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História Love is not over - Capítulo 8


Escrita por: Lokadosdorama

Notas do Autor


Oi pessoal !!!! Aqui vai mais um capítulo, espero que gostem!
Esse cap eu me inspirei no capítulo 6 horas do livro " A maldição do tigre" é realmente um livro muito bom, a saga inteira é, quem se interessar, sugiro ler.
Bem esse cap não foi revisado por falta de tempo, se tiver um errinho me perdoem, depois eu corrijo.
Boa leitura!

Capítulo 8 - Capítulo 8


 

Já se passaram 3 semanas desde o final de semana na praia e as coisas não mudaram muito desde então, Jimin continua trabalhando feito louco, mal o vejo durante o dia, mas ele ainda faz questão de sempre jantar comigo, acho que ele se sente culpado por ter me arrastado para a solidão que era a sua vida antes de me comprar, de certa forma estamos juntos compartilhando a solidão de cada um. Chega a ser até controverso, mas é assim que minha vida está se resumindo, acordar, comer, ler, pensar, comer, ler, ver Jimin, jantar com Jimin, e ultimamente, dormir com Jimin, de todas as coisas que faço durante o dia, essa é a que eu mais anseio todos os dias, não durmo mais em meu quarto e agora divido a cama com Jimin, que eu descobrir ter estranhos hábitos enquanto dorme, acordo todos os dias com seus dedos descansados em minhas costas por debaixo da minha camiseta, e por fim, tomei o hábito de dormir com a cabeça na curvatura do seu pescoço. Sentir seu aroma enquanto durmo é um calmante natural.

 Ultimamente venho pensando seriamente sobre o que eu quero fazer, mesmo Jimin não me perguntando mais, eu sei que ele está ansioso para me dar uma oportunidade de experimentar ter um pouco de poder de escolha. Depois que conheci Jimin, descobri o valor das boas memórias, e de ver o melhor do mundo, e por isso venho me interessando em fotografia. Ainda estou decidindo se é isso que eu realmente quero, e por isso ainda não comentei com Jimin sobre isso.

 Está anoitecendo e eu me encontro na varanda que tem no quarto de Jimin, o pôr-do-sol colore o céu com uma imensidão alaranjada misturada com o azul fraco do céu, de longe vejo o carro de Jimin se aproximar da mansão na avenida, parando então em frente a casa, dessa vez ele não põe o carro para dentro fazendo-me questionar se ele irá sair novamente, e logo um sentimento de que irei ficar sozinho mais um pouco se torna uma angustia, por mais que eu entenda Jimin e seu trabalho mais que sugador do seu tempo, eu estou sentindo ondas nostálgicas do meu tempo no orfanato, sozinho com um livro debaixo do braço.

 O mesmo sai do carro e levanta seu olhar para a varanda me fitando com seus olhos escuros e sérios, sua carranca de empresário ainda não o deixou, fazia tempo que eu não via esse lado do Alfa, mesmo que de longe. Mas logo em seguida ele sorri pra mim, aquele sorriso que ao meus olhos torna o ambiente em sua volta se tornar leve e aconchegante, como uma garoa em um fim de tarde. Sorrio de volta e ele desaparece da minha vista entrando na casa, um tempo depois sinto suas mãos firmes em minha cintura e sua respiração em meu pescoço, abro um sorriso involuntário e sinto o sinto depositar um selar em meu pescoço.

- O que faz aqui a essa hora? Entre, está esfriando.

- Estava aproveitando a vista, apagar um pouco a visão de letras que tenho o dia todo por ler tanto. – Dou uma risada cansada.

-Estava me esperando? Eu sei que sou lindo. – Jimin solta e eu não contenho a risada, me viro e encaro aqueles orbes escuros e profundos, eu via o universo nos olhos de Jimin, de tão profundo que sãos, eu via tudo e se eu encarasse com muito tempo não via nada além do escuro.

-Desde quando ficou tão convencido senhor Park Jimin? – Pergunto após sair do meu transe.

-Desde que tenho alguém olhando pra mim do jeito que você me olha. – Falou e depositou um beijo na pontado meu nariz. – Se arrume, vamos jantar fora hoje.

 Me espanto ao ouvir o que ele disse, mas sinto alívio ao saber que não perderei a sua companhia, corro para o banheiro para me aprontar, e quanto estou no closet me arrumando um Jimin totalmente arrumado e com o cabelo penteado para trás o deixando com uma postura um pouco mais sexy se aproxima e me olha de cima baixo, me analisando, me comendo com os olhos. Me sinto exposto diante o olhar dele, e evito me encontrar com aqueles olhos que tanto amo.

- Está perfeito. – Disse e me puxou para a sala enquanto eu murmurava um “obrigado” baixo, ainda envergonhado.

Já dentro do carro com Jimin dirigindo, encosto minha cabeça no descanso do banco e respiro fundo não podendo sentir nada mais que o cheiro que o carro exalava misturado com a essência de café de Jimin.

-Porque estamos jantando fora?

-Quero lhe apresentar abertamente para a sociedade como meu ômega. – Fala e sinto um nervoso surgir, engulo seco e fecho minhas mãos em um punho apertado. – Não se preocupe, é apenas para saberem que eu tenho você, você só precisará estar ao meu lado, não se sinta nervoso, eu já cuidei para que não tenha muita mídia nos incomodando.

-Haverá pessoas lá? – Pergunto nervoso.

- Sim, as pessoas do restaurante. – Fala com um sorriso brincalhão.

- Não zombe de mim, você sabe que eu sou tímido, eu não vou a um jantar normal com meu namorado, e vou para um exposição, e eu faço parte dela, eu estarei sendo exposto, ao seu lado, o poderoso Park Jimin, o empresário mais bem sucedido da Coreia do Sul, não pense que eu não vejo os noticiários. – Falo ríspido e Jimin fecha o sorriso e me olha enquanto para no sinal vermelho.

-Você sabe que tudo o que eu quero é que esteja ao meu lado, é tudo que preciso, não preciso que seja igual a todos os ômegas desse meio, de cabeça baixa, encolhido em um canto, e que só fala quando é chamado. – Fala me olhando no olhos e seus dedos tocam meu queixo me forçando a segurar o olhar para si quando ameacei a desviar o olhar dele. – Faça o que quiser, mas esteja ao meu lado, não tema eles, você tem a mim, e eu tenho você, você consegue fazer isso? – Pergunta enquanto me olha esperançoso.

-Consigo. –Enfim respondo, respirando fundo. – Eu consigo!

 O sinal abre e Jimin volta a seguir para o restaurante, colocando sua mão livre junto a minha e deixando uma leve carícia nos meus dedos gelados, me oferecendo o calor e conforto que eu como ômega, deveria estar dando para ele, e não ao contrário.

- É tudo que eu preciso então. –Fala e deposita um selar em meus dedos sem desviar o olhar da estrada.

 

O Caminho seguiu então silencioso, Jimin ligou o som do carro, colocando uma melodia calma e eu me perdi em pensamentos o trajeto todo, até que o carro para em um restaurante bastante bonito, a fachada era toda em vidro, na frente havia uma espécie de deck e precisávamos subir uma escada em espiral para que chegássemos lá, Jimin saiu do carro e abriu a porta para eu sair, respirei fundo e segurei sua mão que estava estendida para mim, o olhei e ele me olhava sorrindo e passando segurança, rapidamente olhei em volta e não vi nenhum tipo de fotógrafo, fiquei um pouco mais aliviado em saber que não estava sendo vigiado. Sigo com Jimin ao meu lado e a sua mão quente em minha cintura em uma postura possessiva.

- Não vejo nenhum fotógrafo por aqui, tem certeza que será um anúncio oficial? –Pergunto baixo, já que Jimin estava ao meu lado.

-Tenho, eles estão aqui, só você ainda não os viu. – Fala enquanto entrávamos no restaurante e um funcionário nos mostrava a mesa em que iríamos sentar.

-E onde estão? – Pergunto procurando em volta do lugar, sem encontrar nenhum sinal de câmera.

-Fique tranquilo, é melhor que você não os note, ficará mais confortável. – Sorri e eu me sentei na cadeira com ele sentado na minha frente.

Logo um garçom chegou com o menu, entregando um para mim e outro para Jimin. Dei leve olhada no menu e o preço de cada prato era o suficiente para sustentar uma família de 3 pessoas por um mês.

- Porquê tudo é tão caro? As pessoas realmente pagam por isso? – Pergunto indignado e Jimin apenas solta uma gargalhada gostosa me fazendo franzir o cenho.

-A comida é boa – Responde simplesmente.

-Um sanduiche também é e eu não preciso vender o rim para come-lo. – Falo e torna a rir. –O que é tão engraçado?

- Sabia que você está parecendo uma velha resmungona? Vamos Jungkook, aproveite os prazeres que o dinheiro pode lhe oferecer, que eu posso te oferecer. –Jimin fala a última frase como um sussurro e eu entendo o que ele quis dizer e apenas não consigo evitar o rubor subir.

-N-Não estou reclamando, estou apenas questionando. – Falo

-Então questione, prove e aproveite, o que vai querer primeiro?

-Eu não sei, o que sugere? Eu não entendo esses nomes esquisitos, parecem até feitiços. – Jimin passa uns segundos olhando o menu e seguida o garçom chega e Jimin fala o pedido do qual eu não entendi nada. – Se eu quiser comer em um lugar menos ...como posso dizer ... acima da minha capacidade de comunicação, eu posso? – Pergunto e vejo o maxilar de Jimin trincar um pouco e seu cenho ficar um pouco mais sério.

- Se estiver comigo, ou com seguranças, sozinho você não pode, entenda que depois de hoje você também é uma figura pública, ainda existem pessoas más no mundo JungKook, não posso arriscar meu ômega por uma refeição mais barata. –Fala sério enquanto toma um pouco do vinho que o garçon havia trago, e eu apenas suspiro e abaixo a cabeça desanimado, não poderei sair sozinho de qualquer forma. Sinto sua mão segurar a minha e levando meu olhar para o de Jimin que pedia desculpas silenciosamente, esboço um sorriso fraco e nosso olhar se quebra com a chegada de uma mulher que trazia uma mesinha com o nosso jantar, rapidamente tento puxar minha mão da de Jimin mas o mesmo me segura mais forte e torna seu olhar pra mulher que claramente estava quase se oferecendo como sobremesa para Jimin, o mesmo mantendo o seu sorriso aberto e conversando casualmente sobre opção de molhos e acompanhamentos especiais, apenas revirei os olhos com aquele showzinho. Faço um barulho com a garganta e os dois olham para mim.

- Querido, acho que prefiro uma torta de morango, não acho que gosto de mousse de pistache. –Falo fuzilando a mulher que insistia em “sem querer” encostar seu braço no ombro de Jimin.

-É um bom pedido, e o Sr.Park, sugiro um petit gateu de trufas, eles são... – A mulher começa a falar mas eu a interrompo.

- Ele vai querer o mesmo que eu, não é querido? –Falo e lanço um olhar para Jimin que eu juro passava a clara mensagem de “se livra dessa sirigaita”. Ele apenas sorri e acena para mulher que saiu pedindo licença.

- Está com ciúmes? – Jimin me olha com um sorriso de canto nos lábios.

-Eu? Imagina, uma mulher com peitos maiores que o monte himalaia dando em cima de você, e você sorrindo pra ela, lógico que não, eu sou muito melhor que ela, porque eu iria me sentir ameaçado com ela, pff eu jamais, eu já disse que não estou com ciúmes? –Falo desviando o olhar de Jimin que parecia estar se divertindo muito.

-Eu posso ver que não está, então está tudo bem para eu convidar ela para jantar com conosco? – Jimin pergunta com as sobrancelhas arqueadas.

- Claro que não, pode convidar ela, convida todos que estão no restaurante, eu não ligo. –Bufo e cruzo os braços ao ouvir a risada de Jimin. Sinto as mãos de Jimin descruzar meus braços e suas mãos segurar as minhas com força, ainda mantenho minha cabeça virada para o lado, evitando o encarar.

-JungKook, olhe para mim, por favor. – Ouço a voz suave e aveludada de Jimin entrar em meus ouvidos e por um momento considero o olhar, mas resisto e continuo encarando o jarro que está na mesa ao lado da nossa. –JungKook, olhe para mim... agora. – Retorna a pedir, não em um tom de comando, mas sinto que se eu continuar com a birra o alfa pode se irritar, solto um longo suspiro e olho em seus olhos, que ao se focar aos meus, sinto todo a sua energia fluir para mim, sinto seu carinho, seu afeto, seu amor, ele estava novamente se abrindo para que eu veja tudo o que ele sente, e mais uma vez me sinto culpado por duvidar por um segundo de sua fidelidade. Me levando um pouco da cadeira para alcançar o seu rosto e deposito um selar em seus lábios carnudos, esquecendo totalmente de que estava sendo fotografado, mesmo que ainda não tivesse visto nada, me sentia observado de alguma forma, murmuro um desculpe e Jimin sorri.

-Coma, a comida terá gosto ruim se estiver de mal humor. – Assinto colocando uma garfada e sinto todos os sabores se mesclarem e parecia um carnaval no meu paladar, realmente a comida estava deliciosa. – Quando chegarmos em casa eu tenho um presente para lhe dar.

-Que presente?

-Quando chegarmos eu lhe dou, foque na comida por enquanto, senhor eu não tenho ciúmes. – Brincou.

 

Depois do meu breve ataque de ciúmes que eu ainda insisto a dizer que não estava com ciúmes, mas é claro que eu estava, mas não iria confessar isso em voz alta, o jantar correu calmo, quando estávamos comendo a sobremesa que chegou um minuto depois de terminarmos o jantar, consegui perceber uma pessoa no fundo do restaurante com uma câmera em nossa direção, mais disfarçada que um ninja, quase não a percebo, mas por acidente ela tirou uma foto com o flash ligado e percebo a fraco clarão em nossa direção, escuto Jimin rir e murmurar um “amadores”. Já estávamos no carro voltando do jantar e me pergunto se minha primeira aparição como o ômega do Jimin atingiu as expectativas. E como se estivesse lendo minha mente Jimin segura minha mão com a sua que estava livre do volante.

-Eu não me importo com o que vão dizer, não se preocupe.

-Não é o que vão dizer para mim que estou preocupado, é o que vão dizer para você.

-Não se preocupe com isso também, eu não me importo, se eu me importasse com o que os outros falam eu não seria amigo do Yoongi, você não queira saber como ele se porta nos jantares de negócios que ele me acompanha, ele é um ótimo ômega, mas ele não é submisso, e os velhos rabugentos com quem trabalho não gostam disso, e eles também não gostam da ideia de um ômega em uma posição tão grande na empresa, Yoongi é minha mão direita, sem ele eu não estaria onde estou.

-Você realmente deve ouvir muito deles.

-Não ouço mais, Yoongi não precisa de alguém o protegendo, ele sabe fazer isso por ele mesmo, ele mesmo manda os velhos calarem a boca e cuidarem de suas vidas, é até engraçado as caras de horror que eles fazem. – Rio com a imagem que consigo imaginar na minha cabeça, não conheço o ômega loiro a muito tempo, mas já percebi que ele tem uma personalidade forte. Chegamos em casa e antes de abrir a porta Jimin olha para mim e segura minhas mãos.

-Pronto para o presente?

-Pronto. –Sorrio ansioso e Jimin abre a porta e o que eu vejo vai além das minhas expectativas, e realmente me questiono se não estou sonhando ou se não é apenas fruto da minha imaginação, mas eu não poderia ter imagino algo tão sentimental, mas Jimin imaginaria, o meu Jimin.


Notas Finais


O que você acham que é a surpresa?
Espero que tenham gostado desse capítulo tanto quando eu gostei de escreve-lo.
Até a próxima e boa semana !


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