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História Love Issues - Family Issues


Escrita por: fckzcam

Notas do Autor


Boa leitura :)

Capítulo 16 - Family Issues


Fanfic / Fanfiction Love Issues - Family Issues

Melanie

Todos que estavam no gramado começaram a entrar na escola, como se tivesse acontecido algum tipo de escândalo.

- Acho que tem a ver com a Nina – ouvi uma menina dizer.

Ao ouvir o nome de minha melhor amiga, levantei rapidamente da grama e corri em direção ao prédio. Empurrei várias pessoas que estavam no caminho e assim que cheguei nos corredores, vi as pessoas encostadas nas paredes, deixando o caminho livre. Várias pessoas possuíam celulares em mãos, gravando o que estava acontecendo. Eu não estava entendendo nada, apenas empurrei mais algumas pessoas. Assim que tive a visão livre de cabeças e ombros, pude ver claramente o diretor segurando minha melhor amiga pelo braço, arrastando-a para sua sala. Na porta da sala de literatura, estava Quinn, com os braços cruzados e uma expressão vitoriosa no rosto. O professor Gilinsky possuía uma expressão chocada no rosto e encarava a cena de Monte arrastando sua filha pelo corredor. Percebi que alguém se colocou ao meu lado. Olhei para a pessoa, tendo a visão de Sam.

- O que aconteceu? – perguntei.

- Foi parar no diretor que Nina estava dando em cima de um professor e que estava passando dos limites, foi uma denúncia anônima – me explicou.

A única coisa que eu tinha certeza, era que aquela denúncia não era anônima e com certeza eu sabia quem havia contado essa mentira ao diretor. Meus olhos foram direto para uma cabeleira loira que estava encostada no batente da porta. Ela me olhou e deu de ombros, com um sorrisinho cínico no rosto. Respirei fundo e senti meu sangue ferver.

- Você! – eu gritei, atraindo a atenção de todos que estava presente – Isso é culpa sua! – andei em direção à ela. Quinn fez uma expressão de quem não fazia ideia do que eu estava falando.

- Culpa minha? – fingiu-se indignada – Melanie, por Deus. Você realmente vai me culpar por sua amiga ser uma piranha?

Não tive nem sequer a chance de pensar, apenas senti minha mão agarrar os cabelos loiros de Quinn e joga-la no chão com toda a minha força. Sentei em cima de sua barriga e comecei a puxar ainda mais seus cabelos. Ela tentava me tirar de cima dela. Eu sentia suas unhas arranharem minha pele. Mas eu não conseguia parar, comecei a dar tapas em seu rosto e continuar a puxar seus cabelos. Pressionei meu joelho em seu estômago e isso fez com que ela fizesse um barulho esquisito.

- Chega! – senti alguém me tirar de cima dela e segurar meus braços – Melanie, já chega!

- Foi ela! – eu gritei – É culpa dessa vagabunda! Nina não estava assediando de ninguém, ela inventou tudo porque tem inveja de Nina.

- Melanie, o diretor viu Nina e Gilinsky juntos, não tem como desmentir – Sam disse. Parei de me debater em seus braços e deixei com que ele me levasse de volta para o gramado.

Arrumei meus cabelos e encarei os olhos castanhos de Sam. Coloquei as mãos em minha cintura.

- O diretor Monte viu Nina quase beijando Gilinsky quando ele entrou na sala. Foi tudo culpa da Quinn, mas ela tinha provas.

- Mas acusa-la de assedio? Por que não disse logo que eles estavam namorando?

- Por que ela queria que só a Nina se fodesse. Não é óbvio?

- Eu vou matar essa vagabunda! – comecei a voltar para o corredor. Sam me puxou pelo braço, isso fez com que nossos rostos ficassem próximo – Sam, me solta – eu abaixei o olhar para sua mão, que agarrava meu pulso.

- Melanie, se você bater de novo naquela menina você vai ser suspensa.

- Eu não ligo – tentei me soltar – Sam, me solta!

**

- Melanie Falk? – a secretária, Jenny, me chamou. Levantei minha cabeça – Pode entrar.

Assenti e soltei um suspiro. Me levantei da cadeira e caminhei até a sala do diretor. Fechei a porta e o encarei. Seus olhos azuis tempestuosos iguais os de Nina eram incrivelmente intimidadores em momentos como esse. Franzi o lábio e me sentei na cadeira em frente de sua mesa. Ele entrelaçou as mãos e soltou um suspiro.

- Como se eu não estivesse chateado o bastante ao ver minha filha agindo como uma biscate eu tenho...

- Não a chame assim – eu o interrompi.

- Acho que você não está na posição de protestar, Melanie.

- E eu acho que você não está na posição de chama-la de filha, já que nunca foi um pai para ela – indaguei.

- Escute aqui, você não é ninguém da família para me dizer o que eu sou ou não para Gionina.

- Eu sou mais da família do que você jamais foi – cuspi – Estou suspensa por bater na vagabunda que colocou Nina nesta posição?

- Sim, está – Monte suspirou.

Apenas me levantei da cadeira e sai de sua sala, batendo a porta.

Nina estava sentada na sala de espera com o rosto vermelho e inchado de tanto chorar. Caminhei até ela e me sentei ao seu lado. Abracei-a, fazendo com que ela encostasse sua cabeça em meu peito.

- Eu tô muito fodida – disse chorando – Minha vida acabou.

- Vamos embora – dei um beijo em sua cabeça. Nos levantamos – Talvez ainda tenha alguns tufos de cabelo da Quinn no corredor – eu disse. Nina soltou um risinho. Entrelacei meu braço no seu e fomos em direção ao estacionamento.

- Nina! – nós viramos para trás. Minha melhor amiga desviou o olhar.

- Melanie, vamos embora – ela me puxou.

Gionina não deixou Gilinsky dizer uma sequer palavras, apenas me puxou pelo braço e fomos embora. Não acho que o que aconteceu seja culpa de Jack, talvez seja porque eu não sei o que aconteceu antes de o diretor entrar na sala. Mas eu realmente acho que não é culpa dele, nem de Nina. Tudo bem que o relacionamento entre professor e aluna é proibido, mas não é mais considerado pedofilia, já que Nina já tem dezoito anos.

Chegamos no apartamento de Nina e fomos recebidas por um Nathan sentado no sofá com os braços cruzados. Ele olhava para a irmã irritado e eu percebi uma veia quase saltando em sua testa.

- Você estava assediando um professor, que ainda por cima, é um dos meus melhores amigos? – sua voz estava carregada de raiva.

- Eu não assediei ninguém, porra! – Nina gritou – Quer saber a verdade? – ela também estava irritada – Eu estava namorando com o Gilinsky. Era ele com que eu estava saindo todos os dias, durante esses últimos meses – Nate arregalou os olhos – Não foi assédio. Quinn disse para Monte que eu estava assediando Gilinsky porque não queria que ele fosse demitido. Ela sabia que estávamos namorando, mas queria que só eu me fodesse.

- Você tava namorando com um amigo meu? Puta que pariu, Nina. Qual o seu problema?

- Vai tomar no cu, Nathan! – gritou e bateu a porta de seu quarto.

A decisão mais sensata que tomei hoje foi, não me intrometer e sair daquele apartamento o mais rápido possível.

**

- Você foi suspensa por bater em uma menina? – minha mãe balançava o papel de suspensão na frente de meu rosto – Você não tinha que se meter nisso. Isso é culpa da Gionina. Você está indo para o mau-caminho por causa dessa menina – disse – Você não vai mais andar com ela!

- Como é? – levantei, ficando cara-a-cara com minha mãe – Você não pode...

- Posso. Não só posso como vou te proibir de...

- Ah, mas não vai mesmo! – andei até meu quarto, sendo seguida por minha mãe.

- O que você está fazendo? – perguntou nervosa.

- Eu vou fazer minha mala.

- Que mala, Melanie? Vai pra onde? Austrália?

- Pro apartamento da Nina. Você não pode me proibir de ser amiga dela. Você nem sabe o que realmente aconteceu.

- Então me conte – se sentou na cama.

Contei tudo o que acontecera na escola hoje, nem sequer me preocupei em esconder o detalhe de que Nina namorava com Gilinsky, mas menti falando que eles namoravam antes mesmo de ele virar professor da nossa escola. Minha mãe escutou atentamente todos os detalhes e ficou com pena de Nina ao saber que Monte, o cara que abandonou ela e Nate, virara diretor da nossa escola.

- Isso tudo é porque ela não vive com a mãe – seus olhos exalavam pena – Sei que eu não devia falar isso mas, você fez bem batendo nessa menina – ambas sorrimos.

Nina

- Você viu como eles estavam quase se beijando, diretor? – a voz irritante de Quinn fazia meus ouvidos doerem, mas minha expressão ainda era de assustada. Meus olhos estavam extremamente arregalados e minha boca estava aberta – Nina está tendo atitudes como essa faz muito tempo. Desde que o professor Gilinsky entrou na escola. Isso é assédio!

- Isso é verdade Jack Gilinsky? – Monte perguntou. Jack também não conseguia falar, apenas possuía a mesma expressão que eu – Gionina, me acompanhe.

Meu pai apenas me agarrou pelo braço e quando saímos da sala, havia uma multidão no corredor. Todos estavam encostados nas paredes, abrindo o caminho pelo corredor. Apenas abaixei a cabeça e deixei Monte me levar até sua sala. Quando estávamos chegando em sua sala, começamos a ouvir uma gritaria. Mas eu estava tão nervosa e em choque, que nem fiz questão de virar minha cabeça para ver o que estava acontecendo.

- Você está encrencada – Monte apontava o dedo em meu rosto – Assediar um professor? Você sabe o quão grave isso é? Responda-me, Gionina, você sabe?

- Sim.

- Você tem noção do quanto eu estou furioso? Eu poderia...

- O que? Beber e me bater? Não é como se você nunca tivesse feito isso antes.

- Gionina, não me desrespeite! Seu futuro nessa escola está em minhas mãos! – abaixei a cabeça – Uma semana de suspensão pra você. Eu poderia te expulsar, mas eu arranjei este emprego para...

Levantei da cadeira e sai de sua sala.

**

Fechei a porta de meu quarto com toda a força possível e a tranquei. Me joguei na cama e abracei minha almofada. Senti meu rosto ficar molhado com o tanto de lágrimas.

Minha discussão com Monte fez com que eu me lembrasse das noites que ele chegava em casa bêbado após minha mãe o deixar para ir à Madri. Todas as noites eram as mesma coisa, ele chegava de madrugada, começava a gritar meu nome e o nome de meu irmão para nos acordar e falava o quanto estragamos a sua vida. Eu morria de medo do que ele poderia fazer, então depois de um tempo, comecei a dormir com Nate todas as noites. Mas uma noite, eu fiquei até tarde fazendo um trabalho na mesa de jantar e quando ele chegou em casa decidi o enfrentar. Foi a pior decisão de minha vida.

Flashback On

Um ano atrás

O professor de filosofia havia nos dado um trabalho para fazer, e como de costume, eu decidi deixar para a última hora. Eu não tinha noção nenhuma de o quão longo era esse trabalho e muito menos de que eu só o terminaria às duas e meia da manhã. Ouvi a porta ser destrancada e assim que foi aberta, tive a visão de meu pai. Ele acendeu a luz e demorou um pouco para perceber que eu estava ali, em pé e com os olhos fixos nele. Monte fechou a porta e cambaleou em minha direção, apontando o dedo para mim.

- Você... A razão de todas as minhas decepções – disse – A sua mãe se mudou para Madri por culpa sua! Você é a culpada.

- Não, ela se mudou para Madri para fugir de você – eu disse e comecei a ir em direção ao meu quarto. Senti sua mão agarrar meu pulso e então minhas costas bateram com força na parede.

- Não ouse me responder – fechei os olhos e virei o rosto para fugir de seu hálito. O empurrei – Sua vadiazinha – levantou o punho.

- O que você vai fazer? Vai bater em uma mulher? – o desafiei.

- Você não é uma mulher, você é uma adolescente.

E então, sua mão pesada e enorme se chocou em minha bochecha. Tudo o que eu ouvi na hora foi um estalo e senti meu corpo ir de encontro com o chão. Dirigi minha mão em meu rosto e fechei os olhos assim que senti minha bochecha arder. Ouvi Nathan e Monte começarem a discutir, mas não ousei abrir os olhos. Continuei ali, escorada em um canto da parede, com os olhos fechados e bochecha vermelha e molhada por conta das lágrimas.

Flashback Off

Depois desse dia, Monte simplesmente foi embora. Deixou um bilhete em cima do balcão da cozinha nos avisando que havia ido embora. E essa foi a última notícia dele que recebemos em um ano. Na verdade, todas as vezes que um número desconhecido ligava para nossos celulares, nós simplesmente ignorávamos. Mudamos o número do telefone fixo, mas não mudamos de apartamento. O bom foi que Monte pelo menos fez o favor de declarar que Nate era meu guardião legal, já que ele havia acabado de fazer vinte e um. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
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