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História Love Me If You Can - E o tempo passa... (Season 2)


Escrita por: Dark_Girl01

Notas do Autor


Voltei \o/
Iniciando parte dois da história, a partir de agora e que realmente tem tiro, porrada e bomba :v
Não vou enrolar pq meu pai ta quase me batendo para eu dormi que amanhã tem aula. ;-;

(Desculpem qualquer erro)

Capítulo 26 - E o tempo passa... (Season 2)


Fanfic / Fanfiction Love Me If You Can - E o tempo passa... (Season 2)

- SUA FILHA DA PUTA, ONDE VOCÊ TÁ?! – Lisa gritou do outro lado da linha, nessas horas o transito de Londres não ajudava muito.

- Desculpa, eu estou presa no transito, mas já estou quase chegando. – Tentava amenizar a situação, mesmo sabendo que não conseguiria lidar com aquela pequena anã furiosa.

- A imprensa já está aqui, o lugar está lotado! Elise Bussie, nem que você tenha que aprender a voar eu quero você aqui em dez minutos! – Antes que eu pudesse responder ela desligou na minha cara.

Bom, nem preciso falar que em sete anos aconteceram várias coisas, várias mesmo... Agora eu estou indo para o lançamento do meu segundo livro, Sim, segundo. Vou explicar tudo deis de que eu parti naquele dia:

Eu comecei a morar na Irlanda com os pais da Lisa que me receberam muito bem... Na verdade mais ou menos, não é todo dia que uma órfã chega na sua casa falando que e amiga da sua filha, e no outro dia ela pergunta se pode morar com vocês. Depois de várias conversas e uma semana meio agitada já que a casa da Lisa estava cheia de parentes para comemorar o aniversário do pai dela, eles permitiram que eu ficasse lá. Indo contra as minhas expectativas Lisa conseguiu convence-los, ela disse que já fazia muito tempo que queria mudar o curso que fazia, ela fazia Medicina, mas era por causa da influência do pai, o que ela sempre quis fazer foi Publicidade é havia conseguido uma bolsa em uma faculdade local, claro que o pai não reagiu bem no início pois ele queria que a filha seguisse seus passos, mas Lisa logo o cortou já que ela falou que voltaria e alugaria um apartamento então ele não precisaria nem olhar para a cara dela. Aquilo pegou o pai dela de surpresa, mas a mãe... Bom, essa ficou completamente orgulhosa da filha e disse que apoiava a sua decisão, ela ficou de falar com o pai dela para que ela pudesse ficar na casa deles até que ela conseguisse um apartamento, o que com base em seus métodos ela conseguiu depois de uma noite.

De todos na casa de Lisa a que eu me dei bem logo de cara foi sua mãe, Anastacia Angelo Sicker, se eu fosse descreve-la falaria que é uma Lisa só que mais calma e paciente, em aparência ela e uma Lisa morena e com olhos azuis acinzentados. Ana – como era apelidada – foi carinhosa comigo deis da primeira vez que me viu, nós acabamos nos apegando muito com o passar dos dias e nossas inúmeras conversas sobre os mais diversos assuntos, não sei se em algum momento eu quis que ela realmente fosse minha mãe apenas por carência, mas foi isso que ela acabou se tornando, a mãe que eu nunca tive.

Já Alexandro Angelo Sicker me fazia ver da onde vinha o temperamento da filha – que oscilava muito entre calma e estressada (nota: lê-se – com o capeta no corpo). No início ele não ia muito com a minha cara, achava que eu namorava a filha dele, o que nunca aconteceu. Demorou cerca de dois meses para conseguirmos ter uma conversa civilizada sem que um quase pulasse no pescoço do outro, mas quando conseguimos foi até que engraçado, pois tínhamos muita coisa em comum, e quanto mais o tempo passou, mais ele se tornou o pai que eu sempre quis ter.

Se pensarmos por essa linha de raciocínio, a Lisa virou basicamente minha irmã, nunca tivemos nenhum envolvimento que ultrapassasse amizade, seria mentira se falasse que nunca tentamos algo mais, mas o problema e que sempre que íamos nos beijar nos acabávamos rindo muito, sabíamos que não daria certo pois tínhamos realmente nos tornado irmãs e era melhor assim.

Quando Lisa se mudou novamente para a casa dos pais, – e do pai não estar mais com raiva da filha – ela ficou realmente empolgada para começar a faculdade, mas no meio disso tudo tínhamos um problema: eu não fazia a mínima ideia do que eu queria fazer. Eu passei cerca de duas semanas pensando no que eu queria fazer, é sei lá, em algum momento em minha mente me veio a ideia fazer Jornalismo. Quando contei minha ideia para Lisa ela ficou meio intrigada de o porquê daquela minha decisão, mas não questionou, engraçado que essa foi a mesma reação dos seus pais, eu até ri um pouco com o olhar que o Alex me lançou de “Você vai acabar largando esse curso”, já Ana foi um pouco mais direta quando comentou “Isso não combina muito com você, mas se quer fazer, faça”.

Depois de um problema resolvido eu tinha outro: como eu entraria em uma faculdade, se ser inteligente nunca foi muito o meu forte? Parece exagero, mas temos que lembrar que eu sempre tinha que ter ajuda de garotas dois anos mais novas do que eu. Eu faria uma prova em duas semanas para tentar ganhar uma bolsa – já que os pais de Lisa, já estavam tendo despesas comigo morando ali, eles até insistiram que aquilo não era necessário e que conseguiriam pagar, mas eles já estavam fazendo muito por mim – Nessa parte eu tenho que agradecer muito a Lisa, nossa, se não fosse por ela eu nunca teria conseguido, ela passou duas semanas inteiras me ajudando com matérias diversas, sempre tendo paciência e cuidado ao me ensinar, pode parecer exagero, mas eu aprendi mais com a Lisa em duas semanas do que com a minhas professoras que não se importavam se eu aprendia ou não. Depois de passar dias – e madrugadas – estudando, finalmente o dia da prova chegou, aquele foi um dos dias em que eu mais fiquei nervosa em toda a minha vida, tive que ligar para a Lisa e ela colocou no viva voz para que eu pudesse falar com ela e com seus pais, que logo conseguiram me acalmar falando que eu iria conseguir. Depois de uma conversa de mais ou menos cinco minutos eu consegui fazer a prova sem maiores problemas.

Um mês depois e uma carta chegou avisando que eu tinha conseguido entrar na faculdade, aquele foi realmente um dia ótimo onde comemoramos o dia todo, e a noite ainda saímos para comemorar mais.

Meu tempo na faculdade foi curto, cinco meses e eu já não aguentava mais, aquilo realmente não era para mim. Nessa época eu e Lisa ainda não tínhamos nos mudado da casa dos seus pais, acabou que terminamos nos acomodando e por ali ficamos, não dividíamos o quarto, mas normalmente uma sempre acabava dormindo no quarto da outra, fazendo sessão de filmes ou só conversando mesmo. Lisa já tinha um tempo que vinha percebendo o meu descontentamento com o meu curso, mas não falava nada, acho que esperava que eu me abrisse mais com ela, já que mesmo que sempre conversássemos muito nunca falava o porquê de ter vindo às pressas para a Irlanda ou o porquê de eu ficar irritada toda vez que ela perguntava pela Adrian.

Em um dia chuvoso eu estava mexendo em algumas gavetas minhas – que agora tinham roupas, pois quando eu cheguei aqui, por não ter trazido mochila nem nada, acabei vindo só com as roupas do corpo mesmo – e achei um pen drive, eu lembro de ter guardado várias fotos nele já que meu celular estava ficando sem memória. Fui até o notebook é resolvi abrir para ver que fotos eram, acabei entrando em choque quando vi que eram várias fotos antigas com o pessoal, tinha fotos do Natal, do Ano Novo, fotos tiradas em momentos aleatórios, como uma selfie que tinha eu, Adrian e Luna cobertas de farinha de trigo, lembrei-me que essa foi a manhã do dia da corrida desastrosa da Adrian, lembro que iriamos fazer panquecas, mas acabou virando uma bagunça porque Luna para importunar a irmã acabou jogando um pouco de farinha em seu cabelo, o que irritou a loira que partiu para cima, é claro que como eu estava na cozinha acabei entrando na guerrinha delas. Essas várias lembranças me atingiam e doíam muito, mas eu não deixei que isso me fizesse derramar lagrimas eu queria ser forte, mas meus esforços foram por água a baixo quando vi uma selfie que foi tirada no Dia de Natal, nela Adrian me dava um beijo na bochecha e sorria, eu também sorria como uma boba apaixonada, mas não aparecia só a gente na foto, estávamos sentadas no sofá da sala e atrás de nós ainda dava para ver Luna e Martin que se agacharam para poder aparecer na foto, eles sorriam como idiotas por terem nos pego no flagra em um momento fofo e faziam um coração com as mãos. Aquela foto me atingiu como um soco no peito, me fez lembrar que por mais que eu estivesse com raiva deles, eu também sentia falta das suas loucuras. Algumas lagrimas escorreram pelo meu rosto, não chorei tanto quanto no dia em que li a carta, mas foi o suficiente para deixar meus olhos e nariz vermelhos. Me levantei e fui até o banheiro, mas quando ia saindo do quarto dei de cara com a baixinha que me encarou preocupada, antes que eu pudesse falar qualquer coisa Lisa me arrastou de volta para o quarto, me estendendo apenas um lenço para eu enxugar minhas lagrimas. Eu me sentei na cama e ela se sentou na cadeira que eu anteriormente estava sentada e observou as fotos, parando na minha selfie com a Adrian e sorrindo boba para a cena, mas logo ela se virou e me encarou seriamente, aquela noite estava realmente fria e aquele olhar dela não ajudou muito.

“- Elise. – Respirou fundo e me encarou – Que tal me contar o que realmente aconteceu? –  Eu pude ver que aquelas duas safiras já demonstravam impaciência.

- Olha Lisa, eu...

- Nada de Lisa, eu já cansei dessas suas mentiras, olha Elise eu realmente pensei que você me considerasse sua amiga, é...

- Eu considero. – A interrompi, e ela me fuzilou com o olhar.

- Não parece, você sempre foge do assunto Adrian e companhia, mas eu sei que você fica magoada quando toco no assunto e se afunda no seu próprio sofrimento, é sabe qual a pior parte de tudo isso? – Ela perguntou e eu neguei com a cabeça – Que eu te vejo ficar triste e não sei como te ajudar.

Depois disso o silêncio tomou conta do quarto enquanto nos encarávamos, eu não sabia se falava ou não, os olhos super expressivos da loira demonstravam seu cansaço e decepção, eu respirei fundo e comecei.

- Meu nome é Elise Bussie... – Comecei e falei tudo, deis da minha saída do orfanato até o dia em que li a carta e vim para a Irlanda.

Falei sobre a minha indignação com todos, sobre como eles foram filhos da mãe e principalmente como eu odiava saber de quem eu era filha, naquele momento eu falei com toda a minha raiva, sem me importar na expressão de incredulidade que surgia na face de Lisa. Quando terminei de falar fechei os olhos e respirei fundo, sei lá, eu esperava um abraço palavras carinhosas, mas o que recebi foi um doloroso tapa na cara, sim a Lisa me bateu.

- Por que merda fez isso?! – Perguntei indignada, colocando a mão sobre a minha bochecha que ardia muito.

- Qual o seu problema? – Ela perguntou e começou a andar de um lado para o outro no quarto, ela estava vermelha e juro que se me concentrasse veria fumaça saindo pelo seu nariz.

- Você me escutou? Eu falei que... – Me interrompeu.

- CALA A BOCA! – Gritou e eu agradeci por estarmos sozinhas em casa – Agora quem vai me escutar e você!

- Se acalme, por favor. – Me levantei e a fiz sentar na cadeira, mas isso não a deixou mais calma porque vi a hora ela me acertar outro tapa.

- Elise eu sabia que você era lerda, mas ser tão idiota assim eu nunca imaginei!

- Hey, eu...

- Cala. a. boca. – Disse pausadamente tentando usar uma calma que ela não tinha no momento, o que só deixou a frase mais assustadora me fazendo engolir em seco – O que eles fizeram?

- Mentiram. – Disse como se fosse obvio.

- Não, eles nunca mentiram, você já parou para pensar que você nunca perguntou algo sobre os seus pais para eles? – Ele perguntou calma como se lidasse com uma criança que não compreendia direito as coisas.

- Mas era sobre os meus pais, eles deviam ter me contado.

- Não Bussie, eles não tinham, quem tinha que te contar era o seu “pai” e ele contou, certo?

- Sim, depois de me colocar em um avião e mandar eu sair do pais.

- Ele te colocou no avião, sempre foi opção sua sair ou não. – Respirou fundo – Você foi covarde!

- Eu não fui covarde, não fugi de nada. – Ela gargalhou me fazendo ficar confusa – Você e maluca?

- Elise. – Respirou fundo – Você fugiu, você os culpa, mas a pior pessoa nessa história toda é você!

- De que lado você está?

- Do seu, e por estar do seu lado é que eu estou tentando colocar um pouco de inteligência nessa sua cabeça, mas tá difícil. – Riu – Você foi covarde, enquanto todos lutavam para te proteger, você estava mais preocupada em sentir pena de si mesma, você já parou para pensar que só de terem coragem o suficiente para te protegerem arriscando a própria vida eles te amam muito? Essa garota que você chama de “traidora” que foi a que mais te amou nessa história, pode estar morta nesse momento, é você liga? Não, você está ai se sentindo a coitadinha “ai eles me traíram”. – Fez uma péssima imitação minha, deixando a voz mais fina – Não Elise, você que traiu eles, você fugiu no jatinho particular do seu pai sem nem olhar para trás carregando apenas a sua dor, okay você tem uma certa razão em se sentir magoada, sua vida foi uma merda, mas eles fizeram ela boa é agora onde eles estão? Vivos? Mortos? Você não vai saber, continue ai com o seu ego ferido, porque por mais que você diga que isso é magoa você sabe que isso tudo e só porque eles tinham habilidade com um monte de coisas e você só sabia mexer com carros. – Ela me encarou e sua expressão suavizou, ela sorriu fraco – Que na verdade você nunca foi inútil, eu nunca pensaria em parar um sangramento dessa maneira! – Riu fraco.

Ficamos em silêncio por um tempo, eu estava perdida em meus pensamentos enquanto Lisa estava nos dela, ela virou a cadeira e encarou a tela do computador olhando algumas fotos que eu tinha passado da câmera para o pc e depois para o celular para usar como plano de fundo.

- Foi você quem tirou todas essas fotos? – Perguntou e sorriu de lado.

- Sim, eu sempre gostei muito de fotografias, fotografar e um hobby.

- É você tem muito talento, eu já percebi que Jornalismo não te agrada mais então por que não faz Fotografia?”

Pode se dizer que aquela simples pergunta mudou completamente o rumo da minha vida, eu larguei a faculdade de Jornalismo – claro que com olhares tanto do Alex quanto da Ana de “Eu te avisei” – e parti para Fotografia, na verdade eu nunca fiz faculdade o que chocou todos porque eu simplesmente comprei uma câmera profissional e decidi fotografar, mas não queria ser fotografa de eventos e essas coisas, decidi dedicar meu talento a algo que realmente valesse a pena, eu já tinha sido ruim demais para os meus amigos, queria fazer algo para alguém não importasse o lugar.

Depois de um ano e meio seguindo como fotografa de eventos e qualquer coisa que pagasse bem – mesmo que eu não quisesse me dedicar a essa área eu precisaria de dinheiro, e de qualquer forma eu gostava de fotografar, mas eram momentos espontâneos, o que nessas horas nunca aconteciam porque todos estavam preparados porque queriam sair bonitos e não naturais, eu gosto do natural do espontâneo... por isso minha modelo perfeita era a loira dos olhos mar – eu consegui juntar dinheiro suficiente para viajar, inicialmente todos acharam que seria loucura o que eu iria fazer, mas eu queria, queria ver como as pessoas que conviviam com essa realidade se sentiam e queria mostrar para o mundo o que normalmente eles ignoravam por estar confortáveis de mais em suas casas, com seu dinheiro e a certeza de que sempre teriam o que comer.

Bom, eu não fui a um lugar, fui a vários, claro que eu não tinha dinheiro o suficiente para isso, mas Alex e Ana que eu já considerava meus pais, me ajudaram o tempo todo mesmo eu recusando no início e eles se preocupando comigo o tempo todo, eles sabiam que era isso que eu gostava de fazer.

O que eu fazia? Passei quatro anos viajando e vendo sempre de perto as guerras que acontecem pelo mundo, fotografando o sofrimento das pessoas que vivem essa realidade, a preocupação de todos era por eu sempre estar em campo de batalha fotografando cada detalhe, eu fui baleada duas vezes e nas duas vezes a Lisa e o Alex quase pegaram o primeiro voo para a Turquia – onde eu geralmente ficava, eu tenho até um apartamento lá – para me “resgatarem”, todos me chamavam de maluca, tanto Lisa e seus pais, quanto seus tios que já me conheciam e alias eu me dava muito bem com toda a família dela, a vó dela também sempre estava disposta a falar que eu não tinha amor à vida, mas na verdade eu tinha, tinha tanto amor a vida que gostava de ver como os outros lidavam com a possibilidade de morrer a todo o instante e mesmo assim lutavam, mas pela vida dos outros, é faziam isso com orgulho.

Depois de quatro anos eu voltei – para a alegria de todos – a Lisa e a Ana choraram, porque em quatro anos eu não voltei nenhuma vez para visita-los, me perguntaram o que eu faria com todas as fotos e meus relatos, perguntaram se eu iria vender para algum jornal sensacionalista, para todas as perguntas eu respondi não, Lisa logo sorriu para mim e assentiu como se concordasse com minha ideia.

Falando em Lisa, quando voltei ela tinha acabado de se formar e namorava com um investigador, ela tinha começado uma agencia pequena com as economias que tinha juntado durante os anos e até que estava indo bem.

Depois de um ano da minha volta, eu já tinha o que eu tanto planejei pronto, meu livro que eu já tinha o rascunho que escrevia todos os dias durante a viajem. Ele falava sobre os conflitos que eu presenciei no Iraque, o que todos ignoram e quando se comovem e porque a mídia sensacionalista faz um showzinho para que tenham pena das pessoas que vivem naquela região. Não pensem que sou aquelas pessoas revoltadas que repudiam a mídia em geral, eu sou só uma pessoa que como falei anteriormente “tenho amor à vida”.

Foi meio difícil achar alguma editora que aceitasse publicar o meu livro, todos falaram sempre a mesma coisa: “as pessoas não ligam para isso”. Quando finalmente uma editora inglesa aceitou publicar o livro, é claro que na Irlanda com os meus familiares teve muito comemoração, eu fiquei muito amiga do namorado da Lisa. Robert Mustang, um ruivo de cabelos curtos e arrepiados, tinha minha altura, olhos castanho chocolate, corpo atlético resultado de horas de academia, e um sorriso cativante que pegou de jeito minha amiguinha “pavio curto”.

Ao contrário do que me falaram, meu livro foi um completo sucesso, eu consegui o efeito desejado: choquei as pessoas, fiz elas abrirem suas mentes é mesmo que eu não tenha feito isso, consegui fazer eles pensarem e voltarem a sua atenção para as pessoas que realmente mereciam.

Depois de meio ano já havia diversos diretores interessados em fazer documentários inspirados em meu livro, eu fechei contrato com um grande diretor muito renomado na área.

Vamos adiantar um pouco a história, atualmente eu estou indo para o lançamento do meu segundo livro, mas dessa vez ele não tem nada a ver com o primeiro, ele foi inspirado na minha vida... Sim, um livro que fala sobre a minha história pós orfanato, meu romance com a Adrian e a minha despedida, claro que eu mudei o nome dos personagens e certas características. O documentário foi lançado a alguns meses atrás e como o livro ele está fazendo muito sucesso.

Nesse momento estou parando o meu carro, uma Lamborghini 2014 Gallardo cinza, bem na entrada do evento, o local já está cheio de repórteres e fotógrafos tentando tirar alguma boas fotos, alguns seguranças me ajudam a entrar, e assim que eu colo meus pés no salão principal todos me encararam, mas eu apenas sorri e fui até a parte de trás do salão, fui para os bastidores e lá encontrei uma Lisa desesperada que caminhava de um lado para o outro e um Robert que a seguia tentando a acalmar.

- Antes que você tenho um infarto, só queria informar que cheguei. – Falei e ri da expressão de alivio do ruivo.

- Finalmente, agora vai no banheiro, tira esses óculos que você esqueceu e retoca a maquiagem, AGORA! – Ordenou e eu nem tive como negar.

Fui até o banheiro que tinha na grande sala e observei aquela garota... Ou melhor, aquela mulher que agora tinha traços mais maduros, os cabelos estavam mais curtos agora batiam nos seios, mas continuavam impecavelmente lisos, o vestido preto tomara que caia justo, me dava um certo ar sensual já que meus seios estavam maiores e o corpo estava mais definido graças as minhas corridas matinais, Nunca gostei de academia. Tirei meu óculos Ray Ban Wayfarer preto fosco, e peguei minhas lentes de contato que estavam na pequena bolsa preta que eu usava, precisava usar óculos agora graças à os meus três graus de miopia. Fiz um retoque na maquiagem e sai antes que a Lisa me tirasse do banheiro me puxando pelos cabelos.

- O evento está bombando Elise. – Robert comentou.

- Conheço uma boa publicitaria. – Pisquei para a minha amiga, que ao escutar o elogio sorrio carinhosamente.

- Conheço uma boa escritora. – Comentou.

- E fotografa. – Completei enquanto já andava até onde eu falaria com a imprensa.

Era um lugar mais alto uma especie de palco onde todos me veriam, me sentei em minha cadeira, que era a principal e todos voltaram sua atenção a mim.

- Pessoal. – O apresentador chamou a atenção de todos – Começaremos as perguntas com a autora de um dos livros mais chocantes desse século, que focou os olhos de muitos em uma única região do nosso planeta, e que agora voltou com mais um livro bem polemico, Elise Bussie. – Todos me aplaudiram e eu sorri o mais amigável que eu consegui.

Vocês podem estranhar o fato de que todos me chamam por Bussie agora, mas e que eu vivi um tempo na França – Na primeira vez que levei um tiro, foi como um descanso – E mudei meu nome, adicionando o Bussie e não apenas o B, uma modificação que fiz também foi alterar minha nacionalidade, depois de passar por um grande processo burocrático e ter que provar que tinha nacionalidade francesa usando como base os testemunhos da minha avó biológica, Sim, eu achei minha avó biológica, não criamos nenhuma ligação, ela apenas fez o exame de DNA comprovando que eu era Elise Bussie sua neta que foi embora ainda muito pequena. Vocês podem achar estranho e perigoso eu ter encontrado com a minha avó, mas eu a investiguei por algum tempo até ter certeza que ela não tinha mais nenhum envolvimento com minha tia, na verdade ela mesma diz que não fala com minha tia a anos.

- Quem irá fazer a primeira pergunta? – O apresentador perguntou e várias pessoas começaram a gritar, o apresentador pacientemente escolheu um repórter – Você. – Apontou para um cara que já aparentava certa idade.

- Senhorita Bussie. – Pelo sotaque e italiano – Muitos leitores e fãs seus que compraram o livro na pré-venda, dizem que sua personagem Alexy. – Nome que dei a mim mesma na história – E uma órfã assim como você, a pergunta que todos querem fazer: ela foi inspirada em você? – O homem foi direto ao ponto e eu ri.

- Sim, a personalidade da Alexy e baseada na minha, e certos traços da sua história também. Próxima pergunta. – Mais um monte de fãs e repórteres se matando para perguntarem.

O apresentador escolheu dessa vez uma garota que aparentava ter seus dezoito anos, ela tinha um bloquinho na mão, Deve ser blogueira.

- Senhorita Bussie... – A interrompi rapidamente.

- Por favor, me chamem de Elise. – Pedi sorrindo o que ela retribuiu.

- Desculpe, Elise uma coisa que muitos também querem saber é, você e lésbica? – A garota perguntou e todos ficaram em silêncio como se aquela fosse a informação do século.

- Sim, eu sou lésbica assumida. – Respondi e vi Lisa, que estava mais no canto junto com seus pais e Robert, sorrir para mim.

- Eu sei que e uma pergunta por vez, mas em quem a Elisa foi baseada? – Elisa e o nome que eu dei a Adrian na história, Sim, eu estava com preguiça de pensar em um nome então uni o meu com o da Lisa. Vi alguns repórteres reclamarem pela garota ter feito duas perguntas, mas resolvi responder.

- Elisa foi baseada no meu primeiro amor.

- Você ainda ama essa garota? – Uma repórter perguntou.

- Eu não sei, não a vejo a muitos anos, as coisas mudam quem sabe o sentimento também. – Respondi sabiamente.

- O seu livro terá continuação? – Um repórter perguntou, Okay, agora começou o modo aleatório de entrevista.

- Sim, mas provavelmente ainda demorara um pouco, afinal a Alexy precisa amadurecer para voltar à ativa. – Brinquei, e vi alguns rirem e outros ficarem pensativos.

- Elise, o final do seu livro dividiu muito a opinião dos fãs, alguns acham que a Alexy foi uma covarde e fugiu abandonando os amigos, alguns até consideram que a pior da história foi a própria protagonista em seu ato egoísta no final, o que você como mais velha falaria para a jovem Alexy?

- Wow, essa realmente e uma ótima pergunta, sinceramente eu como autora sei que o ato da Alexy foi completamente egoísta, mas sabe, até que foi necessário, se a Alexy não aprender a se virar sozinha, se ela não tirar esse peso de ser inútil das costas ela nunca será útil ou uma personagem decente, a Alexy precisa amadurecer e talvez assim ela se torne alguém digna de ser protagonista de um livro! – Vi Lisa sorrir orgulhosa para mim e eu pisquei para ela.

As perguntas continuaram, algumas serias outras engraçadas, algumas até se voltavam ao meu trabalho anterior, hoje eu sou uma Alexy de vinte e cinco anos e sei onde errei e acertei, tenho ainda minhas dúvidas sobre tudo, mas...

A Alexy só precisa amadurecer!

.

.

.

A Alexy tentou mudar para melhor, mas e a Elisa?


Notas Finais


Playlist da fic: https://www.youtube.com/playlist?list=PLTyLsyB4P2Z6QagP122A-7mDDGC2fRJ4J

Como tenho que desligar não vou enrolar aqui...
Só eu acho que quem mais divou nesse capítulo foi a Lisa? Essa Elise ta famosa :v

Até o próximo, Bye o/


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