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História Love Lotus - Oneshot


Escrita por: LoLobito

Notas do Autor


Alô alô abiguinhos.
Sendo sincera, Katariven me é um ship bem aleatório, quase seria incomum, se eu não percebesse que ele até que é bem famoso no tumblr. Vendo umas imagens, rapidamente me veio uma ideia de escrever algo, e eu nunca recuso minhas ideias! Não ficou mto bem elaborado, mas espero que gostem~

Capítulo 1 - Oneshot



Quando caminho sozinha na floresta, às vezes, ouço passos que acompanham os meus. Em alerta, eu sempre olho em volta, mas ouço um barulho, como uma conjuração mágica, um teleporte, e de repente, os passos silenciaram. Eu acabei me habituando depois de um tempo, cheguei a imaginar que o espírito dos ventos me pregava uma peça, se tornou um jogo eu tentar achar qualquer forma física dele, então me tornei mais rápida... E consequentemente, um dia, pude ver um vislumbre de um cabelo vermelho quando me virei. E de repente, tudo fez sentido. 
Eu me chamo Riven. Sou uma exilada. Fugi de Noxus depois da guerra, não pude suportar minhas ações passadas, e nem a crueldade que presenciei. Ainda consigo ouvir os gritos de pessoas morrendo, do meu exército, do exército inimigo... Todos foram aniquilados na guerra em Ionia. E eu fui dada como morta. O que me rendeu vantagem na hora de fugir para longe. Eu quebrei minha espada, símbolo do meu orgulho, em busca do meu próprio perdão. Desde que deixei Noxus para trás, foi um curto espaço de tempo para que os passos me acompanhassem na floresta. No começo, pensei que fosse minha imaginação, depois me vi paranoica a olhar para todos os lados em busca de quem me seguia, mas nunca descobri. Até esse dia.
Eu sempre tive uma visão pura de Noxus. Eu era atraída pelo fato de que ninguém olhava para seu sexo, seu tamanho, e ninguém, principalmente, zombava se você estava carregando uma espada qual mal você aguentava com o peso. Em Noxus, para você ser reconhecido, bastava você ser forte. Ser diferente, ter uma força diferente das outras e igualmente temida. Eu era destemida, não tinha medo de matar ou morrer, e era habilidosa com a espada... Ganhei fama rapidamente. Fama em Noxus significa privilégios. Você conhece a melhor parte da cidade, as pessoas mais famosas e poderosas, é respeitada por elas. Principalmente por influências como os generais de Noxus, famílias muito famosas e respeitadas. Eles me apresentavam muitas coisas, mas a mais impactante delas era a filha de um dos generais, Katarina. Ela era forte, obstinada e incrivelmente bonita, em uma primeira vista, mal pude tirar meus olhos dela. Em troca, ganhei um olhar firme que conseguiu gelar minha espinha, pela primeira vez eu estava intimidada. E com isso eu a vi sorrir, e já amava aquele sorriso. 
Não demorou muito tempo para que eu descobrisse que, tudo o que Katarina queria, ela conseguia. E desde aquele dia, ela me quis. E céus, como ela era habilidosa em se ocultar. Ela aparecia no meio da noite na minha frente do nada. Ela sabia onde eu morava, ela disse ela mesma ter sugerido aquela casa para me darem, e eu acreditei em suas palavras. Demorou um tempo para eu descobrir que ela era uma assassina também muito habilidosa com magia. Ela podia se teleportar, e suas aparições sempre me causavam arrepios.
Ela sempre se encontrava comigo às escondidas. Em um momento, admitiu-se atraída pela minha falta de medo.  E ela começou a testar isso. As vezes, ela se aproximava e me cortava com uma de suas adagas. Doía, havia magia nelas, causava mais dor, mais sangramento, menos chance de curar tão cedo. Mas eu a olhava, firme, mesmo sabendo que a mulher a minha frente podia me matar antes de eu sequer ter consciência disso, eu sorri. E ela praticamente ronronou satisfeita com a visão. 
A partir disso, não houveram mais palavras em nossos encontros. Todas as histórias noturnas que dividimos, todos os segredos que ela me confessara sumiram. A partir dali, Katarina apenas me encontrava com um desejo instintivo de prazer e sede de sangue. Por ali eu entendi porque Katarina me dissera que nunca tivera muitos parceiros. Porque, no momento em que ela começava, a maioria provavelmente iria fugir mesmo. Ela misturava prazer com dor. Ela fazia algo que me faria rolar os olhos em prazer, e logo me cortava com uma adaga. O desgaste de cada noite era demais até para mim, mas toda noite ela repetia aquilo. Eu ganhei cicatrizes, várias feridas novas nas costas, barriga, busto, até ombros e pescoço. Eu vivia com o torso enfaixado, e ela me dizia achar aquilo sexy. Eu estava hipnotizada, atraída, a dor e o desgaste nunca importaram quando aquela mulher tão bela terminava sorrindo para mim. Katarina nunca fora carinhosa, nada de carinhos, ou de dormir junto, mas eu nunca precisei disso quando eu podia mantê-la acordada uma noite toda. 
Talvez a parte mais difícil de me tornar uma exilada era ter de dizer adeus a tudo isso... Em silêncio. Eu não podia contar para ninguém que eu ia embora. Nem para Katarina. A parte mais difícil de esquecimento foi enquanto eu esperava minhas últimas feridas cicatrizarem. O tempo todo eu as dedilhava, e assim tudo me vinha a tona. Por um momento, lembrar de Katarina me fazia esquecer os gritos de morte que constantemente ecoavam em minha mente, assim eu arrumava alguns minutos de sono. 
Quando os passos começaram a me seguir, eu pensei muitas coisas. Eu imaginei os generais de Noxus vindo me matar. Imaginei Singed vindo terminar o serviço. As almas que morreram por minha culpa querendo me levar para sofrer eternamente com elas. Eu imaginei Katarina... E o pensamento morreu com um riso amargo e sem humor na minha garganta. Katarina não iria me procurar, todos pensavam que eu estava morta. E se descobrissem que não estou, iriam apenas me procurar para me matar. Mesmo Katarina. Para ela, eu era apenas um brinquedo muito valioso, pois eu era a única que não fugia de suas maneiras sádicas de prazer. Então restou pensar que os passos nada mais eram do que os ventos me pregando uma peça... Mas... Quando eu vi aquele cabelo vermelho, eu senti esperança. Esperança porque, sendo realmente Katarina, se ela quisesse me matar, ela já teria o feito antes de eu notar seus passos. Esperança porque, enquanto meu psicológico estava tão destruído, talvez apenas olhá-la já faria tudo parecer ter sentido novamente, me faria sentir viva, me sentir intensa, como a cor de seu cabelo, ou como o olhar firme que ela sempre me direcionava. Mesmo que ela realmente estivesse ali para me matar, se ela me permitisse olhá-la uma última vez, admirá-la, eu não iria reclamar, nem fugir. Mas... Depois que percebi, os passos sumiram, minha esperança novamente morreu, e eu voltei a chorar todas as noites até dormir. 
Os dias passaram a ser mais solitários sem os passos me acompanhando nas florestas. Eu constantemente imaginava se Katarina tinha sumido para informar toda Noxus que eu estava viva e agora havia vários generais caçando minha cabeça pela floresta. Eu ainda não completei minha missão de me redimir pelo que fiz, mas havia dias em que eu não me importava se algum general me achasse naquele exato momento. 
Hoje, logo que acordei, eu percebi que era o dia de buscar mais suprimentos. Em dias bons, eu achava uma vila e conseguia comprar alimentos e água. Em dias como hoje, eu tinha que depender das minhas habilidades, sorte e dos deuses para conseguir caçar alguma coisa e achar um rio com água limpa. Para minha sorte, na noite passada eu tinha ouvido barulho de água corrente, então eu sabia que havia um rio próximo. Na minha busca, imaginei água fresca e o cheiro de peixe assado, e sorri para o vento. Foi um dia muito cansativo tentando pegar alguns peixes, mas ao menos eu já estava começando minha fogueira quando um arrepio atravessou minha espinha. Nunca me senti muito do tipo instintiva, mas logo que senti aquilo, passei a olhar em volta, desconfiada. Eu já estava pronta para dizer que era coisa da minha imaginação quando o flash de vermelho se mostrou a minha frente. Eu travei no meu lugar e fiquei sem palavras quando parada ali, há poucos metros, estava Katarina. Ela tinha um olhar frio, parecia muito irritada. Instintivamente puxei para perto o resto patético do que um dia fora uma espada gloriosa, hoje eu só posso dizer que terei sorte se eu conseguir usá-la para desviar alguma adaga.
O tempo pareceu ter congelado, pois eu não sei dizer quanto tempo exatamente passamos olhando uma para a outra em silêncio absoluto, poderia ter sido alguns segundos, talvez minutos, mas houve momentos que pareceram anos. Minha respiração travou quando eu pisquei e de repente Katarina não estava mais ali. Eu me alertei, mas senti uma picada em minha bochecha. Outras em meus braços. Eu soltei uma respiração afiada e assustada até que finalmente uma pressão fria e afiada em minha garganta. Katarina se mostrou em minhas costas, e uma de suas adagas estava apertada firmemente contra meu pescoço. E quando percebi, tinha também sua respiração fazendo cócegas contra minha orelha.
-    Por que você tem medo?
A voz rouca me trouxe arrepios e eu suspirei, fechando os olhos. A pressão se tornou mais forte, eu senti um pouco de sangue escorrer para meu ombro.
- Quando se tornou tão fraca?
O ar me veio com dificuldade. Eu já tinha aceitado o fato de que ela iria me matar, exceto... Que ela não fez isso. Eu senti a pressão em minha garganta ir embora, e a presença em minhas costas também. Mas senti olhos me vigiando, tentando me rodear, como se eu fosse uma presa prestes a ser atacada.
-... Por que você foi embora? 
Essa última fala era diferente. Não tinha o tom firme de antes. Estava quebrado, entristecido. Eu rapidamente abri os olhos para entender o que fora aquilo, mas Katarina tinha sumido. Toda a dor veio de uma vez para mim, e eu caí derrotada no chão. Mais uma vez Katarina estava tão perto, e ao mesmo tempo tão longe... Por que ela não me matou?
Dormir na parte da noite era muito difícil. Os passos não me seguiam mais, mas eu me sentia observada o tempo todo na hora de dormir. Eu não sabia se era Katarina ou se era alguém de Noxus, mas eu tinha uma constante necessidade de estar alerta. O ultimo encontro com Katarina constantemente passava por minha mente. Katarina era forte, fria, eu ouvia boatos de que a guerra havia mudado ela, outros de que ela simplesmente fora criada daquela maneira. Mesmo nas histórias que compartilhávamos, não havia nenhum amor, nenhum laço forte, ela tinha suas amizades com outros generais ou carrascos em geral de Noxus, mas eram amizades que ela constantemente me afirmava que podia quebrar laços com uma incrível naturalidade. Ela não parecia apegada nem ao seu próprio pai, e não hesitaria em mata-lo se necessitasse. Eu sabia disso tudo, então eu não entendia... Será que eu tinha ouvido direito, afinal? Talvez. Aquela voz quebrada, praticamente entristecida e inconsolável que ouvi da ultima vez não saía da minha cabeça ‘’por que você foi embora?’’ as vezes também me pergunto o porquê. Caço respostas para tudo em meus momentos solitários sem o que fazer, até para o fato de porque eu não morri naquela guerra, também. Todo meu exército morreu, eu fui dada como morta.     Teria sido mais fácil se fosse como na história. Assim eu não seria a única a me atormentar com os gritos das pessoas que morriam ao meu redor, fosse inimigo ou aliado. 
Suspirei ao vento e fechei os olhos. Logo a fogueira apagaria, eu tinha que dormir antes disso. Quando eu estava perto, senti um vento forte ao meu lado e acordei assustada, rapidamente me sentando em alerta.
- Vai pegar aquela coisa patética pra tentar se defender de novo?
A voz estava amarga e quase carregada de ódio, mas eu podia reconhecer o tom rouco. A ruiva estava há alguns metros de distância, mas o fogo ainda a iluminava, iluminação que me trazia lembranças, e logo eu conseguia perder a respiração.
- Me disseram que você morreu naquele lugar. 
Lá estava ela me rodeando como um predador novamente, eu podia apenas observar em silêncio enquanto ela parecia me julgar com o olhar. 
- Por que isso não é verdade? E se não é, por que você simplesmente não mencionou nada e fugiu como um rato covarde?
Ela estava realmente irritada, e queria respostas. Eu não a culpava, mas essas eram respostas que eu não podia dar a ela. Katarina não era o tipo de mulher que ouviria os mesmos gritos que eu antes de dormir. Que se perturbaria com a cena que viu, quando até mesmo ela fora deixada para morrer por seus próprios aliados. Ela entenderia. Era uma sangue puro de Noxus. Eu não entendi, não me conformei, apenas me assombrei com tudo o que houve. Não tive tempo para pensar bem. Senti logo uma pontada no meu braço e soltei um suspiro afiado. Mas dessa vez não fora a adaga que tinha ido parar em meu pescoço. E sim suas próprias mãos. Eu podia vê-la parcialmente com a luz do fogo, e mesmo com todo aquele ódio em seu olhar, eu ainda a achava tão bela. 
- O que mudou? Por que teme minha presença agora? Você nunca a temeu! Você não hesitava com nada que eu fazia... Não a reconheço mais como alguém que já possa ter pisado em Noxus, está fraca. 
Talvez por eu esperar aquelas palavras, elas não tenham doído tanto quanto deveriam doer, mas ainda era um nó desagradável que eu tinha que engolir. Surpreendentemente, ainda consegui falar alguma coisa depois disso, sem pensar. 
- Eu tenho medo... De morrer sem poder te admirar por mais tempo. Uma morte rápida onde a última coisa que eu não veria seria seu rosto. 
Ela hesitou. Eu percebi que todos os seus músculos ficaram tensos, sua barreira natural de qualquer sentimento tentou rejeitar minhas palavras e ela entrou em conflito. Eu a vi se afastar, uma mistura bonita e até engraçada de um olhar chocado com um pequeno rubor quase invisível em suas bochechas. Eu reconheci aquela sensação, a sensação do uso de sua magia de teleporte, não pude deixar que ela fugisse, rapidamente segurei seu pulso e ela parecia disposta a jogar várias adagas para me afastar. Mas ela não o fez. E eu a puxei para beijá-la. 
Desde cedo, quando conheci Katarina, eu percebi que ela não era de carinhos. Isso incluía beijos. Ela era rápida e não baixava a guarda, toda vez que eu tentava beija-la, recebia uma de suas mãos bloqueando minha aproximação. Em momento algum, fosse em momentos de prazer, ou depois desses, ela deixava eu me aproximar. Talvez só houvesse um momento em que eu consegui pegá-la desprevenida para um beijo. E nesse, eu lembro de ter sentido um forte gosto metálico. Haha, eu pensei que iria morrer de tanto que meus lábios sangravam, ela tinha mordido com tanta força que pensei que tinha arrancado algum pedaço deles nessa etapa. Desse dia em diante eu decidi que não tentaria aquilo de novo. Embora tenha sido uma memória até agradável, pois eu nunca tinha ouvido Katarina rir. Muito menos tanto quanto ela riu no dia seguinte, quando me encontrou e encontrou meus lábios muito inchados como punição. Eu podia ouvir aquela risada pra sempre. 
Mas dessa vez... Nenhuma mão me impediu. Quando os lábios se tocaram, eu me encolhi, eu esperava pela dor, que nunca veio também. Ao invés disso, ao perceber que eu não faria nada, ela me empurrou para trás e eu caí contra os panos que eu usava no chão para dormir. Eu senti seus dedos adentrarem meus cabelos, suas unhas arranharem meu couro cabeludo, e ela me beijava com uma vontade tão intensa que nem meus melhores sonhos conseguiriam reproduzir. Eu fiquei tão surpresa que demorei para acordar pra realidade. E ela logo se afastou. Havia aquele fogo em seu olhar que era capaz de congelar meu corpo e incendiar minha alma. E logo um sorriso que derreteu tudo em seguida.
Tudo foi muito rápido. Eu senti as mordidas fortes em meu pescoço, chupões que deixariam marcas talvez por dias. Pela primeira vez as adagas tinham sido esquecidas. As dores que ela causava vinham de mordidas que eu mal podia realmente dizer que doíam, eram muito mais agradáveis. Ela não me deixou tocá-la, ela comandava tudo, ela quem fazia tudo. Eu não podia reclamar, eu senti muita falta dos toques, os arranhões, as marcas. Eles seriam a única coisa que nos dias seguintes me mostrariam que não era um sonho. Mesmo sendo rápido, ela fez questão de ser intensa. Pareceu até um de meus treinos mais intensivos, eu estava esgotada quando pude olhá-la novamente. Seus olhos brilhavam satisfeitos enquanto eu mal podia manter os meus abertos. Ela se abaixou, e eu ouvi o sussurro calmo em meu ouvido. 
- Eu voltarei amanhã. 
Então ela tinha sumido. Ao menos uma coisa parecida aos velhos tempos. A fogueira tinha apagado há tempos, mas eu não me importava com o frio. Eu dormi com um sorriso no rosto. 
Ela não mentiu ao dizer que voltava. Ela me seguia nas sombras e depois se mostrava pouco antes de eu dormir. Com o tempo ela se habituou com o fato de que eu não falaria pra ela o motivo do meu sumiço, e pareceu ter aceitado isso, pois ela passou a chegar já me atacando. Eu não reclamava daquilo, eu precisava daquilo tanto quanto ela. Afastava meus fantasmas por um tempo e era ótimo finalmente poder dormir um pouco normalmente por uns dias. Até o momento que ela não apareceu. No começo estranhei, depois me preocupei e em seguida eu já estava em pânico. Eu imaginava o que havia conhecido, por dias não a vi e meu coração apertava. Provavelmente tinha passado uma semana até eu estar quase dormindo e logo sentir um corpo encostar contra o meu pelas costas. Eu suspirei, a reconheci.
- Eu me preocupei. 
Ouvi um riso irônico diante das minhas palavras e senti um braço enlaçar minha cintura.
- Fui mandada para uma missão. Longe. Vencemos o combate.
Eu desanimei, e ela pareceu não notar. A mão em minha cintura desenhava círculos aleatórios perto de minha barriga. 
- Eu ainda tenho coisas pra fazer. Talvez eu volte definitivamente em três dias. 
Ela tentou se levantar e eu virei, não permitindo. Vi uma sobrancelha interrogativa se levantar e desviei o olhar, indefesa, sem ideias. Falei o que meu coração tinha ordenado.
- Fique... Só essa noite. Você... Ajuda a afastar as vozes que gritam na minha cabeça. Faz parecer que tudo ainda está normal como era em Noxus, e... Que a guerra nunca aconteceu. 
Eu pensei que ela não entenderia, ou zombaria, qualquer coisa. Mas ela analisou, realmente parou para pensar e voltou a se deitar. Me olhou por um tempo, um olhar neutro, que logo se tornou afiado e irritado. 
- Vire para lá, eu não consigo dormir se você ficar me encarando assim. 
A voz mal-humorada me fez rir. De repente eu estava conhecendo muitos lados de Katarina que eu não conhecia antes, e era até mesmo incrível. Eu me virei e senti o braço enlaçar minha cintura novamente. Senti uma leve respiração em minha nuca e estranhei. Katarina nunca tinha ficado na cama comigo, mas aquela parecia uma sensação extremamente familiar e acolhedora. Eu fechei os olhos e dormi tranquila. Sequer estranhei ou me importei ao acordar sozinha na manhã seguinte, também preferi não pensar se ela saiu logo quando dormi ou se ela também chegou a dormir. 
Tinha mais três dias para vê-la. Katarina fazia parte do passado que eu queria esquecer, mas com o tempo, eu acredito que eu consiga torna-la parte do novo futuro que quero construir. Um futuro redimido e com ela ao meu lado, mesmo que seja dessa forma, apenas com encontros noturnos, eu poderia me habituar. Pensando agora, eu percebi quão inocente eu fui. Pensava que Noxus iria piorar os fantasmas, mas fugir trazia os fantasmas mais para perto de mim. A única pessoa que podia afastá-los era Katarina, e eu estava disposta a contar isso para ela quando ela voltasse.
Quando ela voltar... Agora finalmente meus dias iriam fazer sentido. 


Notas Finais


Então, gostaram? Se tiver uma boa quantidade de leitura, talvez eu faça mais fics sobre o tema!


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