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História Love Me If You Can - My Demons


Escrita por: Dark_Girl01

Notas do Autor


VOLTEI \o/ (Enrolei, mas voltei, meu aniversário foi na sexta e tô de "ressaca" até agora :v)
Então como eu disse nesse capítulo começa a desgraça (sem spoiler), preparem os corações e.e
Nesse capítulo também tem música, eu vou dizer quando e pra colocarem, ela e só para dar um clima melhor a corrida, mas eu encaixei a letra dela no capítulo, se a letra aparecer um pouco antes ou depois da música, foi mal, mas eu escutava enquanto escrevia, e ela própria vai narrar um pouco os "sentimentos" dos personagem. (Música: Starset - My Demons, vou deixar o link nas notas finais).

Sem mais enrolação, Boa Leitura ^^
(Desculpem qualquer erro, só vou poder revisar o capítulo amanhã)

Capítulo 17 - My Demons


Fanfic / Fanfiction Love Me If You Can - My Demons

Acordei com a luz que entrava pela janela e pegava bem na minha cara.

- Merda, esqueci de fechar a janela. – Resmunguei e tentei me levantar, mas senti algo pesado na minha cintura, me virei com dificuldade e vi a loira que me abraçava possessivamente e dormia calma, ela estava sem camisa e tinha o abdômen cheio de arranhões da nossa brincadeira de ontem à noite que a Luna fez questão de interromper e Adrian ainda tentou continuar, mas eu não tinha mais clima para isso.

Tentei me levantar, mas Adrian me segurava firmemente, com muito esforço consegui me separar dela sem acorda-la, o que não era para ser tão complicado já que ela dorme feito uma pedra.

Quando me levantei fui atingida pela brisa fria que entrava pela janela e batia no meu corpo nu, já dá loira eu só consegui tirar a camisa, mas aquela safada rapidamente me despiu. Corri para o banheiro e passei direto para o box ligando o chuveiro na água quente e relaxando logo em seguida, passei longos minutos aproveitando a água quando ouvi a loira gritar:

- Você pretende acabar com a água do planeta? – ignorei a pergunta da loira e me assustei quando ela entrou no banheiro e ficou me encarando, por já estar me acostumando com aquela situação de ela sempre me observando nua ou quase, eu só ignorei a presença da loira que tinha os olhos mais profundos e brilhantes – Vai me ignorar mesmo? – Fez beicinho.

- Vai ficar me encarando com essa cara de que quer me devorar mesmo?! – Revidei e ouvi ela gargalhar.

- Você não reclamou!

- Se eu reclamasse você sairia? – Desliguei o chuveiro, me enrolei na toalha e encarei a loira que ainda estava sem a camisa.

- Não. – Sorriu de lado.

- Então do que adiantaria?

- Não sei... mas que tal continuarmos de onde paramos ontem? – Perguntou e mordeu o lábio inferior.

- Que tal você colocar uma camisa e irmos tomar café? Eu tô com fome! – Coloquei a mão em cima da barriga e fiz uma cara dramática o que fez Adrian revirar os olhos.

- Quando não está? – Perguntou e se retirou do banheiro, mas antes ela se encarou no espelho e arregalou os olhos ao ver o estrago em seu abdômen e no pescoço.

- Desculpe. – Disse baixo, já imaginando que ela brigaria comigo, mas em vez disso senti ela me abraçar forte.

- Por que está se desculpando?

- Olha o estrago que eu fiz, que bem, nós deixa quites pensando por outro lado. – Me encarei no espelho vendo os roxos no meu pescoço e seios.

- Ely – Cochichou com aquela voz rouca e arrastada no meu ouvido, Ô vadia, assim você me derrete! – Isso não e incomodo, isso significa que você estava gostando! – Me deu um beijo na testa e saiu do banheiro.

Eu fiquei meio corada no início, mas depois a segui e procurei uma roupa para usar nesse tempo frio.

- Acho que não vamos tomar café. – Adrian disse depois de ter colocado sua camisa moletom verde.

- Por quê? Eu estou com fome! – Disse fazendo drama.

- Já são duas horas, vamos almoçar meu poço sem fundo. – Riu depois que eu a encarei de olhos cerrados.

- Espera, “Meu”? – Ela sorriu fraco e ficou um pouco corada.

- Sim... Meu. – Me deu um selinho e saiu do quarto deixando a porta aberta, Luna que passava pelo corredor, parou na hora em que me viu, seus olhos subiram dos meus pés à cabeça e um sorriso safado apareceu em seus lábios.

- Olha se minha irmã não tivesse te pegado primeiro, pode ter certeza que eu pegava! – Ia saindo, mas logo voltou e me encarou – Mas eu não me importo se vocês quiserem me chamar pra uma a três! – E piscou para mim – AI! – Gritou quando recebeu um dos pares do meu All Star na cara ficando com um vermelho bem visível, o que me fez rir. – Vaca. – Resmungou e desceu.

Fechei a porta e me troquei, coloquei uma camisa vermelha de mangas compridas que tinha um ombro caído, um short simples branco que ficava na metade das minhas coxas e calcei meus chinelos azuis.

Desci e vi as irmãs retardadas discutindo novamente sobre alguma coisa que provavelmente não tem muita importância, na realidade com discutir eu quero dizer, Luna gritando com Adrian enquanto essa tenta ignorar o que não dá certo e ela acaba gritando com Luna e assim as duas acabam discutindo por uma coisa que nem as duas sabem mais o que é, mas dessa vez o assunto parecia ser eu.

- PARA DE FRESCURA, EU SÓ TAVA ELOGIANDO ELA!! – Luna gritava para a irmã, que eu estava vendo a hora dar um soco na menor.

- E precisa ficar olhando para o corpo praticamente nu dela? – Adrian e sua calma incrível que chegava até a me assustar, até porque, no meu primeiro dia nessa casa nos quase saímos no tapa.

- Eu estava passando, a porta estava aberta e eu vi, qual a dificuldade de entender que não foi proposital? – Luna tentava imitar a calma da irmã o que não estava dando muito certo, ela estava ofegante demais e até a própria Adrian dava pra perceber que estava se segurando, seus olhos estavam escuros e transbordavam raiva, mas da onde vinha tanta raiva e por quê?

- Mas para que ficar falando merda para ela? – Adrian já começava a elevar o tom da voz e percebi que ela estava a ponto de brigar com a menor.

- Que porra vocês tão discutindo aqui? – Decidi intervi quando percebi que Luna já parecia estar se assustando com o provável grito que levaria.

- A sua loirinha está surtando por causa de ciúmes.

- Por que ela estaria com ciúmes de você? – Ignorei a presença da loira enfurecida ao meu lado.

- De mim, por causa da minha brincadeira de agora a pouco. – Eu não consegui, eu juro que tentei, mas não consegui, acabei rindo, rindo muito, Adrian me olhava confusa e Luna quando percebeu que eu ria da situação que realmente era hilária, começou a rir também e assim ficou duas malucas rindo sem parar e a loira confusa nos olhando como se fossemos idiotas, O que éramos!

- De que merda vocês estão rindo? – Adrian perguntou, mas eu ainda tentava parar de rir e Luna também, estávamos ofegantes e lagrimas saiam dos nossos olhos, meu estomago já até doía um pouco – Se vão ficar rindo eu vou para o meu quarto. – Adrian tentou sair da cozinha, mas eu a puxei e a beijei, eu até tentei aprofundar o beijo, só que ainda estava ofegante e senti a falta de ar rapidamente então nos separei.

- Estamos rindo. de você. – Disse ainda ofegante – Está com ciúmes de mim com sua irmã? E sua irmã e eu não sou nada sua! – Okay, eu posso estar forçando ela para alguma coisa mais séria, mas se eu não fizer isso, tenho certeza que essa ai vai continuar com algo “indefinido”.

- Ela tem razão, EU SOU SUA IRMÃ, você acha que eu ficaria com ela, cara eu te amo de mais pra fazer uma merda dessa... Mesmo ela sendo gostosa pra caralho! – Nessa hora Adrian quase pulou no pescoço dela, eu ri – E ela também tem razão quando diz que vocês não tem nada, ela não e sua! – Sorriu marota e piscou para mim.

- Isso não te dá o direito de você dar em cima dela, ela e... – Parou e eu quase bati nela por causa disso, EU SOU O QUE CARALHO?

- Eu não sou nada sua Adrian! – Falei mais séria do que esperava.

- E Adrian, ela não e nada sua. – Luna que estava ao meu lado me puxou pela cintura colando nossos corpos e foi se aproximando lentamente do meu rosto com os olhos focados em meus lábios, fechei os olhos já esperando o que viria, mas diferente Ou nem tanto do que eu esperava, me sinto ser puxada violentamente pela loira que tem os olhos cheios de raiva e eu um sorrisinho de lado.

- O que foi Adrian? – Perguntei cínica.

- Você sabe que está brincando com fogo, não é? – Perguntou com aquela voz rouca e arrastada que ela sabia que me derretia.

- E eu estou disposta a me queimar! – Respondi e passei os braços pelo seu pescoço, encarando fundo seus olhos que não tinha mais aquela raiva anterior, tinha... amor? Quando ela foi tentar se aproximar eu me afastei, me encostei na bancada e mordi meu lábio inferior – Eu não sou nada sua!

- Okay então. – Adrian disse e saiu da sala, eu encarei Luna que tinha um olhar surpreso, mas ela logo me encarou, tentou inutilmente segurar o riso, logo estávamos as duas gargalhando novamente, ri tanto que novamente chorei e senti minha barriga doer.

- Eu não acredito que você fez isso. – Luna disse ainda ofegante.

- Ela mereceu!

- Tem razão, mereceu mesmo, mas até quando você acha que ela vai prosseguir com essa história de vocês não serem nada?

- Não sei, mas acho que não muito, afinal ela mesmo disse que pretendia me pedir em namoro.

- Tem razão, então se prepare para algo bem incomum!

- Como assim, incomum?

- No que podemos falar que foi o primeiro encontro de vocês, ela te levou para um pista de pouso abandonada, em um carro de corrida e você quase quebrou seu nariz com as brincadeiras idiotas dela, você acha mesmo que o pedido dela vai ser naquele estilo bobo e clichê? Essa e Adrian Minster, claro que não vai ser algo simples e bonitinho!

- Tem razão, só espero que isso não me machuque! – Fiz uma careta ao me lembrar do estado do meu nariz no final do nosso passeio, mas logo sorri lembrando que apesar desse jeito meio bruto e idiota dela, ela também e doce e cuidadosa, são dois lados da mesma moeda que a tornam tão fascinante para mim. Fui tirada de meus pensamentos quando ouvi a risada de Luna que estava me encarando – O que foi?

- Eu acho bonitinho esse sorriso que do nada aparece no seu rosto, esse sorriso de boba apaixonada. – Disse enquanto sorria, mas logo fez uma careta – Espero nunca pegar essa doença de vocês, argh!

- Idiota, você um dia ainda vai.

- Para de me jogar praga!

- Se eu quisesse te jogar praga, já teria ido pegar minha galinha preta, feito um pentagrama ao contrário e colocado uma foto sua e de uma ruiva no centro dele, claro depois de espalhar umas velas pelo pentagrama. – Disse e vi a cara dela de “que merda você ta falando?”

- Elise, você e macumbeira? Não quero mais você como cunhada! – Disse fazendo uma careta engraçada me fazendo rir.

- E brincadeira sua idiota.

- Ai, fica me xingando, não quero você como cunhada mesmo não! – Já ia dando as costas quando me encarou novamente confusa – Ruiva?

- Nada pirralha, nada. – Peguei a caixa de pizza que tinha em cima da bancada que ainda tinha três pedaços e subi para o meu quarto, mas quando estava no último degrau a escutei gritar:

- PIRRALHA E UM CACETE... E espera ai, EU AINDA NÃO COMI! – Tarde demais, já me tranquei no quarto.

[...]

- Vamos anã de jardim. – Luna falava do andar de baixo, eu estava no meu quarto terminando de me ajeitar para a corrida. Eu não mudei a camisa já que era de lã, apenas o short que tirei e coloquei uma calça jeans escura e também troquei as chinelas pelo meu All Star, por causa do frio intenso que fazia coloquei um cachecol no meu pescoço.

- Já vai. – Disse já descendo as escadas – E como assim, anã de jardim? Você não e muito mais alta do que eu não! – Fiquei indignada com aquilo, eu não era muito mais baixa do que ela, ela e um pouco mais alta do que eu e um pouco mais baixa que a Adrian, mais ou menos um palmo e a minha diferença para Adrian e para Luna acho que só uns dois centímetros, mas ela faz questão de esfregar esses dois centímetros na minha cara.

- Você e mais baixa do que eu! – Ela falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Mas e dois centímetros cara, dois centímetros. – Tentava entender a lógica de que dois centímetros de diferença de mim para ela me torna uma anã... Parando para pensar, Rachel também me considera uma anã e se ela tem mais ou menos a mesma altura de Luna o que eu chutaria ser apenas um centímetro a mais... EU NÃO SOU UMA ANÃ, TENHO 1,70, O MUNDO QUE TA GRANDE DE MAIS, ASSIM NÃO DÁ!!

- Não importa, tem diferença e é pro meu lado!

- Vamos logo. – Adrian apareceu na sala e parou nossa discursão idiota, ela havia me ignorado o dia inteiro e acho que realmente a deixei com raiva a considerando nada, mas ela sabia qual era minha intenção e apenas ignorou, então não tenho tempo para ficar arrependida.

Saímos da casa e no pátio já estava estacionado o carro da Adrian e a moto BMW R 1200 GS Adventure da Luna, a neve castigava a pista que não poderia estar em piores condições para correr. Adrian tinha voltado aquela velha postura de antes, estava seca e sem expressão e nem quando a irmã mexia com ela, ela reagia. Acho que não foi só por causa da nossa discursão, não era só por isso, ela tinha o olhar fixo na neve que caia e que deixava toda a paisagem branca, ela tinha um olhar diferente, o verde de seus olhos tinha algo novo e eu finalmente descobri o que era: medo, Adrian estava com medo, mas quem não ficaria com medo de correr em condições como essa, qualquer erro e a morte pode ser certa. Luna parece não ter percebido, colocou seu capacete e subiu na moto.

- Pega Lise. – Luna me ofereceu o outro capacete.

- Não precisa, vá, eu irei com Adrian. – Adrian não disse nada, seus olhos continuaram fixos na neve que caia e deixava tudo branco. Acho que Luna finalmente percebeu o estado em que a irmã estava, deixou o capacete em cima do capô de um dos carros que tinha ali e partiu, mas não sem ontem me acenar com a cabeça como se confirmasse que tinha entendido.

- Vamos Adrian ou iremos nos atrasar! – Avisei e vi finalmente a loira sair do seu transe, ela me encarou surpresa como se perguntando o que eu ainda fazia ali – Vamos logo.

- Por que não foi com Luna? – Perguntou seca, indo até o carro.

- Não posso ir com você? – Perguntei, mas não importava mais a resposta, Luna já tinha saído e eu já estava no carro com ela.

- Só pensei que não queria ir com uma “nada”! – Revirei os olhos com aquelas palavras, Como ela pode estar achando que eu falei sério? Essa garota e uma estupida!

- Adrian você não e uma nada!

- Mas foi você mesma que disse que... – A interrompi e a encarei, ela já estava prestando atenção na estrada então não se importou com o meu olhar mortal sobre ela.

- Você não e uma nada! – Disse, já estava me irritando com aquilo, aquela garota não era tão estupida de chegar nesse ponto!

- Então o que eu sou? – Perguntou e percebi que ela tinha um sorriso de lado, como eu tinha imaginado, ela não e idiota, ela só quer que eu fale, está tentando me fazer nomeá-la minha namorada ou algo do tipo só a para fugir da responsabilidade e ela ainda usa minhas palavras para isso, Eu não poderia ter me apaixonado por alguém mais filha da puta do que essa loira dos olhos esmeralda!

- O que você quer ser? – Perguntei e ergui uma sobrancelha, Se ela quer brincar, vamos brincar! Por um instante vi ela me olhar rapidamente, mas consegui perceber que era como se ela perguntasse “Que porra de pergunta e essa?”, dava para perceber que era isso também pela sua careta.

- Eu... eu não sei. – Ela disse e percebi que ela realmente não sabia, tinha deixado ela confusa com seu próprio jogo, PARECE QUE O JOGO VIROU!! Agora aguenta.

- Como assim não sabe Adrian? – Perguntei cínica o que parece que a irritou e vi um sorrisinho de lado brotar em seus lábios, FODEU!

- Qualquer coisa? – Engoli em seco e vi seu sorriso aumentar – Posso te amarrar na minha cama, te colocar uma coleira e te foder a noite inteira? – Eu a olhei incrédula, como assim? Não vire o meu jogo assim sua vadia, O que me deixou mais indignada foi que eu fiquei excitada com aquilo, Juro que não sou masoquista!

- Isso não... que tal antes começarmos com o básico? – Perguntei e vi ela rir.

- Eu já disse que vou pedir, seja paciente, okay? – Ela me olhou rapidamente sorrindo.

- Okay. – Ela virou o jogo, filha da puta.

[...]

Depois de mais ou menos duas horas, estávamos chegando ao local da corrida, era uma pista que por ser muito perigosa os motorista evitavam a todo custo, O pior e que estava nevando, que eu saiba ela já correu contra o traficante, quem foi o animal que marcou uma corrida em uma pista dessas e ainda nevando?

Adrian parou em um acostamento que tinha na pista, lá eu reconheci Luna, Nick e Rachel, tinha mais dois caras, um deles estava encostado em um Mustang 2015 F-35 prata, ele aparente já ter certa idade, cabelos e barba grisalhos e alguns fios escuros que já são quase imperceptíveis, ele e bem atlético para a idade que aparente ter - mais de 50 - ele e mais alto que Adrian e chutaria dizer que e mais alto que Martin que tem 1,82. O cara que estava ao lado dele que lembrava bastante o mais velho, tinha olhos azul escuro iguais ao do mais velho, mas não era tão atlético quanto ele, ele era magro lembrando até um pouco o Nick, a cabeleira dele estava arrepiada e o negro dele fazia um contraste perfeito com a neve que caia. Quando o mais velho nos viu saindo do carro, se aproximou e puxou Adrian, que tinha estendido a mão, para um abraço.

- A quanto tempo pequena! – O mais velho disse, tinha um enorme sorriso e as safiras que eram seus olhos brilhavam com algo que parecia ser saudade.

- Calma tio, também senti saudade! – Adrian disse tentando se soltar do abraço de urso que o maior dava nela.

- E você Luna. – Disse assim que a viu conversando com Rachel, ela a olhou com desespero já temendo o abraço de urso que aqueles braços enormes lhe dariam, a cara de desespero que ela fez foi tão hilária que até mesmo Adrian riu junto comigo e Rachel – A quanto tempo, olha como cresceu, não sabia que tinha voltado da Itália.

- Voltei na véspera de Natal, tio. – Luna tentava explicar enquanto tentava respirar no meu dos braços do maior que a esmagavam.

- Que bom, mas da próxima vez avise. – Disse a soltando.

- Claro tio. – Luna estava vermelha pela falta de ar e só o que conseguíamos fazer era rir, agora até Nick e aquele garoto que estava com o mais velho riam.

- E quem são essas? – Perguntou se referindo a mim e a Rachel.

- Tio essas são Rachel – Luna apresentou a ruiva que apenas fez um aceno com a mão – E aquela e a namorada da Adrian, Elise. – O mais velho olhou para mim e depois para Adrian com curiosidade, a loira apenas fez um aceno positivo com a cabeça e o homem sorriu como se tivesse recebido uma ótima notícia.

- Então você e a garota que conseguiu derreter o coração de gelo dessa garota? – Ele perguntou divertido enquanto passava o braço esquerdo por cima dos ombros de Adrian a abraçando de lado.

- Eu diria que o coração dela e de fogo! – Acabei pensando alto e fiquei extremamente corada quando vi os sorrisos maliciosos de Rachel, Luna, Nick e aquele garoto, o mais velho me olhava sorridente mais sem malicia era algo... hmm... acolhedor, e acho que posso chamar assim, Adrian me olhava com os olhos brilhando, deu um jeito de se soltar do braço do tio e se aproximou de mim me dando um selinho.

- Owwn, elas são realmente fofas. – Aquele garoto dos olhos safira disse.

- E mas já podem parar, não quero pegar diabetes! – Luna disse revirando os olhos.

- Se foder Luna. – Eu e Adrian falamos juntas, fazendo nossa melhor cara de bunda.

- E bom saber que está feliz. – O mais velho falou, mas logo sua expressão mudou para uma séria – Mas agora vamos ao que interessa!

- Claro, vamos então. – Adrian também ficou séria, mas tinha seu clássico sorrisinho de lado.

P.O.V Narradora

[Play Música]

Adrian e o homem entraram em seus respectivos carros e os ligaram, todos os olhavam preocupados, principalmente a garota dos olho mel quase dourados, seu olhar era de preocupação absoluta.

Mayday! Mayday!

The ship is slowly sinking

They think I'm crazy but they don't know the feeling

[Socorro! Socorro!

O navio está afundando lentamente

Eles acham que sou louco, mas não conhecem o sentimento]

 

Ela sabia que qualquer erro naquela corrida resultaria na morte de qualquer um dos dois e o que ela menos queria era perder a pessoa que acabou de descobrir amar, sim ela finalmente admitiu a si mesma que amava Adrian e não queria perde-la, mas também sabia que agora era tarde para tentar convencer a loira a desistir daquela maluquice, então ela decidiu que pelo menos uma coisa deveria ser dita naquele momento.

They wanna break me and wash away my colors

Wash away my colors

[Eles querem quebrar-me e lavar minhas cores

Lavar minhas cores]

Enquanto os dois corredores já estavam posicionados, ela contornou a BMW da loira parando bem na janela que estava aberta e seu abaixou para ficar na mesma altura que ela, a loira a olhou confusa sem entender o que a menor queria, mas sabia que se ela pedisse para ir ela teria que negar, tudo que a loira menos queria e ver sua pequena correr esse risco, mesmo que fosse mais nova ela queria protegê-la de tudo e ela tinha total conhecimento de que aquela corrida poderia tirar-lhe a sua vida, mas ela sabia também que tinha que correr, existiam segredos que não foram revelados a ninguém, mas que eram muito perigosos podendo causar a morte de todos ali presentes.

Adrian já estava pronta para dizer um não a Elise quando foi surpreendida por ela que apenas a beijou, era um beijo calmo sem a habitual guerra por dominância das duas - que elas sabiam que quem sempre saia vitoriosa era Adrian - Foi um beijo também curto, pois logo Elise se afastou e olhou no fundo daquele mar que eram os olhos da mais alta.

- Eu te amo. – Elise falou calma encarando com todo o seu amor aquele mar, que encarava aquele quase dourado com intensidade, quando Adrian ia responder Elise colocou o indicador sobre os lábios da loira – Quando você voltar você fala! – E se afastou do carro deixando a loira sorridente e muito mais confiante, mas metade de sua confiança morreu quando o garoto dos olhos safira deu a largada.

Os dois carros arrancaram com tudo, o clima nem a pista estavam muito favoráveis a uma corrida, a pista não tinha ladeira nem obstáculos, os únicos obstáculos eram as curvas que com o tempo bom já eram extremamente perigosas e com essa nevasca tornava tudo pior.

Os dois aceleravam gradativamente tentando tomar um cuidado quase impossível na pista. O mais velho estava na frente e tinha certa vantagem pois parecia conhecer melhor a pista, ele estava confiante o que também lhe dava certa vantagem sobre a loira assustada que vinha logo atrás. Assustada, era assim que Adrian estava nesse momento, a neve branca já tinha tomado quase toda a pista e controlar a direção do carro estava quase impossível e a cada segundo estava ficando mais rápida, o que significava que quanto mais rápida estivesse, pior seria a batida depois.

Já tinha se passado metade do caminho e o carro já estava a quase 200 km/h, eles estavam conseguindo manter uma velocidade a baixo de 200 para tentarem pilotar melhor. O mais velho continuava na frente e isso já estava irritando Adrian, ela não queria perder, não podia então começou a acelerar um pouco mais o que assustou o mais velho, quando estavam chegando em um cruzamento eles deram a volta, o mais velho desacelerou drasticamente para conseguir fazer uma volta sem perder o controle do carro, mais Adrian que vinha logo atrás não estava nem ligando mais para o controle.

I need a savior to heal my pain

When I become my worst enemy

[Eu preciso de um salvador para curar minha dor

Quando eu me tornar o meu pior inimigo]

Apenas queria vencer, e apenas desacelerando um pouco ela fez a volta meio desastrada quase batendo em uma árvore para logo sair cantando pneu novamente, esse desespero todo da garota lhe deu uma pequena vantagem.

A volta se tornou ainda mais preocupante para o mais velho, ele sabia que aquela corrida era importante, mas mais importante ainda era sua sobrinha que estava no carro afrente em total desespero arriscando sua vida por uma corrida idiota, ele sabia que aquelas palavras ditas pela garota dos cabelos avelã vinham do fundo do coração e o motivo pelo qual ela não deixou Adrian responder era uma motivação para ela voltar viva, sã e salva.

We are one in the same

Oh you take all of the pain away (away, away)

[Nós somos um no mesmo

Oh, você manda toda a dor embora]

Adrian continuava na frente em uma velocidade assustadora, cada curva que passava tinha quase perdido o controle ou quase foi jogada em uma árvore, mas parecia que sua vida não estava valendo tanto, ela queria vencer e apenas isso, seus olhos já estavam escuros, ela estava com raiva, mas não sabia ao certo de quem, isso era apenas seu demônio que ela odiava quando despertava, que quase deu um tiro na garota que ela amava, essa raiva contida que ela adora liberar quando corre, o demônio... que ela controlou.

Save me if I become

My demons

[Salve-me se eu me tornar

Os meus demónios]

Perdida em seus devaneios ela não percebeu muito bem quando foi ultrapassada por seu tio o que só a fez ter mais raiva ainda, malditos sentimentos esses que a distraiam, ela mais uma vez pisou fundo no acelerador ficando lado a lado com o seu tio, que sem a olha-la apenas falou:

- Ela te ama, você a ama?

We are one in the same

Oh you take all of the pain away (away, away)

[Nós somos um no mesmo

Oh, você manda toda a dor embora]

Adrian inicialmente não se preocupou com tais palavras apenas ultrapassou mais uma vez seu tio, mas quando ela finalmente viu a linha de chegada - com muita dificuldade por causa da neve - ela entendeu a pergunta “Você a ama?”, mas foi tarde para sua própria mente chegar a uma resposta, quando deu por si já havia perdido o controle do carro, os pneus no asfalto faziam um som ensurdecedor e a única coisa que ela viu antes do carro bater contra uma árvore foram os olhos mel quase dourados de sua pequena cheios de lagrimas.

Save me if I become

My demons

[Salve-me se eu me tornar

Os meus demónios]

 Sentiu um forte impacto e seu sangue escorrendo por sua cabeça, mas antes de desmaiar falou baixinho para si mesma.

- Eu a amo.


Notas Finais


Música: https://www.youtube.com/watch?v=HpCHsO6cwx8

Meu primeiro P.O.V na história :v
Tio da Adrian? Segredos não revelados? TRETA :v
Será que a Adrian sobrevive a essa? 'o'
Elas se amam? Mas tinham que descobrir logo agora? ;-;
Não percam o próximo capítulo, como prometido as tragedias começaram, MUAHAHAHA (vou tomar meu remedio).

Até o próximo capítulo, Bye o/


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