História Love Me - Prologue - The Selection

Naquela mesa, que tantas boas notícias tinham sido dadas, Rei Alexander cobria o rosto com as mãos, tenso. Sua mulher, Rainha Elizabeth, apoiava uma de suas mãos no ombro do marido, enquanto a outro descansava na mesa, com os dedos batucando na madeira real.

— Eles são tão novos... — a mulher pensava alto, numa súplica para o homem ao seu lado. O mesmo limpou a garganta e arrumou a postura.

— Talvez Andrew. Mas Alex e Richard já estão prontos para o que vai vir — ele retorquiu, encarando a parede em sua frente. A rainha arrumou o penteado em seu cabelo loiro, com os olhos úmidos.

— Richard não vai aceitar. Nunca.

— E ele não precisa — Alexander, novamente, se mostrou numa postura de ataque. Ele estava decidido.

Era o melhor a fazer. E ponto. Os ataques sulistas estavam chegando cada vez mais perto de Angeles. O último fora em Carolina. Casas destruídas, pessoas mortas, pedidos desesperados de ajuda. Como se ele não ajudasse. Alexander estava cansado daquilo, e, depois de muito relutar sobre a ideia, foi decidido que iriam criar uma Seleção. Toda a atenção se viraria para o castelo, algo que, se fosse de outra maneira, seria algo ruim, mas que, daquele jeito, estava mais que ótimo para ele. Um segundo pensamento que o Rei teve foi o fato de as princesas – e até mesmo a próxima rainha de Illea – eram pessoas do povo. Garotas que saberiam do que o país precisa.

— Alex, isso não é certo com os garotos — Elizabeth ainda contestava. Mesmo sabendo que de nada ia ajudar.

— E é certo para mim, Beth? — o homem, desta vez, foi para a defesa. — Ajudo com o que eu posso para que aqueles ingratos venham nos ameaçar?! — o rei já perdia a cabeça. Mas, antes que se levantasse e saísse gritando pelo castelo, respirou fundo. — Pelo menos, eles vão tomar jeito.  

E, assim, Alexander e Elizabeth se encaram. Nenhum dos dois queria aquilo, mesmo considerado que era o mais certo a fazer. Por isso, quando o Príncipe Andrew, o mais jovem dos três filhos do casal, entrou, os pais já tinham voltado com a imperdoável expressão.

— Vocês não podem fazer isso — ele disse, numa súplica. O pai apenas ergueu a cabeça levemente.

— Pense, And — falou, calmamente. Pelo menos, parecendo — Imagine se o país entrar no eixo por sua causa?

— Pai, eu sei que não faço muito coisa, e que a maioria é bobagem, mas , por favor!, não me obrigue a casar com alguém. Não agora! — o garoto continuava com esperanças. Mas, ao desviar a atenção para a mãe, ficou quieto. Ele entendeu tudo.

Em compensação, o filho do meio, Príncipe Richard, ficou por minutos sem acreditar nesta decisão. O mesmo discutiu com o homem até o momento que Príncipe Alex, o filho mais velho, que ganhou o nome do pai em homenagem, chegou para acalmá-lo.

— Pai, você está jogando todas as suas chances na gente. Mas você não pensou que as coisas podem não sair do jeito esperado e, além dos rebeldes apenas se animarem mais, você fez-nos casar sem a gente querer! — Alex continuou a discussão — Quer ter isso em sua consciência?

— Alex, de qualquer jeito, já é hora de vocês casarem e continuarem com a vida, não acham? — ele perguntou. Foi a vez de Richard quase pirar.

— Eu acho que está na hora da gente tomar nossas próprias decisões, o que acha And? — ele perguntou, colocando o caçula novamente na conversa, que, lembrando-se do olhar da mãe, apenas sacudiu a cabeça. O que, definitivamente, fez Richard não entender.

— Você está do lado deles? Alex, o And está do lado deles! — disse, impressionado, com um toque de ironia na voz. Mas outra surpresa: O mais velho também parecia cansado da discussão.

— Vamos dar uma chance, Rick — comentou, baixo. O irmão apenas levantou uma sobrancelha.

— Eu não esperava por isso — reclamou, sentando-se a frente da família — Mas nunca vou conseguir ganhar de vocês. Então, já vou avisar que: Se eu não gostar de nenhuma, não vou casar com nenhuma.

— Obrigado, filhos — o pai disse, realmente agradecido. A mãe dos meninos apenas sorriu, olhando para cada uma das três faces, juntando-se num abraço com o marido. E, assim, teve início mais uma noite que, desta vez, toda a família teve de trabalhar, unida.

Quando o dia amanheceu, o anúncio já circulava por toda a nação de Illea.

“รɛ ѵѳcê é uɱɑ ʝѳѵɛɱ ɗɛ ɗɛzɛรรɛiร ɑ ѵiɳtɛ ɛ ɗѳiร ɑɳѳร ɛ ɛรtiѵɛʀ iɳtɛʀɛรรɑɗɑ ɛɱ uɱɑ ѵiɗɑ ɗɛ ʆuxѳ ʝuɳtѳ ɑ Բɑɱíʆiɑ ʀɛɑʆ, รɛ iɳรcʀɛѵɑ pɑʀɑ ɑ รɛʆɛçãѳ ɗѳร pʀíɳcipɛร ɑɳɗʀɛw, ʀicɦɑʀɗ ɛ, ɳѳรรѳ Բutuʀѳ ʀɛi, ɑʆɛxɑɳɗɛʀ. Pʀɛpɑʀɛɱ-รɛ pɑʀɑ ɑ ɱɑiร ɳѳѵɑ ɑѵɛɳtuʀɑ!”