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História Love Issues - The Girlfriend


Escrita por: fckzcam

Notas do Autor


Boa leitura :)

Capítulo 11 - The Girlfriend


Fanfic / Fanfiction Love Issues - The Girlfriend

Nina

Acordei com um pulo após ouvir um barulho extremamente alto vindo de fora do meu quarto. Era por volta das quatro ou cinco da manhã. Peguei o taco de baseball que guardo no armário e sai do quarto com ele em mãos. A luz que vinha de um dos postes de luz, com a ajuda da lua, iluminava a sala quase que perfeitamente. No chão, pude ver o resto de uma garrafa de bebida que fora atirada contra a parede. Uma mancha enorme de bebida estava em nossa parede branca e alguns respingos na porta de meu quarto.

- Nathan?

Ele se virou e me encarou, dando para ver seu rosto inchado.

- Tá chorando? – perguntei, deixando o taco encostado na bancada da cozinha.

Meu irmão começou a chorar ainda mais. Praticamente atravessei a sala, ficando frente-a-frente com ele.

- Eu estraguei tudo – disse entre soluços.

- Ei – segurei seu rosto em minhas mãos. Olhei em seus olhos, seus olhos cheios de lágrimas – O que você estragou?

- Nossa relação com nosso pai, minha relação com a Melanie... Tudo isso porque eu sou um babaca sem consideração – seu hálito estava puro álcool, mas fingi não perceber – E você não fala comigo desde sexta-feira. Por favor Nina, não me odeie, você é tudo que eu tenho!

Senti meus olhos se encherem de água. Não sabia que Nathan se sentia assim em relação à mim.

Tenho certeza que, se eu não fizer alguma coisa, ele pode ficar agressivo a qualquer momento. Já lidei com ele bêbado algumas vezes e, na maioria delas, ele era agressivo. Então fiz a primeira coisa que passou por minha cabeça. Entrelacei meus braços em seu tronco e encostei a cabeça em seu peito. Não demorou muito para sentir os braços de meu irmão enlaçarem meu corpo.

- Você não estragou nada ok? – eu disse – Apesar de você estar bêbado e provavelmente não irá se lembrar disso de manhã, eu quero que saiba que você foi e sempre vai ser meu exemplo de vida. Ninguém é perfeito, Nate. Todo mundo erra, todos cometemos erros. Você só não está na melhor fase de sua vida, entende? – ele começou a passar a mão em meu cabelo – Mas nunca, nunquinha, pense que eu te odeio. Por que eu odiaria a pessoa que cuidou de mim depois da ida da mamãe para Madri e o abandono de nosso pai?

Os soluços de Nate cessaram, mas eu ainda conseguia sentir o jeito que ele os engolia, para não demonstrar fraqueza. Nunca o vi chorando, sempre que achava que iria explodir, ele se trancava em seu quarto ou fazia alguma piadinha. Talvez esse fosse a seu mecanismo de defesa. Diferente de mim, ele sempre engole o choro e finge que nada aconteceu. Somos tão diferentes mas ao mesmo tempo tão parecidos.

(...)

Passei a noite consolando meu irmão e isso me deixou exausta. Porém eu não podia faltar da aula, não podia mostrar que estava intimidada por Quinn, por mais que eu estivesse. Cheguei atrasada, por isso tive de pedir licença ao nosso professor de matemática. Melanie estava encolhida na última carteira da fileira da parede. Dei um sorrisinho e me sentei em sua frente. Sam dirigiu seus olhos a ela e logo suspirou, voltando a dar sua aula.

- Ei – ela me chamou. Deixei meu caderno de lado e me virei para trás – Dormiu mal?

- Nathan estava bêbado e carente – percebi que ela estremeceu ao ouvir o nome de meu irmão sair de minha boca – Desculpe Melanie, mas não posso evitar mais ele.

- Oh! Você estava o evitando por mim? – um meio sorriso se formou em seus lábios – Ele é seu irmão, não deixe minha relação... – pensou um pouco – ou seja lá o que tivemos, atrapalhar o relacionamento de irmãos de vocês.

Melanie é tão compreensiva.

- Obrigada – sorri.

No final da aula, o Samuel me pediu para ficar mais um pouco na sala. Melanie apenas disse que estaria me esperando em frente ao nossos armários. Assim que todos saíram, fiquei encarando-o.

- Melanie está brava comigo? – perguntou.

- Você a beijou e depois disse que estava arrependido porque já é comprometido. Acho que se ela não estivesse brava, eu estaria – respondi secamente – Era só isso?

- Eu vou dar uma festa em minha casa hoje – ele disse, ignorando totalmente minha resposta grossa.

- E? – perguntei, erguendo as sobrancelhas.

- Gostaria que vocês duas fosse. O Jack vai estar lá – sorriu.

- Vou conversar com Melanie – falei séria – Qualquer apareceremos lá.

- Tudo bem – sorriu de canto – Está dispensada.

Assenti com a cabeça e sai de sua sala.

- O que ele queria? – Mel perguntou curiosa.

- Perguntar se você ainda está brava e se queremos ir à uma festa que ele vai dar hoje na casa dele – dei de ombros, colocando meus livros no armário.

- Você vai? – minha melhor amiga perguntou, se encolhendo no armário ao lado e encarando-me.

- Você quer ir? – olhei em seus olhos azuis.

- Ah... – ela coçou a nuca com a mão – Não sei. Tá afim?

- Você quer ir, não quer? – cruzei os braços, lançando-a um olhar de descrença. Melanie desviou o olhar – Sua masoquista! – praticamente gritei, porém eu possuía um sorriso no rosto.

- Para! – disse envergonhada – Eu não sei ok?

- Provavelmente a namorada dele vai estar lá, quer mesmo arriscar?

- Você está me fazendo mudar de ideia...

- Tudo bem. Nós vamos – respondi, fechando meu armário.

Melanie

Nina foi se arrumar em meu apartamento, já que eu estava fazendo o máximo para não ter de olhar para Nathan. Quando estávamos devidamente vestidas, Jack mandou uma mensagem para Nina, avisando que já tinha chego. Saímos pela escada de incêndio e entramos no carro preto. Minha melhor amiga deu um selinho em seu namorado e eu apenas dei um oi.

Chegando na casa de Sam, pude ter certeza de que éramos as pessoas mais novas dali. O restante devia ter em torno de 20 a 30 anos. Batemos os olhos em Samuel, abraçado em uma loira de olhos azuis. Andamos até eles, fazendo os olhos castanhos de Sam se encontrarem com os meus.

- Vocês vieram! – ele sorriu. Dei um sorrisinho sem graça – Nina, Melanie, esta é Stassie, minha – seus olhos encararam os meus por alguns segundos – namorada.

- Prazer – Nina disse, provavelmente para ser simpática – Sou Nina.

A namorada de Samuel sorriu.

- Sam, tem algum problema se eu beber uma garrafa inteira de vodca sozinho? – um cara loiro de olhos claros se colocou no meio da conversa – Gilinsky? – ele olhou para Jack.

- Johnson? – o namorado de Gionina abriu um sorriso enorme e abraçou o loiro – Meninas, este é Jack Johnson, meu melhor amigo.

- Dois Jacks? – eu disse – Confuso.

- Amor, conte para eles como nos conhecemos! – a namorada de Wilkinson disse. Caralho, que voz chata.

Novamente, olhos castanhos me encararam. Por que ele está fazendo isso?

Percebi Nina dar uma leve cotovelada em Gilinsky, que me olhou rapidamente.

- Johnson – ele disse – porque você não mostra a casa para Melanie?

- Quem é Melanie? – o outro Jack perguntou confuso.

- Eu – levantei a mão – Eu sou Melanie.

O loiro me olhou dos pés à cabeça e sorriu.

- Claro, vamos!

Minha melhor amiga deu um sorrisinho para mim e eu revirei os olhos. Comecei a seguir Johnson para o andar de cima da casa. Caralho, que casa enorme.

Por mais que houvesse um número exagerado de pessoas, era possível andar e quase não trombar com ninguém – com exceção das que já estavam bêbadas. Jack me guiou para dentro de um quarto e eu gelei. O que estamos fazendo aqui?

- Relaxa – ele disse como se estivesse lendo meus pensamentos desesperados – Eu só vim aqui porque gosto de ir até a sacada e ficar observando o lugar. Não te trouxe aqui para te comer – seu tom era brincalhão.

Soltei um suspiro de alivio e o observei abrir uma porta de vidro e caminhar para a sacada. Ele encostou no parapeito e eu me coloquei ao seu lado. Ficamos em silêncio por alguns constrangedores minutos até o mesmo dizer:

- Qual sua idade, Melanie? – perguntou com os olhos fixos na paisagem arborizada.

- Tenho dezoito – respondi, olhando para ele – E você?

- Tenho vinte e quatro – sorriu de canto, provavelmente sentindo meus olhos em seu rosto – É aluna de Gilinsky e Sam?

- Como sabe? – perguntei com as sobrancelhas arqueadas.

- Deduzi – deu de ombros e me olhou – Jack me contou que estava namorando uma aluna. Ele está de parabéns, a propósito.

- Achou-a bonita?

Claro que ele achou Melanie, não seja estúpida.

- Eu te achei mais – deu um gole na garrafa de vodca – Quer um pouco?

Pensei por um tempo em recusar, mas depois de tanto pensar, apenas dei de ombros e peguei a garrafa de vidro de sua mão, dando um gole breve.

- Uou – o loiro disse dando um risadinha – Vai com calma aí.

- Estou cansada de ir com calma – respondi – Eu quero esquecer todas as merdas essa noite.

- Está com o cara certo então, Mel.

Não sei porque, mas esta é a segunda vez que fico sem graça quando algum cara me chama de Mel. Primeiro Sam e agora Johnson.

Ficamos conversando e bebendo e só fui me tocar que estava bêbada quando parei de sentir meu corpo e comecei a rir de qualquer coisa. A garrafa estava pela metade e quando começamos a beber, ela estava intacta. O liquido parou de arder em minha garganta e parei de fazer careta depois de um tempo. Como eu não bebo em excesso, meu organismo não está tão acostumado com o álcool, então fiquei rapidamente bêbada. Ficar bêbada é demais.

- Você não bebe muito, não é Melanie? – Johnson perguntou.

Estávamos sentados no chão da sacada, sentindo a brisa fria bater em nós. Mas por incrível que pareça, mesmo de short curto e cropped eu não sentia frio. Apenas calor, tive até de prender o cabelo se não ia começar a suar, provavelmente. Peguei a garrafa de vodca e fiz uma careta ao ver que só restava apenas mais um gole. Jack riu com minha expressão e assentiu com a cabeça, deixando-me terminar com o líquido do recipiente.

- Isso é tão divertido! – eu exclamo após virar tudo de uma vez. Era, no mínimo, a décima vez que eu falava isso – Devíamos marcar de sair. Eu, você, Nina e Gilinsky.

- O Sam não? – perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

- Não, o Samuel não – balancei a cabeça algumas vezes – Ele namora.

- E qual o problema? Ele pode levar a namorada junto, apesar de eu não gostar muito dela.

- Ela é uma vadia? – perguntei – Desculpe – tapei minha boca, fazendo Johnson rir.

- Tudo bem – sorriu – Ela é uma vadia fresca.

- Hum – franzi o cenho, fazendo uma expressão brava, ou tentando – Não gosto de vadias frescas!

- Somos dois – os olhos claros dele eram fixos nos meus.

Deitei a garrafa de vodca e comecei a rola-la com os dedos pelo piso liso da sacada.

- Estou atrapalhando? – ouvimos uma voz atrás de nós.

Olhamos para trás e meus olhos demoraram um pouco para reconhecer quem estava de pé em minha frente.

Sam.

Samuel

Que merda o Gilinsky estava pensando quando pediu para Johnson mostrar a casa para Melanie? Ele está empurrando ela para ele? Só sei que eu mal prestava atenção no que Stassie estava falando para Nina e Jack, que estavam completamente entediados. Meus olhos eram fixos na escada, na esperança de ver a silhueta de Melanie a qualquer segundo. Pisquei algumas vezes e olhei para Gilinsky, que ainda possuía a expressão entediada.

- Ai ele me pediu em namoro no...

- Jack – o chamei, fazendo Stassie parar de falar -, posso conversar com você na cozinha?

Ele olhou para a namorada, que lançou lhe um olhar que dizia “não demore muito não sei quanto tempo vou aguentar”. Caminhamos até minha cozinha e olhei para os lados, não havia ninguém.

- Por que você falou para o Johnson mostrar a casa pra Melanie? – perguntei irritado. Percebi que ele tentou conter um sorriso.

- Ela estava superdesconfortável com a Stassie falando sobre o relacionamento de vocês, ai eu decidi que era melhor para ela sair da conversa. Queria ter ido com eles – a última frase quase saiu como um murmuro.

- E se eles se pegarem? – perguntei apreensivo.

- Qual seria o problema? Os dois estão solteiros – Jack respondeu, claramente para me irritar.

- Eu vou ver se ela está bem – eu disse, saindo da cozinha.

- Amor! – Stassie me chamou.

- Vou no banheiro, já volto – falei.

Subi as escadas e comecei a andar pelo corredor escuro de minha casa. Só uma porta estava aberta, a luz lunar refletia no corredor. Ouvi uma risada alta, deduzindo que seria Melanie. Antes de eu entrar no quarto comecei a ouvir a conversa.

- Isso é tão divertido! – ela disse com uma voz alegre. Ela está bêbada? – Devíamos marcar de sair. Eu, você, Nina e Gilinsky.

- O Sam não? – Jack perguntou a ela.

- Não, o Samuel não – ouch – Ele namora.

- E qual o problema? Ele pode levar a namorada junto, apesar de eu não gostar muito dela.

- Ela é uma vadia? – porquê Melanie, ciúmes? - Desculpe – Johnson riu.

- Tudo bem. Ela é uma vadia fresca.

Jack não gostar de Stassie não é novidade para mim.

- Hum – Mel murmurou – Não gosto de vadias frescas!

- Somos dois.

Entrei no quarto e me coloquei atrás deles, que estavam sentados no chão da sacada. Uma brisa fria tocou minha pele, fazendo meus pelos se arrepiarem.

- Estou atrapalhando? – eu disse.

Os dois se viraram ao mesmo tempo. Johnson me olhou com um sorrisinho e Melanie pareceu não me reconhecer nos primeiros segundos. É, ela está bêbada.

- Olha Jack - apontou para mim – Estávamos falando dele e ele apareceu – ela disse se atrapalhando com as palavras.

- Quanto ela bebeu? – perguntei para Jack, ignorando a loira.

- Metade da garrafa ou mais – respondeu, encarando-a com um sorriso. 

- Ei! – ela se levantou. Melanie veio em minha direção, porém quase caiu, tendo de se apoiar em meu ombro – Estou falando com você!

- Você tá muito atrapalhada, Melanie – eu disse.

- Eu não tô apratalhada – disse – Apratalhada – riu de si mesma.

 - Você tá bêbada – respondi sem paciência e comecei a puxa-la pelo braço – Vem, vamos pegar uma água pra você.

- Olha você de novo, me pegando pelo braço e me forçando a fazer o que quer – disse com um tom bravo.

- Eu sei o que é melhor pra você! – eu disse indo para o quarto no final do corredor.

- Por quê? – ela se soltou de meu aperto assim que tranquei a porta – Nem me conhece!

- Mas sei cuidar de alguém bêbado.

- Achei que ia pegar água para mim – olhou ao redor, percebendo que estávamos em um quarto escuro – Cadê sua namorada? Ela parece gostar de você e você dela e....

Antes que ela pudesse falar mais alguma coisa, colei minha boca na dela. Ela tentou recuar por alguns segundos, mas logo se rendeu e abriu um pouco a boca, dando passagem para minha língua. A coloquei contra a parede, deixando suas chances de escapar se evaporarem. Colei nossos corpos e peguei em sua bunda com força. Melanie soltou um gemido contra meus lábios, mas continuou a me beijar. O álcool corria em meu organismo, muito menos do que no dela. Mas isso fez com que eu separasse nossos lábios e dirigisse meu polegar em seu lábio inferior, abrindo levemente.

- Eu quero sentir seus lábios em minha volta – eu disse. Desci mais um pouco minha mão que estava em sua cintura e a desci para sua intimidade. Seus olhos azuis se abriram e me encararam com uma expressão confusa. Pressionei meu dedo em seu lugar sensível, fazendo-a gemer – Você não pode escapar de mim, Melanie – falei com meus lábios milímetros do seu – Se quiser desistir, agora é hora.

- E-eu – ela gemeu, pois eu ainda movimentava minha mão em sua intimidade, provocando-a – não quero desistir.

Dei um sorrisinho e voltei a colar meu lábio no seu. Suas mãos foram para o meu cabelo, o puxando com força. Agora foi minha vez de soltar um gemido contra os seus lábios. Eu não me importava se eu estava dando uma festa no andar de baixo, a única coisa que me importava agora era o quão duro eu estava. Comecei a subir a blusa de Melanie, mas suas mãos me impediram de continuar.

- Acho melhor descermos – disse.

Porra, isso é sério?

Eu estava realmente muito excitado, mas eu não iria força-la a transar comigo. Ela pode até ceder porque está bêbada pra caralho. Mas amanhã de manhã ela vai acordar me odiando por isso.

- Eu já vou descer – falei.

- Por quê? – perguntou. Olhei para o meu volume na calça, ela olhou também e soltou um riso – O que foi? Quer ajudar? – ela balançou a cabeça em negação – Ah foda-se! Vamos descer.

Não iria fazê-la descer sozinha, algum cara podia dar em cima dela e.... porque caralhos eu tô me importando com isso?

Na metade da escada ela olhou para frente e simplesmente congelou. Olhei para onde ela estava encarando, era um cara que conversava com Nina.

- Nate? – ambos falamos juntos.


Notas Finais


Esse é um dos meus capítulos preferidos até agora, principalmente o ponto de vista da Melanie. No próximo capitulo vocês vão entender porque caralho o Nate tá na festa e tudo mais. Será que vai dar merda?
Espero que tenham gostado.
Comentem, isso faz com que eu não demore tanto para postar e também faz com que a fic continue.
Meu twitter: https://twitter.com/stiIesovoid


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