História Love Of Fame - The Jerk

Love Of Fame – Chapter Seven

Tradução do Capítulo: O Babaca

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Nina Dobrev

Vejo-me no espelho pela milésima vez já que faz quase uma hora que eu estou trancada no meu banheiro, tentando entender da onde eu tirei coragem para falar tudo aquilo a Nikki. Sei que ela não merecia ter ouvido aquilo de mim, mas sim de Ian, que pelo jeito é um covarde. Realemente a minha vida amanhã virará um inferno – mesmo eu já vivendo em um – ainda pior. Porém, agora eu sei que posso lidar com os meus problemas, com ou sem meus amigos. Esse será o meu último ano nesse colégio, não quero que Nikki e Ian estraguem esse ano.

Sobre o vídeo, horas depois foi excluído da internet, depois que a minha mãe foi até a escola reclamar e quase fazer um escandalo na diretoria, mas ela tinha motivo. O meu padrasto se fingiu interessado, mas sei que não estava nem um pouco preocupado com o vídeo. Sinceramente, não sei como minha mãe consegue dormir ao lado daquele monstro todas as noites. Ela é forte.

Logo depois da confusão que houve no refeitório, eu tive aulas normais, mas com a maioria dos alunos me encarando, foi meio difícil de ignorar, mas eu acho que consegui. Candy ficou me elogiando toda hora e Paul ficou rindo de seus comentários, já eu, fiquei pensando em Nikki, mesmo depois de tudo o que ela fez comigo, Ian era um babaca por fazer aquilo com ela.

 Vou até a minha escrivaninha e começo a fazer a lição de casa que não era muita. Vou até o meu armário e escolho uma roupa para eu vestir, escolho uma blusa amarela lisa e uma calça jeans azul marinho, coloco uma sapatilha vermelha com algumas pedrinhas de enfeite e desço, indo até a sala, onde encontro minha mãe vendo televisão. 

Saio de casa e fico feliz por minha mãe não perguntar onde eu estou indo, porque eu sinceramente, não sei. Eu só quero sair de casa e tirar todos os pensamentos ruins da minha mente. Pensei em ir comer algo,mas estou sem apetite no momento. Então, decidi ficar caminhando sem rumo pela cidade.

Vou caminhando até um parque cheio de crianças brincando, enquanto os adultos ficam correndo atrás de seus pequeninos. Me sento em um banco e começo a imaginar um futuro não tão distante, uma vida longa e feliz, ao lado de minha família. Quero ter filhos felizes, um marido que me faça sorrir todos os dias. Eu desejo que meus filhos tenham a vida que eu nunca tive, uma vida feliz.

Ouço uma voz familiar, olho para todos os lados até descobrir da onde está vindo a voz. Viro-me de costas e encontro um garoto idiota sentado no banco logo atrás do meu, um pouco longe, mas não tão longe para saber que a voz do idiota era de Ian Somerhalder. O mesmo não deve ter me visto, só consegui ouvir sua voz conversando com alguém, provavelmente pelo telefone. Comecei a ouvir sua conversa:

 – Como ela pode?! Era um segredo nosso, ela havia dito que ia guardar segredo! Mas não,aquela vadia estúpida tinha que abrir a boca para a minha namorada e estragar tudo! Agora Nikki quer me matar, e depois dessa não vai mais querer ir para a cama comigo. – Ian suspira e para por alguns segundos e eu me seguro para não ir lá e bater na sua carinha linda, mas infelizmente ele continua a falar com alguém. – Obrigada Nikolina! Obrigada por destruir a minha noite de transa com a Nikki! – ele diz alto, o suficiente para eu ouvir e ficar irritada.

Saio do banco e vou até ele irritada, muito irritada. Vadia estúpida?! Ian somerhalder seu filho da puta!

 – Então quer dizer que eu sou uma vadia estúpida? E que eu estraguei a sua noite de amor com Nikki Reed? – grito com ele sem encarar seu rosto, pois eu estou com tanta raiva que se eu olhar para ele eu vou querer dar uma soco na cara dele aqui no parque. Mas encaro para ver sua expressão, Ian estava sentado no banco, com seu rosto assustado e com um cachorro no colo, enquanto isso fumava e bebia. Franzo a testa. – Você está bêbado? – pergunto para ele e o mesmo faz um gesto com os dedos mostrando que havia bebido um pouco. Reviro os olhos e me aproximo dele.

Sento-me ao seu lado bufando de raiva por ter encontrado Ian aqui bêbado e me chamando de coisas horríveis para um cachorro.

 – Faz quanto tempo que esta bebendo? – pergunto fingindo estar desinteressada, porém estou um pouco preocupada com ele, mesmo não querendo estar.

Como eu odeio esses sentimentos confusos que Ian deixa sobre mim!

Ian me encara com seus olhos mais para o azul escuro do que o normal, agora olhando de perto eu vejo o quão ele é lindo, mas essa beleza não adianta de nada se o mesmo é um idiota.

 – Estou assim desde hoje de manhã, depois que você quis fazer o seu showzinho para a escola. Eu briguei com a Nikki e comecei a beber e depois daquela hora eu não parei... – Ian para de falar e solta o cachorrinho que começa a correr para algum lugar agitado, enquanto Ian vai correndo para a cesta de lixo que havia por perto e começa vomitar.

Vou correndo em direção a Ian que não para de vomitar nenhum segundo.

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Minutos depois Ian já estava melhor, ele estava com uma baita dor de cabeça, mas já estava melhor. Caminho em sua direção e dou um copo d’água a ele que bebe tudo de uma vez só.

 – Está se sentindo melhor? – pergunto encarando-o preocupada.

 – Sim, estou um pouco melhor. – ele diz rapidamente e eu me inquieto. Até Ian começar a falar novamente. – Obrigada Nikolina... – Ian agradece lentamente e eu concordo com a cabeça.

Nesses minutos até havia me esquecido que ele havia me xingado e me culpado por tudo, mas deixei quieto esse assunto. Ele não esta muito bem no momento e meus gritos não iriam ajudar em nada, porém ainda estou furiosa com ele.

 – Bom, eu vou indo... – me levanto e Ian concorda com a cabeça sem me encarar. Dou as costas e vou embora sem olhar para trás.

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Depois de alguns minutos recebo a ligação de um número desconhecido,atendo:

 – Alô? – paro de andar.

 – Nikolina, eu preciso da sua ajuda. – a voz é a de Ian.

 – Para o que você precisa de mim? – pergunto.

 – O cachorro que estava comigo fugiu e ele não é meu. Você viu para onde ele foi? – ele pergunta com um pouco de preocupação em sua voz.

 – Quando eu olhei ele estava correndo para a rua onde tem a sorveteria, mas depois fui ver como você estava. Isso ajuda? – digo o que eu sei e ouço um suspiro do outro lado.

 – Um pouco. – ele diz baixinho, mas logo uma voz feminina começa a falar com ele. Uma voz fina, de criança. – Ei tio, você vai encontrar o Juggy né? – fico com o coração apertado. Ian tenta tranquilizá-la. – Ãhn, sim, eu e uma amiga vamos encontrar ela. Não é mesmo Nikolina?

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 – Não acredito que você me meteu nisso, Ian. – digo, enquanto tentamos procurar o cachorrinho da menina.

 – Bom, meio que a culpa foi sua. – Ian diz jogando quase toda a culpa em mim, olho para Ian indignada.

 – Aham, e desde quando você ser irresponsável é  minha culpa?! Aliás, por que estava com o cachorro da garotinha? – pergunto curiosa. Já tínhamos andado por uns minutos e nada de Juggy aparecer. – Juggy! Cadê você garoto?! – grito pelo bairro.

Olha aonde eu vim parar, agora estou procurando um cachorro com a pessoa que eu menos queria ver nesse momento.

 – Ela chegou perguntando se eu ficava com ele alguns minutos e como eu estava insóbrio eu aceitei, e também era uma boa companhia ter alguém para conversar, mesmo que seja com um cachorro. – Ian responde e eu solto um risinho com sua falta de companhia.

 – Juggy não deve ter gostado muito da sua linguagem para lhe contar às coisas que acontecem com você. – digo, jogando uma indireta a ele. – Muito menos eu. – falo baixinho para ele não ouvir, mas infelizmente não deu certo.

 – Me desculpa Nikolina pelo o que eu disse. Eu estou com um pouco de raiva pelo que aconteceu na escola, mesmo depois de você me prometer não contar nada sobre aquele beijo...

 – Eu não me lembro de ter concordado de manter aquilo em segredo. Bom, eu não me lembro de quase nada daquela noite, mas sei que nunca concordaria com aquilo Ian. –  eu interrompo ele, tentando provar a minha palavra.

 – Então acho que fiz uma promessa com outra Nikolina. – Ian diz irônico. – Juggy!

 – Vocês dois terminaram? - eu pergunto. Depois do que eu falei aquilo para Nikki, Ian não tinha escapatória.

 – Ela ficou brava, mas não terminamos. Nikki irá me deixar um mês sem sexo. O que é uma enorme punição. – Ian comenta como se fosse algo normal e eu faço cara de nojo.

Como Nikki pode ser tão burra? Ian traiu ela com várias garotas e me sinto muito impura por ter sido uma delas. Mas aquilo nunca mais vai acontecer, não com Ian Somerhalder.

 – Bom para você. – sorrio simples. – Juggy! Onde você se meteu?! 

– Alguém está com ciúmes... – Ian cantarola. E eu começo a rir, estou rindo de nervosismo na verdade. – Qual a graça?

 – Ian não se iluda, aquele beijo não significou nada para mim. –eu digo tentando ser realista, mas na verdade eu estava mentindo para mim mesma. – Foi só um beijo normal.

 – Um beijo normal?! Ah, Nikolina nós dois sabemos que você está mentindo para si mesma. Pensei que aquele havia sido o seu primeiro beijo. – Ian às vezes parecia ler os meus pensamentos.

 – Então, você está enganado, felizmente você não foi o primeiro. – minto novamente.

Mentiras atrás de mentiras. Droga!

 – Hum.

 – Alguém está com ciúmes?! – brinco com ele.

 – Não, nunca Nikolina! – ele fala como se estivesse com nojo. Fecho a cara e começo a procurar o que eu estou tentando achar, Juggy.

Ian Somerhalder é um grande babaca. A minha raiva cresce cada vez mais, mas tento me segurar. Ian é o tipo de garoto que não se interessa por garotas que não usam maquiagens, nem roupas extremamente sexys, só que eu não me importo, pelo menos tento convencer a mim mesma que não me importo. Mas mesmo se eu me importasse, nunca mudaria por causa de um garoto, quem  na verdade deveria mudar é ele.

 – Juggy? – ouço um barulho perto do beco e vou caminhando naquela direção. Começo a andar mais rápido quando ouço Ian me chamar.

 – Nikolina, para de drama! Não foi o que eu quis dizer... – Ian tenta se explicar, mas eu finjo que não escuto e continuo a procurar o Juggy. Ouço alguns gemidos bem baixinhos e vou seguindo o som.

Vou me aproximando cada vez mais, tentando ouvir mais claramente aquele gemido baixinho, mas Ian segura meu braço com força fazendo com que eu me vire para ele.

 – O que você está fazendo? – pergunto, tento me soltar,mas ele aperta cada vez mais meu braço.  

 – Você estava fingindo não me ouvir então eu tinha que fazer algo para chamar sua atenção. – Ian se explica, soltando um pouco o meu braço.

 – Quando uma pessoa esta te ignorando é porque essa pessoa não quer falar com você. Agora me deixa, Ian. – solto o meu braço e vou do lado da lata de lixo e encontro o Juggy, escondido por causa dos papelões jogados no chão. Dirijo-me até o Juggy e pego-o, ele geme um pouco e vejo que sua patinha esta machucada. – Ian! – chamo-o imediatamente.

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 – Como o Juggy está? – a garotinha puxa a minha camisa para chamar a minha atenção.

Quando eu chamei Ian para ir ver o cachorro, ele achou melhor irmos ao veterinário. E depois daquilo no caminho todo eu e Ian não conversamos mais nada,  e agradeço por isso.

 – Ele vai ficar bem, Juggy só fez um dodói, mas ele vai ficar bem. – digo a menininha morena, sorrio quando ela abre um enorme sorriso.

Ian caminha até mim.

 – Acho que já podemos ir. O cachorro vai ficar bem, foi o que o veterinário disse. – ele propõe e eu concordo com o mesmo. Antes digo adeus a Lisa – a dona do Juggy – e vou caminhando com Ian.

 – Eu vim de carro, eu dou uma carona para você.- Ian diz, mas eu nego com a cabeça.

 – Não, tudo bem. Eu vou caminhando mesmo, mas obrigada. – digo andando para o outro lado, para o lado contrário dele, mas Ian puxa o meu braço de novo. – Você tem que parar de fazer isso. – digo e suspiro cansada.

 – Eu não vou parar de fazer isso. E aquilo não foi um convite, foi uma ordem. Está escurecendo, pense que essa carona é uma forma de te agradecer e também de me desculpar pelo que eu disse. – Ian dá um sorriso para convencer. Reviro os olhos entrando no carro.

 – Só vou ir com você, porque está ficando tarde, mas não pense que eu te perdoei. – eu aviso-o e ele fecha o sorriso. E começa a dirigir.

O rádio que está ligado é o que quebra o silêncio. Nesses momentos eu nunca sei o que dizer a qualquer pessoa ou como agir, na hora da despedida. Ele estaciona na frente da minha casa e parece que tudo fica cada vez mais silencioso quando ele desliga o carro.

Ian de repente começa a falar:

 – Antes que você saia do carro, Nikolina quero que saiba eu estou me desculpando de verdade pelo que eu disse. Me desculpa pelo que eu disse, eu não te acho uma vadia estúpida, eu só disse aquelas coisas na hora da raiva. Pois eu fiquei com raiva de você e descontei na bebida, mas no final você me ajudou. Então Nina, me desculpe. – Ian pede desculpas e eu fico em silêncio ouvindo o que ele tem a dizer.

 – Alguém já te disse que você tem que parar de ficar pedindo desculpas toda hora?! Isso é irritante. – digo brincalhona para deixar o clima mais calmo.

Ian dá uma risada gostosa e eu só consigo pensar que Ian poderia ser assim mais vezes, divertido e calmo.

– Cala a boca Nikolina, você me perdoa? – Ian pergunta rindo.

 – Sim, eu te perdoou Ian. – abro um sorriso.

– Ótimo, que bom que agora está tudo bem entre nós. Quem sabe até podemos ser amigos. – ele propõe com um sorriso.

– Quem sabe Ian Somerhalder. – devolvo o sorriso e tiro o cinto, enquanto abro a porta a mão de Ian toca a minha e sinto um arrepio pelo meu corpo, olho para ele e ele esta me encarando com aqueles seus olhos azuis.

– Obrigada de novo. – Ian agradece pela milésima vez. Sorrio balançando a cabeça.

– Disponha. Até logo Ian. – saio do carro.

– Até Nikolina. – ele diz por fim, antes de sair com seu carro.