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História Love Me Again - Heaven


Escrita por: Juma_Strike

Notas do Autor


Oi, pessoas.
Espero que gostem.
PS: aconselho a lerem o capítulo com a música cujo link está nas notas finais.
Sem mais. Enjoy.

Capítulo 22 - Heaven


Fazia dois minutos que a gravação se encerrara. E o silêncio – apenas quebrado pela minha respiração pesada – se instalara naquela sala. Roman, ao meu lado, não dizia nada. Apenas me observava.

- Onde você arrumou isso? – Perguntei num sussurro.

- Eu fiz a mesma pergunta para minha mãe quando ela me deu. Ela disse que foi sua mãe que deu para ela... alguns dias antes de morrer.

Não era surpresa. Minha mãe e Karin era muito unidas. Compartilhavam segredos, confissões. Quantas vezes não vi minha mãe elogiar aquela amizade maravilhosa. E o quanto Karin sofreu quando ela se foi, mas fora forte suficiente para me apoiar naquele momento mais difícil.

- Nossas mães brincavam que nós dois casaríamos para firmar ainda mais a união da nossa família. – Dei um sorriso triste e enxuguei algumas lágrimas que caiam do meu rosto.

Não sabia porque estava falando aquilo. Era apenas mais uma lembrança antiga, apenas um desejo oculto de duas amigas que nunca aconteceria. Na verdade, aquela gravação me fez perceber o quanto minha mãe fazia falta. Quantas vezes queria chorar no colo dela, abrir meu coração. Precisei tanto dela há quatro anos atrás. Precisava dela agora.

- Eu sei. – Roman falou e eu olhe para ele, sem entender. – Minha mãe contou essa história também. Disse também que não me culpava por tê-la deixado, apenas lamentava que não ficamos juntos. Na verdade, todos lamentavam, mas aceitaram a minha decisão e nenhuma palavra foi falado sobre isso... até agora.

Assenti sem encará-lo. Aquelas palavras da minha ecoavam na minha cabeça. Ela pedindo para Roman não me magoar... como se ela soubesse que o faria. Mas talvez a culpa nem fosse dele, nem de ninguém. Talvez das circunstâncias que nos fez separarmos.

- Se eu não fosse tão ciumento, tão inseguro... talvez o acidente não teria acontecido. – Roman falou olhando para frente. – Foi minha insegurança, presa ao meu subconsciente, que mandou você embora... e isso é algo que jamais irei me perdoar.

- Eu te perdoo... – disse e Roman virou-se para mim, surpreso. – Não é sua culpa. – Estranho falar isso depois do meu ataque após todas as coisas que ele disse. – As pessoas se arrependem. E tem direito a uma segunda chance.

Ou talvez estivesse sensível demais com aquela gravação da minha mãe.

Todo mundo tem direito a uma segunda chance. Dona Marlene sempre me dizia, quando eu brigava com as minhas amigas – ou com o Roman – dizendo que eu nunca mais os perdoaria.

Lentamente, coloquei minha mãe na parte vermelha do rosto de Roman. Era a marca do meu tapa que ainda estava evidente. Ele fez uma careta.

- Está ardendo? – Perguntei constrangida. Ele assentiu. – Desculpe.

- Tudo. Eu acho que mereci... – ele fez uma expressão que lembrava um sorriso e uma careta. – Você tem uma mão pesada.

- Sou pediatra. Minha mão tem que ser leves. – Falei levantando as minhas mãos.

- Mas colocou bastante peso nelas. Não a culpo.

Levantei-me e fui até a cozinha. Roman me seguiu. Abri a geladeira, pegando um produto congelado e dei para ele, que me agradeceu e colocou na marca vermelha.

Ficamos alguns segundos em silêncio, então ele falou:

- Então, é isso, né? – Ele disse e eu franzi o cenho. – É melhor pararmos por aqui mesmo. – Impressão minha ou sua voz estava meio triste?

- Roman... – comecei, mas ele me impediu.

 - Você tem razão, Zöe.  Eu fui um idiota com você e, quanto mais tento consertar as coisas, mais isso piora. Acho melhor ir embora e esperar que minha memória. E, quem sabe, fazermos a coisa certa.

Dito isso, ele me entregou o gelo e saiu em direção à porta.

- Adeus, Zöe. – Ele me disse abrindo a porta.

- Roman, espera! – Falei impedindo ele se sair pela porta... Ele voltou-se para mim, intrigado.

Não sabia o que dizer.  Não encontrava nada para dizer. Eram quatro anos sufocados, de palavras que poderiam ser ditas... ou apenas jogadas ao vento. Eu podia ter seguido em frente, não podia? Por que não segui?

Porque você ainda o ama. Uma voz ecoou na minha cabeça.

Sim. Eu ainda o amava.

- Eu... ainda... – respirei fundo. – ...te amo – respondi sentindo meu coração bater descompassado.

Ele me olhou como se tivesse louca ou algo do tipo. Bufei e tomada por um impulso, fui até ele, agarrei seu rosto e o beijei. Era um beijo desajeitado, pois eu não era assim, impulso. Mas parecia a coisa certa a se fazer naquele momento.

Roman pareceu surpreso com o beijo. Mas antes de qualquer reação dele, eu me afastei dele.

- Eu espero que... quando você recuperar a memória... seu amor por mim volte – confessei, libertado algo que eu mais queria no momento. Na verdade, que eu queria há quatro. Era burrice fugir. – Ou eu posso fazer você apaixonar-se por mim novamente

- Eu acho que não era preciso. – Ele sussurrou, me surpreendendo. Então, cortou o pequeno espaço entre nós, me calando com um beijo intenso e apaixonado.

Roman me prendeu na parede, me prendendo contra seu corpo. Não sabia de onde estava tanto fôlego, pois aquele beijo parecia mais longo do que eu me lembrava. Poderia entrar para o livro dos recordes

Oh - thinkin' about all our younger years
There was only you and me
We were young and wild and free
Now nothin' can take you away from me

Roman fechou a porta com uma mão, ainda me prendendo ao seu corpo, que estava surpreendentemente quente e cujo calor passou para mim. Sua barba roçava na minha pele e eu percebi o quanto sentia falta daquilo.

Os dois beijos após reencontro não se comparavam aquele. Aquela parecia que estava cheio de saudades e desejos reprimidos por quatro anos. Havia um pouco de carência, mas eu não ligava. Nada me importa mais naquele momento. Apenas nós dois.

Suas mãos estavam sob minha cintura e a minha passeavam pelas suas costas que pareciam mais largas do que me lembrava. Eu havia reparado algumas mudanças no físico dele. Estava mais definido. Será que fizera exercício?

Enquanto nos beijávamos, me lembrei de cada momento que passamos juntos. Cada beijo, carícia. Como Roman parecia romântico e sedutor ao mesmo tempo. Como ele sabia agir no momento certo. Era um pacote completo, deliria para qualquer mulher.

Now nothin' can take you away from me
We've been down that road before
But that's over now
You keep me comin' back for more

Depois dele, não tive mais namorados. Foquei totalmente no meu trabalho, cuidando das crianças, fazendo plantões intermináveis, ocupando minha cabeça para não pensar nele. Mas na hora de dormir, era inevitável. E os pesadelos continuavam.

Agora, não havia mais fôlego e tivemos que nos separar. Nossas respirações estavam ofegantes, nos lábios vermelhos e inchados. Roman colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. Eu ainda estava presa ao corpo dele e não queria soltar mais. E a corrente que passava entre o meu e dele era forte demais.

-  Você é maravilhosa, Zöe. – Ele confessou num sussurro. – E eu fui um idiota...

- Shhh... – coloquei os dedos lábios nele. – Você sempre foi um idiota – sorri. – Ele fez uma careta. – Mas é meu idiota.

Sinto muito, Nastassja. Mas eu ganhei.

Ele riu. Não parecia nenhum pouco inclinado a me largar. E eu também não queria. Agora, nunca mais. Haja o que houvesse, eu queria arriscar.  Porque o velho Roman, o que eu amava, estava lá dentro. Eu sentia isso.

Sem mais delongas, o beijei novamente, agora mais confiante. Durante o beijo comecei a andar para trás até chegarmos numa parede. Afastei e ri. Peguei a mão dele e levei até o meu quarto, que ficou surpreso.

- Eu dormia mais na sua casa do que você na minha – lembrei ele, mas ele já sabia disso.

- Então... – ele começou me olhando confessou. Acho que ele já sabia o que eu queria. Espero que não me ache uma depravada.

- Achava que eu era o depravado. – Roman brincou e eu queria. – Sabia que você fica linda quando corada?

- Você nunca me viu corada! – Respondi ofendida. Não agora.

- Não agora. – Ele respondeu. – Mas não preciso de memória para afirmar isso.

- Bobo. – Dei uma batidinha no peio largo dele, que riu e me puxou novamente para os braços dele, acariciando o meu rosto.

- Eu ainda não posso te dizer aquelas três palavras – confessou hesitante.

- Eu sei. Deixa o tempo resolver isso.

Ele assentiu porque sabia que teríamos todo o tempo do mundo agora. Passei a mão pelo rosto dele. Aquele dava um charme e um ar de mais velho a ele. As pessoas falavam isso. Eu sempre gostei dele assim.

Ele me beijou e eu correspondi, enroscando minha mão nos cabelos dele. Eu só queria esquecer o mundo com ele. Nem que fosse por apenas uma noite.

Ainda grudados, andei até encontrar a minha cama, onde caímos juntos e rimos.

- Até que o colchão é macio. – Ele brincou. Eu gargalhei.

- Ah, cale a boca. – Puxei ele para cima de mim, sentindo novamente seu corpo forte e grande de encontro ao meu.

And Baby you're all that I want
When you're lyin' here in my arms
I'm findin' it hard to believe
We're in heaven

Sentia suas mãos passeando pela lateral do meu corpo, me enviando uma corrente elétrica. Era sensação maravilhosa. A mesma que eu sentia quando namorávamos. Parecia que nada mudara. Ou apenas aumentara. Não sabia dizer. Eu estava amando.

Minhas mãos passeavam pelas costas e as minhas unhas arranhava sua pele. Haveria marca no dia seguinte (algo que sempre deixei nele). Não estava no meu juízo naquele momento.

Senti um negócio frio no meu rosto. Era uma correntinha com um pingente de cruz. Eu me lembrava dela. Ele ganhara da avó um pouco antes dela morrer. Ele ainda usava. Sorri emocionada.

And love is all that I need
And I found it there in your heart
It isn't too hard to see
We're in heaven

Suas mãos chegaram na minha cintura e entraram por baixo da blusa e foram levantando ela. Eu ergui meus braços para facilitar e ele retirando, me deixando apenas com um sutiã vermelho que eu usava para dormir e não senti vergonha e não estar usando nada sensual.

Seus olhos percorreram meu corpo com uma certa malícia. Ele se inclinou e começou a beijar meu pescoço, me fazendo gemer levemente. Minhas mãos alcançaram sua camisa branca que estava colada no seu corpo e comecei a tirá-la, ajudada por ele.

- Meu Deus, Roman! – Olhei para ele admirada. Lembro que ele tinha um monte de tatuagem, mas parece que ele fizera mais. Havia um Jesus Cristo tatuado no antebraço e uma pomba do lado esquerdo do peito.

- O que foi? – Ele perguntou assusto.

- Você está quase parecendo um gibi, de tanta tatuagem! – Brinquei e toquei de leve a tatuagem de pomba, que significava paz.

- Ah, essa eu estava fazendo antes do... você sabe.

- Adorei.

Ele riu e voltou a me beijar. Mas não era só as tatuagens que me surpreendera. Seu peitoral também chamara a minha atenção. Estava mais definido. Os ombros bem largos (notara isso à medida que o os tocara). Fora o tom de pele moreno que eu amava. Geralmente, as pessoas gostavam mais de louros. Eu não.

Estávamos quase entrando em ebulição quando suas mãos desceram até o cós da minha. Começou a descê-la lentamente até tirá-la por completo. Seus lábios passeavam lentamente pela minha barriga, me fazendo derreter de prazer e desejo. Mas não parecia suficiente, meu corpo suplicava por mais contato. Poxa, era quatro anos. E eu sentia que ele também queria muito mais.

Suas mãos deslizaram pelas minhas costas até encontrar o fecho do sutiã, abrindo-o.  Deslizou um malicioso para os meus seios. Sua correntinha roçando a minha pele. Sem demora, cobriu de beijos e os meus gemidos duplicaram, sentindo as mesmas sensações de quando fazíamos amor. Porém, havia algo diferente. Talvez a saudade aumentasse as sensações. Era bom demais. Eu estava prestes a explodir.

- Você é tão linda, sabia disso? – Disse num sussurro cheio de desejo, suas mãos ainda na minha pela quase fervendo.

- Roman, eu te quero, agora! – Pedi sem hesitar. Ele deu um sorriso safado antes de responder.

- Seu desejo é uma ordem, senhorita Berstein.

Ele brincou com o elástico da minha calcinha, até deslizá-la pela minha perna e tirá-la por completo. Naquele momento, o frio alemão parecia inexistente naquele quarto, pois eu só conseguia sentir calor, um fogo queimando dentro de mim.

Ele voltou a me beijar e suas mãos deslizaram pela minha colcha. Achei que entraria em choque quando senti sua mão deslizar pela minha intimidade. Deus, aquilo era muito mais do que eu podia imaginar. Eu ainda não sabia como não havia enlouquecido.

Minhas mãos foram para calças dele e retirei-as com a ajuda dele. Corei um pouco ao ver um certo volume na cueca boxer preta. Ele sorriu meio constrangido.

- Ei, isso é sério. – Ele tentou brincar quando reprimi um riso.

- Estou vendo. – Disse rindo. Ele fez uma careta. Ele fica lindo assim. – Seu bobo. – Peguei o rosto dele e o beijei, puxando- para cima de mim, onde pude sentir sua excitação. Deslizei minhas unhas por seu abdômen definido até chegar sua boxer e retirei sem constrangimento, deixando a excitação mais evidente.

Devagar, minha mão foi de encontro a ele, que era do mesmo jeito que me lembrava, perfeito e prazeroso. Sentia ele pulsar na minha mãe e Roman gemia, me deixando quase enlouquecida. Mas busquei um pouco de insanidade para afastá-lo um minuto, deixando o intrigado. Abri a gaveta do criado-mudo e peguei um preservativo e mostrei. Ele riu quando dei para ele, que abriu e vestiu.

- Proteção em primeiro lugar – brinquei.

- Se a doutora falou, então está falado. – Ele disse indo para cima de mim. Logo senti ele entrar dentro de mim lentamente até me preencher por completo. E assim, eu tinha novamente para mim.

Nos beijamos enquanto nos movíamos em sincronia. Nossos gemidos preenchia o quarto. Meu corpo arqueava de encontro ao seu, desejando por mais. Ele entendeu e investiu mais fundo, quase me fazendo gritar de puro prazer.

- Roman... – eu gemi rouca. Nossos cheiros de misturando. Eu podia sentir seu cheiro em mim. Ele me beijou, os olhos fechados de êxtase. Foi quando senti meu corpo chegar ao limite, me levando ao paraíso. Seu corpo também estava com a mesma sensação, pois sentia ele tremer sobre mim. E assim, sucumbimos ao nosso desejo.

- Zöe... – ele gemeu antes de me beijar novamente.

Alguns segundos depois, Roman afastou-se e deitou ao meu lado, tão arfante. Aquilo fora muito melhor do que eu poderia imaginar. Eu nunca me sentira tão feliz em toda a minha, ainda podia sentir meu corpo vibrar.

- Isso que eu chamo de matar as saudades – disse zombeteira e pude sentir ele rir.

- Podíamos treinar mais vezes para ver se me lembro. – Ele disse rimos.

- Acho que é uma boa ideia. – Olhei para ele, que pegou a minha mãe e beijou.

Roman me puxou para seus braços e fui com muito prazer. Nossos corações batiam descompassado, em sincronia. Eu levantei minha cabeça para encará-lo. Acariciei seu rosco, sentindo os pelos da sua barba na palma da minha mão. O vermelho do papa não estava mais ali.

- Você é perfeito, sabia disso? – Peguei o pingente de crucifixo.

- Não, eu sou um babaca.

Abanei a cabeça e dei um beijo nele. Voltei a repousar minha cabeça no peito dele e fechei os olhos, sentindo seus braços envolta de mim.

Quatro anos pareceram uma eternidade. Eu estava no inferno e Roman voltou para me resgatar. E agora eu tinha certeza que jamais amaria alguém como eu amava Roman Bürki.

Ele era meu paraíso meu porto seguro. E era onde eu queria estar. Para sempre.

I've been waitin' for so long
For somethin' to arrive
For love to come along
Now our dreams are comin' true
Through the good times and the bad
Ya - I'll be standin' there by you


Notas Finais


Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=s6TtwR2Dbjg

Sim, hoje é aniversário de Roman Bürki (26 anos), mas quem ganha o presente são vocês.
Não sou mto boa em escrever cenas "hots". Espero que tenham gostado.

Bjos e nos vemos no último capítulo.


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