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História Love Of Life - The love is a big bad wolf.


Escrita por: dincy

Notas do Autor


IMPORTANTE

IMPORTANTE

IMPORTANTE

Pessoal, eu estou escrevendo uma cena que está me fazendo chorar litros, ainda mais com umas músicas aí.. Muito triste, porém necessária! Eu tenho algo pra falar a vocês. Se nesse capítulo tive 7 comentários, eu conto no próximo capítulo.

Capítulo 14 - The love is a big bad wolf.


Fanfic / Fanfiction Love Of Life - The love is a big bad wolf.

Ai de quem ama. Quanta tristeza, há nesta vida. Só incerteza, só despedida.

Vinicius de Moraes

Maio 2017, 5:39 P.M

Camila POV

   O que pensar? O que fazer? Como agir? Essas e muitas outras dúvidas, pairavam em minha cabeça. Ela correspondeu o beijo, por esse motivo, não entendi o porquê do tapa que levei. Será que ultrapassei o limite? Será que me precipitei? Não sei!

   Sinceramente não sei mais o que pensar depois disso. Eu sempre fui uma pessoa muito cafajeste, no ponto de vista de mi mamá, mas eu nunca disse que queria algo a alguém, que iríamos assumir um compromisso, isso fiz apenas com Lauren e até aquele fatídico dia, estávamos felizes, como a prometi.

   Uma coisa é você curtir a sua vida de balada em balada, outra coisa é você corresponder um beijo. Isso estará dando a outra pessoa, falsas esperanças. Falsas esperanças doem, porque é como você sonhar demais e quando está alcançando sua consagração, alguém lhe acorda.

   Ainda com os olhos arregalados e a mão na bochecha que foi esbofeteada, vi Brad entrar quarto a dentro. Meus olhos trasbordando em água o tanto de sentimentos que trasbordavam dentro de mim. Lágrimas quentes escorriam pela minha bochecha ainda quente e vermelha.

Brad: Amor, você está bem? -Entrou preocupado e indo em direção a Lauren-

Lauren: Saí daqui. -Sua respiração já controlada, denunciava a raiva em sua voz-

   Eu saí de lá. Não tenho estômago suficiente para assistir isso. Nem sei se fui notada. Ao colocar a cabeça fora do quarto, limpei as teimosas e insistentes lágrimas que escorreram sem a minha permissão. Sinceramente, acho isso, chorar, um sinal de fraqueza. Principalmente na frente dos outros.

   Desci as escadas lentamente e encontrei a Veronica jogada no sofá, mudando repetidamente os canais. Quando provavelmente ouviu os meus passos, levantou a cabeça e me encarou. O cenho levemente franzido mostrava sua confusão ao me fitar.

   Seu Alejandro me ensinou de que devemos sempre andar com a cabeça erguida, mas as vezes, o peso mental, as dúvidas e as perguntas, e outros motivos, nos levam a deixar a cabeça abaixar. É algo metafórico dele, mas nessa ocasião cai como uma luva. Realmente esses motivos, me levaram a abaixar a cabeça, para o medo, a vergonha, a dor... A mágoa!

Vero: Aconteceu algo? -Pelo o som da televisão, não me admira que ela não tenha escutado o tapa-

Eu: Você pode me informar como conseguir um táxi? -Questionei ignorando sua pergunta-

Vero: Nada disso, faço questão de te levar até o hotel, enquanto isso você me conta o que houve. -Disse se levantando e trazendo junto consigo, os óculos, o celular e a chave do carro- Lá da porta eu grito a tia Clara.

   Fomos andando até a porta e eu sentia a minha perna latejar, bem como a minha cabeça. O sangue já não mais quente, me fazia quase gemer devido a dor. Meu pai fez questão de me explicar o porquê de sentirmos mais dor, quando batemos o dedinho no batente, na época do frio.

   O que torna a dor maior nas temperaturas menores é a contração dos músculos e dos vasos sanguíneos, meu sangue frio, me fazia amaldiçoar esse fato. Meu coração, agora tão gelado quando o Alasca, me fazia sentia uma dor triplamente maior no mesmo.   

   Quando por fim cheguei a porta, me permiti soltar a respiração que nem sabia que estava prendendo. Vero antes de fechar completamente a porta, gritou por dona Clara.

Vero: Tia, Camila e eu já vamos. Temos um compromisso. -E fechou por fim, a porta da mansão dos Jaureguis-

   Eu estava absorta em meus pensamentos. Mesmo não sendo a minha Lolo, doeu o tapa que a Lern me deu. Machucou mais que o rosto, machucou o meu psicológico, meu emocional. Machucou meu coração! Ela é o amor da minha vida, poxa.

   Entramos no carro em total silêncio, que logo foi quebrado pela Vero.

Vero: Você pode chorar, pequena.

   E por fim saiu o choro alto e sentido que tanto prendi. Eram vários anseios aglomerados que enfim deparavam com sua “libertação”. Senti Iglesias se movendo ao meu lado, logo notei também, meu corpo ser envolto por dois braços. Instantaneamente encaixei minha cabeça em seu pescoço. Sempre foi assim, quando alguém me abraça, coloco logo a cabeça na curvatura do pescoço da outra pessoa.

   Ali me deixei chorar. Soluçava alto, sentia meu corpo convulsionar devido a intensidade do choro, mas em momento algum me preocupava com isso. Vero falava coisas doces e fazia barulhos na intenção de me fazer parar de chorar, mas em momento algum procurou o que aconteceu, o que me deixou um pouco mais aliviada.

  Depois de alguns minutos naquela posição que já se tornava incômoda, fui soltando Veronica lentamente. Levantei minha cabeça de seu colo e a levantei, puxando o ar e limpando o rastro das lágrimas.

Eu: Perdoei-me por molhar sua blusa. -Falei ao observar sua blusa molhada por meu pranto-

Vero: Não se incomode com isso. Quero saber se você está bem?

Eu: Estou melhor. Eu não sei o que aconteceu exatamente aqui, mas sinto-me envergonhada.

Vero: Não deve sentir-se assim. É bom colocar para fora toda a angústia que em algum momento, sentimos. -Falou doce e calma-

Eu: Muitíssimo obrigada por não perguntar nada naquele momento.

Vero: Sei bem como é, sou assim também.

   Ela se sentou da forma correta e por fim deu partida no carro, paramos em uma loja da marca McDonald's. Era até perto do local onde anteriormente estávamos.

Vero: Vamos comer algo enquanto você me explica o que houve.

 

A música é o remédio da alma triste.

Walter Haddon

Maio 2017, 8:24 P.M

Lauren POV

   Depois que Camila saiu fiquei meio angustiada. Nem me dei ao trabalho de agradecer e de perguntar como ela estava! Aliás, para ser sincera, nem notei quando ela saiu, estava mais ocupada brigando com o Brad. Me sinto até um pouco culpada.

   Para ser franca, fui eu quem causou aquele acidente todo. Depois que a Mila saiu, esculachei o Brad daqui, chamei papai quando ele disse que só sairia quando conversássemos, sendo que eu não queria conversar agora. Foi um mini fuá.

Clara: Filha, nem vi a hora que a Camila saiu. -Tocou no assunto enquanto jantávamos-

Eu: Pois é, nem seu. -Falei enquanto brincava com a comida no meu prato-

Michael: Aconteceu algo?

Eu: Ela apenas saiu na hora que o Brad chegou, acabei nem notando sua saída.

Chris: Eu gostei dela. Achei fofa a atitude dela de ainda te trazer aqui nas costas. -Bebeu um gole de suco depois-

   Eu apenas assenti com a cabeça. Eu estava preocupada com ela. Ela tinha se machucado também, mas a todo momento esteve preocupada e cuidando de mim. Foi egoísmo. Agora tenho a certeza. Mas eu fiquei muito confusa com aquele beijo.

    Imagina aí você nessa situação. Nossa, eu sinceramente não sei o que pensar. Agora uma coisa tenho que confessar, fiquei mexida. Gente, até ontem eu era hétero, hoje eu beijo uma garota que é amiga da minha irmã. Meu Deus! Creio que soltei um suspiro audível, pois papai me olhou.

Michael: Filha, você está estranha. Não venha negar, o que houve?

Eu: Nada pai. Apenas discuti com o Brad, isso está me atormentando, nada demais. -Isso também não deixa de ser verdade-

Michael: Eu só acho que... -Foi interrompido por mamãe. Amém Deus, amo my dadddy, mas no momento a última coisa que quero é um sermão dele-

Clara: Amor, por favor. Ela hoje teve um dia cheio, já sabemos o que você acha do Brad e concordamos em partes, mas agora não. -Falou toda pacífica, colocando o Procurador da República, para ficar quieto-

   Meus irmãos riam da cena, até que o celular do Chris tocou. Ele olhou para papai que apenas com o olhar autorizou-o a atendar o celular, pois temos uma regrinha básica de não mexer em celular na mesa. Mamãe criou essa regra, porque a fórmula é a seguinte: “adolescentes + celular = exclusão”.

Chris: Oi linda... Olha eu ia ficar em casa... Sei -Falou rindo levemente- Então, acho que pode ser sim... Sei sim aonde é... Claro linda... Satisfação garantida. -Falou gargalhando. Safado- Ok, vou me arrumar aqui e vou sim... Certo, beijos e até daqui a pouco!

   Mamãe não tinha um semblante muito alegre, já papai olhava com orgulho o filho que sorria de orelha a orelha, enquanto guardava o celular no bolso. Taylor estava mais entretida em devorar o que tinha em seu prato. Eu a chamo de poço sem fundo.

Clara: Vai aonde? -Ciumenta, para de ser tão ciumenta, desse jeito nenhum homem te aguenta...-

Chris: Então, vai rolar uma social de última hora na casa do Caleb e uma gatinha aí ligou me chamando.

Michael: Esse é o meu filho. Mas, fala aí, quem é a gatinha?

Clara: Michael Jauregui! -O repreendeu brava-

Michael: Ah amor, calma.

Chris: Então pai, confidencial. -Falou se levantando sob o olhar de mãe. Eu preferi não me manifestar sobre-

   Depois de comer um pouco, pedi licença e com ajuda de meu pai, fui para meu quarto. Quando chegamos lá, ele apenas beijou minha testa e saiu, respeitando meu momento. Fechei a porta e me escorei nela. Ainda fico me perguntando por qual motivo exatamente eu bati na Camila. Tudo bem que meu noivado com o Brad não vá bem, ainda temos esse “vínculo”, mas o problema todo, é que eu gostei do toque suave dos lábios dela, nos meus.

   Eu não vou dizer que não sinto tesão pelo Brad, mas no momento, a única coisa que quero, são as mãos da Camila. Meus Deus, eu estou enlouquecendo? Encarei o chão. Olhei para a bota ortopédica no meu pé e me lembrei dos olhos dela cravados em mim.

Eu: Porque diabos essa latina tinha que ter essa pegada?

   Sim, ela tinha uma pegada e tanto. Ao passe que era romântico, era sedutor e charmoso. Não creio que seja intencional, porque desde que a conheci, ela é assim. É algo natural dela. Ao fechar os olhos, ainda tenho a sensação de suas mãos em meu corpo, conhecendo e explorando-o.

   Me joguei na cama, com cuidado, claro, e fiquei a encarar o teto. Será que eu sou lésbica? Eu acho que não. Bom, se bem que... Não Lauren para de pensar nisso. Com tamanha curiosidade fui pesquisar o que significa exatamente a palavra lésbica.

Eu: Lésbica é um substantivo feminino e significa mulher que tem preferência sexual por ou mantém relação afetiva e/ou sexual com outra mulher. -Li sussurrando como se contasse um segredo a mim mesma- Mas eu não tenho nenhuma relação com a Camila. -Fiquei pensativa- Mas a beijei.

   Fiquei nesse dilema até que decidi que escreveria um pouco sobre algumas coisas, compor me ajuda muito a aliviar a pressão que sinto. Sentei-me no chão com o caderninho que tenho e estiquei uma perna, mantendo a outra, dobrada com o joelho na altura dos meus seios.

   Peguei um típico lápis americano, amarelo com a borrachinha vermelha, presa por um “tubinho” prateado. Clichê, eu sei. Peguei também um caderninho que ganhei de presente da minha avó, Angelica (mãe de minha mãe). Ela sempre me deu a maior força quando eu decidi fazer faculdade de Música.

   Aliás, ela me ajudou muito a convencer meus pais com relação a minha faculdade. Ela já está bem velhinha, mas sempre amorosa. Sempre sábia. Ela não mora conosco, por escolha própria. Gosta de fazer tudo sozinha, de ter seu cantinho. É tão teimosa, só faz o que quer. A moça que cozinhava, pediu demissão, porque mi abuela sabe ser chata quando quer.

   Ela que me deu esse caderno, durante uma de suas várias viagens, o comprou. Disse que se lembrou de mim e queria ver várias músicas ali. Sempre que componho algo legal, mostro a ela que fica toda orgulhosa, por estar no caderninho que ela me deu e por ter uma netinha tão talentosa, palavras de dona Angelica.

   Enfim, me acomodei e comecei a escrever.

Eu: It'll be 'til the end... -Fiz uma breve pausa para pensar um pouco- Give me nothing I've ever tried. It'll be the perfect sin. Something... -Procurei a palavra certa que se encaixasse ali- Like the true is lie. -Escrevi isso em meu caderno-

   Coloquei a pontinha do lápis na boca e li aquela parte. As palavras foram saindo espontaneamente. Eu apenas colocava no papel, aquilo que estou vivendo, claro que com algumas metáforas, mas ali não deixa de ser experiência minha.

Eu: The only place I'll ever be. As long as you hold me down. Oh, such a liberty. -O lápis em minha mão trabalhava constantemente na folha em branco- Não! Falta algo. -Pensei um pouco e por fim saiu- Everywhere somehow... Isso Lauren, daí depois vem essa outra parte. The only place... -Falei comigo mesma-

   Música para mim, literalmente é uma libertação de sentimentos acumulados. É a mais bela forma de se expressar, sem expor-se totalmente. É uma forma de transformar críticas fortes, em algo chamativo para determinado assunto. Literalmente, em minha percepção, música é vida.

   As pessoas acham que não, mas a música ajuda a salvar vidas. Eu mesmo, vivo por música, vivo de música. Quando estou feliz, sinto uma escola de samba da típica festa brasileira, no coração. Quando estou com Camila, sentia o meu coração ter batidas “descompassadas” de músicas eletrônicas.

   Ah meu Deus, olhe eu novamente pensando na latina. E assim passei a noite, compondo a música que podia ser intitulada de “1000 Hands”. Claro que não a conclui, porque os remédios me deram sono, então por fim, dormir. Deixe-me cair nos braços de Morfeu!


Notas Finais


http://data.whicdn.com/images/72425128/large.jpg (Diário de Lauren)

Para ou continua?


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