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História Love me or Leave me - Capítulo Dois


Escrita por: OnParadise

Notas do Autor


Nem demorei não é?kkk fiquem com essa capítulo ❤

Capítulo 2 - Capítulo Dois


{Natsu}

Toda manhã era a mesma rotina que eu estava acostumado, escutei o despertador tocar insistentemente e com muita força de vontade, tateei o colchão em busca de desativar o mesmo.

Respirei fundo abrindo meus olhos e encarando o teto, fui dormir tarde e não me sentia totalmente descansado, a briga com Lucy tinha me deixado irritado.

Lucy.

Eu tinha que me preparar para o drama que ia ser hoje, se bem que eu esperava que poderia ser pior que ontem, tenho consciência de que peguei pesado pela primeira vez. Dei de ombros e me sentei no colchão, de qualquer forma teria que ir no nosso quarto buscar algo para vestir e eu esperava que ela não tivesse passado a noite acordada e ainda estivesse, era o que eu menos precisava agora, uma briga aquele horário da manhã.

Levantei e fui em direção ai banheiro que havia ali no quarto de hóspedes mesmo, afim de jogar uma água no rosto e despertar mais um pouco. Sai do cômodo e me dirigi ao meu quarto, aquela manhã estava realmente fria e me fez abraçar o meu próprio corpo.

Quando cheguei até lá a porta estava aberta, o que me fez estranhar um pouco já que Lucy nunca dormir com a porta aberta.

Abri mais um pouco e fui entrando no quarto, a cama estava totalmente vazia e não tinha rastro de alguém que tivesse dormido ali. Ok, aquilo já passava ser bastante estranho mas vai que ela estava em outro cômodo ou saído cedo, melhor assim[BL1] , me poupa de muito.

Entrei na suíte e comecei a me despir, abrindo a porta do box e começando meu banho. A água estava quente e automaticamente me fez relaxar mais, era aquilo que eu precisava. Mesmo eu tentando mudar meus pensamentos para outra coisa, as imagines de ontem sempre me vinham a cabeça, eu não queria que as coisas fossem daquele jeito. Eu não era tão insensível assim. Porém quando eu percebi já estavam acontecendo e eu perdi um pouco do controle. Foi isso. Eu resolveria depois com certeza.

Sai do banho e fui até o closet, encostei na minha parte e procurei por um conjunto de terno e colocando em cima de um puff que havia ali no meio, começando a me trocar. Me virei para frente e meu rosto adotou uma expressão de confusão total. Algumas roupas da Lucy não estavam ali, não consegui evitar de sentir um aperto no coração e caminhei até sua parte do closet, eu estava ali todo santo dia e eu definitivamente conhecia como Lucy arrumava tudo, eu sabia todas as suas peças de roupas e claramente algumas faltavam ali. Elas não podiam simplesmente ter sido colocadas para lavar porque ontem mesmo eu as tinha visto aqui.

Eu tinha vestido apenas minha calça social e dessa forma sai do quarto, eu não sei o que eu procurava mas eu procurava algo, eu queria entender o que era aquilo. Para onde Lucy tinha ido? E porque eu estava me preocupando tanto? Provavelmente era um novo drama por parte da loira e ela logo voltaria. Voltei ao meu closet e continuei a vestir o meu terno. Depois de pronto me retirei dali.

Ia sair do quarto quando noite um papel bem no meio da cama, me aproximei e li meu nome escrito, estava dobrado em forma de uma pequena carta. Eu engoli em seco, de repente um caroço se formando na minha garganta que me fez afrouxar o nó da minha gravata.

Tomei o papel nas mãos e o abri com cuidado, as letras não deixavam dúvidas de quem tinha escrito aquilo, eu reconheceria aquelas formas meio tremidas em qualquer lugar. Era uma carta de Lucy. Sentei-me na cama e comecei a ler, meus olhos passavam lentamente por cada palavra ali eu sabia que de fora meu rosto era um misto de emoções, em primeiro eu estaca surpreso pelo conteúdo que a carta abordava, em segundo eu estava desacreditado pelo mesmo motivo que fiquei surpreso. O papel tinha algumas manchas mais escuras em partes, me indicando que Lucy tinha chorado enquanto escrevia aquilo. Continuei a ler e cada frase me acertava de forma arrebatadora enquanto eu ia tomando consciência do que era aquilo, era uma carta de despedida mas para onde Lucy ia? O que ela estava fazendo? Meus olhos chegara até a última palavra. Adeus?

Meus braços caíram em cima das minhas pernas e eu levantei meu rosto com o queixo caído, eu olhava a carta e olhava o nada como se fosse cair em minha frente uma explicação para aquilo tudo.

Porém, de alguma forma, não era aquilo que eu tinha pedido a ela ontem? Afinal, o que era que EU queria? Eu lembro-me muito bem de dizer para ela que se não estivesse satisfeita com o rumo das coisas, ela que saísse. Talvez eu não quisesse ser tão grosseiro como eu possa ter soado. Eu nem falava tão sério assim, eu acho.

Coloquei a carta em cima da cama novamente e saí do quarto em busca do meu celular e chaves, eu ia ligar para Lucy no caminho do trabalho.

Uma, duas, três vezes e nada. Ela não me atendia de jeito nenhum. Eu só queria falar com ela para que me dissesse que porra era aquela.

Cheguei ao prédio da empresa e caminhei para o elevador, apertei o botão do último andar onde era meu escritório. Eu estava um pouco atrasado mas foda-se.

As portas se abriram e eu estava imerso em pensamentos indo em direção ao meu local quando sinto uma mão me parando. Olhei para a mão que estava no meu abdômen, vi esmaltes vermelhos nas unhas e fui levando meu olhar pelos braços até o rosto da pessoa. Ok, mais essa.

"Algum problema?" – Perguntei um pouco grosso, aquele não era meu dia.

"Oi, querido. Notei que você está um pouco atrasado." – Lisanna me disse isso, seu sorriso ia de orelha a orelha, contrastando com meu rosto que com certeza não mantinha uma expressão das melhores.

"E o que você tem a ver com isso? Agora não, por favor." – A garota arregalou os olhos e ia falar alguma coisa mas eu não dei tempo para isso e me retirei dali abrindo a porta do meu escritório e entrando com tudo, joguei minha pasta em cima da mesa e me sentei na cadeira. Esfreguei um pouco as mãos nos meus cabelos e suspirei, o dia tinha começado ótimo! Era melhor eu focar no meu trabalho pois no que eu podia pensar eu já tinha pensado. Eu teria mais tempo a noite.

Porém minha outra surpresa foi quando eu cheguei em casa e não encontrei luz nenhuma ligada, a casa no completo silêncio e nem barulho de televisão em nenhum cômodo, estava tudo exatamente da mesma forma que eu deixei.

Ainda subi ao meu quarto para ver se pelo menos algo tinha mudado ali, as roupas de Lucy tinham aparecido, um sinal que ela estivesse voltado e parado com o que sei lá que fosse que ele estava querendo mas nada lá também.

Desci as escadas novamente e me sentei no sofá, me servindo de whisky que tinha ali numa mesinha ao lado, era disso que eu precisava agora, um pouco de álcool para desligar minha cabeça dessas questões. Fiquei ali sentado por bastante tempo e perdi as contas de quantos copos bebi até pegar no sono.

Acordei no dia seguinte sentindo todo meu corpo pesado, eu não tinha forças sequer para me mexer e parecia uma missão impossível até abrir meus olhos. Eu sabia que eu não devia ter bebido tanto, mas era um copo cheio a cada vez que se passava um tempo e a porta não abria com Lucy entrando por ela. Levei minhas mãos até minha cabeça e esfreguei um pouco as têmporas, abrindo lentamente meus olhos e me dando conta que nem no meu quarto eu estava, ali era a sala e eu estive dormindo no sofá, olhei para baixo e percebi que parte do terno ainda estava no meu corpo de maneira amarrotada.

Me levantei um pouco cambaleante pela dor de cabeça que estava latejando, me bateu um pouco de esperança que Lucy pudesse ter chegado, então subi as escadas um pouco rápido e tropeçando no caminho, eu sabia que se ela estivesse em casa não teria me acordado de jeito nenhum, mas a decepção foi grande quando empurrei a porta do nosso quarto e estava tudo ainda da mesma maneira.

A carta lá parada do mesmo jeito que eu tinha deixado, eu já tinha ligado para ela e nada. Mas hoje podia ter alguma chance dela me atender.

Fui procurar o celular e quando o encontrei fui nas chamadas feitas, só tinha o número de Lucy por lá. Dessa vez o telefone nem chamou, apenas disse que estava desligado.

Merda.

 

Eu na verdade não entendia o porquê eu queria tanto falar com ela sendo que eu não tinha ideia do que falaria. Onde você está? Vai voltar quando? Eu não tinha um sentimento desesperado de encontrar ela mas também não gostava da sensação dela ter me deixado assim sem me dar nenhuma satisfação.

Com o celular na mão resolvi ligar para alguém que poderia ter ideia de onde eu encontraria Lucy.

O telefone chamou duas vezes e eu logo fui atendido.

Gray sempre foi nosso melhor amigo, tanto meu quanto do Lucy mas ele tratava o loira como uma pessoa indefesa então quando ele soubesse do que aconteceu acabaria comigo.

"Ei, Gray."

"Pode falar o que você precisa, já que eu nunca tenho a honra de uma ligação sua se não for por algo que você queira." – Gray sempre foi muito direto e eu sabia que merecia, eu realmente quase nunca ligava, nosso contato era muito mais mantido hoje em dia por intermédio de Lucy, que as vezes o convidava lá para casa.

"Lucy esteve falando com você? Tem dois dias que ela não aparece aqui em casa e ela me deixou um recado estranho e como sei que Juvia e você são os melhores amigos dela talvez ela tenha falado algo e eu..." – Como eu estava? Preocupado? Na verdade, eu já tinha dito, eu estava irritado pelo fato dela não ter me dado uma satisfação apenas aquela carta que não diz nada.

"Não, eu não falei com ela, mas para ela sair assim você deve ter feito merda grande, quer me contar agora?"

"Não, valeu. Se você souber coisa, você pode... me ligar." – Desliguei o celular e me sentia um retardado, que merda eu estava fazendo?

Fui fazer minha higiene matinal e me encaminhar até a empresa.

{Lucy}

Eu tinha me registrado em um hotel até pensar no que eu faria, eu tinha comprado um celular simples no caminho e ligado para meus pais e explicado a situação a eles que de prontidão me ofereceram o meu antigo quarto para ficar, eu recusei pois Natsu podia me procurar exatamente lá, algo que eu duvidava muito mas eu não queria arriscar.

Me joguei na cama caindo de qualquer jeito, eu estava tentando ocupar minha cabeça com tantas outras coisas mas aquela situação toda hora me vinha a mente e no momento seguinte eu estava repetindo um mantra em minha cabeça que eu não choraria, o que era inútil porque eu sempre derramava algumas lágrimas.

Eu e Natsu nos conhecemos na adolescência, nos namoramos, casamos, tínhamos muita história para não haver amor, então isso era doloroso, saber que tudo aquilo era um possível fim. Eu o amava. Mesmo depois de tudo eu ainda o amava, eu não conseguia ter raiva dele e isso sim me deixava enfurecida, o fato de não conseguir sequer sentir raiva dele me deixava com raiva de mim mesmo.

Abracei um dos vários travesseiros que havia ali na cama, ela parecia tão fria e isso não era certo. Eu sei que estava acostumado a dormir em uma cama sem ninguém ao meu lado mas pelo menos era a minha cama e a dele.

Fecho meus olhos e os pensamentos voavam para outros lugares, momentos em que estávamos tão felizes. Eu me lembro quando ficávamos naquela posição em que eu estava agora, seu corpo quente na frente do meu e eu acariciando seu cabelo até a sua nuca.

Eu estava atrás dele e ele sempre ria daquilo porque me dizia que eu era muito pequena e tinha braços menores ainda para rodear todo o corpo dele, mas ele sempre me deixava ficar daquele jeito quando eu queria. Era muito difícil Natsu dizer não a uma vontade minha.

Ele era lindo, e quando estava naquela posição era ainda mais, nosso quarto ficava posicionada de um jeito que se deixássemos as cortinas abertas a luz da lua poderia entrar ali, e essa luz iluminava ele de uma forma que o fazia ficar mais belo que o normal.

Evidenciava as suas costas largas e seus bíceps fortes que eu amava passar minhas mãos. Ele cheirava meu pescoço e distribuía pequenos beijos por meu ombro. Ele procurava minha mão e levava-a até seus lábios, deixando um beijo casto tão carinhoso ali.

"Eu te amo, amor, tanto." – Ele me sussurrava e eu sorria por saber que aquilo era verdade.

Voltei a minha realidade e eu acariciava um travesseiro que estava molhado de lágrimas enquanto eu soluçava. Enfiei minha cabeça nele e gritei o mais alto que eu pude para que aquilo aliviasse um pouco do que eu sentia mas nada faria passar, eu tinha certeza.

Já era de noite e eu tinha tomado meu banho e feito um pequeno lanche, a tv estava ligada mas não passava nada que pudesse me chamar atenção.

Lembrei que tinha que ligar para Juvia, eu prometi que daria notícia e uma hora dessa ela devia estar surtando.

Digitei os números que eu já tinha guardados em minha mente. Chamou apenas uma vez e Juvia me atendeu.

"Eu estava com meu telefone na mão, Lucy, eu ia ligar para polícia e registrar seu sumiço." - Juvia disse me fazendo rir a primeira vez naquele dia.

"Não seja exagerada, por mais que isso combine muito com você."

"Não estou para gracinhas, Lucy, onde você se meteu? Você disse que me ligaria e explicaria o que aconteceu, Natsu ligou para Gray perguntando sobre você e eu fiz o que você me pediu, disse que não sabia nada. Você tem que me contar o que houve." – Soltei um suspiro fundo e comecei a contar o que acontecido de forma resumida para Juvia.

"Eu vou matar esse filho da puta, como ele tem a cara de pau de me ligar se fazendo de desentendido?" – Gray gritava do outro lado da linha.

"Gray, você não vai procurá-lo, você não vai dizer nada, para ele você não sabe de nada e quero que continue assim, ele não vai ficar insistindo em saber de qualquer forma." – Eu esperava muito que Gray fizesse aquilo que eu estava dizendo.

"Lucy, eu não posso deixar isso assim nós não podemos, você é minha irmã." - Sorri ao ouvir ela me dizer aquilo, o sentimento era recíproco.

"Juvia, eu sei que você se importa e eu agradeço por isso, mas faça só o que eu digo e as coisas vão se acertar, eu continuarei mantendo contato contigo. Aliás, você pode salvar esse meu número novo e me ligar também, contanto que não passe a ninguém."

"Ok, se é dessa forma que você quer, eu farei." – Eu não sentia muita convicção na voz de Juvia mas eu queria acreditar

"Obrigado por tudo, Juvia e Gray. Eu amo vocês."

"Também amamos você, Lucy. Se cuida e por favor me ligue para qualquer coisa." - Soltei um som que se aproximava a uma afirmação e desliguei a chamada, jogando o celular de lado e olhando a tv, peguei o controle mudando os canais e não tinha nada que prestasse. Bufei e desliguei a mesma, indo em direção a cama.

{Natsu}

Estacionei meu carro na garagem, saindo e caminhando até o hall de entrada do prédio para pegar o elevador. Abri a porta de casa e dei de cara com tudo vazio e em silêncio de novo, cada vez que aquilo acontecia me deixava um pouco mais frustrado.

Tirei o blazer e foi o tempo da minha companhia tocar. Soltei um sorrisinho e fui até ela, abri a porta mas a única coisa que senti foi uma ardência forte no nariz me fazendo cambalear para trás e percebi que eu tinha levado um soco.

Um soco? A porra de um soco? Arregalei os olhos e me voltei para a porta. Um ser irritado fazia parecer que sairia fumaça por todos os seus buracos. Gray.

"Qual é a porra do seu problema?" – Falei passando a mão no meu nariz e vendo-a ser tingida de vermelho.

"Meu problema? Eu vou dize-lo agora." – Senti outro soco e dessa vez próximo ao olho.

"Vai se foder, Gray. Qual é, porra? Você está com a porra do juízo errado?" – Abri meus braços e encarava a ele esperando uma resposta.

Ele me empurrou para dentro e eu respirei fundo, aquilo estava me estressando e eu estava me segurando para não soca-lo também.

Gray começou de uma vez e não parou mais.

"Vai se foder você, filho da puta. Isso não foi metade do que eu queria fazer com você, não se faça de fingido comigo, eu já sei o que você fez. Onde você estava com a porra da cabeça? Você agrediu a Lucy? Eu estava engolindo tudo que você fazia com ela porque ela me pedia para nem comentar contigo mas isso? Fez ela sair da própria casa, olha, você é um lixo. Ela esteve do seu lado a vida toda, porra. No que se transformou? Não merece mais nada do que ela te dedica todo esse tempo e eu fico triste por ela, por ter perdido tanto tempo com você, seu merdinha. Mas sabe o que é melhor de tudo isso agora? Porque você conseguiu afasta-la para sempre da sua companhia destrutiva, que só a fazia mal. Eu sei que ela pode demorar a superar mas ela vai e longe de você. Você vai ficar sozinho, que é o que realmente merece. Você consegue escutar isso? Sozinho. Para. Sempre. Porque eu duvido alguém conseguir ficar ao seu lado com essa sua personalidade lixo que nem a Lucy conseguiu suportar por um tempo." - Gray apenas balançou a cabeça de forma negativa saindo do apartamento em seguida e me deixando ali com a boca aberta, assimilando tudo que aconteceu, todas as palavras que ele me disse e sentindo o peso da realidade que agora parecia que batia na minha cara da mesma forma que ele fez.

Eu apenas escorreguei por ali onde eu estava e sentei no chão me sentindo um péssimo ser humano. Se muito tempo algo não me atingia, as palavras de Gray conseguiram, fizeram minha ficha cair de que tudo aquilo era sério, consequentemente me fazendo sentir o aperto que a falta de Lucy já estava me causando a partir dali.


Notas Finais


Prometo não demorar para escrever o próximo, obrigada a todos que colocaram na biblioteca e favoritaram a história ❤


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