História Love Of Fame - My Juliet

Love Of Fame – Chapter Three

Tradução do Capítulo: Minha Julieta

Tradução da frase do Gif: Estou tão cansada de chorar

CAPÍTULO NÃO REVISADO,ME DESCULPEM POR QUALQUER ERRO

“Não olhe para mim.

Todo dia é tão maravilhoso

E de repente, fica difícil de respirar

De vez em quando, me sinto insegura

Com toda a dor, me sinto envergonhada”

(Christina Aguilera, Beautiful)

♥

Nina Dobrev

O professor James me deu uma advertência, deveria ficar na escola depois que todos saíssem e teria que limpar o refeitório, quer dizer eu e Katerina. Achei aquilo meio injusto, mas não quero arranjar confusão, principalmente com um professor.

Na aula de história eu não prestei atenção em nada em que a professora Keyla dissera,a conversa que eu tivera com Ian antes me deixou pensativa sobre sua proposta, por que ele me convidou? Aquilo seria algum tipo de brincadeira, só para zoar com a minha cara ou ele estaria falando sério? O que aliás seria uma traição com a Nikki, eles estão juntos, então por que me convidar?

Nikolina pare de pensar em Ian, ele só está querendo ferir os seus sentimentos, ele não te merece!

Eu sei, eu sei, mas e se for o contrário, o inverso?

Não, não é. Não seja trouxa, não se iluda Nikolina, ele está com Nikki e não com você.

Às vezes minha consciência me irrita tanto por ter sempre certeza de tudo. E por que eu nunca tenho certeza?

Sou tão fraca.

A aula de história havia acabado há três minutos e eu sinceramente não havia aprendido nada, minha cabeça estava tão longe, que eu não consegui prestar atenção em nada e o pior é que eu não tenho ninguém a quem pedir.

Que merda!

 Vou recolhendo os meus materiais da classe que se localiza no lado esquerdo da sala, eu sento na última fileira, mesmo não conseguindo enxergar tão bem, era ali onde eu me localizo, ali no meu canto. Quando eu vejo as outras pessoas com seus amigos rindo ou conversando eu me sinto diferente, é tão triste não ter ninguém ao seu lado para te apoiar, nem mesmo minha família se importa comigo, por que alguém se importaria comigo?

Sinto meu rosto quente e as lágrimas preparadas para sair e percorrer minha pele, mas as limpo, não quero chamar a atenção de alguém. Pego minha bolsa e saio correndo pela porta da sala, quero muito chegar até o refeitório pegar o meu lanche e me “aconchegar” no banheiro feminino. Mas minha ação de rapidez acaba logo que eu saio da sala, meu corpo se chocou com outro corpo que fizera um grunhido baixo, meus cadernos estão jogados no chão sujo e frio e eu estou caída ao seu lado. O ser que havia caído junto comigo é na verdade a Candice, a garota que eu tinha conversado hoje de manhã, a mesma me olhou e se aliviou quando me vira, bom pelo menos é o que eu acho. Minha dúvida é respondida com um simples gesto de solidariedade, a mesma se levanta e estende a mão para mim, com um sorriso largo nos lábios, sorrio de volta tímida. Eu junto os meus cadernos do chão e olho para a loira de novo.

 – Perdão. Não havia lhe visto, perdão. – lamento rápido, olho o chão a procura de meus óculos que tinham caído no chão, encontro eles e pego-os, mas fico decepcionada quando vejo-os partidos ao meio. – Oh não, meus óculos!

Candice me encara, seu olhar é de preocupação, ela se aproxima mais.

– Nina, você por acaso consegue enxergar algo... Quer que eu te ajude? – ela pergunta preocupada, entrelaçando seu braço ao meu.

Ela deve estar pensando que sem óculos eu só enxergue um borrão, mas na verdade os óculos nem são tão necessários.

– Candice está tudo bem, eu consigo enxergar, minha visão é até boa. – tento acalmá-la e a mesma suspira aliviada, mas mesmo assim não solta o meu braço.

– Por favor Nina, me chame de Candy. – ela pede e eu assento.

Bom, os apelidos são o começo de uma amizade, não é?

Nosso destino era o refeitório ele fica no outro prédio, então demoraríamos um pouco para chegar até lá. No caminho encontramos um panfleto era sobre a festa da fogueira que aconteceria hoje à noite, quando leio o panfleto me lembro da proposta de Ian, ainda não entendia o porquê de seu convite.

Candice também lê e comenta sobre isso:

– Você vai Nina? – pergunta com um tom alegre.

– Não gosto muito de festas...

Ela se aborrece.

 – Ah! Por que não? – ela pergunta, mas continua mesmo assim – Nas festas a gente se diverte e conhece um gatinho. Porque alguém não gostaria de uma festa?! – ela meio que afirma sua própria pergunta, mas não me importo.

Penso um pouco nas palavras e digo tímida.

 – E-eu nunca fui para uma festa. – digo e ela me olha assim parando de andar.

 – Sério? – parecia surpresa. Assenti. – Nossa, não que você seja a primeira pessoa que eu conheça que nunca fora numa festa, mas é que você é tão legal e bonita, achei que fosse convidada para muitas festas. – diz sorrindo.

Bonita e legal?

Rio nervosa.

 – Não. Você está se enganando Candice, eu não sou nenhuma dessas qualidades que você disse. Ninguém gosta de mim ou fala comigo, eu sempre fico sozinha. Daqui a pouco você irá se enjoar de mim e vai me deixar sozinha novamente Candice. Eu não sou igual a você, você é linda, divertida... E eu horrorosa. – não sei por que, mas consegui me abrir com ela, dizer como me sinto. Quando percebo já estou chorando. – Que merda, por que eu estou chorando, eu já estou cansada de chorar.

Candy me olha com um olhar triste e fica sem reação, mas ela faz um gesto que simplesmente me faz sentir compaixão, ela me abraça. Assim me fazendo desabar no choro, nem me importei se estávamos no colégio, se tinha pessoas circulando por ai, só queria chorar.

Candice Accola

Meu primeiro dia de aula não foi como eu esperava. Tudo é tão novo, sei que tenho que me conformar com essa minha nova vida. Já que no passado eu não fora uma ótima pessoa, aqui em Manhattan é onde começará a minha nova vida.

Serei uma nova Candice Accola.

Eu tentei entender um pouco o lado de Nina ela deve sofrer muito, o que me fazia sentir pena, mas sei que lá no fundo ela é forte. Tenho que fazer algo que a anime, que a faça se sentir bem.

Nina ainda chorava em meu ombro e eu  a abraço, consolando a mesma. Odeio ver as pessoas chorando, pois não sei como agir perto delas.

 – Nina, eu não te abandonarei. Somos amigas e amigas nunca abandonam uma a outra. – digo sinceramente, eu sinto como se ela fosse uma amiga de longa data, como se conhecêssemos há anos. – Não chore Nina, você é tão linda não deve se importar com o que os outros acham de você.

No mesmo instante que eu termino de falar ela para de chorar e me encara, limpando as lágrimas.

 – Obrigada Candy. Você sim é uma ótima pessoa, quem não gostaria de você?! Obrigada por dizer às qualidades que ninguém me diz, que nem eu digo para mim mesma também. – Nina diz num sussurro.

Ninguém deve se sentir assim, triste, sempre se importando para o que os outros vão dizer ou vão achar. Todos devem se sentir felizes e contentes por  serem como são ou pelo  o que tem.

Depois de alguns minutos começamos a andar novamente, assim chegando ao nosso destino. O refeitório está minado de pessoas circulando e comendo por todos os lados, me servi de um hambúrguer e Nina dissera que estava sem fome. Sentamos juntas, comecei a comer e percebo que Nina esta cabisbaixa. Acho que seria muito bom ela ir na festa, fazer algo divertido, pelo menos se distrair. Sair desse baixo astral.

 – Nina não fica assim. Olha hoje eu e você vamos nos encontrar na sua casa e depois iremos sair para um lugar. – eu lhe informo e ela me encara discordando com a cabeça, mas eu a paro e continuo. – Não aceito não como resposta. – quando termino de falar o sinal toca e eu agradeço, pois assim Nina não teria como me contrariar. Termino o meu lanche e lhe digo tchau e também a abraço.

Já sabia que seriamos grandes amigas.

Nina Dobrev

Candice é uma ótima pessoa, acho que ela sim é uma pessoa gentil, espero que nós continuemos amigas uma dá outra. Já que contei um dos meus maiores segredos para ela, nunca contara isso para ninguém, mas o jeito que ela me trata e me informa das coisas só faz com que eu a considere como uma amiga, uma grande amiga. Ainda não acredito que eu chorei perto de alguém, eu nunca choro perto de ninguém e quando choro, tento ser o mais discreto possível, mas naquela hora eu não consegui parar as lágrimas.

Vou para a próxima aula que seria a minha predileta, Teatro. Meu sonho é ser atriz, mesmo sendo muito tímida é meu sonho e quando tiver uma chance no futuro não irei desperdiçá-la, mas agora meu sonho nunca será realizado por causa do meu jeito de ser.

Quando chego lá a professora está explicando a nova peça que iremos fazer, Romeu e Julieta a história trágica. Umas das melhores histórias de amor que eu já li, tão intenso e trágico.

Não havia motivo, mas estava me sentindo estranha, parece que alguém esta me observando, vou a procura desse “alguém” e quando encontro, é Ian Somerhalder. Ele está me encarando com seus belos olhos azuis intensos, não sei por que, mas gostei de ser observada por ele, ele mantinha um sorriso malicioso e eu fiquei morrendo de vergonha por ele me encarar de um jeito que faria qualquer uma se sentir esquisita. Eu não sei como agir, se eu devolvo o sorriso ou fico encarando-o.

Vire-se para frente e finja que não se importa com ele. Se ele se interessa mesmo por você ele irá querer mais, ele lutará por você.

É isso mesmo que eu faço. Começo a prestar atenção nas palavras da professora, até que tem uma parte que eu me interesso ainda mais.

 – Eu escolherei o Romeu e a Julieta, não haverá testes ou sorteios pois sempre é a Nicole Reed, mas esse ano vamos dar oportunidade a outras pessoas. – A professora dissera e Nikki a encara com uma carranca nada boa, me alegro com isso, pelo menos alguém que não fosse Nikki ganharia o maravilhoso papel de Julieta. – Os dois personagens principais serão Nikolina Dobreva e Ian Somerhalder, parabéns pelos papéis e espero que se desempenhem muito para favorecer o público que irão recebê-los. – a professora lê um papel e depois pronuncia as palavras que eu mais temia.

Não creio que isso esteja acontecendo,eu Julieta?

Meus pensamentos são interrompidos com um papel sendo jogado em minha cabeça,olho para trás para ver que individuo teria jogado o papel e vejo que fora Ian ele apontava para o papel com um sorriso largo nos lábios, o olho com uma cara franzida e pego o papel, leio-o:

“ O amor procura o amor como o estudante que para a escola corre: num instante. Mas, ao se afastar dele, o amor parece que se transforma em colegial refece.’

Estou contente por você ser minha Julieta, Nikolina.”

– Romeu.

Me arrepio com as suas palavras.

Minha Julieta. Sua Julieta?