e esquivos dos golpes dados por minha adversária, diversos socos atingiam partes diferentes tanto do meu rosto quanto do resto do meu corpo. Os gritos da torcida ao fundo não passavam de zumbidos enquanto mais pancadas atingiam diretamente minhas bochechas, me levando ao chão após um erro de defesa meu.

Antes que outro golpe me atingisse e me levasse ao nocaute, o barulho do gongo soou fazendo o arbitro entrar na frente da minha oponente indicando o final daquele segundo round.

Troy, meu treinador, adentrou rapidamente o ringue e com a ajuda de Eric, seu assistente, me ajudou a sentar no banco próximo a um dos postes do octógono.

_ Lauren, este é o último round está me ouvindo? – Assinto sentindo um jato de água gelada molhar minha cabeça, Eric se aproxima com um pano e limpa o sangue do meu rosto como pode. – Presta atenção no que vou falar, ainda podemos ganhar essa luta, sua adversária está com a guarda baixa, ela não está se preocupando com a proteção, pois está apenas batendo e não apanhando. – Levo uma garrafa d'água até a boca após entregar meu protetor bucal para o assistente e entorno o liquido transparente sentindo-o rasgar minha garganta devido as diferentes temperaturas, a água estava gelada, meu corpo em contrapartida se encontrava fervilhando de calor. – Eu sei que você consegue vencer, já derrotou oponentes mais difíceis antes, não desista antes do último gongo soar.

_ Amor? – A voz de minha namorada soou do lado de fora do ringue, ela se encontrava apoiada na grade tentando ficar o mais próximo possível. Ao olhar em seus olhos, inevitavelmente sorri. – Lolo, você consegue. – Com a ajuda de Eric, Troy passava um pouco mais de lubrificante em minha sobrancelha e bochecha. Enxáguo a boca fazendo um rápido gargarejo com restante da água na garrafa e cuspo-a no balde depositado ao meu lado. – Você consegue ganhar, eu acredito em você, eu... – O som do gongo soou anunciando o terceiro e último round. Minhas pernas ainda tremiam ao me levantar do banco e ver meu treinador retirar rapidamente todas as coisas de dentro do octógono.

Um breve toque te punhos sinalizava o início da nova e última etapa junto ao toque a torcida voltou a gritar e agitar todo o estádio onde a competição acontecia.

Quando o primeiro golpe veio, desviei com facilidade e com agilidade encaixei um contragolpe acertando com força sua costela, seus pés deram alguns passos para trás, me aproveitei da ação e encaixei mais alguns golpes em seu rosto e costela ao mesmo tempo que mantinha minha guarda levantada para proteger-me de um possível golpe de defesa.

_ FALTA. – O arbitro interveio me afastando da oponente quando por um deslize acertei um soco em seu seio. – Essa é uma advertência, que o mesmo não ocorra novamente, caso contrário darei perca de pontuação.

_ Tudo bem, me desculpe. – Me apoio contra a grade retomando folego enquanto o médico analisava a lutadora. Após alguns segundos ele autoriza o reinicio da luta.

Me aproximo e depois de outro toque de punhos, sinto o soco firme diretamente no meu nariz. Meus pés sem muita coordenação dão passos para trás, quando outro soco me atinge, tudo ao meu redor parece se mover em câmera lenta. Os golpes me atingiam com força, meus punhos em vão tentavam armar uma defesa, quando meus ossos da costela começaram a ser o alvo das pancadas, o ar em meus pulmões sumiu completamente.

- LOLO LEVANTA, SEI QUE VOCÊ CONSEGUE. – Minha namorada outra vez gritava o mais alto que podia. Não era possível ver seu rosto da posição em que me encontrava, mas sabia que ela provavelmente estava o mais próximo que podia da grade de proteção. – AMOR, LEVANTA!

- JAUREGUI, SUA MOLENGA, REAJA. – A voz de Troy ecoava na mesma proporção da de Camila. – EU NÃO PASSEI DIAS TE TREINANDO PARA VOCÊ PERDER NO FIM DO TERCEIRO ROUND, NÃO DESPERDICE TODO O TEMPO GASTO EM TREINO. – Os golpes continuavam, porém com uma intensidade menor tanto de força quanto de ritmo.

- UM... - A voz do locutor ecoou pelo microfone, era a contagem regressiva para ser dada a vitória a minha concorrente.

- REAJA JAUREGUI, REAJA. – A tom de voz do meu treinador era de desespero, durante todo aquele ano não havia perdido nenhuma luta, seria a primeira e a pior de todas, pois aquela era a que me eliminava da competição pelo cinturão.

- DOIS... – Junto com locutor, os espectadores gritavam os números restantes da contagem.

_ GANHA ESSA LAUREN, GANHA POR MIM. – Então, entre o grito agoniado da Camila e o decreto de fim da luta pelo locutor e o arbitro, minha mente raciocinou de maneira veloz a saída daquela provável derrota.

Minha adversária tinha cometido um erro ao pensar que a disputa já estava ganha e ao diminuir a intensidade dos golpes, me aproveitei do pequeno e único espaço existente entre o meu corpo e o dela caídos no chão.

Sim meu amor, eu ganharei essa luta por você.

Passo meu braço esquerdo por seu pescoço segurando-o com o direito, aplico a força necessária ali e em menos de meio segundo as pancadas em minha costela sessam e sua mão vai para o meu braço, tentando solta-lo de qualquer maneira, aproveito a posição e sua distração em não manter a guarda e fecho minhas pernas em torno de sua cintura. Não havia como sair do meu mata leão.

Quando sua mão dá exatas três batidas no chão do ringue, minha vitória é declarada.

Meu corpo é agarrado por braços fortes, as palavras que saiam da boca de meu treinador se misturavam com os gritos eufóricos das torcidas nas arquibancadas e áreas VIPs espalhadas por todo o estádio.

_ Eu ganhei? – Questiono com um pouco de dúvida.

_ VOCÊ GANHOU, LAUREN! – Troy segura meu rosto com as duas mãos prendendo meu olhar no seu. – VOCÊ CONTINUA SENDO A CAMPEÃ INVICTA.

_ EU GANHEI. – Não consigo evitar de soltar o grito preso na garganta.

_ As lutadoras, por favor, se apresentem ao centro do octógono para a anunciação da vencedora. – A voz por trás dos alto-falantes anuncia. Em segundos visto minha blusa com os logos dos meus patrocinadores e nome do meu treinador e me aproximo do árbitro já que era acompanhado da minha adversária.

Quando meu nome é anunciado por todo o local e meu braço é levantado, uma chuva de comemoração preenche todos os cantos da arena.

_ Eu ganhei amor. – O corpo de Camila se choca contra o meu em um abraço apertado quando a mesma adentra o octógono após o anuncio, seguro sua cintura e a elevo fazendo com que suas pernas envolvam meu corpo num ''abraço coala''. – Eu ganhei por você, amor.

(...)

Descansava meu corpo da recente luta no vestiário do estádio, a exaustão não vinha apenas da batalha árdua, mas também das diversas entrevistas rápidas que fui obrigada a dar após o anuncio da vitória.

_ Grande luta hoje, Jauregui. – Troy se senta próximo ao meu corpo com uma pequena maleta de primeiros socorros em mãos. – Você dominou no primeiro round, apanhou feio no segundo, mas se recuperou com maestria no terceiro.

_ Fui treinada pelo melhor, tenho que ser a melhor. – Digo com um pequeno sorriso quando o homem inicia o processo de curativos nos machucados feitos em meu rosto. – Está muito feio dessa vez?

_ Nada que um ou dois dias não cicatrizem. – Responde colocando um curativo adesivo em meu supercílio. – Vou pegar um energético, você quer? – Nego com a cabeça.

_ Creio que meu energético já esteja chegando. – Pela porta aberta, pude ver Camila se aproximando pelo corredor.

_ Urgh, vocês duas... – Apontou para ambas assim que minha namorada cruzou a porta levando o dedo até a boca simulando vomito. – Vou pegar minha bebida.

_ Ele diz isso porque não transa. – Pronuncio alto o suficiente para meu treinador ouvir ainda que estivesse saindo do vestiário, seu dedo do meio foi mostrado antes que o corpo virasse para sair dali.

_ Como está minha campeã? – Camila sentou-se no banco antes ocupado por Troy, passando levemente o dedo pelas diversas cicatrizes e novos hematomas formados após várias batalhas.

_ Um pouco dolorida, acho que vou precisar de uma massagem quando chegar em casa. – Aproximo meus lábios de seu ouvido e pronuncio as palavras lentamente. – Aquela massagem.

Seu rosto se afasta de mim apenas para segundos depois seus lábios tocarem os meus. O beijo é lento e apesar de sua pele labial ser de extrema macies, o gosto salgado do suor que escorria por meu rosto dá um sabor estranho ao beijo, porém isso não pareceu incomodar Camila que puxou meu corpo para mais perto apertando com firmeza minha cintura.

_ Sem sexo no vestiário. – A voz de Troy nos força a romper o beijo, o homem nos olha com um sorriso sapeca no rosto bebericando um pouco do liquido energético em seu copo. – Se querem transar vão para um motel ou para o seu apartamento Jauregui, nada de coisas indecentes por aqui.

_ Quer saber?! É isso mesmo que irei fazer, boa noite para você Senhor Troy Ogletree, eu e minha namorada iremos embora aproveitar o resto da noite na minha cama e...

_ Não precisa terminar, não há necessidade de eu saber dos detalhes sexuais de vocês. – Sua mão estava esticada com a palma aberta em sinal de ''pare'' fazendo com que meu riso e o de Camila ecoasse. – Descanse, seja lá como e me encontre no centro de treinamento depois de amanhã, não é porque você venceu mais uma luta que lhe darei mordomias.

_ Você poderia ser um técnico legal e me dar uma semana de folga, não é? – Dou meu melhor sorriso em uma tentativa de convencer o homem a minha frente.

_ Você quer ganhar aquele cinturão? – Questiona bebendo o último gole do energético.

_ Claro que sim, quero mais do que tudo na minha carreira. – Afirmo.

_ Então nada de folga de uma semana, estou sendo muito bonzinho te dando um dia, alguns amigos meus não deixam nem os domingos livres para os seus alunos.

_ Vamos Camz, não se misture com esse homem de sangue ruim. – Empino meu nariz de forma teatral e saio andando segurando a mão de minha companheira. – Não se misture com essa gentalha.

_ É uma pirralha mesmo. – O mais velho solta uma risada alta. – Camila, não canse muito a nossa garota, preciso dela inteira para o treino.

_ Não se preocupe com isso treinador Ogletree, devolverei ela viva. – Garante quando nossos passos já estão próximos da saída.

_ VIVA E DESCANSADA. – Pede.

_ O DESCANSO EU NÃO POSSO PROMETER. – Caçoa em um último grito apenas para que ele pudesse ouvir, sem esperar ou se importar com uma resposta do mais velho, caminhamos de mãos dadas pelo local até o estacionamento onde meu carro estava.

''E a lutadora Lauren Jauregui, mais conhecida como Jaguar no meio das artes maciais mistas, conquistou hoje mais uma importante vitória...''

A voz do locutor ecoa pelo rádio do carro enquanto dirigia pacientemente até meu apartamento. Olho para Camila que também me olhava, suas expressões demonstrando orgulho.

''Com a vitória na luta de hoje, Jauregui conquistou a vaga para disputa do cinturão na categoria ''Peso Galo'' contra a atual campeã Ronda Rousey, a disputa tem data marcada para acontecer no próximo mês. ''

Mudo a estação para outra qualquer que tocava uma música acústica. Já estava acostumada a ouvir meu nome sendo anunciado por todas as mídias após alguma vitória importante, os radialistas apenas falariam coisas que eu já sabia.

_ Jaguar, como você se sente sabendo que enfrentará a atual campeã? – Faço uma careta com o apelido pronunciado por minha namorada, a mesma sorri estendendo a mão em uma imitação de microfone.

_ Não gosto quando você me chama assim. – Digo fazendo a curva para entrar no estacionamento do meu prédio. – Me sinto muito confiante, nada que muito treino não seja capaz de vencer, só perde quem não se dedica e eu sou muito dedicada.

_ Quais são as chances de você ganhar essa disputa? Afinal, é uma luta contra uma mulher, que assim como você, não perdeu nenhuma luta esse ano. – Camila afasta o banco colocando os pés sobre o painel.

_ As mesmas chances que eu tenho de perder. – Respondo sorrindo dando leves tapas em sua perna. – Tira os pés daí porquinha, lavei esse carro ontem.

_ Às vezes eu acho que você ama mais esse carro do que a mim. – Bufa voltando a se sentar da forma correta.

_ Talvez você esteja certa, talvez não. – Desligo o carro após estaciona-lo na minha vaga da garagem. – Vamos amor.

_ Não entendo o porquê de você odiar quando te chamo de Jaguar, não é assim que seus fãs te chamam? – Indaga após eu abrir a porta do seu lado no veículo e caminhar de mãos dadas comigo até o elevador.

_ Exatamente, meus fãs me chamam assim, você é minha namorada. – Franzo o nariz apertando o botão para chamar a caixa metálica. – É estranho.

_ Não deixo de ser sua fã por causa disso. Prefere que te chame como Jauregui?

_ Me chamando de amor da sua vida já está ótimo. – Puxo sua mão para entrar no elevador quando o mesmo abre as portas de metal a nossa frente.

_ Sua autoestima é invejável Senhorita Jauregui. – A viro de costas para mim, posicionando seu cabelo de lado e distribuindo diversos beijos pela região.

_ Minha namorada é a responsável por isso. – Digo dando um chupão na curva do pescoço. – Isso aqui irá deixar marca.

_ Você e sua mania de me marcar. – Ouço seu suspiro ao sentir minha mão gelada tocando a pele quente de sua barriga. – Estamos deixando a vida do segurança mais feliz ao darmos amassos no elevador.

_ Com certeza estamos. – A viro de frente para mim e capturo seu lábio inferior com meus dentes.

_ Por quais motivos mais sua namorada é responsável? – Suas mãos seguram minha nuca puxando alguns dos fios do cabelo solto. Quando a porta da cabine se abre, nossos passos até a porta são feitos de maneira desalinhada e cômica.

_ Ela é responsável por meus delírios sexuais. – Digo sentindo seus beijos em minha pele enquanto tento abrir a porta rapidamente. – Por suspiros nada discretos. Por que essa porra não quer abrir? – O riso abafado é quase inaudível. – Por meus... Porra Camz, você quer me foder? – Seu riso é ainda mais alto no momento em que minha frustração por não abrir a porta fica evidente após uma mordida ser dada no lóbulo de minha orelha.

_ Você deveria ser mais paciente. – Sua mão retira a chave da minha, colocando-a no trinco e finalmente abrindo a porta de madeira.

_ Eu sou paciente, só não quando você está... – Perco a fala quando seus dentes mordem outra vez meu lóbulo.

_ Quando eu estou? – Provoca. Com um pouco de força, giro seu corpo prensando-o contra a parede distribuindo beijos e mordidas por seus ombros descobertos pela blusa tomara que caia, paro quando me aproximo de seu ouvido apenas para sussurrar.

_ Está pronta para a segunda briga da noite? – Meu tom sai malicioso, ao ver seu sorriso sacana tive a certeza de que ela havia entendido a referência.


Notas Finais


GOSTARAM???
LINAF é uma das primeiras fics que escrevi (por volta de 2012/2013) e já havia sido postada no Spirit, porém ao lê-la senti uma certa vergonha por tê-la escrito de uma maneira tão desleixada, então aqui está... Uma nova versão dela.

COMENTEM, DIVULGUEM, FAVORITEM AND WHATEVER... Voltarei em breve.


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