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História Love isn't easy - The beginning


Escrita por: wifeofmybias

Notas do Autor


Aqui está o primeiro capítulo, provavelmente atualizarei uma vez por semana. Essa será apenas um capítulo introdutório a vida dos personagens e suas relações, boa leitura. <3

Capítulo 1 - The beginning


Fanfic / Fanfiction Love isn't easy - The beginning

O sol entrava pela janela, iluminando a cama onde o coreano dormia. Seus fios em tom de castanho amadeirado estavam completamente bagunçados e brilhavam na luz do sol, dando-lhe um ar angelical. Ao sentir a luz fazendo seu rosto esquentar, o rapaz piscou seus olhos, incomodado, despertando de seu sono. Resmungos saíram de seus lábios e virou-se de bruços, escondendo o rosto no travesseiro macio, tentando voltar a dormir. Porém, suas tentativas tornaram-se falhas quando sua porta fora aberta bruscamente pela encarnação da chatice em pessoa.

-DO KYUNGSOO, ACORDE AGORA! –uma voz extremamente irritante reverberou pelo quarto e não demorou até que um peso se fizesse presente em cima do corpo pequeno na cama.

-Porra, Luhan, sai de cima de mim. – reclamou o mais novo, tentando se virar na cama e tirar o maior de cima de si, sem sucesso.

-Soo, eu ‘tô com fome. –choramingou o outro, sem realmente dar atenção as palavras de seu ainda sonolento dongsaeng, apenas abraçando-o apertado e roçando sua bochecha nas costas dele feito um felino.

-Argh... se você sair de cima eu posso ir fazer o café-da-manhã. –a voz contrariada soou pelo quarto, fazendo com que o chinês se levantasse rapidamente, com um sorriso enorme no rosto.

-Pronto, estarei te esperando na cozinha. –e após isso saiu com um sorriso travesso do quarto, como se nem estivesse ali antes.

O Do suspirou audivelmente antes de sentar-se lentamente sobre a cama. Passou os dedos levemente dormentes nos olhos cansados, tentando despertar seus sentidos de forma mais rápida. Amaldiçoou Luhan e suas últimas gerações antes de finalmente levantar da cama, saindo do quarto e seguindo o tão conhecido caminho até a cozinha.

A casa onde vivia era de um tamanho médio, com dois quartos, uma sala de estar junto à cozinha, uma lavanderia e um banheiro relativamente grande. Era uma casa boa suficiente para duas pessoas – ele e Luhan. Os dois eram amigos de anos e moravam juntos, visto que era mais fácil manter uma casa dividindo as contas e, além disso, os dois gostavam da companhia um do outro - por mais que nunca fossem admitir isso em voz alta.

O bairro era em um local relativamente bom da cidade. Não chegava a se localizar no centro, porém havia tudo o que precisavam próximo, como uma padaria, mercado, um parque, academia, uma estação de metro e até um excelente pub, onde costumavam frequentar depois de uma semana estressante para esquecer os problemas.

O Lu era professor de educação física em uma escola fundamental próxima durante o dia, e em algumas noites lecionava dança no teatro da cidade. Ele era apaixonado por ensinar, e nada melhor do que unir isso ao seu amor por esportes, não é mesmo? Já Kyungsoo seguiu seu talento, recentemente havia aberto um Café e Confeitaria com um amigo próximo de Luhan, Xiumin, que era barista. Os dois donos do estabelecimento possuíam personalidades semelhantes e administravam o local com tranquilidade.

O coreano bocejou enquanto ligava a cafeteira com calma, sabia que seu hyung estava morrendo devido a não ter tomado sua dose diária de café ainda. Logo após foi pegar bacon e ovos na geladeira, juntou-os a frigideira e começou a preparar a comida no fogão. Nada melhor do que um café-da-manhã em estilo americano em um bom domingo, quando a preguiça reinava.

-Luhan-hyung, você pode colocar algumas fatias de pão na torradeira? –pediu com cautela, sabia que o outro era uma negação na cozinha, mas ainda tinha esperanças que algumas torradas ele conseguisse fazer.

-Claro. –assentiu, pegando o pão e ligando a torradeira, olhando-a com atenção, não queria quase botar a casa em fogo – de novo.

O resto do processo seguiu-se em silêncio, cada um preparando com cuidado o que faziam, sem trocar nenhuma palavra até que a mesa estivesse posta e com comida. Como sempre, após tomar seu café, o chinês começou com suas brincadeiras e animação costumeira, fazendo a cozinha se encher de risadas de ambos e a manhã de tornar leve. O coreano lavou a louça com calma, seu hyung ajudando-o ao secar a mesma.

Quando tudo estava terminado, o Do decidiu que era hora de lavar as roupas e o maior saiu para dar uma corrida pelo parque, como em qualquer outro domingo. Aquela era a rotina de ambos e eles eram felizes com esses pequenos prazeres.

 

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Gemidos eram escutados por todo apartamento, incomodando o moreno que tentava estudar em seu quarto. Odiava quando seu amigo trazia o “não-é-meu-namorado-porém-sempre-durmo-com-ele” para passar a noite, afinal, era ele quem não conseguia dormir tendo que ouvir os sons eróticos e altamente indesejáveis soando por todo lugar.

Suspirou, fechando seu livro e desistindo de estudar, e foi para a cozinha. Pegou uma maçã na geladeira e tentou ao máximo ignorar o que ouvia. Ligou a televisão e jogou-se no sofá, botando em algum programa de entretenimento qualquer, apenas para se distrair. Era algo idiota, mas antes ver aquilo do que continuar ouvindo os sonos nojentos.

Não saberia dizer ao certo quanto tempo ficou ali, mas realmente havia conseguido se entreter, visto que sua atenção só foi tirada do que estava assistindo quando seu amigo saiu do quarto acompanhado do seu “parceiro”. Ambos estavam com sorrisos sacanas no rosto e o moreno apenas revirou os olhos em aborrecimento. Sehun sempre conseguia fazer com que Kai quisesse socar sua cara assim que o via.

O mais novo passou pela sala, ignorando propositalmente seu hyung, enquanto puxava pelas mãos seu acompanhante. Iria acompanhá-lo até a porta, era o mínimo que podia fazer depois da diversão que lhe fora proporcionada de noite.

-Obrigado por vir me animar, Tao. –Sorriu travesso ao outro, apertando a bunda do outro e roçando seus membros em provocação, sendo correspondido com um gemido ao pé de seu ouvido e uma mão puxando-o pelos fios acastanhados para que pudesse lhe dar um selar.

-Até a próxima, Hun-ah. –o chinês piscou para o outro antes de finalmente sair do local, deixando o maior sorrindo antes de fechar a porta.

Kai levantou-se de seu lugar no sofá, cruzando os braços enquanto fitava seu melhor amigo – ele realmente devia rever isso – com olhos semicerrados, porém o outro apenas fingiu que não o vira e seguiu seu caminho para a cozinha, pegando cereal e leite para, finalmente, tomar seu café-da-manhã, o que irritou ainda mais o moreno.

-Porra, Sehun, podia ter me avisado que ia trazer a vadia pra cá pra eu arranjar outro lugar pra dormir. –não aguentou mais segurar e ralhou com o outro, que apenas olhou-o debochado.

-Sabe como é, Tao ainda tem esperanças de que você se junte a nós. –brincou, deixando o mais velho ainda mais irritado. Este saiu do cômodo com uma expressão de nojo, pegando o casaco e as chaves antes de finalmente sair do apartamento, sem se importar em dizer para onde iria.

 

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Baekhyun andava apressado pelas ruas pouco movimentadas do centro de Seul. Arrastava certo gigante pela mão, sem se importar se ele tropeçava quatro vezes a cada cinco passos que dava. Estavam atrasados e se existia algo que o coreano odiava era estar atrasado.

Haviam combinado de se encontrarem com dois amigos para almoçar havia semanas, e sabia que eles não gostariam nenhum pouco de ter que esperar mais ainda – ambos já estavam atrasados trinta minutos para tal almoço.

Ofegantes, chegaram à porta do estabelecimento e o Byun finalmente parou para respirar. Ele estava todo suado e suas pernas tremiam do esforço de ter praticamente corrido por todo o percurso. Quando finalmente se recompôs, o pequeno olhou para seu acompanhante de forma intensa, quase o matando apenas com o olhar.

-Park Chanyeol, eu prometo que após esse almoço eu vou cortar seu corpo em pedacinhos e jogá-lo no rio. –falou de forma rápida, sem nem dar chance para o outro responder antes de puxá-lo novamente para dentro do restaurante.

Não demorou para que o Byun avistasse o casal de amigos –sua boa visão recompensava sua baixa estatura- e logo fora para a mesa em que se encontravam, dando um sorriso sem graça aos amigos que os julgavam meramente pelo olhar por culpa do atraso.

-Vocês sabem que não foi minha culpa. –explicou, e ouviu o suspiro de Suho, sabendo que havia sido perdoado.

-Chanyeol é realmente um caso perdido. –o menor de todos ali falou, desistindo de fazer qualquer reclamação.

O rapaz de cabelo cor de fogo olhou para seu hyung com uma expressão indignada, porém sabia que ele tinha razão, então apenas sentou-se junto a Baekhyun na mesa, ignorando de forma birrenta o olhar divertido de Kris sobre si.

Todos ali se conheciam há anos. Baekhyun e Chanyeol eram melhores amigos desde a infância, e Kris cursou a faculdade junto ao último e, surpreendentemente, a personalidade dos dois gigantes bateu de primeira, tornando-os inseparáveis durante os cinco anos de sua formação. Suho fora o último a juntar-se ao grupo, conhecendo-os apenas após começar a namorar o chinês durante o último ano de faculdade. Desde que todos se formaram eles sempre combinavam de se encontrar ao menos uma vez por mês, para poderem conversar e relembrar os bons tempos.

-Então, acho que podemos finalmente pedir. –Kris falou provocativo, recebendo um olhar de repreensão do namorado, e quando o Park estava prestes a retrucar o mesmo levou uma cotovelada na barriga vinda do melhor amigo, fazendo com que ele soltasse em choramingo de dor.

-Sim, vamos pedir. –respondeu o Byun, recompondo-se após o acontecido, enquanto o chinês do outro lado da mesa segurava-se para não rir.

                Suho apenas ignorara os três “adultos” que estavam junto a si e sinalizara para que o garçom viesse até onde se encontravam. Sabendo que os outros apenas iriam discutir até finalmente decidirem o que comeriam, ele tomou a liberdade de pedir quatro Tortellini de Bolonha e mais duas porções de Bruschetta, além de um bom vinho branco para acompanhar. Nenhum dos outros ousou reclamar, afinal, gostavam da escolha – e também não queriam sofrer a ira do outro.

                Após aquele momento, o almoço seguiu-se com tranquilidade, todos conversando e dando risadas vez ou outra com as pequenas brigas entre o Byun e o Park. Porém, após terminarem de comer, um silêncio tomou conta do local enquanto Kris e Suho trocavam olhares cúmplices, fazendo seus amigos ficarem suspeitos com o que estava por vir.

                -Temos de contar algo pra vocês... -começou Suho com um sorriso leve no rosto,

                -O que é? -perguntou o moreno a sua frente, sentindo-se rapidamente nervoso.

                -Bem... -deu uma pequena pausa para fazer suspense, uma expressão brincalhona em seu rosto. -Eu e o Kris estamos noivos. -falou, apertando a mão do chinês ao seu lado.

                Um silêncio um tanto incômodo seguiu-se, enquanto o casal esperava a resposta de ambos os amigos, que os encaravam com bocas abertas e olhos esbugalhados. A informação demorou ser processada pelos mais novos. Repentinamente, um grito agudo ouviu-se pelo estabelecimento.

                -AI MEU DEUS, VOCÊS VÃO CASAR? -gritou um Byun, surtando de felicidade. - AI, PARABÉNS. AI, MINHA SENHORA. EU VOU SER O PADRINHO? -o pequeno havia conquistado a atenção dos outros presentes, todos olhavam para a mesa assustados, fazendo com que Suho abaixasse sua cabeça em vergonha e Chanyeol tampasse a boca do outro, impedindo que ele gritasse mais.

                -Que vergonha... -resmungou o Park, enquanto Kris pedia desculpas aos outros presentes, fazendo com que a atenção alheia fosse dispersada. Após o acontecido, o rapaz de fios avermelhados virou para o casal com um sorriso de orelha a orelha. -Parabéns, vocês merecem isso e muito mais.

                -Obrigado, cara. -o chinês sorriu para seu amigo, esticando-se para dar um tapa leve no ombro do mesmo.

                -Obrigado, gente. - sorriu Suho ainda envergonhado pelo acontecido anterior. -E é claro que você vai ser um de nossos padrinhos, Baek. Aliás, tanto você quanto Chanyeol. Foi por isso que marcamos de encontrar com vocês hoje. -explicou o coreano, olhando para os olhos levemente marejados do acastanhado.

                -Ai, eu não acredito. Obrigado. -o Byun realmente se encontrava emocionado, mas segurara as lágrimas, afinal, não queria borrar seu delineador. O avermelhado sorriu agradecendo e concordando também, enquanto acariciava as costas do melhor amigo, acalmando-o.

                Planos sobre o casamento tornaram-se o assunto na mesa após aquela notícia, os dois menores trocando animadamente ideias de decoração, bolo, flores, roupas, tudo. Os dois mais altos preferiram falar sobre a música, visto que era uma paixão que compartilhavam. Suho explicou que a festiva seria algo apenas simbólico, visto que o casamento homossexual ainda não era aceito no país, mas que ao menos conseguira um amigo seu que era padre a comparecer e abençoar a relação. Para os amigos aquilo já era uma grande quebra de barreiras e eles ficaram ainda mais contentes ao ouvir o outro explicar.

                Porém, em um determinado momento da discussão, o Park levantou-se de seu lugar e pediu licença para ir ao banheiro. Logo que ele estava fora da vista dos outros, o casal voltou sua atenção com olhos preocupados para o acastanhado. Antes mesmo de algum deles abrir a boca, o Byun já sabia qual seria o assunto.

                -Baek... você já contou ao Chanyeol? -soou a voz doce do Kim a sua frente, porém o outro apenas ficou em silêncio por alguns segundos antes de finalmente suspirar, decidindo terminar com aquele assunto.

                -Não, e não pretendo. Nós sabemos que ele não sente nada por mim, não vou estragar nossa amizade com meus sentimentos tolos. -sua voz continha um tom de finalização, porém apenas servia para esconder sua dor.

                -Olha... eu sei que é difícil, mas se você não contar logo pode acabar perdendo as chances de vez, e o coração de Chanyeol para alguém. -novamente Suho opinou, seu coração de mãe sempre preocupado com o bem estar dos amigos.

                Baekhyun não soltou uma palavra depois disso, já havia tomado sua decisão e não iria ceder. O casal trocou olhares receosos, porém quando o chinês negou com a cabeça o outro apenas suspirou e decidiu não insistir no tópico, pelo menos naquele momento.

                Um silêncio tenso instalou-se entre eles até que o Park volta-se ao local, um sorriso largo em seu rosto, enquanto permanecia alheio a situação desconfortável. Sentou-se com calma e bebeu um copo de água antes de finalmente falar.

                -Então, decidiram mais alguma coisa enquanto eu estava fora?


Notas Finais


No próximo capítulo aparecerão Chen, Xiumin e Lay. Até logo.~


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