Kath P.O.V
Acordei e vi Austin com os cabelos bagunçados, eu queria me desculpar por todo aquele drama que eu fiz por causa de toda essa história, mas queria muito entender o que realmente anda acontecendo, eu sou a namorada dele e não sei quase nada sobre ele e isso me deixa com medo dele só estar me usando como brinquedinho dele enquanto eu estou aqui amando ele com todas as minhas forças.
Fiquei olhando ele e então sorri quando ele abriu os olhos lentamente, se acostumando com a claridade do quarto, comecei a lembrar do que a irmã dele disse sobre o fato dele quase ter morrido de cirrose e dele ser muito envolvido com gangues. Balancei a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos.
- O que foi, minha linda? - Perguntou com a típica voz rouca que ele tem de manhã, que deixa ele bem fofo para falar a verdade, hahaha.
- Nada não... Amor me perdoa por ontem, eu insisti muito naquele assunto, mas é que sou sua namorada e queria dividir as coisas com você, mas não sabia sua opinião, mas agora que sei, eu... - Nem termino de falar e ele coloca um dedo sobre meus lábios.
- Você que tem que me perdoar, eu agi que nem um otário e sei que te machuquei, eu só estou com medo de te contar as coisas e você não me querer mais. - Fechou os olhos e vi sua voz fraquejando. - Nã-o-o quero que... se afaste..
- Eu nunca faria isso, quando alguém entra em um relacionamento, já entra sabendo que vai ser difícil, mas vai valer a pena. - Seguro a mão dele e começo a cantar bem baixinho uma música brasileira que eu gostei muito. (Singular- AnaVitoria).
É tão singular
O jeito que me observa acordar
E meu cabelo não parece te assustar
Você, incrivelmente, não se importa
Se eu te chutar a noite inteira
É singular
Sua vergonha e sua forma de pensar
O teu abraço que me enlaça devagar
E enfeita todos os meus dias e horas
É tão particular o meu encontro quando é com você
O meu sorriso quando tem o teu pra acompanhar
As minhas histórias quando você para pra escutar
A minha vida quando tenho alguém pra chamar
De vida
É tão singular
A habilidade que eu tenho em montar
Um arsenal de clichês pra te cantar
Na intenção de te fazer não esquecer
Que eu nunca vou parar de te chutar a noite inteira
Mesmo se você brigar
Eu te enlaço
E não me permito soltar
Pro nosso nós não deixar de ser assim: tão singular
- Amor, vamos conversar. - Ele diz seguro e eu sorrio dando lhe um beijo lento.
- Vamos!! - Disse empolgada e sorrindo.
- Seu sorriso é lindo. Agora vou contar a história... - Disse receoso e eu pedi para ele continuar. - Meu pai me abandonou quando eu tinha 14 anos, eu estava meio perdido, mas sempre ajudei minha mãe com tudo, cuidava da minha irmã e tudo mais, porém o dinheiro estava quase acabando e mal dava para nossa família se sustentar. Comecei a ficar mais tempo na rua para não dar prejuízo para minha mãe, mas adolescentes revoltado têm a mente fraca, um garoto me ofereceu uma proposta de "trabalho" e eu aceitei, o lance era eu vender drogas e assaltar, mas acabei me afundando nisso tudo e comecei a matar pessoas, me colocaram como o líder da gangue, junto com os meninos, mas depois nós vimos que estávamos errados, eu estava com nojo de mim mesmo, vim para cá com os meninos, mas a gente sempre comanda as coisas daqui, não fazemos nada, mas os garotos lá do Canadá fazem. Um dos nossos membros se revoltou e foi para a gangue rival ele sempre me odiou.. e...foi ele que...te sequestrou, não queria te envolver nisso, me desculpa. - Eu já estava sem reação, olhava de um lado para o outro e vi que ele estava meio agoniado com aquele silêncio. - Por favor, fala qualquer coisa, me bate, me xingar, mas não fica quieta.
- Isso é tão... confuso, não estou conseguindo pensar, mas... eu já disse que não vou deixar você, Austin.
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