História Love Of Fame - Uncorrected Loves

Love of Fame – Chapter Ten

Tradução do capítulo: Amores Incorrespondidos

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Nina Dobrev

Nos dois primeiros períodos eu fiquei procurando por todo o colégio Candice, estava desesperada para conversar com ela e, tentar me explicar. Eu não podia perder a sua amizade em hipótese alguma, ela era a uma das únicas pessoas que eu poderia confiar, por isso, não posso deixá-la escapar.

Quando cheguei no colégio mais cedo com a companhia de Paul, vários alunos nos encaravam e cochichavam sobre nós. Não tinha certeza do motivo, mas ouvi dois alunos cochichando dizendo que sabiam o que havia acontecido na noite passada, quase sobre tudo, porém o que eles mais tinham informação era sobre o momento em que eu vomitei nos sapatos caros de Nikki – o que havia gente comentando que eu fiz de propósito – e que eu e Paul estávamos namorando – o que não é verdade, mas isso é meio difícil de explicar, quando você chega na escola com ele. No entanto, eu não saberia dizer quem tinha todas aquelas informações da noite passada e espalharia para todos.

Nunca pensei que um dia eu seria notada pelos alunos, gostaria que fosse notada por algo realmente bom, como ir bem numa apresentação teatral ou até mesmo por tornar-me uma líder de torcida. Mas não por ser vista beijando um dos caras mais gatos da escola, o que para mim poderia estragar mais a minha reputação na escola ou melhorá-la, quem sabe.

A segunda aula já havia acabado, então a maioria dos alunos trocavam de salas, minha próxima aula seria de Literatura. Fiquei parada alguns segundos na frente da porta daquela sala, eu fiquei tentando encontrar Candy presente naquela sala, fazíamos essa aula juntas. Essa pode ser minha única chance de me explicar.

Procuro-a, até que a encontro. Caminhando em direção a ela, a mesma me encara e move os seus lábios formando um simples e raivoso “Não”. Não podia desafiá-la, pois se eu fizesse isso ela ficaria ainda mais irritada e nem me olharia mais. Então obedeci, sentando-me em outro lugar, porém não tão longe dela.

A Srta. Annabel entrou na sala com um enorme sorriso em seu rosto, mostrando seus belos dentes brancos. Ajeitou seu material na mesa e também arrumou o seu penteado. Pegou uma caneta para escrever no quadro. Quando terminou de escrever havia formado uma palavra: Arrependimento.

Ótimo – pensei.

 – Arrependimento. O que essa palavra significa?! – a professora pergunta, porém todos sabiam que não queria uma resposta – Significa lamentar pelo mau ato cometido por alguém. Há pessoas que se arrependem de tal ato outros não. A pessoa que sofreu esse mau ato, às vezes perdoa ou às vezes não. Quando uma pessoa se arrepende de algo é porque o “arrependimento” bateu na sua porta e disse que era hora de pedir perdão. Eu sei que muitas vezes todos de vocês já fizeram alguma burrada e acabaram se arrependendo depois, no entanto a pessoas que se arrependem de verdade, eu acho que com o tempo merecem o perdão da pessoa que sofreu. Porém, a outras pessoas que não merecem o pingo de amor que o outro tem para o ser sem coração. – a srta. Annabel explica sobre o tema, e no momento que ela diz que os maus atos também podem ser perdoados, encaro Candy que me encarava pensativa, mas logo desviou o olhar – Então meus queridos alunos, fazer algo de errado e depois se arrepender de coração e ser perdoado ou não, não é tão ruim. O pior é fazer algo de errado e se arrepender só porque precisava daquela pessoa,sem se arrepender de verdade e depois ser perdoado, isso é ruim. Muito ruim.

Essa aula havia servido como uma lição de vida para mim. Eu estava completamente arrependida pelo que fiz com Candice, muito arrependida, eu precisava que ela me ouvisse, então quando a professora caminhava em direção a sua mesa, eu me levantei e comecei a andar em direção a Candy, formando na minha mente o que dizer para ela.

 – Candy eu preciso falar com você... – começo a falar, mas sou interrompida pela professora.

 – Srta. Dobreva volte para a sua classe, por favor. – ela pede.

 – Só um minuto. Juro que tem a ver com o tema da aula de hoje. – digo e ela me deixa continuar. Olho para Candice, a mesma estava bem confusa – Eu queria dizer para você Candy que eu realmente sinto muito, me arrependo verdadeiramente pelo o que eu causei para você. Eu não sei por que fiz aquilo, eu não sei se era pelo efeito da bebida ou seja lá o que tenha sido. Sinceramente, tinha me esquecido de você, eu sei que o que eu fiz foi totalmente imaturo, mesmo depois de saber o que você sentia eu fui lá e estraguei com tudo. E olha, eu realmente não gostei daquilo, porque no momento que eu me recompus, eu percebi que não podia perdê-la, você foi a minha primeira amiga, quando há anos eu só tenho a mim mesma. E nesse pouco tempo que nós somos amigas eu não queria estragar tudo entre nós, eu realmente me arrependo. – uma lágrima cai do meu rosto, quando eu finalizo de falar.

Candice não foi a única a escutar aquilo, todos que estavam na sala de aula escutaram, porém a única pessoa que eu me importava era ela. Queria muito saber o que ela achava, queria saber se ela havia me perdoado.

Só recebo um sorriso de Candy, ainda não entendendo o que ela sentia.

 – Oh meu Deus Nina, você está chorando! – ela fala se levantando, soltando uma risadinha, logo limpando a lágrima do meu rosto. – Eu acredito em você, eu sei muito bem que você nunca faria aquilo por querer, eu perdoo você. Nossa amizade começou a pouco tempo, mas parece que eu te conheço há anos e, eu não quero que essa amizade acabe. Sei que você nunca faria algo de propósito para me magoar.  – Candy diz com um sorriso enorme e nos abraçamos. Ouvindo as palmas dos nossos colegas, mesmo achando aquilo confuso, sorrimos de volta.

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Paul Wesley

Desde que eu tinha chegado nessa escola o meu lugar favorito foi à quadra de basquete, como eu amava jogar. Parecia que quando estava ali, eu esquecia todos os problemas e me concentrava em uma só coisa, ganhar a partida.

Ian caminhou até mim totalmente suado e com um grande sorriso no rosto, agarrando meu pescoço e passando a mão em meu cabelo molhado, já que havia tomado banho.

 – Parabéns Wesley, fez 8 pontos hoje! Como é bom ter você no time, cara. – ele diz contente, seguindo o caminho até os armários.

 – Você também jogou muito bem, Somerhalder. Foi melhor do que o Alex. – aponto para o Alex que faz uma cara de vítima.

 – Opa, opa, opa, eu teria ido melhor do que vocês dois se aqueles dois gigantes não tivessem me bloqueado. Essa será a primeira e a última vez que vocês viram Alex James sem fazer alguma cesta em um jogo. – Alex fala convencido e sai.

Eu e Ian começamos a rir.

 – Por que hoje de manhã não foi você que atendeu o telefone, mas sim a Nikolina? Vocês dois transaram? – Ian começa outro assunto, parecia bem curioso.

 – Não! Não dormimos juntos, porém ontem à noite quando ela desmaiou, eu pensei que seria uma má ideia levá-la para sua casa. Então, trouxe ela para a minha, mas não aconteceu nada. – explico-me.

 – Mas e se ela não estivesse desmaiada, você transaria com ela? – Ian pergunta, fico meio intrigado com suas perguntas, mas respondo-as.

 – Sei lá, acho que não. Gosto muito dela como amiga, mas eu estou afim de outra pessoa, então não. Mesmo achando ela bonita não ficaria com ela. – respondo simples e Ian dá uma risadinha nervosa, acho, e vai embora.

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No intervalo havia recebido uma mensagem de Phoebe, dizendo que ela ia dar uma passada na escola e que queria conversar comigo. Então, assim foi. A mesma estava parada na frente do seu carro, toda de preto e completamente linda. Quando a vejo abro um sorriso e ela contribui.

 – E aí garanhão! – ela me abraça. Posso sentir o cheiro do seu perfume misturado a cheiro de cigarro.

 – Oi Phoebe. Como está? – peço.

 – Vou indo, bebi tanto na noite passada que quase nem me lembro de nada. A única coisa que eu me lembro foi de ver você e a Nina se pegando, arraso hein! Adoro ela. – Phoebe diz feliz por mim, mas tento disfarçar o meu incomodo por saber que ela não havia sentido ciúmes.

 – É, mas entre nós não rola nada. Foi só o efeito da bebida.

 – Ah, mas eu senti um clima entre vocês. – ela parece se fingir de chateada – Então você deve tá pegando a loura, ela também é gostosa, diz ai! – Pho bate no meu ombro, me aconselhando a dizer a verdade.

 – Ela é sim, mas não está rolando nada com nenhuma das duas. – digo meio tímido – Eu estou gostando de outra pessoa, porém ela não parece compreender os meus sinais. – digo olhando bem nos seus olhos verde-azulados, querendo dizer a verdade, mas sendo um covarde.

 – Infelizmente Wesley, eu sei como é. Sentia-me  assim com o meu último namorado, eu era apaixonada por ele, mas ele não sentia o mesmo. Até que tudo terminou. – Pho conta meio chateada. – Mas não desiste dela não, se ela gostar de você, ela entenderá os seus sinais. – ela me aconselha.

 – Assim espero.

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Nina Dobrev

Passei o intervalo todo com Candy, só nós duas, já que parecia que Paul tinha evaporado. Conversávamos de tudo, sobre nós, nosso passado e o nosso futuro. Era bom ter uma amiga.

 – Amava aquele seriado, simplesmente não acredito que acabou. – comentávamos sobre os nossos seriados favoritos.

Até que somos interrompidas por Nikki Reed se aproximado de nós.

 – Nikolina, como passa? – Nikki pergunta, provavelmente sem o menor interesse.

 – Passo bem e você Nikki?

 – Não muito bem, ontem você estragou um dos meus sapatos favoritos, eu tinha ganhado eles do Ian e sei que ele deu com muito amor e agora, você destruiu o sapato. Você terá que me dar outro! – ela exige.

 – Ah, por favor Nikki, eu sinto muito, mas não irei comprar outro. – digo negando a sua ordem e ela se finge de chocada.

 – O que? Você acabou de negar a ordem eu que exigi a você?! – ela diz com raiva.

 – Sim, eu neguei. – digo confiante.

 – Você vai ver Nikolina...

 – Vai ver o que Nikki? – Ian aparece e pede para Nikki dar explicações.

 – Oi amor, estou pedindo para Nikolina me dar um sapato novo, já que ela destruiu os sapatos que você me deu. – ela explica-se, dando um selinho no mesmo.

 – Nikki, eu não vou te dar outro. Sinto muito pelo o que aconteceu, não foi proposital. – falo a ela, ainda negando sua ordem.

Nikki faz uma cara para Ian tipo: “eu não disse!”.

 – Pelo amor de Deus Nikki, deixa isso pra lá, deixa ela em paz. Era só um sapato besta. – Ian rola os olhos ao terminar a fala, de saco cheio dela.

 – Mas foi você que me deu. – ela diz.

 – Tanto faz. – Ian diz antes de sair sendo seguida por Nikki.

Ian havia me defendido?!

Candy me encara e lança um sorriso maliciosa pra cima de mim.

 – Acho que alguém gosta da Nina! – ela cantarola.

 – Ah claro! – digo irônica.

 – Não se faça de desentendida, eu vi como ele olhou para você. E ele te defendeu da namorada dele! Não é todos que fazem isso. – Candy suspeita.

 – Talvez quando a namorada está errada e a outra pessoa está certa, quem sabe. – dou uma hipótese.

 – “Ah claro”. – imita a minha frase, logo depois rindo.

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Hoje começariam as preparações da peça teatral Romeu e Julieta. Eu estou tão ansiosa é a minha primeira peça, meu sonho é ser atriz então isso é um bom começo para seguir esse sonho.  Meu pai sempre disse que esse sonho era muito idiota, que devia ser advogada, médica ou dentista, já que ele é médico. Que esse sonho é muito infantil e que nunca daria em nada, porém nunca me importei com o que ele dizia, quis seguir o meu coração. A única coisa ruim ou boa – não sabia qual das suas realmente – era ter que trabalhar com Ian, o garoto que sempre navegava pela minha mente, sempre aparecia em meus sonhos e algumas vezes nos meus pesadelos.

Todos já estavam no teatro, especialmente Somerhalder que se encontrava a algumas poltronas ao meu lado. A professora estava explicando tudo o que aconteceria conforme iam se passando os ensaios,então eu prestava atenção em tudo.

 – Vamos fazer um exercício de conhecimento com os nossos colegas de trabalho. – a professora explica – Os primeiros serão os principais, Nina e Ian venham até aqui. – ela nos chama até o palco, assim a vergonha toma conta de mim.

Paro ao lado da professora, enquanto Ian estava do outro lado da professora. Em um momento a professora pega  uma mão de Ian e uma mão minha e as junta, fazendo com que estivéssemos de mãos dadas, o que me causara um breve arrepio ao sentir o toque de Ian.

 – Com as duas mãos dadas, meus queridos. – a professora dá uma advertência para nós dois, assim fazendo o que ela se manda, ficando um virado de frente para o outro. – Vocês irão dizer o que sentem agora um pelo outro, espontaneamente, como se vocês fossem Romeu e Julieta. – a professora diz o que devíamos fazer, porém ficamos quietos – Vamos façam!

 – Eu sinto medo de que alguém possa nos descobrir. – Ian é o primeiro a falar, fala olhando nos meus olhos.

 – Medo, ótimo. Nikolina continue. – a professora pede.

 – E-eu amo você, faria de tudo para que pudéssemos ficar juntos. – continuo a sua frase.

 – Amor, excelente!

 – Porém, você não pode, minha Julieta. – Ian diz aquelas palavras, “Minha Julieta”. Me lembro do bilhete que ele tinha me mandado, dizendo que eu era a sua Julieta. Sorrio com aquilo por um momento. – Mas por favor, dei-me um último beijo?

Não respondo nada, não sei se deveria interpretar aquilo como uma atuação real ou Ian se aproveitando de mim. Levei em consideração a primeira, já que me pergunto o por que de Ian querer me beijar por conta própria.

A professora balança a cabeça em concordância de tal ato.

 – Sim. – respondo-o.

Ian aproxima nossas cabeças, ainda com as mãos entrelaçadas nossos lábios se tocam dando um leve e demorado selinho. Sei que aquilo fora uma atuação para ele, mas para mim havia sido algo mágico, era bom sentir os seus lábios grudados na minha boca novamente. E era esses sentimentos que eu deveria deixar guardados para mim.